terça-feira, 17 de maio de 2016

Guia do Usado - Renault Megane

Até a metade dos anos 1990, para as pessoas comuns, automóvel era só Fiat, Ford, Volks ou Chevrolet. Deixando de lado os importados de destaque, como Mercedes e BMW, normalmente os carros vindos de fora não agradavam. O que dizer dos Renault 19, Peugeot 205 e 306 e do Citroen ZX, isso só para falar dos franceses, não são carros muito bons. Houve um Renault no entanto, uma família, que conseguiu dar um start na mudança de percepção do consumidor, esse carro era o Renault Megane.


Lançado no Brasil em 1998 nas versões hatch e sedan e ainda com a opção minivan Scenic, foram automóveis que obtiveram certo nível de sucesso e se destacavam pelo nível de equipamentos e conforto aliados a uma manutenção dentro dos limites da realidade. Não que outros importados não fossem bons, mas quando era bons carros a manutenção era cara demais. O destaque da primeira versão entre 1998 e 2000 era a grade formada por um vinco que se estendia do capô.

Em 2001 foi lançada uma versão com um visual um pouco mais conservador, que continuou tendo um bom comportamento no mercado, mas o destaque dessa nova leva foi a Scenic, que ganhou vida própria e passou a levar as vendas nas costas e se manteve quase inalterada até 2011. No caso do Megane, ambos até podem ser encontrados na versão antiga até 2006, porém é raro. O boom daquele modelo foi entre 2001 e 2003.


O renascimento do Megane se deu em 2007 quando a nova geração foi apresentada por aqui. Um carro totalmente novo, famoso pela chave em formato de cartão, que teve um novo momento de destaque no mercado, aí concorrendo já com o novo Vectra, Corolla e quem sabe até com o New Civic. Mas o grande destaque da linha era mesmo a excelente perua Grand Tour. Depois da saída da Fielder ela reinou absoluta no mercado de perua médias, sua saída deixou muito mais saudades que o sedan, que foi substituído pelo Fluence.

Mas enfim, o primeiro Megane (1998 a 2006) hoje é um carro barato e competente se encontrado em bom estado. É um carro completo, motor potente, que corresponde bem às expectativas de quem não quer somente um popular mas que não tem dinheiro nem para comprar esse popular. Basta ter atenção ao estado geral, e aqui vale a dica geral dos importados, não confie apenas no que você vê. Esse tipo de carro tem que passar por um mecânico para avaliação.


Já a versão de 2006 em diante é um carro com apelo um pouco diferente, já é um bom sedan para quem quer mais classe a uma preço justo. Valor de manutenção em linha com o que há no mercado, como qualquer carro mais sofisticado, gasta mais do que um Uno ou Gol, é normal. A perua tem uma aceitação incrível no mercado de usados, tanto que custa mais que o sedan em quase todas as ocasiões. São carros grandes, confortáveis, espaçosos e que esbanjam um nível de status a um valor muito convidativo.

Um carro, dois mercados, assim é mais fácil definir a vida do Megane entre os usados. Enquanto se acha 1998 2.0 por 7 mil, 2003 por 12 mil, um bom carro nas versões acima de 2007 não custam menos de 18 mil. Chegando a mais de 30 mil ainda nas peruas 2010. O truque com a Renault é não cair nas versões básicas. O que diferenciam desses carros está nos equipamentos, é o que os torna bons. Então vá nas versões Dynamic ou Privilege. Versões Expression só se tiverem ar condicionado. Ta aí um carro que vale a pena.


Aquele abraço!

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