domingo, 8 de setembro de 2013

Mercado Imobiliário: ainda cabe ar nessa bolha?

Ta aí um assunto que está em alta, só não sei se mais em alto do que os preços dos imóveis, mas será que o preço atual é justo ou estamos vivendo uma bolha prestes a estourar? Hoje o Rápidas invade um dos ramos mais lucrativos da atualidade e tenta colocar um pouco de lenha nessa já inflamada fogueira.


Eu conheci um casal que adquiriu um apartamento, simples, cerca de 60 metros quadrados, na região do novo mundo em Curitiba. A compra foi a cerca de 10 anos atrás, por 40 mil reais, na época. Acredite se quiser, mas naquele tempo, em conjuntos habitacionais, aqueles cheios de blocos com predinhos de 3 ou 4 andares no máximo, esse era o preço de uma moradia. Hoje em dia, um imóvel desse, se foi razoavelmente conservado, vale em torno de 240 mil. Ou seja, uma valorização de 500%! Sim, e hoje em dia, um apartamento, digamos que numa região mais valorizada de Curitiba, no famoso Ecoville, por exemplo, de 50m está sendo vendido, na planta, por algo em torno de 350 mil.

E isso não está acontecendo só nessa cidade, em várias regiões do país nos deparamos com imóveis a preços absurdos em comparação ao tamanho e a estrutura que oferecem. uma tática comum hoje em dia é fazer condomínios com estrutura para piscina, academia, restaurante, até cinema, mas o que muitas construtoras fazem é deixar pronto um espaço onde os moradores podem optar por mandar fazer, posteriormente, todas essas benfeitorias. Tudo a custo do morador, é claro. E quando já há algo pronto, o custo do condomínio ultrapassa as barreiras do bom senso.

Casas e sobrados tiveram uma valorização semelhante, e regiões da cidade, ou até mesmo de outras cidades periféricas, estão experimentando um boom de loteamentos e construções. Nas mãos de uma minoria que tinha algumas cartas na manga, o que vemos hoje é o que já sabemos de muitos mercados por aí, um enriquecimento muito rápido de pessoas que, cada vez mais, só estão dispostas a entrar na brincadeira se a parcela delas for muito alta.


Eu não sei, talvez eu esteja errado, mas não consigo ver com bons olhos a política de lucros abusivos de alguns mercados. Se todos ganhassem o suficiente apenas para termos uma vida boa, talvez até o preço dos excessos diminuísse.

O fato é que o momento que o mercado imobiliário passa atualmente já está chegando no seu limite. Só na região onde eu moro, que já está saturada de pessoas, carros e criminalidade, estão surgindo novos prédios a cada dia que passa. Há uma rua que atravessa uma quase floresta aqui na região, que liga dois pontos de circulação razoável de pessoas, antigamente essa rua era quase deserta, ainda há umas chácaras da região, mas agora o que se vê são condomínios residenciais de alto luxo e, como não houve investimento no caminho, um transito inimaginável há somente 3 anos atrás.

Ai você pensa que o mercado está bom pra vender? Negativo, continuamos na mesma situação que se encontra o mercado de carros usados. Está muito fácil comprar um imóvel novo, logo, quem tem um imóvel usado sofre da mão de especuladores que só vão lhe arranjar defeitos e vão minar sua cabeça até você aceitar uma oferta irrisória. Em suma, é mais um submundo na mão de duas ou três corporações que só enxerga o dinheiro. É muito difícil ir contra elas, algumas pessoas, assim como eu tento com os carros, tenta bater de frente e sobreviver dessas negociações, mas são raros casos de muita paciência e persistência.


A bolha vai estourar, e depois? O que, talvez, vejamos um dia desses, é que devido à maciça oferta, os preços tenham que baixar. Pois você pensa que investidores e empresários são donos da razão? Felizmente não, o que eles não sabem e se soubessem iriam ignorar, é que o curso de Economia é formado por três variáveis muito claras, história, viabilidade e planejamento. O negócio é viável? Pode até ser. Houve um bom planejamento? Depende, se houve um economista envolvido. E a história? Totalmente ignorada, posta de lado como se não valesse nada, mas é aí que se enganam, pois a história é o manual escrito do que não fazer se quiser evitar um desastre, ou em algumas ocasiões do que fazer para ser diferente. Por isso eu digo, essa bolha vai estourar, em breve!

Mas não se preocupe, se você precisa de uma casa, aproveite as facilidades e compre a sua, afinal de contas moradia deveria ser uma das necessidades básicas mais importante para cidadãos comuns. Muito mais do que transporte. Mas fazer o que? Nem todo mundo pensa assim.

E agora, para o ensaio da semana eu gostaria de fazer uma homenagem muito especial, a uma categoria de automóveis que eu ainda não fiz parte, mas tenho muita vontade. Com vocês, três gerações de pick ups derivadas de carros pequenos, uma Chevy anos 80, uma Fiorino anos 90 e uma saveiro GIII.

E por fim, um dos grandes mestres da guitarra e da música! Não há necessidade de falar muito, é só Jimi Hendrix!


É isso aí galera! Muito obrigado e um forte abraço aos leitores do Rápidas!

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