quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Guia do Usado - Renault Duster

Quase 10 anos depois da Ford revolucionar o mercado de SUVs compactos, a Renault lança mão de mais um produto da bem aceita plataforma Dacia, e mostra que há espaço para muita gente. Em um mercado que faz parte dos sonhos de muitos consumidores, é importante ter opções para todos os gostos e bolsos. Um desenho um pouco mais imponente, ainda assim com os traços típicos de um Renault, primeiro veio o jipinho e na sequência a versão pick up faz história. Vamos de Duster!


Eu lembro a primeira vez que vi um Duster na rua, foi em 2010, antes do lançamento oficial do carro. Como eu moro em Curitiba e a fábrica da Renault fica aqui perto, é comum vermos modelos em fase de adaptação por aqui, assim como acontece em Betim, com a Fiat. Oficialmente o jipinho da Renault está disponível ano/modelo 2012 no mercado. A tática era simples e certeira, brigar com o Ecosport, e assim se faz até hoje. Lembro bem de uma versão de entrada, com para-choques de plástico, rodas de ferro e pintura branca, só não sei para quem eles venderam aquilo.

Como já tratado por aqui, sabemos que Sandero e Logan são produtos vendidos na Europa pela variante romena da Renault, que se chama Dacia. Aqui no Brasil a plataforma faz um relativo sucesso desde que foi lançada em meados de 2008. E adivinhe só, o Duster nada mais é do que um Sandero que se transformou em Jipe. E não posso dizer que isso é mal negócio, pois o ótimo espaço interno, a altura (maior ainda), a boa dirigibilidade, entre outros, estão todos lá. Tudo bem que eu sempre fui fã de Renault e isso pode soar meio parcial, mas é o que eu acho.


Tive a oportunidade de dirigir um Duster, versão Dakar 2016, modelo top de linha com motor 1.6, em uma recente viagem à Bahia. Lógico que para quem está acostumado a dirigir carros simples e mais antigos, minha reação não poderia ser diferente, achei o carro fantástico. Pontos para o acerto de suspensão, motor bem calibrado (embora não estivesse amaciado), acabamento interno bem trabalhado e o piloto automático era um show à parte. Numa viagem média ele faria muita diferença.

O modelo, esteticamente falando, não teve mudanças de grande impacto desde o lançamento, apenas algumas adições de equipamentos foram efetuadas ao longo dos anos. É um modelo muito recente, são apenas 5 anos de mercado, só o que sabemos é que os motores 1.6 e 2.0 são velhos conhecidos que já passaram por Scenic, Megane, Fluence e até mesmo no bom e velho Clio. Eu só recomendaria atenção para motores com mais de 100.000 km, a essa altura o carro já vai exigir manutenção mais apurada e da pra achar com bem menos.


Talvez um dia eu venha a escrever sobre ela, mas o que a Renault não conseguiu com a Duster parece ter feito com a Oroch, uma inédita pick up derivada de SUV, com tamanho intermediário entre uma Fiat Strada e uma Ford Ranger. Numa disputa de meses pelo lançamento, já ganhou a companhia da Fiat Toro, na recém inaugurada categoria, mas dizem por aí que as duas não são tão parecidas assim. O fato é que a pick up da Renault é uma variação muito bem aceita do jipinho e o mercado agradece.

Vamos esquecer aquela versão básica que eu nunca vi no mercado de usados e vamos falar que uma Duster 2012 pode sim ser encontrada por 40 mil reais (em alguma louca promoção) numa versão completa como tem que ser. As mais novas vão subindo até os seus 60 ou 65 mil, quase preço de 0km. A Oroch mais barata que achei foi 55 mil, mas como ela foi lançada em 2016, é praticamente um 0 emplacado. Se você é o comprador da Ecosport acima de 2013, vale a pena dar uma olhada nesse modelo.


No ensaio, a "minha" Dakar 2016 na orla de Porto Seguro, uma Oroch 2016 e consegui achar uma foto da básica 2012. E sobre o vídeo, só o que da pra falar é que esse cara é um dos guitarristas mais fodas da história! Joe Satriani. E no mais, aquele abraço e muito obrigado!

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