O modelo de hoje é uma alternativa de sedan popular, discreto, mas muito funcional. Foi lançado no Brasil com a promessa de entregar mais por menos. Esse menos acabou ficando na média de preço do que havia no mercado, por incrível que pareça devido a uma pesquisa que apontou que o brasileiro pagaria mais do que a Renault queria cobrar. Justiça seja feita, seu design sempre foi meio estranho, mas com as mudanças pontuais hoje ele é um grande carro. Vamos de Logan.
Sua história nasce na Romênia, onde existe a Dacia, uma subsidiária da Renault que fabrica carros para o Leste da Europa. No geral são automóveis dedicados a um público emergente, mercados que ainda tem entre os populares uma fatia grande de interessados. Assim ele veio ao Brasil, junto com seu irmão Sandero, para trazer um novo conceito. Carros baratos, mas que tinham um aproveitamento de espaço interno diferenciado e no caso do Logan um porta-malas de fazer inveja a sedans muito maiores.
O desenho do Logan de estreia foi todo projetado pensando no custo. As linhas retas, cantos quadrados (que quase lembram um Fiat Tempra), bem como as lanternas e faróis sem muita expressividade são todos propositais. Talvez a mais famosa técnica, que já foi abandonada uns anos depois, foi fazer retrovisores externos num formato que se encaixam em qualquer lado do carro, via de regra o desenho do retrovisor é exclusivo para direita ou esquerda, no Logan ele era universal.
Mas isso foi só entre 2008 e 2010, já em 2011 foi lançado um modelo reestilizado, com pequenas mudanças no contorno da traseira, na grade dianteira e outros poucos detalhes, mas que para este carro fizeram toda a diferença. O modelo 2011 até 2013 continua com as linhas quadradas, continua discreto, mas é muito mais harmônico. A vida a bordo, essa é a mesma, e muito boa por sinal. Aqui cabem os mesmos elogios proferidos ao Sandero. E o que ele perde em visual ele ganha em porta-malas.
Só fechando a história do modelo, em 2014 foi apresentado o Novo Logan, agora um sedan acima dos populares, com design contemporâneo e um pouco mais agressivo. Com relação aos motores, aí voltando a falar dos modelos anteriores, são os clássicos 1.0 16v e 1.6 com 8 e 16. Mesma história do Sandero, existem os Authentique de entrada, mas vale a busca pelos Expression e Privilège. No caso do Logan, eu recomendo fortemente a opção pelos motores 1.6, pois como ele é ainda mais pesado que o irmão, o motor fraco aqui sofre.
Como um razoável defensor dessa marca francesa, eu continuo no mesmo discurso de que os modelos adquiridos acima de 2005/2006 são automóveis absolutamente normais. Hoje em dia não é difícil achar bons mecânicos que mexam neles, as peças e a manutenção estão bem dentro da média dos seus concorrentes. Sei que o preconceito ainda paira no ar sobre certas marcas, eu mesmo nunca tive e tenho muito receio sobre Peugeot e Citroen, mas se um dia aparecer eu irei usar antes pra dar meu parecer depois.
E pra fechar, como de costume, falemos do bolso. Um Logan básico ano 2008 em bom estado geral vai custar uns 16 mil. Isso sobe para até 18 mil nas versões mais completas, sobretudo nas com ar condicionado e motor 1.6. Modelos completinhos, com baixa km e ótimo estado, em torno de 2012 custam uns 22 mil em média. A nova geração acima de 2014 ainda não se acha abaixo de 35 mil. No geral, se você não se importa de andar com um carro simples e discreto, você certamente vai se surpreender com o conforto e nível de equipamentos de mais um Renault.
Aquele abraço!!!
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