sábado, 29 de dezembro de 2012

Balanço Anual

Se o Natal é uma época de família, presentes e confraternizações; o Ano Novo é o momento das reflexões, momento de se perguntar como foi o seu ano e fazer um balanço do que deu certo ou nem tanto. Sei que tenho sido revoltado demais em algumas palavras, sei que tenho tentado impor meu modo de pensar como sendo o único caminho a seguir. Mas sei também que 2012 foi um ano bom para o Rápidas, apesar de saber que nem todos os acessos são para ler os posts com calma e atenção, os números do blog me motivam a escrever cada vez mais. E é como eu já disse outras vezes, se uma única pessoa ler e achar útil ou interessante, todo o esforço já terá valido a pena.

                                                        Polo Sedan 2004, completo + Rodas.

Qual momento da economia estamos vivendo agora? Ainda estamos em crise? Acredito que um post de final de ano é bom para falar sobre esses assuntos. É importante sabermos que a derrubada dos juros desde o início do ano levou a uma onda de consumo não tão alta quanto se esperava; por outro lado nós vemos os resultados parciais dos bancos tendo como vilão a velha conhecida PDD, que fez derrubar o lucro e irá certamente impactar os anúncios de janeiro e fevereiro próximos. O Brasil crescerá, com muito esforço, algo em torno de 1% em 2012, um número que não é digno de ser usado em nenhuma campanha eleitoral. E posso dizer sim, que ainda estamos em crise, mas que ao analisarmos a história vamos descobrir que a grande diferença desta crise é que nós estamos vivendo ela. Crises sempre houveram, sempre derrubaram grandes corporações, criaram outras e sempre passaram, o avanço da mídia é que torna as coisas tão alarmantes.

Na verdade o que vemos hoje é apenas o reescrever ininterrupto da Teoria do Desenvolvimento Econômico de Joseph Alois Schumpeter, um dos maiores economistas da primeira metade do século XX (apesar de ser formado em direito; naquela época os grandes economistas se formavam pelas obras e pelo seu impacto na sociedade, só depois passamos nós, os pobres mortais, a estuda-los em cursos de economia). Teve grandes obras relacionadas ao desenvolvimento, mas esta teoria citada acima foi a que mais me chamou atenção, justamente pelo fato de estar completando 101 anos de publicação e ser tão atual. Ela fala sobre crise, sobre como os impactos na economia criam negócios que surgem das dificuldades e passam a ser adotados como um padrão e como nós temos que vive-las para podermos evoluir. Sempre tive facilidade para escrever e dificuldade para ler, acho que meu problema é paciência, mas sei também que bons conteúdos prendem a atenção de seu público, e é lá que pretendo chegar, objetivos definidos.

                                                        Renault Logan 2008, básico.

E falando em objetivos, também ótimo tema para post de fim de ano, como andam os seus planos? O que você quer de 2013? Viver em sociedade nos dá exemplos diários do que fazer, e do que não fazer, vejo histórias bem sucedidas de amigos que compraram automóveis, novos ou usados, financiados, e que com uma ajudinha inesperada (um processo, um bônus, um prêmio, etc) quitaram seus automóveis e hoje tem em mãos a mesma moeda de troca que eu, um carro sem dívidas. Assim como vemos por aí pessoas que compraram um carro financiado, passados dois anos foram a uma concessionária e refinanciaram dando o carro por, digamos, nada, e assumiram uma nova dívida. 2 anos a uma parcela de 500 reais, uma média bem razoável, essa pessoa simplesmente perdeu cerca de 12 mil reais. Não podemos ser tão exagerados, houve sim a utilização do automóvel e há a questão da depreciação que provavelmente comeria parte desse valor de uma forma ou de outra. Mas um dia desses foi até engraçado, fui a uma loja de carros (pátio de semi-novos de uma grande concessionária) e dei uma aula de economia ao vendedor, provando para ele que se eu optar por um automóvel de categoria superior, mas num preço que eu possa pagar à vista, além do preço de revenda ser mais estável (para carros que já passaram da idade de maturação do mercado), a ausência de parcelas mensais me deixava livre para investir na manutenção sempre em dia e em acessórios de conforto e beleza. O que isso tem a ver com planos para 2013? Não sei, foi só um pergunta, lembrei da historinha dos carros e achei mais legal contá-la.

Por fim, o que esperar do ano que se inicia? Muito provavelmente o governos inventará alguma coisa ligada ao IPI, mantendo o corte ou reduzindo ainda mais, porque o povo não está comprando carros o suficiente. Isso afeta o mercado de usados, mas de uma forma simples, cai o preço do que vou vender, cai o preço do que vou comprar. Se a inadimplência mostrar um pouco de redução, talvez os bancos repensem seus números absurdos de PDD e passem a gerar resultados mais animadores. A crise acabará? Bom, o que vemos na Europa é que os países caminham para uma recuperação calma e sadia, com planejamento e comprometimento. Se o Brasil tiver o compromisso de gerar renda justa para todos e não apenas renda estratosférica para seus corruptos, temos grandes chances de ter um país melhor.

                                                        Corsa 1999, 4P excelente estado! 

No ensaio da semana, três carros para não se endividar. Na foto acima, minha dica para aqueles que querem o seu primeiro carro e conseguirão juntar 10 mil reais, não dê entrada, compre à vista um carro de 10 mil e troque ele daqui a um ou dois anos, o valor de mercado que ele perderá será igual ou menos do que o juro que você torrará financiando um mais novo. E a segunda dica é justamente na troca, duas opções na casa dos 20 mil, mudando apenas a categoria, visão de mercado e o ano.

No vídeo da semana, mais uma daquelas grandes bandas que nem todo mundo conhece, dos anos 1980. Para fechar o ano, Home Sweet Home do Möntley Crue!


É isso galera, bom fim de semana e feriado à todos, muito obrigado e até a próxima!

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