quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Guia do Usado - Vw Polo

O modelo de hoje é certamente um hatch e compacto, mas está longe de ser um popular. Mantendo o que o Guia procura fazer, de trazer modelo parecidos entre si em publicações próximas, nada mais justo que trazer um rival do C3. No entanto, este rival tem mais tempo de mercado, vêm de uma marca mais tradicional, mas sua comercialização no país parou em 2014. Talvez tenha sido um caso de fogo amigo, uma vez que a marca já não encontrou lugar para ele entre Gol, Fox e Golf. O carro de hoje é o Polo!


Mas antes que possamos tratar de fato o compacto premium que todo mundo conhece, é interessante voltarmos no tempo e lembrar de como ele começou no Brasil. Em 1997, após o fim da Autolatina, a Volks simplesmente não tinha um sedan compacto para o mercado. O fim da união com a Ford foi também o fim do Logus, e a Vw não havia projetado o Voyage para a geração 2 do Gol. Eis que a solução estava na Argentina, de onde se trouxe o então Polo Classic.

Até 2001 era isso que o brasileiro conhecia de Polo, e para enfatizar as curiosidades, a própria Volks trouxe ao Brasil através da sua subsidiária espanhola Seat, a família completa. Nós já lemos aqui sobre a família Cordoba, que possuía o sedan, o hatch Ibiza e a perua Vario. Houve inclusive um concorrente aos tradicionais Fiorino, o Volkswagen Van e o Seat Inca eram versões furgão desse mesmo Polo Classic. Motor 1.8 derivado dos poderosos AP, desenho quadradão e vendas não mais do que razoáveis, assim foi a primeira fase.


Mas tudo mudou em 2003 quando a Volks trouxe o novo Polo, desta vez sem o sobrenome, deixando o sedan como coadjuvante e fazendo do hatch um grande sucesso. Ali ele surgiu com motores 1.6 e 2.0 (além de uma versão daquelas que é melhor não encontrar, com motor 1.0). O mesmo motivo das boas vendas foi também vítima de críticas dos entusiastas. A frente do Polo 2003 é claramente inspirada na revolução dos Mercedes Classe E de 1996 (ou seria nos seus próprios Passat e Golf '70 e '80?) , enquanto que a lanterna traseira do Polo Sedan foi transplantada do Corolla 1998.

Se este modelo não tinha identidade, o modelo 2007 tentava resolver de vez a questão, a remodelação pode ser considerada como das mais belas do Polo vendido no Brasil. Embora dessa vez a inspiração fosse forte nos Audi, pelo menos nesse caso as marcas eram do mesmo grupo. Foi nessa geração que estava à venda um dos Polo mais emblemáticos vendidos no país, o raro GTi (quem vê essa sigla sabe bem o que significa). Muito difícil de encontrar hoje em dia.


Com um novo face-lift no modelo 2012, já com o tradicional câmbio semiautomático i-motion lançado em 2010, o hatch foi se tornando cada vez mais raro no mercado e o sedan acabou virando carro de tiozão e também sendo direcionado à frotas empresariais. Era o início do declínio de um automóvel que viu a marca investir tão bem no Fox e no Golf, enquanto a sua versão três volumes ficou espremida entre Voyage e Jetta. Parou de ser vendido em 2014, mas na Europa continua sendo um dos carros chefe da marca alemã.

Com o tradicional do topo ao pé dos preços, as últimas versões são encontradas hoje na faixa dos 35 mil, com a vantagem de muitas serem carros praticamente em estado de 0km. A bela versão 2007 a 2011 pode ser encontrada por 25 a 30 mil (exceto o GTi que não tem preço). Com uma boa dose de sorte você encontrará os modelos de farol duplo até por 15 mil. Já os velhos classic não passam dos 10 mil mas só servem como alternativa a um Escort. O diferencial aqui é ser um carro extremamente confiável e muito bom de dirigir. Carro para quem gosta de carro!


Na sequência, GTi 2008 (a raridade), Classic 1998 (o início) e um hatch 2003/2006 (melhor compra). E pra fechar, um clássico da banda Blindagem, a melhor banda da história do Paraná!

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