domingo, 6 de agosto de 2017

Guia do Usado - Volvo S40

Qual a primeira coisa que você lembra quando pensa na Suécia? Eu lembro dos meus 10 anos de idade, copa de 1994, do sufoco que a seleção sueca deu na seleção brasileira naquele empate em 1 x 1 na primeira fase, e de como eu fiquei nervoso ao topar com eles na semi-final, mas tudo acabou bem com um gol de cabeça do Romário. Ok, isso não tem muito a ver com o texto de hoje, mas no mundo dos carros, a Suécia é conhecida por ser a pátria mãe da marca mais segura do mundo. E o modelo de hoje é o Volvo S40.


Embora ele esteja presente nas tabelas até os dias atuais, assim como nos textos anteriores, nosso foco é a fase clássica desse belíssimo automóvel. Lançado em 1996, ano em que substituiu o 460 (talvez no futuro este também mereça um texto), logo tornou-se um dos Volvo mais bem aceitos do mercado brasileiro. Vendeu tão bem que no mercado de usados é uma figura não tão rara assim. Esse desenho vai até meados dos anos 2000 e é o símbolo da ruptura das linhas quadradas que a Volvo adotava até então.

Duas semelhanças devem ser destacadas em relação ao último texto, do Audi A4, o S40 também possuía versão 1.8 com câmbio manual e sua versão perua a V40 era um automóvel fantástico. A versão mais simples certamente ajudou a decolar as vendas no sedan, enquanto que a Perua é mais comum de ser encontrada na 2.0 automática. Suas linhas arredondadas são bem contemporâneas do que havia disponível naquele tempo, e embora poucos saibam que a empresa é sueca, a Volvo enquanto fábrica de caminhões e ônibus já era absolutamente conhecida por aqui.


O S40 talvez seja um dos veículos de melhor custo x benefício da Volvo entre os usados. Trata-se um carro possível de encontrar em bom estado, sua manutenção é mais barata que os tradicionais quadradões e seu porte e estética são de carros mais pra uso diário. Com opiniões de outros donos eu posso dizer que sua estabilidade é invejável, assim como o já conhecido nível de segurança e conforto. Fora o estilo totalmente fora do comum, mas ao mesmo tempo discreto.

Diferente do início dos anos 2000 quando Civic e Corolla abocanharam o mercado de sedans médios à um preço um pouco mais acessível, este S40 coloca os japoneses no bolso quando o assunto é estilo e personalidade. Infelizmente sua manutenção é mais cara, por se tratar de um carro com pouquíssima mão de obra especializada, inclusive até hoje. Depois da fase quadrada, a Volvo teve uma rápida passagem por um mercado de sedans de luxo, mas hoje em dia o foco da marca é nos SUV de grande porte.


Um carro que talvez não ganhe um texto, mas que vale a menção é o cupê conversível C70. Também do final dos anos 1990, é um luxuoso sem capota que brigava com as raras versões assim do Chrysler Stratus. Bmw 325 cabrio não tinha porte para esses dois. Outro ícone fora da curva entre os Volvo foi a XC70 Cross Country, uma perua realmente preparada para o uso no fora de estrada, mas que tinha porte de SW mesmo. Diferente dos jipinhos que surgiram depois. Joguei um pouco da série 70 aqui porque não tinha mais o que falar dos 40.

R$ 15 mil reais e R$ 20 mil reais, estou simplesmente tabelando os preços dos Volvo entre 1997 e 2000. O mais barato é para o Sedan S40, enquanto que minha sugestão mais cara é para a V40. Se eu compraria? Estão muito mais próximos da realidade do que um Alfa ou até mesmo de A4, pelo simples fato de serem possível de achar a um estado justo. Volvo sempre foi carro de pessoas conservadoras, então tendem a serem mais bem cuidados. Mas no mundo dos sedan de luxo dos anos 1990, eu escolhi um nacional e todos vocês sabem qual.


O foco do texto é dos modelos mostrados, entre 1997 e 2000, como eu gosto de chamar, versão clássica do sedan que abriu às portas para muitos clientes da Volvo no Brasil, muito antes do C30. Por enquanto é isso, aquele abraço!

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