Tem horas que eu acho que sou a única pessoa do mundo com certas linhas de raciocínio certos gostos, certas formas de fazer as coisas. Por exemplo, quem em sã consciência ainda escuta Lighthouse Family no carro hoje em dia? Quem gosta de carros como Corcel II e Premio? Não, ainda não os tive, mas acho opções bem interessantes para um segundo carro. Se pensarmos bem o Logan não é muito mais bonito que eles, parece na verdade um Tempra, mas enfim, a questão é que certas manias, ou são só suas, ou você nunca vai descobrir que outras pessoas as tem até compartilhar.
No mundo da economia, onde você tem as mais diversas opções para ter as manias que quiser é que vemos o que podemos chamar de personalidade, e em outros casos a falta dela. Os diferentes perfis de consumo das pessoas, os hábitos de uma maioria que eu não consigo entender. Como pode ser bom saber que se paga muito caro por algo que muitas vezes a pessoa não vai usar, não vai lhe trazer beneficio nenhum, mas mesmo assim alguém com muito dinheiro pôde dizer que comprou. Tudo bem, existem pessoas que parecem ter dinheiro sobrando, mas a verdade é que os mesmos que eu vejo gastando com status e coisas sem fundamento, são os que reclamam estarem endividados.
Repense seus hábitos de consumo! Eu não tenho a receita infalível para resolver todos os problemas financeiros de todas as pessoas, aliás essa receita está em cada um de nós quando começamos a nos auto-avaliar. Mas uma certeza eu tenho, impulso e desejo de aparecer são dois dos principais motivos que levam uma pessoa que tem uma bom salário e boas condições de vida ao estágio de reclamar de dinheiro.
E a estrada só começa por aí, pois se eu comprei um carro zero e estou com dívidas por causa dele, além do fato de ter pago mais do que esse carro vale de verdade, eu nunca vou me rebaixar a comprar um carro pior! Ou seja, quando eu for vender eu vou perceber que meu carro vale a metade do que paguei e vou me endividar de novo. E assim serei mais um otário feliz no trânsito lotado das cidades como Curitiba, onde parece que os carros são lançados antes, pois nem saiu na propaganda e seu vizinho já tem um.
O poder de economizar, de dizer não de vez em quando, de saber se conter, tem que vir de dentro de você. Se eu falar, com a melhor das intenções, que você está errado, só lhe subirá um desejo de provar o contrário. Mas quando você assume que não pode comprar um carro zero, pois irá se endividar, quando deixa de comprar aquela roupa de marca, quando abre mão de algumas coisas, você começa a perceber que não precisa ser igual aos outros.
Tudo bem, eu sei que falo muito de carros, enquanto há pessoas que nem carro tem e são felizes do mesmo jeito! Eu admito que tenho um problema, mas eu prefiro chama-lo de hobby. A questão é que carro é um exemplo universal de como a humanidade pode ser burra!
Divida a sociedade em cinco grupos, eles são chamados de classes sociais que vão de A a E. Lembro que no passado já escrevi sobre eles, hoje vou apenas citar seus hábitos automotivos. A classe A é aquela que compra Bmw, Mercedes, quem sabe até mais que isso, paga à vista ou então aproveita as linhas de crédito sem juros das lojas de auto luxo, porque emprestar dinheiro para rico é fácil, é bom, cria relacionamento. A classe B já compra Passat, Fusion, alguns Hyundai, também podem pagar à vista ou então dão boa parte de entrada de
financiam uma pequena diferença em um número de parcelas menor.
O problema começa na classe C, esses seres ingratos não conseguem admitir de onde vieram e compram carros como New Fiesta e outras aberrações da casa dos 50 mil reais, financiados a perder de vista, mas em geral são pessoal de bom poder aquisitivo, só estão sendo burras mas o que pagam a mais não fará falta. Seguindo a linha chegamos a classe D, carros de 30 mil, também financiados, mas que ainda têm alma de pobre, ou seja, carros sem ar condicionado, às vezes até sem vidros elétricos. Por fim, a classe E, com seus Uno e companhia, pelados, mas zero, pra fazer inveja nos parentes mais próximos.
Perceba que em nenhum caso eu citei o carro usado, claro, classes A e B não precisam do usado pois elas tem grana de verdade, e a partir da classe C o que importa é o status de parecer mais rico do que é. O automóvel usado é hoje a melhor relação custo-benefício para quem não é rico. É a grande opção para não se entrar num financiamento, é a chance de comprar um carro completo por menos do que um zero, é optar por poder equipa-lo, ou até mesmo guardar um dinheiro para manutenção, sem compromisso de longo prazo com parcelas e juro.
O Rápidas é Economia, é Carro, e é Rock N' Roll, e no ensaio da semana, três ford clássicos dos anos 70, do esportivo Maverick, passando pelo meu sonho de consumo, Corcel II, chegando ao sinônimo de luxo e conforto, Landau. E no vídeo da semana, performance ao vivo de uma das melhores bandas de rock que existe, Deep Purple!
E só pra constar, eu estava nesse show! Curitiba 12/10/2011. Os caras parecem uns dinossauros, mas fazem um som alucinante! Abraços galera!!!
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