sexta-feira, 28 de junho de 2013

Reserva fracionada, como comprar com sabedoria!

Pois bem, como na semana anterior eu resolvi me dedicar ao assunto do momento, hoje quero voltar a um dos estilos preferidos dos leitores do Rápidas. Hoje eu volto a falar em termos práticos, não soluções infalíveis, mas dicas objetivas para você que está cansado de pensar em dinheiro como um problema. Vamos falar sobre a já tão famosa reserva de emergência e o que fazer se você quer adquirir bens sem comprometer seu orçamento e ainda assim não se endividar nem um pouco!


O que vêm a ser a reserva fracionada? Sendo bem detalhista, o termo reserva vêm de um dos dois conceitos mais abordados neste blog. Junto com planejamento, a reserva de emergência é fundamental, não para se conseguir comprar coisas, não para se livrar das dívidas, não para sentir-se rico; a reserva de emergência é a condição de obrigatoriedade de quem não quer ser pego de surpresa em situações desagradáveis. Guardar dinheiro tem que ser encarado como uma lei, uma doutrina que poucos conseguem seguir, mas que premia muito quem consegue manter a disciplina de poupar. Do mínimo de 10% até o valor que for possível, todo mês, é imprescindível guardar parte de seus rendimentos com o único objetivo de ter dinheiro guardado para eventuais crises. E não estou falando de crises econômicas mundiais! Estou falando de pequenas reformas, um conserto no carro, o presente de casamento do seu melhor amigo, e tudo o mais que foge o seus dia a dia. Inclusive a perda de emprego. É mais fácil estar preparado para algo ruim e nada acontecer do que achar que nunca irá acontecer com você!

O primeiro recado era esse, ou seja, guarde dinheiro para aquilo que você não sabe o que é nem quando vai acontecer. Há um valor mínimo para se guardar para isso? Como um bom economista, minha resposta é... Depende. Lógico! Se você começou hoje, acredito que um objetivo de curtíssimo prazo é chegar a mil reais, pois este valor já dá conta de pequenos problemas que podem surgir sem hora marcada. Mas se você já consegue guardar dinheiro com regularidade, só tem o hábito de juntar e gastar, mesmo que sejam coisas que você não precise tanto assim, eu aconselho manter cinco mil em reserva. Agora, no nível avançado, que é quando você já têm a consciência de que dinheiro e patrimônio são duas palavras que convivem juntas e fazem bem uma a outra, bom meu amigo, dez mil reais é o seu valor, o valor da reserva, um valor que seguramente lhe dá garantias de conseguir atravessar maus bocados sem sentir-se caindo do abismo.


E é aqui que entra a reserva fracionada. Mas só agora? Sim, com dez mil na conta, seguros, garantidos, agora é a hora de começar a brincadeira. Além desses dez mil você junta outros cinco ou seis para trocar de carro, você junta mais dois mil para a geladeira e o celular novo, você chega na frente do médico que lhe diz que o remédio do seu filho custa 300 reais e diz: "tudo bem doutor, com saúde não se brinca". Você aprende que o dinheiro se comporta bem melhor quando tem companhia, a companhia de mais dinheiro. Eu sinceramente não sei qual é a média social das pessoas que acessam o Rápidas, mas garanto que alguns se surpreenderiam com existem pessoas que conseguem viver com tão pouco, pessoas que não chegam ao ponto de guardar porque o seu salário mal paga as contas e a alimentação de uma família. Assim como outros se surpreenderiam como há pessoas que ganham rios de dinheiro, pessoas para as quais dez mil é o que gastaram nas viagens das suas ultimas férias. É galera, vivemos num país onde a linha entre o miserável e o milionário quase não existe mais. Ambos podem estar lendo isso agora, ambos podem estar pensando mil coisas, mil interpretações que vão do absurdo ao ridículo.

E falando em milionário, é quase impossível não falar em Eike Batista, o mega lobista/empresário de todos os setores que você possa imaginar. O cara que fez o Brasil e o mundo acreditarem no potencial de suas companhias (inclusive eu) e agora enfrenta uma crise que ainda não se sabe se é como uma pedra no sapato ou uma corda no pescoço. Quer um exemplo e tanto sobre o valor do dinheiro? Um dos filhos de Eike é DJ e cobra 5 mil reais para tocar nas festas mais badaladas. Ganhando dinheiro você pensa, mas o que você não sabe é que ele usa o jatinho particular do pai para se locomover entre as cidades que toca. Uma operação sem hora marcada com um avião particular custa, por baixo, uns 25 mil reais, ou seja, para cada festinha que o boyzinho toca o pai paga 20 mil reais! Engraçado né?! Mas enfim, o "X" da questão é que na imprensa especializada não se fala em outra coisa, Eike está colocando à venda sua participação em várias empresas do grupo EBX, pois comenta-se que ele precisa fazer dinheiro, e rápido, para arcar com o endividamento das companhias.

Quem me vê lá parado, com os fones de ouvido, apenas fazendo batimento de créditos e débitos e fazendo transferência de milhões de reais todos os dias, que não são meus, não tem a mínima ideia de quem eu sou, do que faço fora dali, de como me comporto diante de um problema, de como eu me divirto. Quem apenas olha o outro e já sai julgando, perde uma ótima oportunidade de fazer algo por si. Nunca confunda paciência com comodismo, às vezes ninguém, nem mesmo a pessoa mais próxima de você vai entender o que se passa na sua cabeça, apenas quando vê um texto seu ilustrando as páginas de uma revista de investimento, apenas quando vê aquele vermelho reluzente na garagem. Não confunda planos sérios com meros sonhos. Sonhas faz parte da vida, mas planejar e fazer acontecer é para quem tem a coragem de dizer não. Dizer não àquilo que você não precisa na hora em que você não pode.


E assim é o Rápidas, ele viaja, fala coisas que muita gente não entende, mas que se um dia forem explicadas... Bom, talvez mesmo assim muita gente não entenda. Mas é assim a vida, complexa, bela, feita para todos, mesmo aqueles que mal sabem o que significa viver.

E o ensaio da semana trás mais daqueles modelos que ninguém quer, que não valem nada, que sofrem preconceito aonde passam, mas que revivem a glória na mão de quem os ama e dá valor. Assim é como algumas pessoas, poucos valorizam, mas brilham nas mãos certas. Com vocês Fiat Oggi, Kia Clarus e Mercedes Classe A.

E para fechar, o vídeo da semana é de uma banda anos 1990/2000 que fez um razoável sucesso, têm músicas muito boas, mas sofre com a política dos hits. Poucas pessoas conhecem suas melhores músicas pois só ouviram as mais comerciais e tocaram até enjoar nas rádios por aí. Fiquem com Creed.


E é isso aí galera, forte abraço e o meu muito obrigado!!!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestações pelo Brasil...e muito mais!

Com certeza o Rápidas não podia ficar alheio a essa onda de manifestos e ações organizadas do povo brasileiro pelas ruas. Nada mais justo do que dar os parabéns a um povo que se mobilizou, com o uso das redes sociais, para ir às ruas e dizer não somos cegos, tampouco otários. Num país onde eu já dizia a muito tempo que a classe política age como se não tivesse o mínimo de respeito por ninguém, onde dia após dia estouram mais escândalos de corrupção. Mas infelizmente um país onde a mídia é capaz de manipular e dizer, quase que de forma subliminar, o que você precisa, em quem acreditar. Parabéns Brasil, tudo o que está acontecendo é apenas o começo do abrir os olhos de um povo que cansou de ser mal representado. Que os governantes, eleitos pelo povo, comecem a fazer algo pelo povo e não por si só!


Mas ainda assim, nem tudo são flores. Há, no mínimo, duas frentes a se pensar dentre todas as pessoas que estão manifestando noite após noite pelas ruas das cidades brasileiras. E infelizmente um grupo é influenciado pelo mal que assola o outro. A cultura de um povo. Vamos sair às ruas e dizer que queremos um país melhor, mas será que esse país melhor não somos nós mesmos que podemo fazer? Será que dar passagem no trânsito, respeitar as leis mais simples, ser gentil com o próximo e não tentar tirar vantagem das coisas, não pode ser entendido como melhorar um país? Grupos que apelam para o vandalismo, que acham que atenção se chama queimando ou destruindo coisas, não é a favor destes que estarei.

Sem partidos, sem bandeiras, sem ideologias compradas em bancas de jornal, não é disso que precisamos agora. Precisamos que cada brasileiro, do alto do plenário ou do meio da multidão, que cada brasileiro coloque a mão na consciência e diga "eu também errei, e posso melhorar".

Estou certo de que 0,20 centavos na tarifa do transporte público não é muito mais do que um estopim inicial que nos faz pensar em muitos outros fatores. Por que não generalizar no problema da inflação? Quem não teve a sensação de que em questão de meses a conta no supermercado ficou muito mais salgada? Vivemos uma época em que o lucro abusivo do empresariado passou dos limites do bom senso. Muitos políticos são de famílias que controlam boa parte de serviços e corporações das cidades. Ou seja, se é de interesse da burguesia os políticos aprovam qualquer coisa. Do outro lado temos os assistidos por programas "bolsa" da vida, que transformam as baixas rendas em reféns da própria pobreza. E no meio estão as classes medianas que mais são penalizadas pela carga tributária de um lado e a extorsão de preços do outro.


Não se trata de defender ninguém, mas só queria deixar dois recados para aqueles que adoram dizer que tal governo ou políticos não investiram em educação ou saúde. Primeiro, quem teve algum parente, ou conhece alguém, que tenha sido tratado de câncer pelo SUS, sabe qual o custo desse tratamento e sabe que certos hospitais da rede pública são referência no assunto. Segundo, se a educação no Brasil é tão ruim, por que as universidades públicas são as mais respeitadas? E não se trata deste ou daquele governo, de novo, por um Brasil sem defesa de partidos, só estou tentando dizer que há muito que se conhecer antes de postar bobeiras num facebook qualquer.

A minha ideia hoje era falar sobre a evolução do método de guardar dinheiro, sobre a constituição de uma reserva e a consequente criação de fundos com necessidades específicas. Mas diante dos acontecimentos, fez-se necessário que eu parasse e me manifestasse sobre tudo que vêm acontecendo. Sou a favor das manifestações? Sou! Mas sou sincero em dizer que parte das reivindicações deveriam ser para que as próprias pessoas pensassem mais. Enquanto não largarmos o jeitinho brasileiro nada irá mudar. É como continuar elegendo aquele político corrupto que todos já conhecem os podres, mas alguém vota nele porque tem algo a ganhar com isso.


Vamos parar de pensar naquela pequena vantagem que eu vou levar e pensar no bem que vamos fazer a nossa nação todas as vezes que fizemos questão de ser honestos. Voltando aos princípios básicos da economia, é exatamente como a mão invisível, se cada um buscar o melhor, mas de forma justa, conseguiremos o melhor para todos.

O ensaio, apesar de destacar, mostra alguns carros de políticos, que o povo brasileiro ajudou a pagar. Do Landau dos anos 80, passando por Ômega e Fusion das décadas seguintes, eu me pergunto, por que políticos precisam andar nesses carrões enquanto o povo se contenta com os populares? 

E fechando com música, talvez a única parte fiel a filosofia tradicional do Rápidas, apenas um pouco de Rock para descontrair.

Prestem bem atenção no vídeo, porque na verdade ele não foge tanto ao contexto assim!


E para quem não conhece, isso é Rock de Curitiba, isso é Motorocker!

Espero que tenham gostado, forte abraço!

sábado, 15 de junho de 2013

Basta uma única má intenção...

Tem horas que paro e reflito sobre o que sei do mundo. Horas em que vejo como sou ignorante e conheço pouco. Horas que fico analisando os acontecimentos mais corriqueiros e no mais egoísta dos meus pensamentos acho soluções hipotéticas para todos os problemas do universo. Quem nunca fez isso? Quem nunca disse que se estivesse lá faria diferente? Até mesmo os milhões de "técnicos de futebol" que temos espalhados por aí, é um exemplo idiota, mas parece que no Brasil só idiotice que pega.


Quando digo do quanto ignorante eu sou, é porque, por exemplo, eu não sei como funciona no resto do mundo uma coisa que aqui no Brasil é tão revoltante. O aproveitamento do assistencialismo! Tanto se fala sobre o jeitinho brasileiro, a malandragem, tirar vantagem. O que me revolta de verdade é o quanto as pessoas não percebem o quanto isso estraga nosso país. Somos uma das nações mais abençoadas naturalmente da humanidade, em nenhum lugar no mundo se vê tanta abundância de recursos naturais, paisagens das mais belas, uma mistura de culturas que faz do nosso povo um dos mais surpreendentes do planeta.

Não sou um cara com muitas vivências internacionais, mas o pouco contato que tive com o mundo exterior me provou que há povos amistosos e gentis, mas que também há culturas fechadas. Hotéis caríssimos onde o mais humilde dono de pousada da ilha de Florianópolis poderia dar uma aula de como atender com cordialidade. Mas há um público que parece que se identifica com o mau tratamento, pessoas que já tratam por natureza as outras de forma fria, que estão acostumadas a comprar a simpatia dos que lhes convêm.

Mas de volta ao assistencialismo: tal qual sugeri no nome do post, basta uma única má intenção para transformar uma boa ideia em uma bandeira (contra ou a favor) de uma causa sem sentido. Todos sabemos que os "Bolsa" da vida surgiram na verdade com a gestão FHC nos idos dos anos 1990. A equipe do PT redesenhou, mudou o nome, ampliou (até demais) e criou o tal do "Bolsa Família". Não sou nem um pouco contra o governo dar uma ajuda a quem precisa. Quer um exemplo prático e objetivo de onde o programa funciona? No momento em que você retira do sinal uma criança que pede esmolas e arrecada centavos por dia para ajudar o sustento de uma casa (ou um vício maldito de um dos pais) e coloca essa criança na escola, dando a este pai um valor para ajudar, infelizmente não sabemos no que.


Mas no momento em que uma mãe abre mão de uma oferta de emprego, pois não irá ganhar muito mais do que já ganha para ficar em casa. Isso é o reflexo da cultura de um povo que não quer esforço. E assim retomamos a nossa herança de um país de abundantes recursos. Desde o surgimento dos povos, os índios, os portugueses, e qualquer outro povo que chegava a uma terra não utilizada do nosso belo país. Todos estavam acostumados a extrair seus recursos sem muito esforço. Durante anos e anos o Brasil foi aquela pilha interminável de areia onde os países ricos vinham buscar a matéria-prima para construir o que precisavam e depois nos vendiam de volta algo pronto.

Essa história pode até ter mudado muito nos novos tempos, hoje temos uma industria razoavelmente forte, que até exporta muito, mas ainda assim fomos apenas os escolhidos por grandes marcas para trazer suas fábricas, e junto seus resíduos, e aproveitar uma mão de obra barata. Nunca lhe ocorreu que o Brasil tem um universo de marcas infinitamente menor do que outros lugares? Levando o ritmo para um dos focos do blog, automóveis é um exemplo clássico. O que é um carro brasileiro? Opala, Fusca, Maverick? Dois americanos e um alemão. O que temos, de vez em quando, é um modelo projetado aqui, mas sob a supervisão de uma marca de fora. E não é uma questão de comparar nações muito maiores que nós. Somos a 6ª maior economia do mundo, e estamos anos luz atrás da Coréia do Sul, berço de Kia e Hyundai. O ícone da industria automotiva nacional, embora alguns nem lembrem dele, foi Gurgel! Mais recentemente nasceu nas dunas um carro que se popularizou muito, a Troller, que hoje já pertence à Ford. Mas tudo bem, nem por isso significa que estamos errados, há países europeus que também não tem uma cultura automotiva aflorada, como é o caso da Espanha, eu vejo a Seat como a única representante deles no mundo dos automóveis.


Sei que o Rápidas dá algumas voltas no assunto, às vezes começa com um tema e muda totalmente a direção, mas essa é a magia do blog, não preciso me prender. Adoro o desafio de escrever com umtema definido e ter que me focar naquilo, mas a formalidade tira um pouco do prazer de falar o que lhe der na telha. Mesmo porque alguns posts são, utilizando o parâmetro de James Hetfield, essencialmente para mim! Eu escrevo o que quero, da forma que quero e do jeito que tenho vontade naquele momento, se for de valia para alguém isso me inspira a ser cada vez mais eu mesmo. Não vou mudar por ninguém que não eu mesmo!

O Rápidas não é um blog que qualquer um entende, não é uma idiotice para a massa vir e dar umas risadinhas. O Rápidas é como algumas músicas do Metallica, é complexo, exige atenção e concentração e não deve ser acessado de qualquer lugar, com pouco tempo, só por olhar! Fiz esse comparativo comigo mesmo esses dias, estava no trabalho e coloquei um fone de ouvido pra descontrair. Alguns hits de bandinhas de rock são sempre bons de ouvir e caem bem em qualquer momento, mas uma música como The Shortest Straw deve ser apreciada em cada acorde, em cada rif. O que é mais popular, não só entre os fãs de rock, o hit pegajoso e fácil ou a produção trabalhada e muitas vezes difícil até de entender?

Quero ser chato, quero ser complexo, quero ser para poucos, mas que também são os melhores! Bem vindo ao Rápidas edição 101! E para relaxar no fim do post, curta um pouco de Emmerson Nogueira:


Espero que tenham gostado, um abraço e muito obrigado!

sábado, 1 de junho de 2013

Risco, Paixão e Súplica!

Escalar montanhas, gostar de alta velocidade, andar na rua sozinho à noite; preferir um livro, ficar em casa, ir ao shopping. São muitos os perfis que definem cada pessoa, são muitas as características que nos dizem  qual o nível de risco que você está disposto a correr. Para muitas pessoas viajar de avião é perigoso, quando na verdade, pelo número de ocorrências, está mais do que provado que o carro é mais arriscado; mas não é só por isso que viajamos muito de automóvel, é porque é mais prático, mais barato em muitos casos, e acima de tudo, porque gostamos do prazer da estrada. 


O exemplo clássico é a rota Curitiba - Foz do Iguaçu. Uma hora de avião, não é caro, e você sai do trabalho na sexta e pode ir jantar na Argentina no fim da noite. Mas a viagem de carro para Foz é uma rota de estradas bonitas, belas paisagens, serras, estrada bem pavimentada, enfim, é um programa muito prazeroso. É assim que são as decisões que envolvem risco, todas tem o seu lado bom, todas tem seu diferencial que você não encontrará na outra opção.

As opções de investimento para pessoas comuns são cheias dessas pegadinhas de risco. Parece que só há dois lados a escolher, ou é renda fixa, ou é variável, correto? Sim e não, utilizando-se da expressão mais clássica da economia, depende. Como pode um fundo de renda fixa ser arriscado? Não é esse tipo de risco que você está pensando, é o risco de não ganhar nada que justifique essa aplicação. Já salientei aqui, mas não custa falar de novo que, atualmente, pela nova regra da poupança e as taxas administrativas cobradas pelos bancos, fundo de renda fixa só rende mais do que a poupança quando a taxa cobrada é de 0,5% ao ano. Simples assim, por isso minha recomendação ainda é o certificado de depósito bancário, o meu querido CDB.


E falando em risco, é correto abandonar o barco na primeira gota de água que entra nele? Bom, no sentido literal eu diria que depende do barco, é claro, mas no mundo do risco de aplicações financeiras a resposta é não. E aí há o risco pseudo-seguro e o risco aberto. Muitas pessoas hoje em dia utilizam aplicações de renda variável, ou até mesmo fundo de investimentos em ações, mas o fazem através do conforto e segurança do seu bankline. Falta de tempo, pouco conhecimento, preguiça, medo; são várias as desculpas para não ir de carro, ou seja, para não ir pra Bolsa, sim estou falando do Home Broker! O sistema mágico que te possibilita ser o dono da decisão. Eu quero comprar e vender no mercado acionário, quero fazer parte do jogo, quero sentir o risco como a diferença entre estar no céus dos aviões e no céu de uma asa delta!

Perder dinheiro é ruim? Sim. Sempre? Não. Um dos mitos da bolsa é que quando uma ação que você comprou desvaloriza você perde dinheiro. Mentira! Você só perde dinheiro quando pula do barco, você só perde de fato quando vende por menos do que comprou, se uma ação sua desvalorizar você terá duas opções, deixar ela lá até que ela se recupere, ou então a minha preferida, comprar mais! Se você comprou um lote de ações a 5 reais e ela caiu a 3, você comprando mais um lote de mesma quantidade irá trazer ser valor médio para 4, e se o medo for muito forte você precisa que ela valorize menos antes de vender tudo sem perder nenhum centavo, adquirir experiência, conhecimento, frieza, maturidade... e ter se divertido!


Diversão? Sim, já disse e repito o quanto for necessário, Bolsa de Valores é a mais pura diversão. É sentir-se vivo num ambiente de números, é sentir seu coração bater mais forte ao ver o verde da ordem executada, é ficar feliz com as subidas, é se preocupar com as descidas. Engraçado a semelhança com uma montanha russa. E se você gosta do risco mas não pode viver de esportes radicais, essa é a opção que pode melhorar o seu dia! Já me falaram que eu escrevo sobre bolsa com uma empolgação que parece que eu só ganho. Mas não, a minha razão de bolsa hoje é aprender, mas não só lendo, meu nível de risco foi o de entrar sem conhecimento nenhum e apanhar, às vezes até hoje, e aprender mais com os erros do que com as decisões certas.

"Se eu soubesse antes, o que sei agora, eu erraria tudo exatamente igual."

Agora a parte sobre rodas: o que é gostar de carro? Gostar de carro não é falar sempre do seu carro dos sonhos, da Ferrari ou Lamborghini, e andar de Celta, Uno e Gol. Gostar de carro é gostar da essência de cada automóvel. É não saber se gosta mais da Miura, Countach, Diablo ou Aventador, e diria mais, gostar de carro é conseguir visualizar na mente cada uma dessas quatro máquinas que citei agora. A primeira foto é uma delas, quem sabe qual? Mas sobretudo, gostar de carro é gostar dos menosprezados do mercado, é gostar de carro no ato mais simples que isso pode significar. Eu também sonho em andar de Lamborghini, mas tenho os pés no chão em gostar de qualquer carro, incluindo Escort Zetec e Santana da última geração até 2006. Dois clássicos, que fizeram história no cenário nacional, mas que no fim da vida estavam defasados e já não faziam brilhar tantos olhos. Mas no que depender de nós, amantes de carro, eles sempre terão seu lugar ao sol, ou se tiverem sorte, na sombra da sua garagem.

Música: eu admito que não é tão rock assim, mas para os amantes de música e os empolgados em geral é algo a se salientar. Eu não sou bom em música, nunca fui, tento, gostaria, mas não sou bom. Mas ontem aconteceu algo que eu achei legal, sentei no piano e consegui tocar (do nada, sem ter nada específico na cabeça) o início da música de hoje. Só o início, mas foi quase uma vitória. Algo que gostei mesmo, sem ter porque. Talvez a vida precise mais disso, coisas ridículas, mas que naquele momento são importantes.


Se eu tivesse o poder de convencer, não pediria um aumento ao meu chefe ou um desconto na loja de carros; pediria justiça nas relações econômicas e harmonia nas negociações. Se fosse possível, eu pediria que os consumidores não pagassem tão caro por produtos inferiores, que a margem de lucro dos mega empresários saísse do exorbitante, e que alguns profissionais fossem um pouco mais humanos.

Abraços e muito obrigado!