domingo, 30 de julho de 2017

Guia do Usado - Audi A4

O modelo de hoje é, na minha opinião, o terceiro no ranking de sedan médios importados da década de 1990. Atrás de Mercedes Classe C e BMW Série 3,  também alemão, para alguns aficionados pela marca é um pecado falar que os dois citados sejam melhores, mas a minha avaliação refere-se à números de mercado, popularidade e revenda. Pertencente a uma linhagem de sedans que invadiu o mercado nacional naquela época, o Audi A4 tem a elegância única da marca das quatro argolas.


A Audi foi a última marca de luxo alemã a se renovar no mercado nacional, a Mercedes e a BMW apresentaram seus produtos da geração 1990 uns anos antes, o A4 foi apresentado apenas em 1995. As linhas do primeiro modelo eram mais limpas e elegantes que os concorrentes, tanto que o A3 de 1997/1998 era quase que uma versão hatch dele. Motores 1.8 e opção até de câmbio manual tornam a vida de um caçador mais fáceis, embora seja um automóvel de mecânica complexa.

Não posso deixar de dedicar umas palavras a versão Avant, de longe a perua importada mais bonita que figurou no Brasil naquele tempo. As versões BMW e Mercedes com essa configuração são feias e parece que não casam com o restante do carro. Já a Audi era perfeita. E a prova de que a Audi se dedica às peruas é a endiabrada RS2 de 1994, baseada na Avant do Audi 80. Talvez uma Volvo 850 seja quase tão clássica, mas aí trata-se de um público totalmente diferente.


Eu gostaria de destacar os modelos mais antigos, por puro e simples gosto pessoal, de 1995 a 2002, seguido da segunda geração entre 2003 e 2006, tendo uma das mudanças mais significativas em 2007, quando a Audi passou a adotar a grade em trapézio, que bate com o lançamento da segunda geração do A3. Dali em diante até houveram mudanças, não tão surpreendentes em termos estéticos, mas algumas radicais em tecnologia, como em 2011 e 2015.

No geral, um A4 da primeira geração custa menos do que um Mercedes ou BMW equivalentes, no entanto, são muito mais difíceis de achar e, logicamente, exigem uma pesquisa e um cuidado muito maior quanto ao estado geral da maquina. Hoje em dia é muito mais fácil a questão de manutenção desses autos, até porque muitas tecnologias que eles já tinham naquela época estão mais comuns atualmente. No entanto, a dica eterna a um postulante a dono de importado antigo é que encontre uma oficina de qualidade e confiança.


Mas por que gostar tanto de carros dos anos 1990? Porque são carros que, em suas categorias, um novo custa uma verdadeira fortuna, mas que ainda assim, o velho, é substancialmente mais carro que um popular novo. Não estou dizendo que vale mais a pena comprar um Volvo do que um carro novinho que não lhe trará incômodos, mas se você estiver num momento na vida que pode optar por uma "loucura" assim, o que eu digo é que vale muito a pena.

Difícil de achar, mas o preço não é absurdo. Um A4 ali em torno de 1997/1998 costuma se encontrar abaixo de R$ 20 mil reais. Na reestilização de 2003 os preços já sobem para uns R$ 35 mil, enquanto que os modelos acima de 2007, com um toque de contemporâneos, partem dos R$ 45 mil. É muito para um carro 2007? Com certeza. Mas sempre será um Audi. Lógico que se eu fosse optar, procuraria um da década de 1990 em bom estado, mas é como eu sempre digo, certos carros são questão de oportunidade e momento.


Sedan 1995, Avant 2000 e Sedan 2007, essas são as imagens que ilustram o texto de hoje. E no vídeo, um pouco de peso para exorcizar alguns problemas do dia a dia. Abraços à todos.

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