Confesso que hoje o texto é especial, poucos carros me enchem tanto os olhos como este modelo, que praticamente dominou o mercado de luxo dos anos 1990. Entre 1970 e 1990 não existiu outro carro com tamanha importância quanto o Chevrolet Opala no mercado nacional. Embora existissem Galaxie, Landau, Maverick, etc, nenhum modelo foi tão efetivo quanto o carro da GM. Não por acaso, ao fim de linha do Grande Carro Brasileiro, a marca precisava de algo para colocar em seu lugar, e o Omega estava lá para isso.
O foco principal do texto é falar do Omega nacional, disponível entre 1992 e 1998, mas é bom citar que hoje em dia a primeira geração do australiano pode ser um excelente negócio quando bem procurada. A diferença entre o Omega e o Opala está principalmente no desenho, já que em muitos casos os dois dividiram inclusive a base de motorização. A curiosidade é que o brasileiro conheceu primeiro a cópia e depois o original. Refiro-me ao Monza reestilizado lançado em 1991, cuja inspiração era o Omega (projeto de 1989 que só chegou ao Brasil 3 anos depois).
Tal qual o seu antecessor, o Omega estava disponível em versões 4 e 6 cilindros, os primeiros com 2.0 e 2.2 litros e os maiores foram lançados com o moderno 3.0 e depois, por uma questão de custo, a GM adaptou o seu 4.1 velho de guerra como topo de linha. No geral não existem versões peladas como os típicos SL da linha Opala (versão que este que vos escreve malha, mas tem um), para o Omega o que difere são automóveis sem Teto Solar, além dos câmbios manual e automático.
Para ficar fácil de associar, normalmente as versões mais fracas do sedan são batizadas de GLS, enquanto que as mais top são as CD. Existe uma versão muito exclusiva de 1994 cujo nome era Diamond, sua cor mais famosa era vinho e além de completa (bancos de couro e teto solar) contava com o excelente motor 3.0 e trazia a figura de um diamante no lugar do nome do carro nos frisos e volante. Com certeza essa é uma das versões mais procuradas e mais clássicas do carrão.
Em 1998, 3 meses depois de encerrada a produção no Brasil, a GM ressucitou o nome em um importado, o Omega Australiano era na realidade uma versão do Holden daquele país. Lançado com um desenho bem diferente e motor 3.8, nesse período ele perdeu um pouco da esportividade em nome da discrição. Entre 2001 e 2002 voltou a mudar, trazendo uma versão mais europeia, proveniente da Opel, mas naquela altura a era do Omega já havia passado.
Não poderia deixar de falar sobre a versão perua do belo carro. A Suprema fazia jus ao nome, sendo que não existia perua mais grandiosa que ela na época, de resto eram os motores e versões do sedan na roupagem station. Um pena ela ter sido tão utilizada como veículo de funerária, querendo ou não acaba sendo difícil não lembrar disso ao ver uma. Um detalhe importante, a primeira que eu andei pertencia a um dono de posto de gasolina, ou seja, prepare o bolso na hora de abastecer um monstro desses.
E falando em bolso, quando se fala em antigo não há uma regra, apenas palpites. Em média, um bom Omega custa menos do que um bom Opala, por uma questão de disponibilidade e raridade. Da pra encontrar bons modelos CD 4.1 1997 e 1998 por menos de 20 mil reais. Cuidado com versões GLS 2.0 à venda por menos de 10 mil, alguns carros com motores 4cc podem ser uma pedida para quem apenas quer ter o modelo, mas são mais difíceis de vender. Mas no geral, o grande carro da década de 1990 sempre será uma excelente opção!
E no ensaio, começamos pelo CD 4.1 de 1998, última série, seguido do Diamond vinho 1994, esse no 3.0 e por fim um Australiano 1999 com motor 3.8!
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