quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Guia do Usado - BMW Serie 1

Se o velho Audi A3 já está meio passado para o seu estilo e no fundo seu sonho sempre foi ter uma BMW, saiba que na metade dos anos 2000 a clássica marca alemã resolveu voltar a disponibilizar um hatch, depois do fim do 318i no final dos anos 1990. Quem não se lembra do icônico Compact da série 3, uma das gerações do modelo mais marcantes, talvez por ter sido a primeira a chegar oficialmente no Brasil. De qualquer forma, o novo hatch da Bm é o 120i, ou também conhecido como Serie 1.


Lançado no Brasil em 2005, o hatch possui um desenho harmonioso e até um pouco retrô, não que ele seja um PT Cruiser, mas há uma clara inspiração nos anos 1930. Um carro simpático, bom espaço interno, luxuoso, no entanto isso contradiz um pouco a postura da própria marca, que na mesma época apresentava o Serie 3 e 5 com um visual muito mais radical e esportivo. Mesmo assim o pequeno BMW tem muita classe e chama atenção de uma forma sofisticada.

A primeira versão disponível tem motor 2.0 16v e é chamada de 120i, no ano seguinte foi lançada a 130i (com motor 3.0) e em 2008 foi lançada uma nova versão, ainda com o 2.0, mas dessa vez chamada de 118i. Foi em 2008 também que a BMW resolveu oferecer um produto mais exclusivo, fruto da mesma série 1, e disponibilizou a versão Cabrio. Uma raridade nas ruas e mais ainda nas lojas de usados, é uma opção excêntrica, mas talvez não tanto quanto a Coupe, que só existe no ano modelo 2009 e não retornou resultados na minha busca on line.


Eu volto a citar que o desenho do Serie 1 entre 2005 e 2012 é bonito e até charmoso, mas parece que a BMW resolveu dar uma apimentada em 2013, a versão reestilizada do hatch parece efetivamente maior, mais larga e mais invocada. Seus preços também saltam um pouco para cima. O desenho é basicamente o mesmo desde então, não houveram mudanças significativas. Essa nova versão o traz mais próximo de modelos da Série 3 e tem identidade clara com o SUV X1.

Atenção a alguns cuidados básicos tanto inerentes à compra quanto à manutenção, e as dicas que seguem valem para qualquer importado. Um modelo desses costuma necessitar de uma oficina especializada (quando não uma própria concessionária da marca). É importante que se sigam as recomendações do fabricante quanto às trocas de óleo, tipos de pneus e outros itens comuns de serem substituídos. Outro item importante é o Seguro, que costuma ser uma pequena fortuna, mas não devemos esquecer que estamos falando de uma BMW.


Extremamente valorizados na hora de comprar, o mesmo não se pode dizer sobre o processo de vender um importado. Esteja preparado para bons momentos, mas quando eles começarem a cobrar seu preço pode ser um sinal de dor de cabeça. No geral é importante escolher minuciosamente e estar pronto para injetar doses cada vez mais altas de dinheiro para curtir seu carro exclusivo. Importados são carros de ocasião, no geral pessoas comuns não tem tanto perfil para comprar um usado desses.

Com preços começando entre 40 e 45 mil nas versões 2005/2006 já os considero caros demais pelo que oferecem, esse valor aumenta consideravelmente na versão 2013
, que começa no mercado em 70 mil reais. Um Cabrio 2008/2009 vai custar em torno de 90 mil, mas aí é outro nível (como se comprar um BMW já não fosse). Em resumo, é um belo carro, com certeza, mas não é um clássico da marca como um Serie 3 ou Serie 5. E aqui a dica mais valiosa, se você não tem muita grana, não se meta a comprar uma BMW! Pense nisso...


Mesmo que o texto não tenha sido dos melhores, acho que vale o registro, com um modelo Cabrio, um 120i de 2005 e um 130i de 2013. E por fim, um dos meus artistas favoritos no meio fora do Rock N' Roll, que nos deixou no início dessa semana, George Michael - RIP.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Guia do Usado - Audi A3

Esse é mais um daqueles "sonhos dos anos 1990". Os hatch passaram por uma metamorfose entre 1997 e 1998, antes disso o Brasil conhecia os famosos Golf quadrado, o bom e velho Kadett e o jurássico Escort, que mesmo na versão zetec não era assim um exemplo de modernidade. E foi ali no fim da década que a GM trouxe o Astra nacional, a Vw apresentou o Golf sapão e sob a mesma plataforma e motores chegou ao Brasil o primeiro Audi nacional, o Audi A3.


Há algumas unidades que foram importadas em 1997, mas já em 1998 ele se tornou um carro brasileiro, feito em São José dos Pinhais, no Paraná, numa recém inaugurada e muito moderna fábrica do grupo Volkswagen. Ele realmente vinha com o mesmo motor 1.6 do Golf e de alguns Seat (como a Cordoba Vario que eu tive). Mas outras opções de motores eram bem mais exclusivas, como as versões 1.8 de 150 e 180cv, em versões Turbo e Aspirado.

Lançado apenas na versão 2 portas, eu particularmente acho os modelos 1997 até 1999 com um toque de esportividade muito maior que os 4 portas disponíveis a partir de 2000. Até dá pra encontrar alguns mais novos, mas são muito raros, acima de 2000/2001 o que se acha mesmo é a versão com portas adicionais. Mas mesmo assim o carro não perde o seu brilho, as quatro argolas estão lá e não há quem não as reconheça quando se depara com um.


A vantagem do A3 de primeira geração é que, além de ser um carro acessível hoje em dia, sua manutenção não é mais cara que a de um Golf, Astra ou Vectra. Lógico que não se trata de um carro popular, mas quem gosta de clássicos (e o A3 pode ser considerado um) precisa investir um pouco nos sonhos. É um carro para se sentir dono de um Audi, seria o mesmo status de dono de BMW ou Mercedes, mas aí com a vantagem de manutenção mais barata que esses.

A versão clássica do pequeno Audi vai de 1997 a 2006, no ano seguinte foi apresentado o Sportback, quando ele passou a vir importado novamente e aí com cara e preço de Audi do primeiro mundo. É bacana fazer menção à sua geração nova, mas o foco do texto de hoje é do antigo mesmo. Em 2015 foi apresentado do Audi A3 sedan, de novo na humilde opinião de quem escreve, assim como a BMW fez com a versão sedan do Série 1, tiraram a exclusividade e a cara do modelo.


Os pontos negativos do Audi A3 podem ser considerados os mesmos dos clássicos importados (ou quase) dos anos 1990, é difícil encontrar esses carros em estado seguro de compra. Ou então os preços estão exorbitantes como quem está vendendo uma raridade. Portanto, a dica é que se selecione pelo menos uns 3 ou 4 modelos pela internet mesmo, que se descarte os preços absurdos tanto para cima quanto para baixo e que se façam visitas minuciosas. Uma passada no mecânico de confiança é recomendável.

Eu já vi Audi A3 à venda por 10 mil reais, mas eu não teria coragem. 15 mil é a média boa para se pagar num 1998 com motor 1.8, para quem quer um 4 portas ano 2000 vale desembolsar até uns 20 mil. Os modelos nacionais até 2006, em excelente estado podem ser encontrados até 30 mil, mas aí vale uma boa negociação para baixar isso. Na versão nova, o Sportback 2007 começa em 40 mil com alguma sorte e o Sedan 2015 já beira os 85 mil. É isso aí, mais um modelo dos sonhos, mas que com planejamento pode caber direitinho no seu bolso e na sua garagem!




O Clássico 1997 2p, um 2004 e um Sportback 2010. E no vídeo, um solo de guitarra de Paulo Teixeira, guitarrista do Blindagem e mais um Eric Clapton pra vocês!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Guia do Usado - Ford Mondeo

Confesso que enquanto eu pesquisava sobre as versões e confirmava os preços, fui realmente em busca de um exemplar que valesse a pena ir olhar, no entanto eu não encontrei. Eu gosto de escrever sobre os carros normais de 30 ou 40 mil que as pessoas compram por aí, felizes com seus financiamentos a perder de vista, mas a questão é que algo me atrai muito nos modelos das décadas de 1980 e 1990, são os carros com os quais eu cresci sonhando. O de hoje é um deles com toda certeza, é o Ford Mondeo.


Dizem que ele existe a partir de 1994, mas o primeiro ano modelo que você encontrará no mercado brasileiro é provavelmente 1995, o Mondeo é um clássico americano, dividia espaço nas lojas com o impressionante Taurus. São carros de um outro tempo, aqui no Brasil eles foram comprados por pessoas endinheiradas e fãs de uma marca, pois não eram o que havia de melhor, não eram o que havia de mais barato, mas eram grandes, potentes e chamavam atenção.

Com um desenho sóbrio, conservador e hoje em dia até bem sem graça, a versão que circula nas ruas entre 1994 e 1996 é a única que pode ser encontrada na versão hatch, um tanto quanto esticado, mas é assim que o chamavam. A perua é figurinha rara, mas de vez em quando se acha uma, já o sedan é mais comum dessa época. Com motores 1.8 e 2.0 nas versões CLX e GLX. São carros completos, mas é difícil achar um que não esteja praticamente destruído.


Mas é no ano modelo de 1997 que mora minha maior admiração deste carro. Os faróis agressivos, a grade oval, as linhas suaves e a traseira em harmonia, com certeza é o Mondeo mais bonito do mercado. Versões completas, mas que podem ser garimpadas com câmbio manual (melhor por causa da manutenção), um GLX 2.0 com teto solar já me faria passear confortavelmente pelas ruas, e ainda posso dizer de um jeito discreto. Quem entende de carro sabe que não é qualquer um e pra quem não entende ele não parece uma lata velha.

Entre 2002 e 2003 chegou a versão mais moderna que se pode comprar de um Mondeo, um único Ghia 2.0 16v era oferecido como padrão. Logicamente que o desenho era mais contemporâneo, com umas pitadas do grande lançamento da época, o Focus, mas ele deixou de ser clássico e virou um sedan que não brigaria com Vectra, Civic e Corolla. Sua história no Brasil se encerrou em 2006, já quando a Ford introduziu o Fusion no mercado.


Sim, eu acho que a versão de melhor custo benefício é a GLX 2.0, no entanto, há um mostro raro de se ver que pode surpreender muita gente, trata-se do modelo Ghia 2.5 V6 que esteve à venda da segunda geração dos nacionais, não há muito o que comentar, o nome e a motorização já falam por sí. No geral um bom CLX pode agradar se estiver em bom estado, mas atenção, eu gosto de escrever, mas os modelos 1994 a 1996 não são muito recomendados.

São justamente os mais antigos que podem ser encontrados por valores que partem até de uns 5 mil reais, barato né? Daí se vê o quanto é arriscado. O modelo 1997 até 2001 é o mais comum nas ruas e o que se encontra em melhores condições por preços justos, digamos que um carro impecável e bom pra rodar deve valer uns 15 mil. O problema aqui é encontrar um carro realmente bom, como disse, na minha busca mais recente eu não achei. Por fim, pagando uns 20 mil reais você terá o modelo mais novo, mas aí talvez um Vectra, Civic ou Corolla seja muito mais interessante.


As imagens começam pelo meu objeto de procura, GLX 1998, depois um hatch 1995 e por fim um Ghia 2002. E no vídeo, bom, não tem muito a ver com o Rápidas, mas quem chegou até aqui vai descobrir que há muito que você imagina, julga, pensa, mas na realidade não sabe muito bem... Aquele abraço!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Guia do Usado - Ford Fusion

Era um momento diferente do mercado, uma época em que um bom sedan sempre lembrava Corolla ou Civic e se você queria mais tamanho ou classe só investindo pesado em uma Mercedes ou um Audi, mas então a Ford resolveu trazer ao Brasil um carro de presença como a muito tempo não fazia. Embora o Mondeo tenha vivido alguns anos interessante no Brasil, ele nunca foi muito considerado, talvez até mereça um artigo próprio, mas o de hoje merece mais. O Ford Fusion.


Carro grande, veio inclusive para substituir os Omega autralianos na frota presidencial, lançado em 2006 para dar à Ford um fôlego no mercado de luxo. Tal qual o Hyundai do texto anterior, foi apresentado em versão única, a SEL 2.3. Sua característica marcante era a frente com grade cromada, estilo mais quadradão e lanternas traseiras tipicamente americanas (com o pisca em vermelho, dividindo função com a própria lanterna).

Talvez, por ser um Ford, suas vendas gerais não tenham atingido as expectativas da marca, já que nunca foi capaz de fazer sombra aos campeões da Toyota e da Honda, mas nosso guia não trata dos modelos mais vendidos ou mais famosos, mas sim dos carros como o são. E uma coisa o Fusion faz, chama atenção por onde passa e trata bem seus ocupantes. Luxo, conforto e potência, essa é a receita básica de um grande sedan. E isso tudo o Ford tem de sobra.


Se o primeiro modelo hoje em dia já parece quadrado demais e seu preço no mercado geral já está bem atraente, as mudanças que o Fusion sofreu foram bem perceptíveis e significativas ao longo dos anos. Começando pela primeira reestilização, de 2010, que além de um desenho renovado, mas sem perder a identidade, trouxe as opções 2.5 e 3.0 V6 com tração integral, um exagero para atender aos entusiastas.

Mas foi em 2011 que o Fusion fez história, foi lançada a versão Hybrid, dotada de um motor 2.5 à gasolina que trabalha em conjunto com um motor elétrico. A propulsão limpa da conta do carrão até os 40 km/h, e só aí entra em funcionamento a combustão, isso faz com que, no conjunto, o carro atinja marcas superiores à 16 km/l na cidade. Sim, o Ford Fusion torna-se ecológico e extremamente econômico. Embora tenha companhia do Prius no nosso mercado, o Fusion é outro nível de híbrido.


E assim chegamos a nova geração de 2013, é aqui que o Fusion deixa de ser um sedan sóbrio e conservador para se tornar um carro quase esportivo. Claramente inspirado em modelos da Jaguar, essa versão possui um desenho convincente e cativante. Seu motor agora é 2.0 e sua versão mais bem aceita é a nova Titanium, mesma nomenclatura de outros modelos da Ford. Lógico que são perfis de bolso e compradores diferentes, mas há opções para agradar muita gente.

De volta à casa dos 30 mil reais, é isso que você irá pagar por um Fusion SEL 2.3 automático 2006/2007, na minha opinião o melhor custo x benefício nesse momento. Se você quer a versão modernizada, pode subir o cheque para 40 a 45 mil. Se você se empolgou com a Hybrid, a conta vai de 60 mil para o modelo 2011 e sobe até 100 mil nos modelos da última geração. Não adianta sonhar sem base, quem paga 100 mil num carro, prefere comprar um zero km. Nós pobres mortais podemos olhar com carinho para os primeiros que seremos bem recompensados.


As três versões bem distintas, do lançamento 2006, a reestilização em 2010 e a nova geração em 2013. E pra fechar, um Van Halen...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Guia do Usado - Azera

Quando falamos em Hyundai, a maioria vai lembrar do HB20 lançado em 2013 e que hoje é o sucesso da marca no Brasil, alguns vão lembrar da excelente Tucson, um dos SUV mais populares no mercado, outros ainda citarão o i30, hatch médio que chegou em 2010 para brigar com Golf e cia. Mas no fundo, o carro que mais me remete à marca coreana é aquele que veio para mudar de vez o conceito da mesma no Brasil, cheio de tecnologia e um design imponente, o sedan Azera é o primeiro Hyundai a figurar aqui no Rápidas.


Essa categoria ainda é chamada de sedan médio, mas sinceramente já nem sei mais quais são os grandes, de qualquer forma o Azera é um concorrente e tanto. Eu sei que muitos vão torcer um pouco o nariz, porque afinal de contas estamos falando de um coreano sem tradição nesse mercado, mas o fato é depois de 8 anos sem grandes decepções você não pode ignorar seu desempenho. O desenho da versão de lançamento, 2008 até 2010, é extremamente sóbrio e conservador, mas nada que um 6cc de 3.3 litros não desperte seu interesse.

Versão única, o GLS 3.3 com câmbio automático, como convém a um carro dessa categoria, tem uma função clara no mercado de usados, é um carro para quem quer classe, conforto e sofisticação a preço de carro popular. Sim, já falaremos melhor sobre isso, mas o preço dos primeiros Azera, por uma simples questão de desvalorização acentuada dos importados, é bem atrativo. O famoso Honda Civic, que entre os especialistas ocupa um degrau abaixo desse coreano no hall dos automóveis, custa mais caro.


Há uma única versão (ano/modelo 2011) com uns leves retoques nas linhas dianteiras, é exatamente o mesmo carro, o que torna complicado pagar mais caro somente por uns traços arredondados. Já em 2012, ainda como GLS, mas agora com o V6 3.0, a nova geração veio para derrubar qualquer status de quadradismo da versão anterior. Maior, muito mais imponente, e muito mais caro hoje em dia. Na realidade olhar para o Azera e observar sua evolução de desenho causa o mesmo impacto das mudanças do badalado Ford Fusion.

É interessante falar um pouco da Hyundai também, marca que está presente no Brasil desde a abertura das importações, junto com Kia e outras menos famosas como a Daewoo. Naquele tempo os nomes eram Excel e Elantra (o segundo renascido recentemente), além de algumas vans e pequenos caminhões. De fato foi a Tucson que começou a mudar o conceito da marca ainda em 2005, mas na minha opinião, o Azera é o grande divisor de águas por aqui. Lembro das suas propagandas comparando o grande sedan à insanidades como a BMW série 7!


Só duas coisas podem pesar contra um Azera na hora de assinar o cheque, sua desvalorização é sim acentuada e sua manutenção é de carro grande e importado, mas isso você sofrerá se quiser um Fusion também. A dica é, se for pagar por um carro desse não é bom economizar com detalhes, escolha uma loja de renome, procure um modelo revisado e com garantia, e avalie vários para descobrir qual está em melhor estado. Garanto que a loja irá se esforçar, afinal de contas quem compra um desse teria dinheiro para comprar qualquer zero de entrada.

Sim, seu preço é atrativo mas ainda assim estamos falando de um sedan com motor V6. As versões 2008 podem ser encontradas na casa dos 30 mil reais, o que é um preço excelente por tudo que o carro oferece. Acima disso encontramos aquele 2011 que mencionei na casa dos 45 mil, o mesmo preço dos 2010 em ótimo estado e baixa km, a decisão vai ser no test drive, o desenho mais arredondado não conta muito nessa versão. Se o problema for design vá nos 2012 em diante, mas aí a brincadeira se aproxima de 80 mil reais.


Na ordem cronológica, temos as três versões citadas, nos anos de 2008, 2011 e 2013.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Guia do Usado - S10 e Blazer

A história do texto anterior não é muito diferente desta, e há uma simples razão para isso, desde os primórdios da indústria de automóveis que Ford e GM são grandes rivais entre si. Tanto que hoje em dia os dois veículos mais vendidos dos EUA são duas Pick Ups dessas marcas. Por esta razão, nada mais justo que falarmos hoje da pick up média da Chevrolet, que chegou aqui no início dos anos 1990 e que foi sofrendo suas mutações até chegar aos seu estágio atual. Hoje é a S10.


Ela chegou ao Brasil em 1996 já com fabricação local, mas é possível encontrar versões americanas, inclusive as chamadas SS10, com uma frente mais agressiva. O grande diferencial dessa linha é que desde o lançamento ela já era acompanhada pela excelente Blazer, um SUV de tamanho respeitável e muito conforto e espaço. Sempre nessa boa companhia a S10 teve uma leve modificação na grade em 1999, uma frente nova em 2001, mais alguns detalhes cromados em 2009 e seguiu até a nova geração entre 2012 e 2013.

Na essência a S10 é muito parecida com a Ranger, assim como as grandes D20 e F1000 são muito semelhantes entre si, talvez as grandes particularidades da linha GM é que desde 1996 é possível encontrar versões cabine dupla, além da Blazer, como já citado. Era uma linha mais completa, mais opções de cabines significam que as antigas atendem a um público maior. No entanto, enquanto a Ford teve várias pequenas reestilizações até chegar ao modelo atual, a S10 é praticamente a mesma de 2001 até 2011.


Na S10 as primeiras motorizações eram 2.5 diesel, 2.2 gasolina, e a clássica 4.3 V6. Esse último motor é tão famoso que passou a ser um dos grandes favoritos dos Jipeiros quando da customização de seus veículos de trilha. Tal qual o mágico 4.1 da linha Opala/Omega, esse motor de 6cc em V tem fama de manutenção simples e custo honesto. Talvez a Blazer Executive 4.3 seja a figura mais icônica do final dos anos 1990 quando se queria impor respeito. Muito antes da invasão SUV, essa Chevrolet reinava quase intocável.

Já no início dos anos 2000, uma reestilização deixou a linha mais quadrada e um pouco mais imponente (o desenho anterior era mais harmônico e leve), sempre foi muito bem aceita nas frotas das empresas e como carro de polícia, portanto, é importante prestar atenção a qualquer resquício de histórico do carro. Esse tipo de pick up é comum se encontrar com quilometragens próximas da estratosfera, um check up geral de motor é sempre necessário.


A primeira pick up a revolucionar o mercado, trazendo tamanho de caminhão leve e conforto de sedan médio, foi a L200 triton, depois dela veio a Hilux e nos idos de 2012/2013 a Ranger e a S10 perceberam que tinham que se adequar. Foi o fim de uma geração de caminhonetes rústicas, agora até mesmo versões cabine simples são cheias de mimos e parecem mesmo um automóvel padrão. Talvez tenha se deixado um espaço para o crescimento de modelos como a Saveiro Cross e a Strada Adventure, que hoje já oferecem até cabine dupla.

Em comparação com a Ranger, a S10 custa um pouco menos no mercado de usados, uma boa cabine simples entre 1996 e 1997 pode ser achada até por 15mil. Depois de 2001 estão disponíveis motores 2.4 e 2.8, uma dupla vai beirar os 30mil. Mais próximo da troca de geração entre 2010 e 2011 um exemplar sai por 40mil e a nova chega até a 80mil na versão LTZ. O melhor custo x benefício da S10 são pick ups acima de 2001 na casa dos 25mil, já o melhor custo x diversão é na cabine simples 1997 com motor 2.2!


Do melhor custo x benefício, uma cabine dupla 2006, passando pela clássica Blazer Executive 1999, até chegar na cabine simples 2.2 1996. E um pouco de Black Sabbath!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Guia do Usado - Ford Ranger

Acho que já era hora de expandir os horizontes, afinal de contas já falamos até de SUV, e muito antes desses jipinhos urbanos povoarem nossas ruas, as pessoas que queriam se sobrepor no trânsito tinham uma opção bem interessante, as pick ups. Hoje em dia apenas versões com caçamba de grandes jipes, no passado eram elas que sofriam modificações para abrigar mais pessoas, com mais conforto e grande espaço. Para começar, vamos falar sobre uma pick up média de renome mundial, a Ford Ranger.


Na tabela ela existe desde 1994, mas é quase impossível achar um modelo desses, no entanto, a geração entre 1995 e 1997 é facilmente encontrada nas lojas do ramo. Fabricada no Brasil desde 1998, é nesta fase, que vai até 2004, que encontra-se o melhor custo x benefício da linha. Até o modelo atual ainda existem duas reestilizações, de 2005 a 2009 e 2010 a 2012, são modelos meio apelativos, do tipo muita maquiagem pra disfarçar que ela era a mesma. A versão 2013 em diante é praticamente igual a zero km, só me limito a dizer que é uma geração nova.

Não precisa pensar demais pra saber que a que mais me agrada é mesmo a primeira versão, ainda importada dos EUA, com seu motor 4.0, ela é uma autêntica pick up média e não esses brutamontes de hoje em dia. É um carro para quem quer destaque no dia a dia, mas ainda assim precisa entrar em vagas de supermercados e shoppings. Um degrau acima das Saveiro e Strada da vida, mas ainda longe de uma D20 ou F1000. Da rara Splash, passando pela clássica STX ou mesmo a básica XL, a primeira Ranger é um show.


Indicada para famílias e pessoas que gostam de estrada, ainda mais na versão cabine dupla, a geração nacional é a opção mais racional. Disponível em várias versões, cabine simples, estendida ou dupla, motor à gasolina ou diesel, tração 4x4 ou 4x2. Já não é a pequena pick up com espírito jovem da anterior, mas é opção para trabalho pesado ou quando o que você queria mesmo era uma Pajero Full, mas a grana apertou. É uma caminhonete e tanto, bem procurada pode ser um achado.

Sobre os modelos acima de 2005, como disse antes, é muita maquiagem para poucas melhorias significativas, é lógico que se o preço compensar, se o modelo estiver em bom estado, sempre vale a pena um carro mais novo. É como o clássico exemplo do Sandero 2011 e 2012, eu acho o anterior mais bonito, mas em termos de negócio, temos sempre que evoluir. Existe uma versão muito interessante da Ford, chamada Ranger Sport, que nada mais é do que a versão de entrada, mas com bons equipamentos e preço atrativo. Foi lançada para brigar com Strada e Saveiro.


Em 2013 a Nova Ranger chegou ao mercado, nessa fase já brigando de igual para igual com L200 e Hilux, abraçou de vez o conceito de carro de passeio vestido de caminhonete. Dirigir essas novas pick up é como andar de Corolla ou Fusion, na minha muito humilde opinião, perderam a graça. História muito parecida com a contada hoje viveu a S10, sua arquirrival desde o início dos anos 1990, quem sabe a próxima a aparecer por aqui não seja justamente ela.

E vamos ao bolso. Uma STX 1995/96, bonita, bem cuidada e comprável, vai sair na casa dos 20mil. Uma XLT cabine dupla 2000/2001 pouco mais de 30mil. Vão subindo lentamente passando pelos modelos 2006/07, 2010/11, beirando quase a casa dos 50mil. Já uma 2013 de nova geração parte de 60mil. Eu apostaria minhas fichas numa XLT pré 2004, se for para o trabalho pesado até mesmo uma XL 1998 e se for por pura diversão a STX 1996/1997 é a pedida! 


STX modelo 1995, XLT Dupla ano 2002 e Sport ano 2012. E pra fechar, Guns N' Roses! Aquele abraço!

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Guia do Usado - Kia Sportage

Dentre todos os coreanos disponíveis no nosso mercado, achei que seria interessante começar com um modelo que já tem uma longa história no Brasil. Aliás, a Kia já é bem conhecida daqui por um automóvel peculiar que vendeu nos anos 1990, quem não lembra da Besta? Pois é, na mesma época a marca começou a vender um jipinho muito simpático, que precede de alguma forma até mesmo a Ecosport. Com versões 4x4 e opção de motores à Diesel, a Sportage evoluiu junto com o mundo SUV.


A história do jipinho da Kia se divide em 4 atos no Brasil, mas o primeiro é o mais longo, começa em 1995 com suas versões 2.0 e 2.2, opção Diesel e uma raríssima versão 4x4 que logo deixou o mercado. Em 1997 ela passou a oferecer a opção automática, em 1999 surgiu a Grand Sportage, uma versão esticada do mesmo carro, por fora facilmente reconhecida pelo tamanho dos últimos vidros laterais. É um carro de manutenção cara, mas que hoje em dia se acha a preços bem atrativos, tem que ser garimpado, mas pode valer a pena.

Praticamente inexistente no mercado entre 2003 e 2005, sua vida começou a mudar em 2007, quando a parceria com a Hyundai trouxe a segunda geração do modelo, esta talvez seja a mais conhecida pelo público geral. Sua irmã Tucson é vendida nessa versão até hoje. Sim, a Tucson e a Sportage são o mesmo carro, só muda a marca. De qualquer forma, a Sportage entre 2007 e 2010 é de longe a versão de melhor custo x benefício da linha, embora só valha a pena comprar uma se estiver em excelente estado e mais barata que a Tucson, que é mais valorizada.


Outra reviravolta acontece em 2011, quando a Sportage ganha a plataforma da ix35. Sim, nesse caso, a Hyundai mudou o nome do seu produto enquanto a Kia mudou a geração e manteve a identidade. Maior e muito mais imponente, ela passa a fazer parte de um mercado de SUV para gente grande, ou pelo menos para quem tem grande saldo na conta bancária. Gosto de enfatizar que meu foco não é nos modelos mais caros, mas é interessante observar a evolução do automóvel.

Para encerrar a parte da história do modelo, agora em 2016 veio minha maior surpresa, numa clara inspiração nos modelos todo terreno da Porsche, a Kia apresentou um Sportage realmente novo e com linhas muito esportivas. Parece mesmo com o carro da marca alemã. O único detalhe é que o preço da versão mais simples é 100 mil reais! Ainda assim é bem mais barato que uma Cayenne. Já são mais de 20 anos de mercado com o mesmo nome, tem aí opções para todos os bolsos.


Independente do modelo que você escolher, um carro dessa categoria exige bolso mais fundo, nunca compre um carro olhando apenas o seu preço de compra. Há um motivo para um jipe de mais de 15 anos custar quase o mesmo preço que um popular de 5 ou 6. Ou dito de outra forma, há um motivo também para um carro com motor 2.0, grande e imponente, custar a mesma coisa que um popular básico mais novo. Esses carros possuem peças caras, são ótimas opções para quem não tem medo de custos. Proporcionam mais retorno também!

Sendo assim, o melhor modelo da primeira leva é entre 2000 e 2001, um pouquinho mais novo, mais fácil de ser achado em estado aceitável e ainda assim a um bom preço, entre 15 e 20mil. A versão de melhor custo x benefício para quem procura um SUV é entre 2008 e 2010, ao custo próximo de 30mil. De novo, compare com versões iguais da Tucson, se não tiver uma boa vantagem, opte pelo Hyundai. As mais novas, 2011 para cima começam em 55mil e são opções para quem já pensa numa Eco 0km, mas quer chamar muito mais atenção.


Em imagens, um modelo 2009, que seria minha primeira alternativa; um 2000 da primeira geração, com certeza uma opção alternativa e por fim em primeiro plano o 2016 e um 2015 ao lado. Aquele abraço!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Guia do Usado - Honda Fit

Já sabemos que Honda é um automóvel confiável, valorizado e que representa um bom negócio. Aliás, gostaria de iniciar o texto de hoje com as palavras de um amigo meu sobre este modelo: "dirigi um modelo 2004 e parece que eu sempre tive aquele carro, tamanha a facilidade em se encontrar e como tudo está na mão". Pois é, nada como a impressão de outras pessoas para reiterar algumas coisas que falamos. É fato, num mundo de compactos, o Honda Fit é um algo a mais.


Lançado no Brasil em 2004, a minha primeira impressão foi quase a mesma de quando lançaram o Classe A em 1999, você conhece a marca, sabe que é um bom carro, mas ao mesmo tempo fica pensando como será o comportamento de um modelo de entrada. Outra coisa parecida com o Mercedes é no quesito estético, vamos ver que o Fit é um excelente carro, mas não é o Honda mais bonito que você encontra no mercado.

O primeiro modelo parece um subcompacto japonês clássico, mas ainda assim é super funcional, tem ótimo espaço interno, mecânica que dispensa comentários e que da conta do recado. Um detalhe pouco conhecido, no nome do modelo na tampa traseira você identifica a motorização. Quando o "pingo" do "i" da palavra Fit é vermelho, significa que o motor é 1.4, quando é azul é o modelo 1.5. As versões são EX e LX, padrão da Honda. Existe uma versão mais personalizada chamada Twist, que eu diria que divide opiniões.


De 2004 a 2008 permanece inalterado, passando por uma remodelação em 2009, uma grade nova cromada entre 2012 e 2013 e finalmente uma nova versão foi lançada em 2015. Entre a primeira e a última se notam grandes mudanças, esta última trazendo uma identidade já com o City, o sedan compacto da marca. O que a Honda tentou fazer nesse caso foi justamente agrupar esses carros como se fossem uma família. Algo como um sedan e um hatch.

O Fit traz semelhanças com automóveis como o Classe A, como já dissemos, e também com o Livina, o que o torna uma minivan, mas por ser mais compacto, a nova versão está mais para um hatch. Os especialistas chamam esse tipo de carro de Monovolume. A questão é que, mesmo não sendo bonito como um Civic, o Fit é uma boa opção para o dia a dia, para uma família pequena. Disponível em versões automáticas desde as mais simples, só é bom estar sempre atento a manutenção desse tipo de câmbio. 


Eu diria que hoje em dia é o honda de melhor custo x benefício do mercado de usados, pois é um carro bom de ano (o mais antigo é 2004), que pode aproveitar bem a fama da marca. Diferente até dos Civic até 2006, que apesar de ótimos já enfrentam uma boa desvalorização se comparado aos modelos um ano acima. É bom negócio comprar um Honda abaixo dos anos 2000? Depende do negócio, mas no geral são carros excelentes, porém difíceis de revender.

Um Fit ano 2004/2005 vai custar aí em torno de 20 mil reais, o que é pouco para tudo que ele oferece. As versões acima de 2009 estão disponíveis a partir dos 30 mil, mas atenção, pois unidades abaixo disso podem esconder alguma coisa. Já os 2015 em diante ainda não são encontrados por menos de 50 mil devido a sua proximidade com o 0km. É mais uma opção de carro, nesse caso, discreto e excelente para o uso diário. O que difere aqui é que pelos mesmos 20 mil de um 2004 você compra um popular muito mais novo. Mas a opção está lançada!


Ilustrando nas versões 2004, Twist 2013 e 2015, com um pouco de Sonic Youth para vocês! Aquele abraço!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Guia do Usado - Zafira e Meriva

As categorias de automóveis são engraçadas, antigamente existiam peruas como as Parati e Van para a maioria das pessoas era a Kombi, depois chegaram a Besta e a Topic, mas mesmo assim eram veículos para um uso mais profissional, até que chegou a Scenic, mas só com 5 lugares. Nessa bagunça a GM resolveu lançar um carro grande, alto, espaçoso e com capacidade para 7 pessoas. Ela não era uma perua Astra, mas tinha muito em comum com o hatch. Zafira e também um pouco da Meriva é o que falamos hoje.


A irmã maior, feita sob a plataforma do Astra, foi lançada em 2001. Teve uma pequena atualização na grade em 2005 e seguiu rumo até 2012. Para quem precisa de espaço não há outro automóvel que ofereça tanto. Mesmo depois da chegada da Spin ou da Grand Livina, o que nota-se claramente é que os bancos extras da Zafira acomodam melhor. Seu motor, o clássico 2.0 que também equipa o Vectra, dispensa comentários.

Aproveitando o momento, é interessante falar também da Meriva, minivan de 5 lugares que concorre com Idea, Scenic e talvez até com Picasso. Lançada em 2003 (ano/modelo), nunca teve nenhuma alteração significativa no deu desenho, ficando apenas em pequenas alterações de motorização. Se manteve entre as opções 1.4 e 1.8, mas atenção, pois na baixa cilindrada é melhor procurar pela opção econoflex, já que o 1.4 flexpower era o mesmo que equipava o Celta, o qual já falamos que não tinha limitador de giro.


Vamos falar um pouco sobre as versões, é sempre interessante buscar o melhor custo x benefício, mas para um carro desse porte não é bom abrir mão de itens como ar condicionado. A Zafira existe na versão GLS e CD até meados de 2005, a partir disso a nomenclatura é Confort, Elegance e Elite. Já para a Meriva o leque é um pouco maior, como ela foi gerada da plataforma do Corsa, suas versões são Joy, Maxx, Premium e a exclusiva e rara SS. Existiu uma versão CD lá no início, nos primeiros anos.

É bom lembrar que Chevrolet em geral tem uma mecânica extremamente confiável, o que significa dizer que são carros que podem ser comprados sem susto com km acima de 100 mil. Manutenção tende a ser um pouco mais cara que Fiat e Volks, no entanto quebram com muito menos frequência. Gosto de lembrar do Monza que tive há alguns anos, que efetivamente começou a querer visitar a mecânica lá para os 220 mil km. Fiquei 5 anos com aquele carro.


O mercado de minivans experimentou seu boom no início dos anos 2000, na década atual já se fala muito mais em SUV, basta olhar pelas ruas e ver a quantidade de Renegade e HR-V que estão por aí. Mas ainda assim para quem quer um excelente carro para acomodar bem a sua família, aos boas e altas Meriva e Zafira estão entre as muito bem cotadas para merecer um lugar na sua garagem. Aqui a questão é simples, design aprovado pelo mercado e marca forte.

Para tanto, na Zafira irá se desembolsar entre 20 e 30 mil reais, considerando ano e estado geral, para um exemplar em bom estado. Valor que no caso da Meriva traz a curva para 15 a 25 mil. São valores justos por um carro dessa categoria, lembrando que quanto mais barato e mais antigo, maiores são as dificuldades na hora da revenda. Se você procura um carro com ótimo e confiável motor e precisa de muito espaço, vale a pena prestar atenção nessas Chevrolet!


Nas versões CD 2004 e Elite 2010 a Zafira, e no meio um belo exemplar SS 2006 da Meriva.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Guia do Usado - Fiat Idea

Confesso que quando a vi pela primeira vez eu senti certo desconforto. Quadrada demais, alta demais, e em alguns casos até laranja demais. Mas, o tempo foi passando, as ruas foi ganhando, e hoje em dia até eu olho com carinho para o custo x benefício desta minivan. Lógico que bonita mesmo é só a geração nova, mas no mundo dos carros nem tudo é só estética, se fosse assim Uno quadrado não vendia como vendeu. Hoje é o dia da Idea.


Lançada pela Fiat em meados de 2005 (modelo 2006) nas clássicas configurações ELX 1.4 e HLX 1.8, nunca chegou a ser um estrondoso sucesso, mas a marca pesou na hora das compras quando se compara com as rivais francesas. Quem precisava de um carro grande e alto, mas ainda tinha preconceitos e não tinha grana para bancar uma Zafira ou Meriva (essa concorrente direta), aí estava uma opção. Dos primeiros anos eu destaco a HLX com teto solar, rara, mas um charme à parte.

Em 2006 veio a versão Adventure, famosa em toda a linha Fiat, a da Idea trazia uns reloginhos bacanas no painel, mas na verdade tudo não passa de um para-choque preto e um pneu pendurado na traseira. Mesmo assim é uma versão muito procurada no mercado de usados e até valorizada. Eu mudei minha opinião sobre as adventures, hoje em dia eu prefiro uma discreta versão ELX bem equipada do que a chamativa "todo" terreno.


Muita coisa mudou em 2011 com o lançamento da nova geração da Idea. Desenho harmonioso, linhas belas e curvas, deixaram o carro realmente bonito e subiram de vez o status da minivan. Nas versões renomeadas para Attractive (1.4), Essence (1.6) e as versões Top de Linha sempre no 1.8, Sporting e Adventure. Aqui elas são mais caras, mas possuem um ar de superioridade sobre as velhas Picasso e Scenic, suas tradicionais rivais. Sem falar que no estilo deixa a Meriva comendo poeira.

Eu particularmente acho a 1.4 fraca demais para o tamanho da Idea, mas não custa lembrar que eu tenho um Sandero 1.0, ou seja, eu sei que é possível se virar. Talvez a melhor opção para uso geral e viagens seja a 1.6, mas está disponível só na nova versão. Quem tem orçamento limitado precisa pensar duas vezes se vale a pena aplicar mais. De qualquer forma o motor 1.8 é bem famoso por sua força e nível de manutenção agradável.


A regra nos equipamentos é clara, carro básico só pequenos populares. Talvez nas versões 2005/2006 você encontre um bom negócio sem ar condicionado, mas é o máximo que da pra abrir mão. No mais, um bom carro tem que ter o essencial, conjunto elétrico e direção assistida. O que fica bom nas mais velhas é um bom jogo de rodas, faz o carro respirar ares de esportividade, algo que notadamente ela não tem.

E assim chegamos aos valores. Uma excelente Idea entre 2006 e 2007 custa seguros 20 mil (pode negociar), já em modelos 2010 (uma média) pode preparar uns 25 mil. As versões de 2011 em diante podem chegar até perto dos 35 mil em excelente estado. Busque sempre veículos com a menor km possível, desde que estejam em bom estado de lata e interior e no fim faça uma perícia para ficar seguro. Se eu compraria uma? Com certeza! Mas eu também compraria um Lada se me desse vontade!


A extremamente laranja HLX com teto e belas rodas, a tradicional verde Adventure e é lógico que a Sporting não podia ser de outra cor. E um pouco de INXS pra vocês. Aquele abraço!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Guia do Usado - Xsara Picasso

Um concorrente de peso, mas com pouca tradição e um nível de desconfiança acima dos rivais. Sim, parece radical, mas é assim que se deve encarar um Citroen, sobretudo quando ele é de uma categoria mais robusta como a das minivans. Como disse no artigo anterior, a Scenic reinou sozinha apenas por alguns anos, já que na França sua rival já estava no mercado praticamente junto com a Renault, nada mais natural que ela também viesse ao Brasil. Citroen Xsara Picasso.


O Xsara era um conhecido do brasileiro desde a metade final dos anos 1990, na realidade hoje ele é um carro difícil de achar, mas em virtude do seu preço baixo sua manutenção já nem assusta mais. Já a Picasso (na realidade o sobrenome acompanha todas as minivans da marca) foi apresentada aqui em 2001, e sejamos sinceros, era muito superior à Scenic em quase tudo. Mas como o mercado não avalia só equipamentos, foram atributos como a confiabilidade e preço que deixaram a Renault sempre à frente. Teve apenas uma reestilização na grade em 2008.

Mas e hoje, 15 anos após seu lançamento, o que a Picasso tem a oferecer? Basicamente a mesma coisa que a Scenic, mas com um detalhe fundamental, a Picasso é e sempre será mais imponente e chamará mais atenção. Independente de quanto se pague por uma, ela sempre vai parecer mais cara, pois desde o lançamento ela é considerada um carro de classe superior. Primeiro porque a Citroen carrega status, é assim com o C3 e assim é com outros carros da marca, e segundo porque na época de boas vendas, ter uma era considerado outro nível.


É lógico que ela carrega a mesma fama de qualquer francês, tendência a dar manutenção com frequência e alto custo. Mas justiça seja feita, muitas vezes não é a marca ou o modelo, mas sim o mercado em que ele está inserido. Carros como o Peugeot 206 e os anteriores 306 foram comprados por pessoas que pensavam em exclusividade, e ao passar para o segundo dono já sofreram da típica negligência de manutenção, o que os torna péssimo negócio hoje após mais de 15 anos de alguns.

Com a Picasso isso ocorreu numa proporção bem menor, pois essa categoria é de pessoas que ficam mais tempo com o carro e quando as revendem tem maiores chances de passar por donos mais cuidadosos. Em suma, hoje em dia é possível encontrar Picasso com 10 anos de uso e menos de 100 mil km, super bem cuidadas e que com o devido aporte em revisão (veja o quanto o investimento inicial pode minimizar problemas futuros) podem se tornar excelentes carros para sua família.


A versão minivan da Xsara foi descontinuada em 2012 após um relativo sucesso ao longo do tempo, sua substituta natural já estava entre nós desde 2008, e diferente da Grand Scenic, os donos de Citroen migraram, basta ver a quantidade de C4 Picasso nas ruas e nas lojas. Outra que traz o sobrenome é a C3, lançada em 2012 e hoje atende apenas como Aircross. O Guia é dedicado à Xsara Picasso, mas os irmão mais novos podem ser opção bem interessante para quem quer investir em um veículo mais moderno.

Voltando então à velha Xsara, suas versões 1.6 lá de 2001 podem facilmente ser encontradas abaixo de 15 mil reais. Na faixa exata dos 15 já se encontram modelos 2003/2004 até mesmo com motorização 2.0. A última versão ainda estrela nas lojas perto de 30 mil, mas com uma boa procura se acha um veículo em excelente estado com até 5 anos de uso por apenas 25 mil. Não espere vida fácil na revenda, mas se você pensa em um carro para uso e família, e além disso uma boa dose de classe, invista e aproveite.


Começando pelo modelo 2010, talvez o melhor custo x benefício para quem quer um carrão a bom preço e não tão antigo; passando pelo 2003 e fechando com um C4 2008. E no vídeo, uma das milhares de bandas menos conhecidas que podem te render boas horas de boa música, Cheap Trick!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Guia do Usado - Scenic

Se a Kombi não contar, é a primeira vez que falo sobre essa categoria, mas uma coisa é fato, a posição de dirigir lembra muito a da velha senhora. A Renault é conhecida como uma das criadoras da categoria Minivan (mais uma vez assumindo que a Kombi não é uma) quando lançou a Espace lá nos anos 1980. Aqui no Brasil não é muito diferente, a marca francesa apresentou no final dos anos 1990 este modelo que não era muito comum por aqui até então. Falamos hoje da Scenic.


Lançado em 1998, junto com o resto da família Megane, a Scenic logo se tornou um automóvel de maior destaque do que seus companheiros sedan e hatch, o motivo foi certamente o fato dela ser uma categoria nova no mercado nacional. A posição de dirigir alta e o espaço interno muito bem aproveitado, características que migraram para outros carros depois como o Fox e mais recentemente o Sandero, foram o grande diferencial do sucesso.

Reinou tranquila e sozinha nessa onda até 2001/2002 quando foi apresentada a Xsara Picasso, mas nessa mesma época se renovou e garantiu seu lugar ao sol. O primeiro modelo era marcado pelo capô vincado que formava parte da grade, já na reestilização, que a acompanhou até 2011, um toque de tradicionalidade fez as linhas finais mais comuns. Esse detalhe foi crucial para não cansar o desenho e levar ela a superar a próxima geração do Megane.


Em 2008 e 2009 foi comercializada por aqui a Grand Scenic, sob a plataforma do Megane II (nosso conhecido desde 2006), o que aconteceu foi que a velha Scenic ainda era a favorita e a nova não tomou seu lugar. Hoje em dia aquela versão, apesar de ser mais moderna, é mais rara e difícil de encontrar. A velha Scenic saiu de linha em 2011, deixando uma lacuna no mercado, mas certamente hoje em dia uma tem bastante status e tem muito a oferecer para uma família média.

Quando o assunto é mecânica e manutenção as regras são padrão Renault. O que estamos falando é do mesmo 1.6 que havia no Clio e há no Logan e o mesmo 2.0 que sempre equipou a linha Megane, motor confiável, custos honestos, não bebe demais, assim como não surpreende no desempenho. Atenção, é claro, à km e desgastes acentuados no interior, e uma boa revisão já resolverá os problemas imediatos. Até onde sei, um ponto vulnerável desses carros é suspensão dianteira.


Com certeza a Scenic não é um carro de boy ou um modelo esportivo, na realidade a posição do volante me traz ótimas lembranças de conduzir, sim ela mesma, a Kombi. O barato desse Renault é sentir-se bem e confortável no transito do dia a dia. É um carro que não cansa em viagens e lhe traz um ar de controle de tudo à sua volta. Excelente porta-malas e ponto positivo para os bancos individuais na parte traseira.

E assim chegamos aos 10 mil reais nos modelo 1998 a 2000, mas eu não indicaria, pois essa versão já é muito defasada. Entre 2001 e 2011 o preço vai variar de 15 a 25 mil, vale a pena procurar, pois há modelo impecáveis espalhados por aí. A geração Grand Scenic, vendida entre 2008 e 2009 beira os 30 mil e faz parte de um grupo seleto de negócios que precisam ter um algo a mais (tipo entrada em bom valor do seu usado). Como já disse, eu indico como um excelente carro para família!


Fatos em Fotos aponta os modelos 2010, uma versão Grand 2008 e a primeira 1998. Aquele abraço!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Guia do Usado - Vw Polo

O modelo de hoje é certamente um hatch e compacto, mas está longe de ser um popular. Mantendo o que o Guia procura fazer, de trazer modelo parecidos entre si em publicações próximas, nada mais justo que trazer um rival do C3. No entanto, este rival tem mais tempo de mercado, vêm de uma marca mais tradicional, mas sua comercialização no país parou em 2014. Talvez tenha sido um caso de fogo amigo, uma vez que a marca já não encontrou lugar para ele entre Gol, Fox e Golf. O carro de hoje é o Polo!


Mas antes que possamos tratar de fato o compacto premium que todo mundo conhece, é interessante voltarmos no tempo e lembrar de como ele começou no Brasil. Em 1997, após o fim da Autolatina, a Volks simplesmente não tinha um sedan compacto para o mercado. O fim da união com a Ford foi também o fim do Logus, e a Vw não havia projetado o Voyage para a geração 2 do Gol. Eis que a solução estava na Argentina, de onde se trouxe o então Polo Classic.

Até 2001 era isso que o brasileiro conhecia de Polo, e para enfatizar as curiosidades, a própria Volks trouxe ao Brasil através da sua subsidiária espanhola Seat, a família completa. Nós já lemos aqui sobre a família Cordoba, que possuía o sedan, o hatch Ibiza e a perua Vario. Houve inclusive um concorrente aos tradicionais Fiorino, o Volkswagen Van e o Seat Inca eram versões furgão desse mesmo Polo Classic. Motor 1.8 derivado dos poderosos AP, desenho quadradão e vendas não mais do que razoáveis, assim foi a primeira fase.


Mas tudo mudou em 2003 quando a Volks trouxe o novo Polo, desta vez sem o sobrenome, deixando o sedan como coadjuvante e fazendo do hatch um grande sucesso. Ali ele surgiu com motores 1.6 e 2.0 (além de uma versão daquelas que é melhor não encontrar, com motor 1.0). O mesmo motivo das boas vendas foi também vítima de críticas dos entusiastas. A frente do Polo 2003 é claramente inspirada na revolução dos Mercedes Classe E de 1996 (ou seria nos seus próprios Passat e Golf '70 e '80?) , enquanto que a lanterna traseira do Polo Sedan foi transplantada do Corolla 1998.

Se este modelo não tinha identidade, o modelo 2007 tentava resolver de vez a questão, a remodelação pode ser considerada como das mais belas do Polo vendido no Brasil. Embora dessa vez a inspiração fosse forte nos Audi, pelo menos nesse caso as marcas eram do mesmo grupo. Foi nessa geração que estava à venda um dos Polo mais emblemáticos vendidos no país, o raro GTi (quem vê essa sigla sabe bem o que significa). Muito difícil de encontrar hoje em dia.


Com um novo face-lift no modelo 2012, já com o tradicional câmbio semiautomático i-motion lançado em 2010, o hatch foi se tornando cada vez mais raro no mercado e o sedan acabou virando carro de tiozão e também sendo direcionado à frotas empresariais. Era o início do declínio de um automóvel que viu a marca investir tão bem no Fox e no Golf, enquanto a sua versão três volumes ficou espremida entre Voyage e Jetta. Parou de ser vendido em 2014, mas na Europa continua sendo um dos carros chefe da marca alemã.

Com o tradicional do topo ao pé dos preços, as últimas versões são encontradas hoje na faixa dos 35 mil, com a vantagem de muitas serem carros praticamente em estado de 0km. A bela versão 2007 a 2011 pode ser encontrada por 25 a 30 mil (exceto o GTi que não tem preço). Com uma boa dose de sorte você encontrará os modelos de farol duplo até por 15 mil. Já os velhos classic não passam dos 10 mil mas só servem como alternativa a um Escort. O diferencial aqui é ser um carro extremamente confiável e muito bom de dirigir. Carro para quem gosta de carro!


Na sequência, GTi 2008 (a raridade), Classic 1998 (o início) e um hatch 2003/2006 (melhor compra). E pra fechar, um clássico da banda Blindagem, a melhor banda da história do Paraná!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Guia do Usado - Citroen C3

Dentre muitos modelos disponíveis no mercado de usados, alguns são misteriosamente super equipados e baratos, outros são caros e nem tão bons assim. Mas no fim das contas o que é mito e o que é verdade? Será que má fama tem justificativa ou é simples preconceito que derruba preço? Já descobrimos aqui que muitos Renault podem ser excelente negócio quando bem procurados, e hoje é dia de tentar defender outro francês, o Citroen C3.


Muito conhecida dos brasileiros desde os anos 1990, a Citroen sempre foi marca de carrões, talvez o maior sucesso antes dos anos 2000 tenha sido o Xsara, um belo hatch que concorria com Golf, Astra e companhia. Mas foi com o C3 que a marca realmente ganhou o público brasileiro, um compacto premium muito bem equipado e que rende boas doses de status até os dias atuais. Lançado em 2002, o carro chamou atenção e conquistou um público que precisava de carros pequenos, mas nem por isso populares.

Do lançamento em suas versões GLX, destaque para os exemplares da cor Azul e Vermelho, talvez não sejam os mais fáceis de vender, mas com certeza tem uma dose extra de exclusividade. Em 2006, na onda CrossFox da vida, foi lançado o XTR, mesma época que veio o motor flex. Um ano mais tarde a opção de motor 1.4 acabou se tornando dos mais vendidos. O C3 passou por uma leve reestilização em 2009, apenas uma maquiagem para chamar atenção de quem já não repara mais nele nas ruas.


Foi em 2013 que a Citroen lançou o novo C3, dotado de um tal de para-brisas Zenith, um vidro dianteiro que vai até quase a metade do teto do carro, formando um visual panorâmico muito interessante. É realmente uma sacada de marketing, já que é um acessório e é caro, mas chamou muita atenção para o modelo e ajudou muito nas vendas da nova versão. Foi nesta nova fase que chegou a opção de motor 1.5. O modelo 0km é igual a este, a novidade está por conta do novo motor do grupo PSA, um 1.2 muito moderno que anda bem e bebe pouco.

Falando em PSA, a maioria das pessoas sabe, alguns não, mas a Citroen e a Peugeot são basicamente a mesma coisa. O C3 e um tal de 206 só não são o mesmo carro porque o Peugeot é um pouco mais simples, mas em diversas faixas de preço os dois concorrem entre si. E além disso, ambos compartilham muitas peças, inclusive os motores 1.6, 1.4 e o novo 1.2. A Peugeot é uma marca que também briga para se consolidar no Brasil, mas como nosso foco é nos usados, entre uma e outra eu ficaria com Xsara, Picasso e o próprio C3.


O medo dos franceses sempre esteve associado à manutenção (cara e frequente), é isso que joga os preços desses carros mais pra baixo. No geral, a regra não é diferente de outros carros fora do eixo popular, uma boa revisão e atenção para não pegar um carro com mais de 100 mil km. Vale a pena procurar, pois se acham bons modelos na casa dos 10 anos de uso com 70 ou 80 mil km. Uma perícia simples (paga) confirma se a km é real e está tudo sob controle. Uma geral em suspensão e correias é importante.

Manutenção mais cara é sim um ponto negativo, mas aí está o risco (que vale a pena assumir) de pagar mais barato por um carro tão completo e com uma boa dose de status. 15 mil nos modelos 2002 a 2007, um XTR custa um pouco mais. A partir de 20 mil já se acha os 2009 reestilizados e com motor flex. Já o modelo novo começa na casa dos 35 mil e dai pra cima. É um carro que precisa ser comprado com uma dose extra de cautela. Vai bem para curtos deslocamentos e na mão de quem tem carta na manga caso dê algum problema. Mas é inegavelmente bonito e confortável!


Simples assim com modelos 2002, 2010 e 2013. E fechando com Love Bites do Def Leppard! Aquele abraço!