Esse eu assumo que sou fã desde o lançamento e estou sempre sondando. Tudo bem, algumas versões e anos nem são muito caras, mas quem me conhece sabe que eu dependo de vários fatores para decidir comprar um carro. Enfim, esse automóvel é um marco na história da Ford e do mercado brasileiro, pois ele praticamente popularizou (para não dizer criou) a categoria dos jipinhos urbanos. Antes as pessoas compravam off roads e andavam nas cidades, agora elas compram carros feitos para cidade que podem usar num terreno ruim de vez em quando. Esse é o mundo da Ecosport.
Quando eu digo que a Eco praticamente lançou uma categoria nova é porque antes de 2004 o que mais se aproximava de jipinho urbano eram os Suzuki Vitara e Samurai, além de alguns Daihatsu que nunca vemos, e os Pajerinhos. Mas esses carros são Jipes pequenos, enquanto que a Ecosport é basicamente um Fiesta com outra roupagem e suspensão reforçada. E não pense que isso é demérito, pois a Ford sentiu que as pessoas queriam andar de Jipe mas não saiam do asfalto, então a sacada fez um imenso sentido.
Sendo assim, o jipinho já começou muito bem, fez um tremendo sucesso e hoje em dia as primeiras versões ainda possuem um bom valor. Algum tempo depois da Eco, a VW lançou o CrossFox, que não é nenhuma revolução mas disputava compradores, assim como a Fiat já dispunha da sua bem aceita linha Adventure. Mas foi só quase 10 anos depois que a Eco, já na sua segunda geração, recebeu um concorrente de verdade no mercado, que é a Renault Duster, mas essa história é outra.
Uma remodelação básica de frente e traseira foi feita em 2008 para deixar o modelo mais atual, mas não foi nada radical. Em compensação em 2013 o modelo recebeu uma nova geração, aí as mudanças foram profundas tanto no design quanto no interior, uma pitada de pick ups da Ford americana fez com que o modelo começasse a brigar com outros de categorias maiores. Hoje em dia não está radicalmente diferente do lançado a três anos atrás, então os dessa época chamam atenção como novos.
Vamos falar um pouco sobre as versões e acessórios que devem ser procurados ou evitados. Primeiramente, nem todos sabem, mas houve uma versão com motor 1.0 disponível lá no início, versão que obviamente não era boa e por isso sumiu. Mas atenção, algumas delas ainda estão por aí e é preciso ter cuidado. Outra coisa que eu acho absurdo, a Ford lançou versões básicas sem vidros elétricos e sem ar condicionado, eu particularmente evitaria direto e quem me acompanha sabe os motivos.
Ainda nas versões, tanto as 1.6 como as 2.0 são bem vistas, cada uma com seus adicionais, seja de economia ou seja de potência. As versões 4x4 chamam atenção, são um diferencial, mas tendem a exigir um cuidado adicional com a manutenção. O mesmo vale para as versões automáticas, são válidas e até bem vistas no mercado de novos, mas um usado automático é sempre um mistério quando o assunto é peça e estado real de uso. Na dúvida, se você é rico compre uma nova, se for orçamento limitado escolha uma boa XLT completa 1.6 4x2 mesmo.
E assim chegamos aos preços, partindo de 20 mil reais, sim apenas 20 mil reais já da para encontrar um modelo 2004, mas atenção, nesse valor é preciso caçar muito para não cair num carro mal cuidado e com alta km. Os modelos até 2007 não costumam passar muito de 25 mil. Na casa dos 30 a 35 mil você vai encontrar ótimos modelos com a reestilização de 2008 a 2012, sempre nas versões completas. E a última acima de 2013 parte dos 40 mil. Escolha quanto quer gastar e seja feliz!
Os destaques do ensaio são das versões XLT de 2004, uma Freestyle de 2010 e uma 2013 já da segunda geração. E no vídeo, uma das minhas versões preferidas de Emmerson Nogueira.
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