segunda-feira, 17 de abril de 2017

Guia do Antigo - Fiat 147, Derivados e Família Uno

É lógico que para o Blog funcionar como um conjunto de dicas na aquisição de um veículo usado, eu preciso falar sobre veículos normais e, de preferência, até mais novos. Mas confesso que gosto muito mais quando escolho escrever sobre antigos. E não precisam ser clássicos antigos, famosos e colecionáveis. Eu gosto mesmo e de carro, todos eles. E é assim que chegamos ao texto de hoje, que traz uma mistura de muitas versões de uma mesma marca. A linha Fiat 147 e a família Uno.


Resolvi escrever sobre todos esses de uma vez só, porque faz todo sentido, já que a linha 147 foi a que abriu às portas para a Fiat no país e os derivados do Uno foram os substitutos naturais de todos eles. Vai ser um texto enxuto para a quantidade de modelos, mas quando falamos em antigos não há como (em um curto espaço de texto) trazer muitos detalhes técnicos, a ideia é sempre fazer uma homenagem e trazer a curiosidade à tona para os mais variados modelos.

Primeiro Fiat nacional, o 147 foi lançado em 1976 para ser um concorrente direto do Fusca. Ainda menor que o besouro, a Fiat apoiava sua publicidade justamente na eficiência de um carro pequeno e prático para o dia a dia. Teve uma reestilização em 1980 com a chamada frente Europa e chegou a mudar de nome em 1983 para Spazio, que nada mais era do que uma série de evoluções tecnológicas que precediam o lançamento do Uno em 1984. Com o terreno preparado e sua missão 100% cumprida, deixou a cena sem muito alarde em 1986.


Foi em 1978 que a Fiat lançou a primeira pick up derivada de um automóvel no Brasil, uma inovação que logo foi seguida pelas outras marcas, e deu início à uma categoria muito bem aceita até hoje. Com a Fiorino furgão a Fiat conquistou muitos empresários com um utilitário prático menor que a Kombi. Em 1980 uma das minhas preferidas, embora não seja linda e ser quase impossível achar uma em bom estado, a perua Panorama foi quase o primeiro carro da minha família (acabaram optando por um Gol 1981), e meu padrinho teve uma por longos anos, me trazendo simpatia ao modelo.

Em 1983, e para durar apenas 3 anos, o Fiat Oggi fecha a linha 147. Um sedan interessante, mas que pelo pouco tempo de produção, tornou-se uma raridade e por não ser assim um modelo de alto interesse, é quase um esquecido. Este foi substituído pelo Premio em 1986, também não é fácil encontra-lo em bom estado, mas há exemplares impecáveis escondidos nas ruas por aí. Depois disso foi a vez da Elba substituir a Panorama, melhor sucedida que o sedan, era muito comum nas garagens das famílias nos anos 1990.


Mas com certeza o maior sucesso das duas linhas somadas, depois do Uno, é a tal da Fiorino. Firme e forte como o último derivado do 147 a parar de ser produzido, tanto a City (pick up) como a Furgão, continuavam vendendo bem. A substituição veio em 1988 com a pick up do Uno, que continuou fazendo história nos anos seguintes. Ok, ela não é tão jovial quanto a Saveiro e se falarmos em trabalho pesado não havia nada com a Pampa, mas no geral é uma excelente caminhonete que mistura trabalho e lazer. E não vou mentir, ter uma está sempre nos meus planos.

Um texto bom de escrever é aquele que não tenho que enrolar para preencher o espaço. Talvez você nunca tenha reparado, mas há uma estrutura de 7 parágrafos, três fotos, um vídeo e uma frase após o vídeo. Eu tento mantê-la em todos os textos. E neste espaço falo sempre dos preços das opções abordadas. Neste caso, não havia muito o que dizer, pois um bom automóvel (quando encontrado) de qualquer um desses modelos de hoje, custa em torno de R$ 10 mil reais. Como um bom Louco por Carros, gosto de todos, e todos têm seus encantos!


E para ilustrar, uma bela Panorama, seguida de um exemplar da City que recebeu alto investimento e uma Trekking simples, mas que me deixaria satisfeito no dia a dia. Aquele abraço e espero que tenha valido a pena a leitura de hoje!

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