Era um momento diferente do mercado, uma época em que um bom sedan sempre lembrava Corolla ou Civic e se você queria mais tamanho ou classe só investindo pesado em uma Mercedes ou um Audi, mas então a Ford resolveu trazer ao Brasil um carro de presença como a muito tempo não fazia. Embora o Mondeo tenha vivido alguns anos interessante no Brasil, ele nunca foi muito considerado, talvez até mereça um artigo próprio, mas o de hoje merece mais. O Ford Fusion.
Carro grande, veio inclusive para substituir os Omega autralianos na frota presidencial, lançado em 2006 para dar à Ford um fôlego no mercado de luxo. Tal qual o Hyundai do texto anterior, foi apresentado em versão única, a SEL 2.3. Sua característica marcante era a frente com grade cromada, estilo mais quadradão e lanternas traseiras tipicamente americanas (com o pisca em vermelho, dividindo função com a própria lanterna).
Talvez, por ser um Ford, suas vendas gerais não tenham atingido as expectativas da marca, já que nunca foi capaz de fazer sombra aos campeões da Toyota e da Honda, mas nosso guia não trata dos modelos mais vendidos ou mais famosos, mas sim dos carros como o são. E uma coisa o Fusion faz, chama atenção por onde passa e trata bem seus ocupantes. Luxo, conforto e potência, essa é a receita básica de um grande sedan. E isso tudo o Ford tem de sobra.
Se o primeiro modelo hoje em dia já parece quadrado demais e seu preço no mercado geral já está bem atraente, as mudanças que o Fusion sofreu foram bem perceptíveis e significativas ao longo dos anos. Começando pela primeira reestilização, de 2010, que além de um desenho renovado, mas sem perder a identidade, trouxe as opções 2.5 e 3.0 V6 com tração integral, um exagero para atender aos entusiastas.
Mas foi em 2011 que o Fusion fez história, foi lançada a versão Hybrid, dotada de um motor 2.5 à gasolina que trabalha em conjunto com um motor elétrico. A propulsão limpa da conta do carrão até os 40 km/h, e só aí entra em funcionamento a combustão, isso faz com que, no conjunto, o carro atinja marcas superiores à 16 km/l na cidade. Sim, o Ford Fusion torna-se ecológico e extremamente econômico. Embora tenha companhia do Prius no nosso mercado, o Fusion é outro nível de híbrido.
E assim chegamos a nova geração de 2013, é aqui que o Fusion deixa de ser um sedan sóbrio e conservador para se tornar um carro quase esportivo. Claramente inspirado em modelos da Jaguar, essa versão possui um desenho convincente e cativante. Seu motor agora é 2.0 e sua versão mais bem aceita é a nova Titanium, mesma nomenclatura de outros modelos da Ford. Lógico que são perfis de bolso e compradores diferentes, mas há opções para agradar muita gente.
De volta à casa dos 30 mil reais, é isso que você irá pagar por um Fusion SEL 2.3 automático 2006/2007, na minha opinião o melhor custo x benefício nesse momento. Se você quer a versão modernizada, pode subir o cheque para 40 a 45 mil. Se você se empolgou com a Hybrid, a conta vai de 60 mil para o modelo 2011 e sobe até 100 mil nos modelos da última geração. Não adianta sonhar sem base, quem paga 100 mil num carro, prefere comprar um zero km. Nós pobres mortais podemos olhar com carinho para os primeiros que seremos bem recompensados.
As três versões bem distintas, do lançamento 2006, a reestilização em 2010 e a nova geração em 2013. E pra fechar, um Van Halen...
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