Populares de categoria superior, é assim que eu gosto de chamar certos carros que não são simplesmente os carros de entrada das montadoras, mas ainda assim não chegam a ser hatch premium. O mercado mudou muito desde os tempos de Uno Mille, Gol 1000 e Escort Hobby, hoje um carro precisa ser compacto e econômico, mas também grande por dentro e cheio de itens de conforto. Depois do Fox e do Sandero ainda vieram os sofisticados HB20 e Onix. Mas hoje falo mesmo é do Renault Sandero.
Se tem um projeto que eu acompanhei de "perto" na imprensa especializada, foi o lançamento do Logan e do Sandero no Brasil em 2008. A Renault já havia consagrado o pequeno Clio e já se destacava no mercado nacional, os anos de desconfiança do consumidor estavam ficando para trás. Tanto hatch como sedan tem a mesma plataforma, mas por que um é muito mais bonito que o outro? Foi justamente o fato do brasileiro topar gastar mais por um carro que fez com que o Sandero tivesse um trato visual bem maior que o irmão.
Por dentro eles são iguais, mas por fora mal da pra comparar. O Sandero é um hatch, mas suas medidas externas se aproximam da versão sedan do Clio. Um design muito agradável, um teto alto e um espaço interno digno de categoria superior fazem dele um dos melhores "populares" dessa linha na minha opinião. Apesar de existir na versão Authentique (básica), estão aos montes no mercado as versões completas Expression e Privilège, sendo a diferença entre elas apenas a adoção de retrovisores elétricos, faróis de neblina e air bag duplo. Destaque ainda aos esportivos Stepway e GT Line.
Os motores disponíveis são os mesmos sucessos do Clio, 1.0 de 16v e 1.6 de 8 e 16v. Uma pequena observação, por ser um carro consideravelmente maior, não adianta esperar do motor de um litro a mesma potência e a mesma economia que ele desenvolve no Clio. O Sandero é um pouco mais amarrado e bebe um pouco mais nessa configuração. Se você preza muito pela potência escolha os 1.6. Mas para trajetos urbanos e viagens ocasionais a versão mais fraca atende tranquilamente.
É lógico que eu tenho tendência a defender o Sandero, afinal de contas eu tenho um e sempre quis ter um. Mas tirando a "voz de dono", é um carro de mecânica confiável, manutenção relativamente barata, muito confortável e mesmo nos primeiros modelos se destaca no trânsito muito mais do que um Gol ou Palio. Seu estilo é basicamente o mesmo entre 2008 e 2014, teve apenas uma reestilização na em 2012 eliminando a grade do radiador e deixando apenas a entrada de ar mais abaixo do emblema, além de centralizar o nome do modelo na traseira e ganhar novas lanternas.
Em 2014/2015 foi lançado o novo Sandero e novo Logan, agora sim sedan e hatch de uma mesma família com as frentes iguais. Estes já bem mais modernos, mais robustos, já saem totalmente do mercado de entrada. Mas o legado do anterior é um leque muito grande de boas opções para quem quer um carro para se sentir bem. Sobre o preconceito ainda presente na cabeça de algumas pessoas, só o que posso dizer é que qualquer Renault acima de 2006 é certeza de bom negócio. Até mesmo o Megane sedan. Aqui vale lembrar da ótima Scenic, boa opção desde 2001.
Um pouco mais barato do que os Fox, os Sandero entre 2008 e 2011 são facilmente encontrados na casa dos 20 mil, passando a 25 mil nos 2012 a 2014. Não contabilizo os novos, pois já saem do mercado de usado para um nicho de quase 0km. Talvez a diferença entre o Vw e o Renault é que o primeiro você possa vender mais rápido, mas isso é relativo, o mercado hoje em dia não está tão fácil. Em termos de carro para uso e família, na hora da decisão final eu fiquei com o francês.
Aquele abraço!!!
Sim o meu 1.6 fez 15,5 kml na estrada e já fez até mais...
ResponderExcluirA julgar pela experiência do Logan, acho que vou procurar um 1.6 quando trocar o Sandero, mas o que sei é que provavelmente eu procure outro Sandero!
ExcluirSim o meu 1.6 fez 15,5 kml na estrada e já fez até mais...
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