sábado, 1 de junho de 2013

Risco, Paixão e Súplica!

Escalar montanhas, gostar de alta velocidade, andar na rua sozinho à noite; preferir um livro, ficar em casa, ir ao shopping. São muitos os perfis que definem cada pessoa, são muitas as características que nos dizem  qual o nível de risco que você está disposto a correr. Para muitas pessoas viajar de avião é perigoso, quando na verdade, pelo número de ocorrências, está mais do que provado que o carro é mais arriscado; mas não é só por isso que viajamos muito de automóvel, é porque é mais prático, mais barato em muitos casos, e acima de tudo, porque gostamos do prazer da estrada. 


O exemplo clássico é a rota Curitiba - Foz do Iguaçu. Uma hora de avião, não é caro, e você sai do trabalho na sexta e pode ir jantar na Argentina no fim da noite. Mas a viagem de carro para Foz é uma rota de estradas bonitas, belas paisagens, serras, estrada bem pavimentada, enfim, é um programa muito prazeroso. É assim que são as decisões que envolvem risco, todas tem o seu lado bom, todas tem seu diferencial que você não encontrará na outra opção.

As opções de investimento para pessoas comuns são cheias dessas pegadinhas de risco. Parece que só há dois lados a escolher, ou é renda fixa, ou é variável, correto? Sim e não, utilizando-se da expressão mais clássica da economia, depende. Como pode um fundo de renda fixa ser arriscado? Não é esse tipo de risco que você está pensando, é o risco de não ganhar nada que justifique essa aplicação. Já salientei aqui, mas não custa falar de novo que, atualmente, pela nova regra da poupança e as taxas administrativas cobradas pelos bancos, fundo de renda fixa só rende mais do que a poupança quando a taxa cobrada é de 0,5% ao ano. Simples assim, por isso minha recomendação ainda é o certificado de depósito bancário, o meu querido CDB.


E falando em risco, é correto abandonar o barco na primeira gota de água que entra nele? Bom, no sentido literal eu diria que depende do barco, é claro, mas no mundo do risco de aplicações financeiras a resposta é não. E aí há o risco pseudo-seguro e o risco aberto. Muitas pessoas hoje em dia utilizam aplicações de renda variável, ou até mesmo fundo de investimentos em ações, mas o fazem através do conforto e segurança do seu bankline. Falta de tempo, pouco conhecimento, preguiça, medo; são várias as desculpas para não ir de carro, ou seja, para não ir pra Bolsa, sim estou falando do Home Broker! O sistema mágico que te possibilita ser o dono da decisão. Eu quero comprar e vender no mercado acionário, quero fazer parte do jogo, quero sentir o risco como a diferença entre estar no céus dos aviões e no céu de uma asa delta!

Perder dinheiro é ruim? Sim. Sempre? Não. Um dos mitos da bolsa é que quando uma ação que você comprou desvaloriza você perde dinheiro. Mentira! Você só perde dinheiro quando pula do barco, você só perde de fato quando vende por menos do que comprou, se uma ação sua desvalorizar você terá duas opções, deixar ela lá até que ela se recupere, ou então a minha preferida, comprar mais! Se você comprou um lote de ações a 5 reais e ela caiu a 3, você comprando mais um lote de mesma quantidade irá trazer ser valor médio para 4, e se o medo for muito forte você precisa que ela valorize menos antes de vender tudo sem perder nenhum centavo, adquirir experiência, conhecimento, frieza, maturidade... e ter se divertido!


Diversão? Sim, já disse e repito o quanto for necessário, Bolsa de Valores é a mais pura diversão. É sentir-se vivo num ambiente de números, é sentir seu coração bater mais forte ao ver o verde da ordem executada, é ficar feliz com as subidas, é se preocupar com as descidas. Engraçado a semelhança com uma montanha russa. E se você gosta do risco mas não pode viver de esportes radicais, essa é a opção que pode melhorar o seu dia! Já me falaram que eu escrevo sobre bolsa com uma empolgação que parece que eu só ganho. Mas não, a minha razão de bolsa hoje é aprender, mas não só lendo, meu nível de risco foi o de entrar sem conhecimento nenhum e apanhar, às vezes até hoje, e aprender mais com os erros do que com as decisões certas.

"Se eu soubesse antes, o que sei agora, eu erraria tudo exatamente igual."

Agora a parte sobre rodas: o que é gostar de carro? Gostar de carro não é falar sempre do seu carro dos sonhos, da Ferrari ou Lamborghini, e andar de Celta, Uno e Gol. Gostar de carro é gostar da essência de cada automóvel. É não saber se gosta mais da Miura, Countach, Diablo ou Aventador, e diria mais, gostar de carro é conseguir visualizar na mente cada uma dessas quatro máquinas que citei agora. A primeira foto é uma delas, quem sabe qual? Mas sobretudo, gostar de carro é gostar dos menosprezados do mercado, é gostar de carro no ato mais simples que isso pode significar. Eu também sonho em andar de Lamborghini, mas tenho os pés no chão em gostar de qualquer carro, incluindo Escort Zetec e Santana da última geração até 2006. Dois clássicos, que fizeram história no cenário nacional, mas que no fim da vida estavam defasados e já não faziam brilhar tantos olhos. Mas no que depender de nós, amantes de carro, eles sempre terão seu lugar ao sol, ou se tiverem sorte, na sombra da sua garagem.

Música: eu admito que não é tão rock assim, mas para os amantes de música e os empolgados em geral é algo a se salientar. Eu não sou bom em música, nunca fui, tento, gostaria, mas não sou bom. Mas ontem aconteceu algo que eu achei legal, sentei no piano e consegui tocar (do nada, sem ter nada específico na cabeça) o início da música de hoje. Só o início, mas foi quase uma vitória. Algo que gostei mesmo, sem ter porque. Talvez a vida precise mais disso, coisas ridículas, mas que naquele momento são importantes.


Se eu tivesse o poder de convencer, não pediria um aumento ao meu chefe ou um desconto na loja de carros; pediria justiça nas relações econômicas e harmonia nas negociações. Se fosse possível, eu pediria que os consumidores não pagassem tão caro por produtos inferiores, que a margem de lucro dos mega empresários saísse do exorbitante, e que alguns profissionais fossem um pouco mais humanos.

Abraços e muito obrigado!

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