Neste momento, estamos vivendo a febre SUV, mas cerca de 10 anos atrás (talvez até um pouco antes) outra categoria de automóveis estava vivendo seu turbilhão no mercado nacional. Foi a era dos sedans médios. Encabeçados, é claro, por Civic e Corolla, esses carros familiares e esportivos fizeram a cabeça de muita gente. Toda marca precisava ter seu representante, e para a Nissan, tradicional montadora japonesa, iniciando uma nova fase no Brasil, não era diferente. Eis que veio com tudo, o Sentra.
O que nem todo mundo sabe, é que passaram pelo Brasil outras duas gerações do sedan japonês. A primeira vez foi na abertura das importações, entre 1991 e 1997 a Nissan vendeu aqui o seu veículo, que na época concorria com os clássicos Vectra, Santana, além é claro dos seus conterrâneos como Civic e Corolla. Após uma decisão de negócios, a Nissan saiu do Brasil por um período, retornando apenas no início dos anos 2000. Em 2004 o Sentra estava de novo nas ruas, mas é raro encontrar um dessa safra.
O modelo que marca a reentrada da marca é apenas o Sentra 2007, famoso naquela propaganda do carro de tiozão. Um sedan conservador, muito espaçoso, alia bom desempenho e economia, além é claro da já consagrada mecânica nipônica. Esta geração é hoje uma pedida para quem quer um carrão, mas ao mesmo tempo discreto, e por um custo bem acessível. Os pontos negativos seriam justamente o pouco status, já que é um automóvel que praticamente não chama atenção e a desvalorização, comum há alguns importados.
Em 2014 e depois em 2017 o Nissan se renovaria mais um vez, aumentando em tamanho e classe, apesar da marca ainda fazer parte daquelas que não dominam o mercado, agora o Sentra é um carrão capaz de bater de frente com rivais até mais nobres como Azera e Fusion. Não que isso signifique tanto assim, uma vez que nenhuma marca conseguiu desbancar a outra dupla japonesa dessa categoria. Aliás, a última geração do Corolla, nem o Civic conseguiu alcançar.
O que eu gosto da categoria dos sedans é que eles são mais carros para quem gosta de carro, são modelos mais baixos e geralmente mais esportivos que um SUV independente do porte. Uma pena essa última categoria ter praticamente aniquilado as Peruas do mercado. Desde quando pode-se substituir uma Fielder por um Rav-4 e cia? A velha Quantum, ou ainda a inabalável Suprema que o digam. Hoje em dia é tudo muito Jipinho urbano.
Mas voltando ao Sentra, sem dúvida a versão de melhor custo benefício nesse momento é a geração 2007/2013, ainda que seja o mais sem graça de todos, por tudo que o automóvel oferece acaba valendo a pena. Como seus donos anteriores não são os típicos boys de meia idade, as chances de encontrar um carro em estado impecável é muito grande. Tanto nas opções de câmbio manual como na excelente CVT, um Sentra resolve a vida de um pai de família que quer conforto nas viagens e tranquilidade no dia a dia.
A versão que recomendo pode ser encontrada em torno de R$ 25 mil reais, o que é um preço bem interessante por um automóvel dessa categoria. A de anos 2004 a 2006 é possível de encontrar também, seus modelos variam em torno de R$ 15 a 20 mil. Os antigões existem por aí, normalmente abaixo de R$ 10 mil. E os novos, acima de 2014 prepare mais de R$ 40 mil reais. O Sentra na realidade é um clássico japonês, nós é que não temos tanta intimidade com ele.
Eu até tinha imagens do modelo 1994, mas ninguém iria dar muita importância, então optei pela trilogia 2006 / 2008 / 2015 para ilustrar o texto. Por hoje é só galera, aquele abraço!
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