segunda-feira, 19 de junho de 2017

Guia do Usado - HB20

Carrinho da moda ou um novo queridinho do Brasil? Mesmo quando a Volks perdeu o posto de veículo mais vendido do país com o Gol, os carros que ocupavam o lugar não tinham tanto carisma, mas agora estamos num momento em que, pelo menos no bate papo das rodas automotivas, um carro tem conquistado a admiração do povo. Mas será que é empolgação por uma boa propaganda ou realmente esse carro veio para ficar? Algumas impressões sobre o tal do HB20.


Convenhamos que em 2012/2013 quando ele foi lançado, poderia ser visto como apenas mais um, era um carro bem equipado, com certeza, mas a marca Hyundai ainda não inspirava no brasileiro a confiança que passa hoje. Aliás, atualmente ainda há muitas pessoas receosas, tanto que o primeiro lugar em vendas ainda pertence a um velho e bom Chevrolet. Mas passados quase 5 anos de seu lançamento, hoje em dia um HB20 é tão comum nas ruas quanto um Gol, e virou sonho do primeiro carro de muita gente.

Junto com o hatch a Hyundai também lançou o sedan HB20S, que pode não ser tão comum nas ruas, pois na sua categoria o mercado ainda possui opções mais baratas e boas para a família, como Voyage e Prisma, mas deve-se admitir que o carro tem personalidade. A traseira é elegante e bem acertada, algo não tão comum quando se adiciona um bom porta-malas a um carro popular. Ambos estão disponíveis nas versões 1.0 e 1.6 e o que ouço falar é que a manutenção da Hyundai, embora não seja barata, está dentro dos parâmetros de qualidade que não dão dor de cabeça.


Com um design sólido e bem trabalhado, o HB20 é um carro discreto e ao mesmo tempo com bons ares de modernidade, talvez seu desenho seja o grande trunfo que faz dele mais interessante ao público do que um Etios ou um March. E foi pensando em mantê-lo atualizado que a marca promoveu um face-lift em 2016, mexendo um pouco na grade e algumas melhorias internas. Pode ser considerado um carro de baixa desvalorização, o que é bom para quem compra o zero km, mas não tão bom para quem está de olho no semi-novo.

Há algumas teorias da conspiração envolvendo o modelo, se procurarmos na internet iremos descobrir histórias de alguns modelos dos anos 2012 e 2013 que simplesmente pegaram fogo sozinhos. Um defeito elétrico geraria curto-circuito e se o carro estivesse quente poderia provocar um pequeno foco de incêndio que logo tomava as proporções do carro todo. Há mais de um caso assim, mas a Hyundai minimizou o problema e pouca coisa veio a público. Evite os modelos 2012/2013 da pré-série, no mais, é o mesmo risco de comprar qualquer outro carro.


Se eu compraria um? Bom, antes de comprar meu Sandero mais recente eu estive na Caoa testando um modelo 2014 com 15mil km rodados. Ou seja, a resposta é afirmativa. Eu acredito que trata-se sim de um carro compatível com a proposta de uma família pequena que usa o carro normalmente na cidade e que viaja algumas vezes por ano. Por que não comprei? Escolhi o Renault, era mais barato e mais bem equipado na comparação crua entre as duas opções.

Repito o que disse antes, é um carro que desvaloriza pouco, ou seja, você dificilmente encontrará um por menos de R$ 30 mil reais. Aí é uma questão de pôr na ponta do lápis se vale a pena gastar isso num carro pequeno. Os mais novos chegam fácil próximo de R$ 40 mil que é quase o valor de um zero. Na minha opinião, é um carro que ainda precisa estabilizar no mercado de usados, nunca se sabe se os disponíveis não são apenas porque tinham algum problema que incomodou os donos. Cautela, mas me parece um bom carro.


E começando por um modelo 2013, passando para o Sedan 2015 e um R-Spec (versão mais apimentada) 2016. É isso por hoje, aquele abraço!

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