Com certeza o Rápidas não podia ficar alheio a essa onda de manifestos e ações organizadas do povo brasileiro pelas ruas. Nada mais justo do que dar os parabéns a um povo que se mobilizou, com o uso das redes sociais, para ir às ruas e dizer não somos cegos, tampouco otários. Num país onde eu já dizia a muito tempo que a classe política age como se não tivesse o mínimo de respeito por ninguém, onde dia após dia estouram mais escândalos de corrupção. Mas infelizmente um país onde a mídia é capaz de manipular e dizer, quase que de forma subliminar, o que você precisa, em quem acreditar. Parabéns Brasil, tudo o que está acontecendo é apenas o começo do abrir os olhos de um povo que cansou de ser mal representado. Que os governantes, eleitos pelo povo, comecem a fazer algo pelo povo e não por si só!
Mas ainda assim, nem tudo são flores. Há, no mínimo, duas frentes a se pensar dentre todas as pessoas que estão manifestando noite após noite pelas ruas das cidades brasileiras. E infelizmente um grupo é influenciado pelo mal que assola o outro. A cultura de um povo. Vamos sair às ruas e dizer que queremos um país melhor, mas será que esse país melhor não somos nós mesmos que podemo fazer? Será que dar passagem no trânsito, respeitar as leis mais simples, ser gentil com o próximo e não tentar tirar vantagem das coisas, não pode ser entendido como melhorar um país? Grupos que apelam para o vandalismo, que acham que atenção se chama queimando ou destruindo coisas, não é a favor destes que estarei.
Sem partidos, sem bandeiras, sem ideologias compradas em bancas de jornal, não é disso que precisamos agora. Precisamos que cada brasileiro, do alto do plenário ou do meio da multidão, que cada brasileiro coloque a mão na consciência e diga "eu também errei, e posso melhorar".
Estou certo de que 0,20 centavos na tarifa do transporte público não é muito mais do que um estopim inicial que nos faz pensar em muitos outros fatores. Por que não generalizar no problema da inflação? Quem não teve a sensação de que em questão de meses a conta no supermercado ficou muito mais salgada? Vivemos uma época em que o lucro abusivo do empresariado passou dos limites do bom senso. Muitos políticos são de famílias que controlam boa parte de serviços e corporações das cidades. Ou seja, se é de interesse da burguesia os políticos aprovam qualquer coisa. Do outro lado temos os assistidos por programas "bolsa" da vida, que transformam as baixas rendas em reféns da própria pobreza. E no meio estão as classes medianas que mais são penalizadas pela carga tributária de um lado e a extorsão de preços do outro.
Não se trata de defender ninguém, mas só queria deixar dois recados para aqueles que adoram dizer que tal governo ou políticos não investiram em educação ou saúde. Primeiro, quem teve algum parente, ou conhece alguém, que tenha sido tratado de câncer pelo SUS, sabe qual o custo desse tratamento e sabe que certos hospitais da rede pública são referência no assunto. Segundo, se a educação no Brasil é tão ruim, por que as universidades públicas são as mais respeitadas? E não se trata deste ou daquele governo, de novo, por um Brasil sem defesa de partidos, só estou tentando dizer que há muito que se conhecer antes de postar bobeiras num facebook qualquer.
A minha ideia hoje era falar sobre a evolução do método de guardar dinheiro, sobre a constituição de uma reserva e a consequente criação de fundos com necessidades específicas. Mas diante dos acontecimentos, fez-se necessário que eu parasse e me manifestasse sobre tudo que vêm acontecendo. Sou a favor das manifestações? Sou! Mas sou sincero em dizer que parte das reivindicações deveriam ser para que as próprias pessoas pensassem mais. Enquanto não largarmos o jeitinho brasileiro nada irá mudar. É como continuar elegendo aquele político corrupto que todos já conhecem os podres, mas alguém vota nele porque tem algo a ganhar com isso.
Vamos parar de pensar naquela pequena vantagem que eu vou levar e pensar no bem que vamos fazer a nossa nação todas as vezes que fizemos questão de ser honestos. Voltando aos princípios básicos da economia, é exatamente como a mão invisível, se cada um buscar o melhor, mas de forma justa, conseguiremos o melhor para todos.
O ensaio, apesar de destacar, mostra alguns carros de políticos, que o povo brasileiro ajudou a pagar. Do Landau dos anos 80, passando por Ômega e Fusion das décadas seguintes, eu me pergunto, por que políticos precisam andar nesses carrões enquanto o povo se contenta com os populares?
E fechando com música, talvez a única parte fiel a filosofia tradicional do Rápidas, apenas um pouco de Rock para descontrair.
Prestem bem atenção no vídeo, porque na verdade ele não foge tanto ao contexto assim!
E para quem não conhece, isso é Rock de Curitiba, isso é Motorocker!
Espero que tenham gostado, forte abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário