sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quanto custa ser rico?

Riqueza, bens materiais, roupas caras e um carro novo. Será mesmo que ser rico é o que estamos acostumados a ver e ouvir? Pois eu digo que não, e pouca gente percebe isso.
Segundo o IBGE, Curitiba é a 4ª capital mais rica do país. Uma notícia assim pode animar, revoltar ou não significar nada. De fato, sozinha ela não significa nada, mas quando pensamos no contexto que ela envolve podemos tirar várias conclusões. Vamos a elas.

Curitiba é uma capital de negócios, grandes empresas se instalaram aqui nos últimos tempos, e grandes empresas possuem grandes e caros executivos. Seus salários são mais do que suficiente para elevar o PIB de qualquer cidade.

Curitiba ostenta, para um fã de carros até que não é ruim, mas a verdade é que o curitibano adora mostrar o carro novo. E não estou falando de populares zero km ou médios enfeitados, numa cidade onde Fusion e New Civic viraram figura fácil em qualquer esquina, quem quer aparecer precisa de mais de 100 mil reais com certeza. Até rolam umas particularidades engraçadas, como por exemplo, pude perceber que a porção da cidade que é rica a mais tempo (moradores do Batel > Ecoville) preferem o clássico Mustang. Enquanto os novos ricos (espalhados por Portão e de lá pra baixo) são mais o chamativo Camaro. Preste atenção.

Curitiba paga mais caro, já não é de hoje que a inflação em nossa cidade é maior que a média do resto do país. Se nós topamos em pagar mais é, de certa forma, porque podemos? Não sei, mas a verdade é que o custo de vida em Curitiba têm aumentado. Mas ainda assim, em comparação com cidades como, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e até mesmo Porto Alegre, ainda não pagamos tanto por uma pizza ou para sair para jantar. Deve ser por isso que (e ai comparo com Recife e Campo Grande) aqui é fácil encontrar uma Ferrari quando se está indo jantar em Santa Felicidade, nas outras não. Aliás, um vizinho meu têm uma Ferrari!
Curitiba paga não só em dinheiro. Não é tão simples achar que somos rico e só. Curitiba é também a 6ª capital mais violenta do país. Chama atenção nos negócios e nos bandidos, a insegurança nos obriga a trancar cada vez mais nossas casas, o seguro dos automóveis aumenta e nossa tranquilidade em andar na rua diminui.

Mas no fim, tudo isso é ser rico? Só sou rico se tenho um Camaro? Como eu disse antes, minha opinião é um pouco diferente. Posso não ter todos os bens materiais que gostaria, mas têm uma coisa que eu não abro e não abrirei mão tão fácil. Tranquilidade, segurança financeira e pé no chão. De que adianta assumir uma parcela de 500 ou 600 reais por mês se não é o que me fará satisfeito? Sempre soube que eu não tenho paciência para ficar com um mesmo carro por mais de um ano ou dois, sendo assim, só estaria jogando dinheiro fora. E outra, sempre tive uma ligação diferente com isso, alguns automóveis são mais do que meros meios de transporte, logo, não se trata de ano, não se trata (só) de motor, se trata de bem estar.

Acho que é isso, encontrei a expressão que procurava, Bem Estar. Quando você se sente bem consigo mesmo, com o que é e com o que têm. Não importa o que os outros pensam de você.

Você não precisa ostentar, colar na testa onde mora ou quanto ganha, só precisa estar feliz e satisfeito, ser você e não se arrepender do que faz e fala. Ser rico é um status que muitos profissionais bem sucedidos não são, e um prazer que qualquer um pode usufruir.
A riqueza está no brilho dos olhos da mulher amada, está no "sorriso" sincero do seu fiel cachorro, está na sua sensação em saber que está guiando o que é seu, comprado com seu próprio esforço, está num céu estrelado e num belo amanhecer com sol. A riqueza é você quem faz meu amigo, não o que os outros vêem de você.

Quanto custa ser rico? Pode custar a vida de quem ostentou tanto e acabou chamando atenção de quem não devia. Pode custar todo o sono de quem se endividou para parecer ter. Pode custar uma ou duas escolhas negativas na hora certa.

E como eu sempre digo, pode custar apenas um bom planejamento. Seja rico, seja feliz, seja por você e não pelos outros.

A decepção estará sempre em volta de você, com cada pessoa que você cruza no seu dia a dia. Mas ao lado dela sempre estará a surpresa boa. Saiba enxergar os dois lados e dar a importância certa para cada um deles.

Música do post, Always Somewhere - Scorpions.

Feliz Natal a todos, um imenso obrigado e um forte abraço!


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mudanças, boas ou ruins?

Mudar é sempre algo ruim? É sempre algo bom? Pode significar muito como pode significar nada? No bem da verdade todas estão certas, parcialmente. O erro já começa por essa maldita palavra, sempre. Ser pra sempre está em desuso, hoje em dia não há mais sentido exato para a palavra sempre. Mas de qualquer forma, mudar, em Economia e na vida... vamos lá.
"Eu conheço bem, essa coisas são assim. Deixe o sal no mar, deixe o amor em mim".

Principalmente após a crise de 2008/2009, o mundo têm mudado, algumas potências têm se retraído. Países como o Brasil e a China têm ganhado lugar de destaque. Pena a maioria da população de ambos não ter tantos motivos para comemorar. É verdade que a nossa nova classe média está gastando e consumindo mais. Mas o que não percebem é que mais de 60% das famílias está comprometendo uma parcela muito maior do que deveria com dívidas. Casas novas, carros novos, viagens para o exterior, delírios de consumo além do limite da normalidade. E o que o governo vai fazer? Diminuir ainda mais a taxa de juros. Sim, eu diria que vamos fechar 2012 com algo em torno de 9,5% na Selic. Eu não concordo! Nunca concordei com juro baixo. Imposto baixo. Olha o tamanho desse país? Apesar de muito viverem em condições sub-humanas, ainda estamos melhor do que a imensa massa da população chinesa. É fácil achar que lá é melhor quando você só enxerga as grandes cidades e a classe alta que hoje vive, certamente, seus melhores dias.

"Algo enfim mudou e a casa não está tão vazia". (ainda está).
"O mal já passou e as noites trouxeram outros dias" (vão trazer).

O progresso e a Copa de 2014 pedem passagem, doa a quem doer. Não posso dizer que não concordo, nem fazer protesto, como a velha teoria de Schumpeter, a inovação criadora também destrói tudo que ficou pelo caminho e não têm a intenção de mudar. Curitiba está começando a ver que, mesmo para míseros quatro jogos da primeira fase, a cidade precisa se mexer. Ainda como uma onda que poucos vêem, a procura por alugueis para o período da copa começam a aumentar, as obras de infra-estrutura, sobretudo nos corredores de acesso à cidade, e principalmente, as desapropriações. Desde a região metropolitana, para construção e melhoria de ruas e estradas. Até o óbvio, a desapropriação de imóveis na região da Baixada, estádio do Clube Atlético Paranaense onde serão os jogos. Minha dica é, quem já não vendeu, venda logo! Quanto mais perto, a maquina pública vai começar a usar suas armas para retirar dali algumas casas e edificações antigas, e no final isso se dará a preço de banana. Moradores da região, fiquem espertos.

Turismo, como eu e alguns colegas de trabalho adiantamos a uns dois anos, hoje o destino preferido pelos curitibanos é a capital argentina, Buenos Aires. Já tive a oportunidade de escrever sobre esta bela cidade aqui em outra ocasião (Post Buenos Aires) e é fato, a cotação da moeda argentina, a proximidade e o fato de não precisar de passaporte transformam a cidade num dos melhores destinos da América Latina.
"A dúvida acha você, mas deixa a tristeza pra lá. É preciso errar para aprender... a acertar".

Carros, a onda de automóveis chineses provoca algo de muito positivo no mercado nacional. O lançamento de novidades a preço "justo". A Chevrolet está lançando o Cobalt, um sedã meia boca a um preço comparável aquela "maravilha" de J3 Turin. Enquanto a Nissan lança o Versa (nesse eu aposto) a um preço que parte de 35mil. Aliás, com uma tabela bem abaixo da Hyundai e o fato de ser japonesa e não coreana, estou muito confiante de que a Nissan, juntamente com a Renault, tem tudo para se consolidar como as melhores gamas de automóveis do país.

Cerveja, outrora representada e distribuída aqui pela Kaiser, a Heineken vira a mesa, compra a marca nacional e investe pesado para melhorar a desgastada imagem da cerveja do baixinho. De novo, já falamos aqui sobre a Heineken (Post Heineken) e é justamente tudo que falamos antes que torna essa gigante uma mestra em reconstruir imagens e reestruturar um mercado atualmente dominado pela maior do mundo, ninguém menos que a InBev.

Cerveja II, apesar de tudo eu continuo sendo um grande fã das boas marcas artesanais, como a pequena Bierbaum de Treze Tílias, SC, só cuidado ao abrir porque a fermentação delas é um pouco temperamental.

"Seja como for, é preciso seguir caminho. Eu roubei as flores e me feri com os espinhos. Não deixe o sonho morrer. O mundo ainda vai te provar... tanta coisa".

Banda curitibana, de reggae, já tive a oportunidade de ir em alguns bons shows.
"Deixa esse medo pra lá..."

Música, os clássicos nunca saem de moda, e também há a possibilidade de ser um novo clássico. Tipo música de nicho, que poucos conhecem mas é capaz de satisfazer a quase todos. A dica de hoje é, Joss Stone!

Gostaria de agradecer publicamente aos bons amigos que contribuíram para cada detalhe de mais uma semana. Um almoço, um bom dia, o questionar da noite de sono, uma música, e a todos que não pensaram em nada disso. Muito obrigado a cada um que lê esses textos, ora gigantes e complexos, ora simples e por vezes até com pouca graça. Forte abraço com a certeza de que sem os acessos isso aqui não seria nada...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Inflação e Novos Mercados

Nada mais justo do que falar um pouco sobre inflação, bem na semana em que o Copom baixou a taxa selic para 11%. Uns comemoram, outros se preocupam. A grande maioria nem faz ideia do quanto isso influencia a sua vida.
A verdade é que só quem viveu financeiramente nos anos 80 de fato conhece o mal que a inflação pode causar. Época em que, de um dia para o outro, o dinheiro que você tinha na carteira perdia todo seu valor.

Hoje, quando falamos em inflação, não se dá muita importância. Mas eu tenho um exemplo claro que nos mostra o quanto esse assunto é importante. Há alguns meses atrás, quando ia ao supermercado comprar algumas coisas para o fim de semana, gastava em torno de 40 reais sem muito excessos. Hoje em dia, as mesmas coisas, nos mesmos lugares, sem nenhuma alteração significante, não sai por menos de 70 reais. Sim, quem costuma ir ao mercado toda semana, ou até mesmo faz compras mensais, percebeu que as coisas aumentaram e muito nos últimos tempos.

mas a tática atual do governo é incentivar o consumo, portanto, mais um corte na taxa de juros. Que deve cair ainda mais nas próximas reuniões. Política é política, se decidem assim, o que vamos fazer. Só digo que os preços devem continuar aumentando, mesmo que aos poucos, daqui um tempo vamos ver a diferença. Enquanto os salários aumentam (pouco, muito pouco) uma vez ao ano.

Mudando um pouco de assunto, percebi uma tendência, não sei se da minha região ou no geral, da abertura de adegas e delicatessen. Lambrusco italiano virou algo simples e barato para qualquer um. Cervejas importadas, queijos, vinhos. Um pouco de requinte e novos sabores, agora cada vez mais perto. É engraçado, mas isso não deixa de ser um reflexo dos mecanismos políticos. Incentivo ao consumo faz com que tenhamos uma crescente na busca por novos produtos. Até porque, crédito extra não fará com que você consuma mais feijão.
Ao passo em que fica um pouco menos vantajoso investir e só guardar. Mesmo com uma razoável alta nos preços, os tempos são bons mesmo para consumo. Mas só quem pode aproveitar são os que no passado tiveram a inteligencia de se preparar. Quem soube usar os momentos de crise para guardar, pode hoje gastar um pouco sem medo. Mas quem só se endividou ainda mais, hoje está tentando pagar essas contas.

Mas isso não significa que é hora de torrar dinheiro, mas sim hora de aproveitar as oportunidades. A cesta básica encareceu, isso é fato. Mas os produtos adicionais, complementares, aqueles que são cortados em tempos de crise, estes estão atrativos. Repetindo, do Lambruco aos carros importados, mesmo se o aumento do IPI pegar. Tudo está vantajoso.

E falando em carros, sim, os importados estão cada vez mais fortes. Mas não se deixe enganar. Chinês continua sendo chinês, as nacionais estão começando a fazer carros mais baratos, os japoneses estão fazendo populares e alguns coreanos estão exagerando muito na propaganda. 

Inflação, cuidado porque ela está rondando e aos poucos começamos a sentir algumas consequencias.

Selic, está na cara que o objetivo é consumir. Apenas cuide para não se endividar.

Anos 80, um exemplo histórico de um passado que ninguém quer de volta.

Adegas, nicho ou novo mercado? A popularização do requinte ajuda a melhorar o padrão e a qualidade de vida de toda uma sociedade.

Carros, não se deixe levar tanto pela propaganda, pense muito e aposte no que te faz sentir bem.
Música, mal toquei nesse assunto hoje, mas uma das bandas que mais surpreendeu nos últimos anos, com hits marcantes e um baterista brasileiro, foi o The Strokes.

Abraços!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pura Cultura

Já falei muitas vezes sobre a importância de uma reserva bem definida para períodos de crise. Já falei sobre planejamento, compras, investimentos e muitas outras coisas.

Hoje não é diferente, quero relembrar alguns conceitos básicos da vida financeira e vamos fazer uma revisão sobre Bolsa de Valores.
O que o petróleo têm a ver com a cultura de poupança?

Uma coisa é fato, brasileiro não têm hábito de poupança. E sabem de onde vêm isso? Vêm de raízes históricas, sim, pois num países abundante em recursos quem irá se preocupar com o amanhã. É como generalizar a cultura do petróleo para todos os recursos no caso do Brasil. A maioria dos países que consomem muito petróleo só estão preocupados em gastar, mas esquecem que trata-se de um recurso não renovável. Há diversos estudos indicando a possibilidade de sua extinção. Mas sempre haverão interesses e esperanças de novas descobertas. Pré-sal está aí para provar que qualquer notícia já soa como um anúncio de que nossa geração não terá problemas. E as outras? Bom, não estaremos aqui para ver. Mas nossos filhos e netos sim.

Mas como eu ia dizendo, a riqueza de recursos é também o berço de nosso cultura em não se preocupar. Países como o Japão, espaço limitado e problemas com catástrofes naturais, não são líderes em tecnologia e desenvolvidos por acaso. Mas o que dizer? Somos uma nação feliz. Pobre, burra, mas que não está preocupada com isso. Prova está na concentração de renda. Uma pequena parte dessa população comanda a grande fatia das riquezas, deixando o povo com pequenas migalhas e cobrando por isso. Sim, você paga o preço todo dia ao ir no supermercado, abastecer o carro, comprar um celular novo parcelado em 10 vezes.

Que o dinheiro é feito para gastar, disso eu não tenho dúvida, mas ter os pés no chão, saber a hora certa de comprar, controlar o impulso. São regras simples que podemos treinar no dia a dia.

Vamos direto ao "investimento" mais comum. Carro. Eu sei bem disso, pois sofro com isso todos os dias. Sou louco por carros, carros antigos, esportivos, clássicos, tunados, chamativos. Já tive alguns dos quais me orgulhei imensamente e me fizeram muito feliz, já tive básicos populares que passaram na minha vida apenas para cumprir tabela. Já perdi dinheiro, mas já ganhei também. Como? Seguindo uma norma na qual eu sou contra a imensa massa, mas é a minha cultura. carro só à vista!
Não é o meu, mas era parecido com isso.

Com 16 anos comecei a guardar meus trocados e com ajuda da minha mãe comprei meu Chevette aos 18 com 2.000 reais. A partir dai foi fácil, como eu não tinha dívida, meu dinheiro ia dividido em guardar e fazer a manutenção do carro. Já contei um pouco da minha trajetória automotiva aqui, então para resumir, hoje eu tenho um Uno, completo como muito 0km gostaria de ser. Vivo a vida do meu jeito, hoje um carro sem muito apelo visual, amanhã ou depois, um Vectra quem sabe. Para quem já se divertiu muito com um Opala 1974 3 marchas de câmbio no volante, idade do carro definitivamente não importa. Gosto de carros, velhos, novos, básicos, completos. Carros que me levem e tragam e que sejam um bem de consumo durável que eu não me arrependa de ter comprado. Quem faz o carro é o dono. Um 147 ou uma Ferrari, o que importa é o que você vê e sente. Não o que os outros te dizem ou pensam.

Que tal uma revisada na Bolsa de Valores para dizer que tivemos um serviço nesse post? Vamos lá!

Passo 1 - Decida.
Se você têm interesse e pelo menos uns 1000 ou 2000 reais que possa dizer que estão "sobrando", basta você ter coragem e vontade de se divertir.

Passo 2 - Corretora.
Normalmente o banco em que você têm conta já possui uma corretora, comece por aí. Você precisa abrir uma conta específica junto a este braço da sua instituição e depois uma conta na Bovespa. Tudo pela internet.

Passo 3 - Home Broker.
Nome do programinha que substituiu aquele pregão visto antigamente nos filmes. Hoje em dia tudo é on line, via uma interface inteligente e ágil, onde você visualiza os preços e gráficos de desempenho. Envia ordens de compra e venda e faz suas transferências.

Passo 4 - Aprenda a regra básica.
Escolha uma empresa, identifique seu preço médio, e compre se ela estive baixa. Cálculo os custos liquidação e custódia, a taxa de corretagem e chegue ao seu valor mínimo de venda. Venda quando ela ultrapassar este valor e você estiver satisfeito com o ganho.

Passo 5 - Defina seu perfil.
Você pode apenas comprar e ir montando uma carteira feliz e saudável, para dizer que você é um investidor e se sentir seguro. Ou você pode passar o dia na frente do computador, acompanhando as oscilações e viver de especulação. Pode-se ficar rico? Da segunda forma talvez, mas só se você já for rico, pode ficar mais rico. Do contrário, você pode ficar louco e pobre.

Passo 6 - Sangue frio.
Eu mesmo já passei por situações em que minha carteira valia menos do que eu investi. O segredo é ficar tranquilo e esperar. Se tiver um recurso até invista nessas horas, aguarde o mercado se recuperar e continue a brincar de comprar e vender.

A dica de música traz duas bandas muito famosas em álbuns de baixa repercussão que foram hostilizados mas hoje são boas opções para fãs de verdade e quem gosta de conhecer. Primeiro U2 com seu divertido álbum POP, com direito a clipe imitando village people e tudo, possui algumas músicas bem bacanas. O segundo é Re-Load do Metallica, sobras de estúdio do já estranho Load, traz Unforgiven II e um hit até hoje muito tocado em shows, Fuel.
Esse disco é tipo um Labo B, mas guarda suas razões para ouvir.

Gostaria de deixar também uma dica de cerveja, para quem está cansado do mercado nacional de massa, as importadas e artesanais são uma pedida e tanto. Esteja pronto para pagas, às vezes, o preço de uma caixa de Skol em uma única long neck. Mas há boas opções baratas com a Becker's Pils, alemã, suave, ótimo sabor, por um pouco mais que uma Heineken.

E pra fechar, sei que minhas opiniões quanto à comprar carro, beber cerveja e ouvir música não refletem a grande massa. Mas o que você quer? Ser mais um ou ter seu estilo próprio e independente da mídia e pequenos hábitos e culturas?

Pura cultura, saia dessa, mude agora e veja o mundo de verdade.

Abraços!


domingo, 13 de novembro de 2011

A linha entre Investir e Financiar.

Qual é o pior investimento do mundo? Muitos devem pensar que é o Título de Capitalização. Concordo, enquanto investimento, esta modalidade que lhe compromete com certa quantia mensal e no fim do plano, geralmente 5 anos, você recebe apenas e tão somente o que pagou, com o acréscimo da TR apenas no montante, não é muito atrativa. Mas ao menos você participa de sorteios e faz uma poupança forçada.
O pior investimento, o melhor financiamento.

Mas esse não é o pior investimento, o pior investimento é o consórcio. Sim, consórcio, você paga todo mês e no final de um prazo razoável você recebe apenas parte do valor para realizar seus sonhos. Não entendi! É simples, nenhuma pessoa no mundo faz um consórcio pensando em pagar as parcelas e resgatar o dinheiro no final. E é justamente aí que mudamos de status para, o melhor financiamento do mundo!

Consórcio é um grupo de pessoas que se unem, através de uma administradora comum, para formar uma carteira de investimento, com objetivo de gerir recursos para realização de um "sonho" material. Vamos ser bem transparentes. Pense em 1000 pessoas depositando 500 reais por mês em uma conta comum. Isso gera 500 mil reais por mês, e é daí que saem as contemplações, por sorteio e lance. E uma vez que você já está com o recurso na mão, isso transforma o consórcio no financiamento mais barato do mundo (das pessoas comuns), pois você passa a assumir uma dívida que no fim das contas têm o juro dissolvido e quase imperceptível.

Pense assim, um carro de 30 mil reais financiado 100% em 6 anos, vai custar no final do período algo em torno de 45 a 48 mil reais, em média. Isso significa o quê? Que quem faz um financiamento desse é no mínimo muito rico! Pra jogar fora quase 20 mil reais...

Uma carta de crédito de 30 mil reais terá uma parcela bem menor, você precisa dar um lance (como se fosse a entrada do financiamento) mas você pode se organizar para fazer isso, digamos, no 15º mês. Você esperou quase 1 anos e meio para ter seu carro, mas no fim das contas você pagará uns 36 mil. Ou seja, quase 10 mil a menos que a primeira opção.
Uma novidade nas ruas, um projeto bem definido.

E quer saber quando que você, em 5 anos, vai juntar 30 mil reais para comprar um carro à vista? Praticamente nunca! Ou você acha que eu ando de carro velho porquê? Mesmo que eu tivesse 30 mil na poupança eu não teria coragem de gastar tudo num carro.

O mal de quem gosta de guardar dinheiro é justamente gostar mais guardá-lo do que gastá-lo.

Mas vai aí a dica, consórcio, enquanto investimento depende mais do fator sorte. Enquanto poupança é uma opção para quem têm seus recursos bem gerenciados. Enquanto financiamento para aquisição de um bem, é a melhor opção! Só vai depender da necessidade do bem. É por isso que os financiamentos normais nunca serão ameaçados, pois sempre haverá quem "precise" urgentemente de um carro novo.

E já que estamos falando de carro, Renault Duster, o novo SUV do mercado nacional. O primeiro concorrente direto do EcoSport, lançado este mês, e pelo visto está fazendo sucesso, ou têm muita gente da Renault que mora perto da minha casa. Fim de semana passado eu vi pelo menos uns 4 no trecho entre a minha casa e a feira onde compro ração para meus cachorros. Coisa de 5 minutos de carro. O fato é que, com uma boa proposta de preço, na mesma faixa da Eco, o Duster vêm com o maior dos atrativos para este mercado. O sabor de novidade. E se pensarmos que estes dois são muito mais baratos que os Hyundai e Mitsubishi, são veículos que dominam um nicho de mercado. Carro interessante.

E aproveitando, notícia dessa semana, a venda de veículos importados caiu 41%. Muito auxiliado pelas notícias do aumento do IPI, que deram uma instabilizada no mercado. Mais uma prova de que a Renault está no caminho certo. Ela e a Nissan, que conseguiu lançar um carro de 28 mil reais em meio a essa situação. O que nos faz pensar em quê? Join Venture, Renault e Nissan são duas empresas separadas, mas que formam um grupo muito forte no meio automotivo.

E falando em Join Venture nós lembramos do quê? Eu sempre digo, Rápidas de Economia, Economia, Carros e Música. Mas há um outro assunto que me interessa muito e combina muito bem com os anteriores, no caso do carro que seja para ir comprar. Cerveja! Cerveja e Join Venture lembra o quê? Inbev, a maior cervejaria do mundo. E como o Rápidas já havia adiantado, vocês devem ter percebido que a Budweiser entrou de vez no mercado, com uma reposição de preço e propaganda, buscando bater de frente com a Heineken. Duas cervejas muito diferentes no sabor, mas com filosofias parecidas. Status e música.
Um pouco de história, em 1853 foi fundada a primeira cervejaria do Brasil, a Bohemia, que até hoje é a minha nacional preferida. Em 1966 a Budweiser se torna a maior cervejaria do mundo com uma produção de 10 milhões de barris por ano. Em 1999 a junção de Brahma e Antartica, e suas marcas, cria a Ambev, maior cervejaria do Brasil. Em 2004 o grupo de junta à Interberw, formando a maior cervejaria do mundo, a Inbev. Que em 2007 compra um dos símbolos dos EUA, Budweiser, agora é nossa! E por ai vai, 2011 e a Bud é escolhida como a cerveja status da marca, o que justifica só ter Bud no show do Pearl Jam, 09/11/2011.

Pearl Jam, depois de 6 anos, a mais duradoura banda da onda grunge volta a Curitiba para fazer mais um show histórico. Comemoração dos 20 anos do lançamento do álbum Ten (1991), um show em que eles tocaram praticamente o álbum todo. Com quase 3 horas de duração eu posso dizer com propriedade que a temporada de shows 2011 vai entrar para a história na minha vida! Outra hora eu entro em detalhes do show, o importante é saber que, Yellow Ledbetter continua sendo A Música, e a sensação de lembrar tudo que mudou da Pedreira para esta quarta, me faz pensar e mais uma vez ter a certeza de que, somos felizes agora e sempre, acorde para isso e nunca mais você vai pensar que era feliz e não sabia.

E rapidamente, para terminar, gostaria de agradecer a participação da minha amiga Nadya, que me sugeriu o seguinte link http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204554204577023920989014612.html, que fala sobre como o brasileiro está ganhando mais, mas está gastando ainda mais do que esse aumento. Comprometendo a taxa de poupança e consequentemente o Investimento. E eu não estou só falando do investimento pessoal, estou falando do investimento na Economia como um todo. Isso certamente reflete na geração de empregos e mais uma vez na renda. Que continua concentrada em quem pensa, enquanto o resto pega empréstimos. Os números são muito relativos, visto sozinho parece bom, analisando à fundo percebemos que a distribuição de renda continua sendo um dos nossos piores problemas.

Agora é pra fechar, já falei do Pearl Jam, mas há outra dica de música, esta é inusitada. Lembra de praia, adolescência, reggae e hardcore. Alguém aí lembra de O Surto? Procurem A Cera e relembrem... Abraços!
Só para constar, Pearl Jam.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Estabilidade Econômica e/ou...

Se tem uma coisa que precisamos aprender ao longo da vida é priorizar algumas coisas e abrir mão de outras. Finanças Pessoais é um tema muito rico, vale para tudo e se renova a cada dia, mas hoje gostaria de falar sobre um estágio muito importante na vida. Em qualquer época é preciso ser Estável.
Não importa o abismo que estamos atravessando, se tivermos um trilho firme a seguir podemos ir de olhos fechados e deixar que o tempo faça o seu melhor...

As fases da vida vão passando e vamos percebendo que muitas coisas mudam, o gosto por agito, baladas, a forma como gastamos nosso dinheiro. O peso e o valor deste dinheiro passa a ficar diferente a cada dia que passa. Num passado não muito distante as coisas eram mais baratas e nós tínhamos menos preocupação em guardar, aliás algumas pessoas continuam sem se preocupar, mas isso já é outra história.

Quando se passa um pouco dos 20 é natural que se pense mais, muito mais, antes de cada ação tomada. Queremos a certeza de que o amanhã não será prejudicado por um hoje qualquer.

Para quem me conhece a mais tempo deve saber o quanto me frusta olhar na garagem de casa e ver, além de um carro só, saber que é um Uno! Brincadeiras a parte mas é assim mesmo, calota, nem isulfilm no vidro da frente ele têm. E o som, bom, esse é um pouco melhor do que todos os que eu já tive, enfim, alguns excessos  dá pra permitir. Mas a diferença é que hoje em dia tudo é muito mais pensado, pautado. E não importa se a margem consignável aumentou, se o limite do cartão de crédito aumento, se o crédito está mais fácil. É lógico que se um dia for vantagem até eu entrarei num financiamento ou consórcio. Mas o que falta para a maioria das pessoas é ciência de que irão comprometer um percentual considerável do salário por um período que geralmente extrapola o médio prazo.

E alguns ainda têm a coragem de dizer que ajudar com 30 reais numa ação social é muito! Reclamam que não têm dinheiro para ir passar um fim de semana na praia. Sacrificam toda a grana das férias num pacote meia boca para porto seguro, gastam sem saber em quê ou por que, aí voltam e passam a reclamar ainda mais.
Há destinos inesquecíveis para quem sabe aproveitar o melhor de cada momento, algumas paisagens tem o que eu gostaria de chamar de Stand By, desligue-se do mundo e preste atenção ao que sua alma está dizendo.

Estabilidade é sair de férias, gastar sem nenhuma preocupação, viajar, comprar, aproveitar de verdade e quando voltar descobrir que têm mais dinheiro investido do que quando saiu. Como? Roubando um banco nas férias? Não. Basta planejar, guardar um pouco por mês pensando nisso. Ter objetivos e começar a moldá-los muito tempo antes. Bons pacotes de viagens e passagens aéreas baratas se conseguem quando você ainda está se lamentando por faltarem 4 ou 5 meses para as férias.

É uma questão de escolha, sinceridade, eu não sou estável emocional ou psicologicamente falando. Mais uma vez, quem já me conheceu sabe do que eu estou falando, mas de três coisas eu me orgulho de ter um interesse tão grande que me tornam estável. Economia, Carros e Rock n' Roll. Não sei tudo, aprendo um pouco mais a cada dia, mas gosto e por isso me interesso mais.

Outro segredo, o interesse é fundamental para embasar um bom momento financeiro. Comece a se interessar por mercado de ações, por exemplo, e logo você estará louco. Mas verá que num futuro não muito distante você entenderá e concordará.

Sinto-me falando um monte de coisas sem sentido hoje, por favor, fiquem a vontade para me xingar quando quiserem.

Mas olha só como o Rock n' Roll pode ser incrível nos momentos mais exatos e abstratos. Hoje estava no carro escutando Thin Lizzy e num dado momento a letra dizia assim, "she's broke my heart, and make me sad", e era uma clássico do rock anos 70, com solos envolventes, daqueles que se você não presta atenção na letra nunca vai reparar que o cara só está falando de amor, ou da falta dele, sei lá. E pensando bem, isso acontece muito com Whitesnake e Skid Row. Def Leppard e Cinderella.

Louco ou seguro, preparado ou objetivo, pensante ou facilitador. Defina qual nível de estabilidade é bom para você. Sempre haverá um post nada a ver entre outras mais objetivos... 


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Renda Compartilhada, e muito mais...

Num primeiro momento pode até parecer que estamos falando apenas de casamento, mas não, programar uma vida começa muito antes disso. Gostaria de falar sobre a mágica e o desafio de construir uma união financeira.
Muitas pessoas que conheço estão vivendo essa fase, outras irão passar por isso em breve e algumas até estão tentando se acostumar com não estar vivendo mais assim. Mas como eu gosto sempre de dizer que a Economia está em tudo, no último bate papo não ouve argumento contrário, por que não dizer que a economia está nos relacionamentos?

Eu poderia ficar falando sobre as primeiras impressões econômicas de inícios de namoro, poderia falar sobre a mística de se pagar uma conta no cinema ou em um jantar, poderia falar sobre aquele momento de incerteza quando se resolve comprar um bem de consumo durável e dividi-lo. Mas tudo isso é muito simples, desde o primeiro momento o que vale é qual o seu momento. O barato da vida não é apenas poupar, controlar e acabar virando um paranoico. Investir em bons momentos é o que faz com que você sinta que os sacrifícios valeram a pena.

Mas vamos ao momento em que você já tem noção de que qualquer convite para festa ou evento deve ser contabilizado em dobro. Nesse instante você percebe que os trocados de jovem já não mais vão garantir uma noite toda, quanto mais um fim de semana, quanto mais um mês. Estou falando de quando você assume compromissos e outras (pelo menos uma) vidas passam a depender da sua, e mutuamente você passa a contar com a parceria de alguém.

Minha dica óbvia para os casais é o que pouca gente tem coragem de fazer. Unam suas vidas financeiras antes de mesmo de unir o endereço. Faça com que não exista mais a expressão "não tenho dinheiro", pois se você têm, ela também terá, (ou ele, vocês entenderam!) e se você não tiver, ambos dirão "não temos dinheiro" e concordarão em repensar gastos.

Lógico que a liberdade financeira é importante para qualquer um. Ter o direito de comprar o que quiser nunca pode ser bloqueado por outra pessoa senão você mesmo. Mas quando você aprende a compartilhar seus ganhos, você aprende que certas coisas não são mais tão necessárias quanto o sorriso dela.

E querem ver o quanto pode ser gratificante? Vamos supor que você coloca na cabeça que poupar é importante, de tanto ler um blog qualquer você aprende a fazer o dinheiro trabalhar um pouco, e num certo dia você descobre que ela também quer um futuro. Quer satisfação maior do que descobrir que vocês têm juntos o dobro do que já estavam felizes por terem sozinhos?
Eu sei, a vida não é simples ou fácil como apenas imaginar. Mas há momentos em que o sentimento do compromisso por outra pessoa faz com que tenhamos base para enfrentar as crises do dia a dia. Não é só aquela crise mundial que assola o mundo de décadas em décadas, em que muitas empresas quebram e normalmente os mais fracos acabam pagando muito mais caro, que afetam nosso dia. A pior crise é aquela que se instala entre duas pessoas que não pensam da mesma forma, que não concluem se o melhor é viajar ou trocar de carro, se hoje ainda não é possível fazer as duas coisas o essencial é pensar em qual a sua prioridade.

Compartilhar rendimentos, compartilhar sentimentos, compartilhar momentos, construir, evoluir, consolidar.

Pense nisso: Quando você estiver revoltado porque as coisas mudaram e você não queria, olhe para você mesmo e perceba que você também mudou e não sabia. Aprendi isso esta semana...

Minha sugestão clara é que quem ganha mais têm sempre que assumir mais responsabilidades pelos dois, pois não existe melhor ou pior, existe o justo. Cada gasto é algo decidido em conjunto, portanto é certo que cada um coopere com o quanto puder. E repito, o sorriso no fim das contas é sempre a melhor parte.

Sabe, o amor verdadeiro não é aquele que te faz sorrir com migalhas, mas o que recolhe lágrimas contigo e pensa junto em como se constrói uma vida.

A vida não é fácil, nos prega peças que só iremos entender depois de muito tempo.

"Ando sozinho, pelas ruas, nas esquinas de qualquer lugar. Vejo um menino, velho pássaro, que não se cansa de voar. Ares de uma mulher, corpo que seduz, me leva um pouco para lá. Paro e vejo uma luz, pode ser o sol, e nada poderá mudar."

Dica de música, Cidadão Quem.

E para quebrar um pouco mas sem destoar, duas rápidas.

Venda de imóveis de luxo, leia-se acima de 1 milhão de reais, quadruplicam em Curitiba. Um pouco é porque agora muitos imóveis estão valendo mais de 1 milhão, mas a realidade é que as famílias estão ganhando mais, pensando mais e planejando o que querem. Uma curiosidade sobre essas compras é que a maior já possui um imóvel na faixa de 400 a 500 mil reais e mais um monte de aproximadamente 200 mil em poupança. Acha que tá longe dessa realidade? Pois é, muitas dessas famílias pensavam assim a 10 anos. Mas garanto que eles traçaram metas, e planejaram o que queriam. Ou ganharam na loteria, pode ser também.

A Nissan sai na frente, apesar de ter sido das mais recentes que começou a produzir no Brasil, apresenta o primeiro "popular" japonês. É o March, um subcompacto na linha do Kia Picanto, mas com preços a partir de 28 mil reais. A Toyota está estudando um compacto também e a Honda parece satisfeita com seu Fit, mas o fato é que a Nissan deve começar a virar a página dos modelos de entrada, sim pois num Nissan eu confiaria, num chinês, nem a pau.
Bom, hoje é assim, simples, filosófico, com músicas românticas, um carro e um apartamento.

Do complexo ao óbvio, Rápidas de Economia, é como o próprio nome já diz, e muito mais...

Obrigado!

sábado, 15 de outubro de 2011

Tudo de Outra Maneira

Pesquisa do IBGE divulgada recentemente mostra que 68% dos brasileiros gastam mais do que ganham. Onde as pessoas querem chegar? O Rápidas vai refletir sobre muitas coisas hoje...

"Nem tudo é como a gente imagina. Se a mais pura seda vocês desmanchou..."
Gastos impensados só são possíveis graças ao crédito desenfreado que tomou conta deste país. Hoje em dia é muito fácil alguém ter um limite do cartão de crédito 3 vezes maior que o próprio salário! E o que acontece se esta pessoa gasta o que não têm? Nada! Pois sempre haverá outro cartão, outra data de vencimento. Enquanto isso as pessoas acham que consumir, comprar, ostentar, é o que lhes faz feliz. Sinto muito meu povo, mas felicidade é ter consciência de que não é no dinheiro que está a solução dos problemas. O grande desafio é fazer dele um dos seus melhores amigos e não um simples amigo por interesse, desses já estamos cheios.

"Já sei que um dia dou a volta por cima. Mas agora só quero saber se sobrou..."

Há cinco regras básicas para as pessoas que querem melhorar sua saúde financeiro, aqui vão elas:

1º - Registro. Não adianta, se você não mapear tudo que gasta, você nunca saberá porque está sem dinheiro.  Vai parecer exagero ou até chato no início, mas aos poucos você irá notar a importância deste passo.

2º - Raciocínio. Anote tudo, pois só assim você enxergará as coisas nas quais você está cometendo insanidades. O fato de você saber no que gasta é fundamental para perceber onde estão os maus gastos.

3º - Planejamento. Sabendo onde não pode gastar fica mais fácil de mentalizar coisas melhores e maiores. Não sonhe, dê metas a você mesmo, monte um plano de ação, siga e conquiste os objetivos.

4º - Aplicação. Tudo começa com um aporte. Abra mão de alguns trocados em pról de um simples guardar dinheiro.

5º - Investimento. Quem guarda investe, quem investe sabe que terá o suficiente para os momentos em que a maioria estará tomando empréstimos ou se lamentando que não têm.

"Alguma história que eu possa contar, alguma promessa para acreditar, sem ninguém que me dê uma rasteira. Alguma vitória pra comemorar, aquele beijo que é bom de lembrar, na esperança de uma noite inteira..."

No último post eu citei uma famosa marca de carros, e é sobre isso que eu quero falar, em um parágrafo.
Ferrucio Lamborghini era um próspero dono de uma fábrica de tratores e um dia decidiu que merecia ter um carro além das expectativas. Algo digno de um cara que venceu na vida. Uma Ferrari é claro! Ao adquirir o super esportivo percebeu que nem tudo era tão além. Como era um grande empresário ele pensou em procurar Enzo Ferrari para sugerir melhoria a sua maquina. Enzo pouco deu importância ao que o cara que fazia tratores tinha a dizer. E foi aí que Ferrucio decidiu construir um carro capaz de superar a Ferrari. Bom, o resto da história eu acho que o Aventador (carro da foto acima) fala por si só. Há uma richa histórica entre os fãs das duas marcas. E é lógico que eu não consigo conter minha admiração e bába quando vejo uma Ferrari. Mas eu escolhi de que lado eu estou, o lado dos Touros.

Essa é bem rápida. Muita gente conhece o programa Custe o Que Custar da Band certo? Então a maioria sabe que o apresentador Rafinha Bastos foi afastado, pedindo demissão na sequência. Pois bem, o que quase ninguém percebeu é que a Band fez isso (por acaso) depois de ver Charlie Sheen ser demitido de Two and a Half Man pela Warner, que contratou Asthon Kutcher para tentar manter o ibope. Sim, mas nos EUA o povo até que está aceitando bem, o que falta é saber se o programa nacional manterá o mesmo nível de espectadores. E não é pelo cara, mas a opinião pública vai ficar com a impressão de censura. E o que alguns não sabem é que a decisão também foi econômica. Um grande patrocinador do programa ameaçou retirar seus anúncios e a direção teve de pensar em como manter o Subaru do Tas.

"Por que será, que eu vejo tudo de outra maneira? Por que será...?"

E para finalizar, como eu gosto de música, gostaria de falar um pouco sobre algumas fases da nossa vida baseado num show que fui esta semana.
Aos 10 anos eu já conhecia o Rock n' Roll. Já curtia Guns n' Roses, Metallica, Aerosmith e outras grandes bandas. Mas foi ao comprar o álbum Machine Head do Deep Purple que eu percebi que, musicalmente, eu definitivamente estava na década errada. E foi nos anos 70 (não em tudo é claro), que eu me senti ao estar presente no show desta lenda viva do Rock Clássico, dia 12 de outubro de 2011 no teatro positivo em Curitiba. Tudo bem, show de rock num teatro? Mas o importante eram as músicas...

Sentado até o instante em que os caras entraram no palco, na primeira música ficou claro que seria um show Top 3 na minha vida. Minha esposa que me desculpe mas eles ultrapassaram o Iron Maiden, ficando atrás apenas de Metallica e Slash. O show abre com Highway Star.

Entre músicas mais novas e outras antigas, solos absurdos do guitarrista Steve Morse me fizeram lembrar do meu vinil duplo de Maide in Japan. Nobody's Home foi realmente impactante, mas um dos pontos em que você pára de respirar (quem leu meu post do Slash deve estar notando algumas semelhanças), certamente é a introdução de Lazy, Don Airley nos teclados, fazendo você pirar com uma das músicas que mais me marcou lá daquele CD que eu comprei em 1994 ou 95 não me lembro. Sem falar é lógico do solo de teclado, uma piração à parte, a banda toda sai de cena (sinta-se como no clipe de Moby Dick do Led) e vão-se alguns minutos só curtindo os quatro teclados, sim, quatro!

O melhor vocalista da história do Purple, Ian Gillan, hoje um tiozinho simpático, mas com a mesma voz e impacto nas músicas.

Completando a banda, Roger Glover e Ian Paice, um baixo que parece segurar a banda toda (com direito a solo no inicio da última música do bis) e o canhoto da bateria, apavorando como sempre.

As quatro últimas músicas para fechar o post.

Space Truckin, demolidora, intensa, adrenalina a mil. E de repente, o sucesso maestral do Deep Purple, aquele momento em que, se você ainda não percebeu, é o Deep Purple de verdade! Smoke on The Water!

Fim de show, baquetas e palhetas pra platéia, palco apagado e...

HUSH e BLACK NIGHT... agora sim... boa noite e até 09/11 rever Pearl jam, 6 anos depois.

Abraços e muito obrigado por me aturarem!

domingo, 9 de outubro de 2011

Economia e Tecnologia

A semana foi marcada por um fato que não irá mexer com o mundo da tecnologia porque o legado já esta dado, mas sempre será lembrado pela memória de um dos maiores gênios do assunto. 05 de outubro de 2011, morreu Steve Jobs, mentor e fundador da Apple.
O post dessa semana é dedicado a esta personalidade e por isso vamos falar um pouco sobre a empresa, a cultura e a inovação que representa essa pequena maçã.

A empresa de informática de Steve Jobs foi fundada em 1976, tendo quase que como lema a ideia da simplicidade. Lógico que no início não eram os melhores computadores, mas tinham um conceito básico de funcionamento. Não é difícil imaginar que a vida não seria fácil, num mundo de Microsoft, mas aí estavam os caras fazendo você "pensar diferente".

Vamos agilizar bem essa parte pois o que interessa mesmo é 20 anos pra frente. Após alguns lançamentos não tão interessante e uma razoável mudança nas estruturas da empresa, Jobs foi desligado da Apple em 1985. Após isso ele não fez menos do que criar a Pixar. Sim, a principal produtora de animações de longa metragem é obra do cara também. Vendeu a empresa para a Disney e fundou outra empresa de informática, a Next (nada a ver com Nextel), que foi comprada em 1996 pela... Apple. Pois é, após essa reviravolta, Steve estava de volta para comandar, aí sim, a revolução das mídias portáteis.

iPod, iPhone, iPad. Um sucesso atrás do outro e a Apple se reposiciona no mercado, conquista não só consumidores, mas fãs e uma multidão de pessoas que passam a adotar a filosofia da empresa como um estilo de vida.

Falando nisso, tente discutir Apple com qualquer proprietário. Você verá que é praticamente impossível, os caras defendem que tudo num Apple é melhor. Se a Apple fosse uma marca de carro seria como uma Lamborghini, muito menos "popular" que a Ferrari, mas nasceu para bater de frente e derrubá-la, e quem gosta não admite comparações, a Lambo é melhor e pronto! 

A maçã é uma referência à Newton e a lei da gravidade. Meu primeiro contato com a Apple foi em 1995 quando a diretoria do colégio onde eu estudava decidiu equipar o novo laboratório de informática com 40 Macintosh zerinhos. Para quem não conhecia foi realmente uma revolução.

Hoje a Apple, que acaba de lança o iPhone 4, é uma das marcas mais valiosas do mundo, avaliada em mais de 35 bilhões de dólares. Só o iPad vende mais de 1,5 milhão de unidade mensais, e vamos concordar que não é um brinquedo muito barato. O faturamento da Apple gira em torno de 80 bilhões de dólares anuais. Você têm a mínima noção do que é isso? 80 bilhões de dólares!

Bom, fica aí nossa econômica homenagem a um dos grandes visionários da indústria de bens de consumo. Produtos inovadores, superiores, mas com interface simples e objetiva, capaz de agradar os viciados por tecnologia e também os que querem algo colorido para escutar música mas não têm mais fita cassete para pôr naquele walk man vermelho dos anos 80. 

Rápida de um parágrafo só.
Os meus amigos bancários que me desculpem, mas a média de todas as categorias foi 8%, então por que vocês precisam de tanto a mais? A greve dos bancos hoje em dia só acontece por causa da tradição. Se a população fosse um pouco mais inteligente poderia provar que agência não serve mais para muita coisa. Hoje em dia tudo se resolve pela internet ou na pior das hipóteses num caixa eletrônico. Não sou contra sindicato, muito menos contra a campanha salarial, mas por favor, sejam coerentes e não façam o povo pagar por dois ou três revoltados. O mundo capitalista é assim e só tende a piorar. Cada vez mais brechas para pagar um pouco menos, cabe a cada um de nós saber lidar bem com tudo que temos nas mãos.

Aliás, é só um comentário mas o assunto é sério. Tenho vivenciado muitos exemplos de pessoas com problemas financeiros. E a resposta é uma só. Enxergue suas prioridades! Metade do que as pessoas compram hoje em dia é inútil, não irá durar ou não irá servir para nada e as pessoas só o fazem para aparecer ou pelo impulso de comprar. Saiba dizer "disso eu não preciso" e nunca mais precise se lamentar por não ter alguns trocados para sair, ir ao cinema, jantar, passear. Adquira menos coisas inúteis e viva mais, a SUA vida, de preferência.

Para finalizar, eu gostaria de deixar uma dica de música dividida em quatro banda. Bandas curitibanas, boas e com presença.

A mais fodástica de todas, inspiração para as demais e das quais eu sou mais fã, Blindagem.

Uma das melhores bandas de reggae que eu conheço, Djambi.

Uma mais Metal, cover do AC/DC, mas com CDs de músicas próprias também, Motorocker.
"A moda é uma bosta, de Opalão e V8 a gente gosta".

E uma amostra hardcore, boa qualidade, boa sonoridade, Sugar Kane.

Abraços!






quarta-feira, 28 de setembro de 2011

$ ROCK IN RIO $

Antes de mais nada é bom deixar claro que eu também não concordo com a terminologia "rock" a um evento que mostra tão pouco disso. Mas aqui vão algumas explicações óbvias, outras nem tanto, e mais alguns dados que você nunca se interessou em pesquisar.
Em 1985, ano da primeira edição, muitas bandas sequer imaginavam em tocar no Brasil, e este foi o grande desafio da produção, que na época teve que se mudar para os EUA e convencer os produtores locais que valia a pena. O nome do evento foi escolhido, óbviamente, pela correlação com a cidade. Mas além disso, pela sonoridade próxima à Rock n' Roll. As principais bandas desta edição foram (atenção, dicas de música) AC/DC, Queen, Iron Maiden, Ozzy Osborne, Whitesnake e Scorpions.

A segunda edição do Rock in Rio aconteceu quase que automaticamente devido ao grande sucesso da primeira, realizada no maracanã, os destaques foram: Guns n' Roses, apresentando pela primeira vez, Matt Sorum e Dizzy Reed, além de algumas músicas dos futuros lançamentos Use Your Illusion I e II. Outra grande banda a se apresentar foi o Faith No More.

2001 foi o ano em que a coisa começou a ficar POP ou até pior do que isso, realizada após um intervalo de 10 anos da segunda, começou a mostrar que o festival tinha acima de tudo o seu viés lucrativo. Muito mais bandas, muito mais público e diversos estilos misturados. O que provocou revolta em muitos espectadores foi crucial para encher os bolsos dos organizadores. Mas há uma explicação plausível, se o povo queria ver os artistas que estavam na moda pop, alguém tinha que pagar por isso, e os cachês desse povo não são baixos. As repetições, Iron Maiden e Guns n' Roses foram os destaques. Créditos para Foo Fighters e Oasis.

Outra mostra do quanto o dinheiro manda no mundo foram as edições internacionais, em Lisboa e Madri, mantendo o mesmo nome com o objetivo de internacionalizar a marca. De novo há uma explicação plausível, como a organização do evento é a mesma, o objetivo é fortalecer a marca criada para isso, "Rock in Rio" é um grande festival de música, não tem mais ligação com o Rio e menos ainda com o Rock, mas a marca é esta e ponto, não dá pra mudar esse tipo de coisa. Sem falar que Rock in Lisboa ou Rock in Madri não soa tão bem.

Chegamos a 2011, e aqui está a ligação do post com a Economia:

40% do valor gasto em infraestrutura para a construção da 3ª Cidade do Rock veio dos cofres públicos. Sim, você ajudou a pagar muita coisa por lá.

O orçamento desta edição é de 40 milhões de reais, excluindo as obras citadas acima, este valor é para realização e pagamento dos artistas.

A escolha dos artistas obedece algumas regras, são realizadas pesquisas de mercado para saber quais bandas podem gerar um maior retorno ao evento, pedidos recebidos via internet são um bom termômetro, e há ainda a procura pelos próprios artistas, neste ano por exemplo, Axl Rose fez questão de estar presente.

Outra boa é que a própria produção do evento é que agenda outras apresentações para as bandas e monta um "pacote" que maximize o investimento do deslocamento e gere um bom lucro tanto para os artistas quanto para a própria produção. Ou seja, o Rock in Rio também ganha quando o Red Hot se apresenta em São Paulo ou o Elton John faz mais uma no Rio, fora do evento.

A prefeitura do Rio aguarda 315 mil turistas, representando 98% de ocupação hoteleira.

As companhias aéreas fazem a festa, em minha recente viagem ao Rio de Janeiro, gastamos 450 reais em passagens, ida e volta, duas pessoas. Na semana do evento, achar uma passagem a menos de 400 reais (o trecho, por pessoa) estava difícil.

O Rock in Rio movimenta cerca de 365 milhões de reais em toda a economia local.

Estima-se um retorno de 100 milhões de reais somente decorrente dos ingressos e mais 35 milhões em consumo do público na Cidade do Rock.

Então pense, metade das obras foi você que pagou, a produção gastou 40 milhões e espero receber 100 pela venda dos ingressos, fora os gastos na cidade do rock e ainda os percentuais das apresentações fora do evento. É ou não é um grande negócio?

Por fim, como eu disse antes, o nome não vai mudar, a cidade pode até ser. Mas o evento deve ficar cada vez mais pop, deixando o Rock para noites isoladas como foi o caso do último domingo, dia em que tocou a banda que na minha opinião deve consolidar o melhor show do evento, Metallica, com direito à Orion (instrumental lançada no álbum Master of Puppets de 1986) e o maior show em duração até o momento.
No geral o show foi bem parecido com o que assisti em 2010 no morumbi, mas não adianta, é uma das bandas mais foda do mundo. Destaque para a atuação de Kirk Hammet, que com o perdão dos mais fanáticos, me lembrou muito as performances de palco de outra lenda, Slash. Não pelas músicas, porque Guns e Metallica tem seus próprios estilos, mas os solos de fim de música e o destaque em momentos chave do show. Palavra de quem teve a honra de assistir o ex-guns n' roses há algum meses atrás em Curitiba.

Bom galera, essa foi para descontrair, pegar carona na mídia do Rock in Rio (pois isso trás muitos pontos nas pesquisas do google, haha), e passar alguns dados sobre o lado financeiro deste grande evento.

Espero que tenham gostado, grande abraço!


sábado, 24 de setembro de 2011

Produtos Globais, Mercados Regionais.

Você já parou para se perguntar por que algo parece tão bom e tão indicado para algum lugar, mas quando chega simplesmente não decola? Alguns produtos como cerveja, carros ou até mesmo bandas (sim, muitas bandas são apenas produtos) fazem um tremendo sucesso em determinados lugares, mas quando são lançados em outros mercados, alguns acabam sendo um tremendo fracasso. Ou então não chegam a ir e você fica se perguntando como não pensaram nisso.

O fato é que cada mercado é formado por um perfil muito específico de consumidores e os lançamentos são sempre baseados em pesquisas, muitas das quais você já deve ter participado sem saber. E isso vale para tudo, desde o lançamento de um carro, o lugar mais estratégico para a implantação de uma fábrica, ou um novo saber de refrigerante e que marca usar nele. A indústria da pesquisa de mercado é algo muito interessante. As pessoas dizem sem saber, o que esperam, pelo que pagariam mais ou até mesmo revelam que pagariam mais ainda.

Mas só assim não tem muita graça né? Vamos aos exemplos:
Entre 2004 e 2005 eu participei ativamente de um grupo de pesquisas que avaliava a viabilidade de pedagiar algumas estradas brasileiras e qual a melhor forma de fazê-lo. Se você costumava trafegar entre São Paulo, Curitiba e Lages (SC) pela BR116; ou ainda fazia o percurso da capital paranaense até Florianópolis pela BR101, com alguma frequência, há uma possibilidade grande que você tenha sido abordado pela nosa equipe. Conclusão, hoje você paga pedágio (barato, mas paga) para ir a praticamente qualquer lugar fora do estado.

O que isso tem a ver com produtos e mercados? O fato de que os custos com logística incluem pedágio, bem como a manutenção dos meios de transporte no caso de estradas mal pavimentadas.

Como acabo de passar por Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro ficou fácil achar alguns exemplos envolvendo esses mercados, vamos lá.

Na região de fronteira, entre o Paraguai e Argentina, vende-se muita Budweiser, marca americana muito famosa que atualmente pertence ao portifólio da nossa Ambev e é fabricada na Argentina. É o cúmulo o quanto essa cerveja é popular por lá, chegando a garrafa de 1 litro (vendida em Curitiba à 7 reais) a custar apenas 3 reais, 18 reais uma caixa com 6 unidades! Aliás, descobri que Curitiba é uma das poucas cidades onde ela é vendida no Brasil, talvez pela proximidade com o país onde é fabricada. Recentemente foi noticiado que a Ambev irá lançar "oficialmente" a Bud no Brasil. Enquanto estava no Rio pude ver alguns anúncios contendo apenas a logo e uma frase em inglês que dizia "os bons tempos estão voltando".
Vamos generalizar, uma Skol custa em torno de 1 real a lata, é a cerveja mais pop do Brasil. Uma Bohemia custa algo em torno de 1,50, na minha opinião é a melhor cerveja de produção em larga escala do Brasil. Uma Heineken, uns 2 reais, é minha cerveja preferia por causa do sabor forte, marcante e inconfundível. A Budweiser deve custar no resto do Brasil o mesmo que custa em Curitiba, cerca de 2,50 a lata, o objetivo é simples, torná-la um produto de nicho, cerveja de balada.

Mudando um pouco de assunto, outra percepção que tive é que o carro do carioca precisa ter o que? Ar condicionado. Mas lá, assim como em todos os lugares, quem está consumindo muito carro é a classe C. A que conclusão chegamos? Cherry QQ, um a cada esquina, para quem está acostumado a ver alguns perdidos em Curitiba (cidade onde as pessoas se preocupam muito com a imagem) iria se surpreender com a quantidade de QQ's de lá. E é aí que você vê a diferença dos mercados, aqui o Smart é figura carimbada.
Enfim, produtos globais como Budweiser e Cherry QQ estão extremamente sujeitos aos gostos e opiniões dos mercados regionais onde irão se inserir, e estes são apenas dois pequenos exemplos, mas com diversos produtos é assim que funciona.

Um post simples, falando sobre um assunto simples, sem muitas novidades mas de leitura fácil e trazendo cases bem dia a dia. Pelo menos a intenção era essa.

Música? Estou ouvindo Best Ballads do Nazareth, depois de ter largado o que estava escrevendo no meio para levar a cachorrinha da minha mãe no veterinário. Ela ainda precisa de mais uma injeção, mas ficará bem. Abraços!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Abrir uma empresa. Bom ou mau negócio?

Posso não ser o cara mais indicado do mundo para falar sobre esse assunto, mas já estudei um pouco e vivenciei algumas experiências (boas e nem tanto), por isso o Rápidas essa semana fala sobre negócio próprio.
Se você está de saco cheio do seu chefe, está com baixas perspectivas em sua empresa, está desanimado com a visão do seu futuro profissional ou está até mesmo sem emprego. Uma grande opção, um pouco mistificada e as vezes não vista da maneira certa, é abrir sua própria empresa. Mas há uma série de regras à saber antes de achar que a vida é fácil para quem é dono.

Em primeiro lugar, se você acha que abrir uma empresa significa ficar numa boa, não trabalhar, só mandar e receber a grana, e que tudo é simples, esqueça. Além de perfil, é necessário uma disposição absurda para correr atrás de uma série de problemas que é você e mais ninguém que vai resolver. Muitas pessoas decidem não abrir uma empresa imediatamente após decidirem abrir, só de pensar no tamanho do trabalho, optam por continuar na vida de meros empregados.

É bom deixar claro que há diversos tipos de pessoas, as que gostam de apenas ter coisas para fazer e receber um salário no fim do mês, as que querem um cargo bom numa grande empresa mas que ainda assim estão preocupadas com um salário (bom) no final do mês, as que não querem nada e o que vier é lucro e as que além do salário bom gostariam de realizar algum projeto pessoal que represente algo para a sociedade.

Se você se encaixa no segundo parágrafo ou no último perfil do anterior, há algumas coisas aqui que podem lhe interessar. Se você não se encaixa, continue lendo já que começou!

Em primeiro lugar, estude! Sim, pois a preparação é absolutamente necessária, as chances de um negócio dar certo já não são as maiores do mundo, mas sem uma boa base de estudos a chance de você afundar em menos de um ano é muito grande. Começando pelo tradicional, uma graduação (decente) na área de sociais aplicadas, Administração, Contábeis e Economia, é quase obrigatória para quem quer entender do seu próprio negócio. Mas não é só isso, uma pós ou MBA que eu recomendo fortemente é a de Gestão Empresarial, para ajudar a tirar algumas dúvidas e ensinar alguns macetes genéricos a todo tipo de negócios.

Mas além do estudo, é interessante saber que um negócio próprio precisa estar intimamente ligado às suas qualidades e suas preferências pessoais. Não, não estou dizendo que se você gosta de cerveja o ideal é abrir um bar. Uma empresa é muito mais do que isso, pode até ser um bar, mas não é algo baseado em meras vontades e opiniões dos outros.

O que eu quero dizer é que você precisa avaliar suas qualidades como empreendedor. Habilidade com negociação, gosto por atender clientes, bom conhecimento de informática, estude a si mesmo e veja o que você pode oferecer ao mundo que alguém irá pagar para ter.

Esteja pronto para abandonar sua vida por algum tempo, você será sua empresa até o momento em que (poucos conseguem) ela tenha vida própria e aí sim você poderá relaxar e só ganhar. E não pense que isso significa uma jornada normal como um empregado. Você viverá e pensará somente na sua empresa. Tudo estará vontado ao seu negócio, dia e noite, feriados e fins de semana serão comprometidos, na pior das hipóteses pensando em como pagar as contas ou como vender mais! Mas o fato de você estar realizando o seu sonho, e outros sonhos, têm que pagar a dedicação, se não, nem entre nessa.

Tenho dois ótimos exemplos, dois amigos que abriram mistos de Bar e Restaurante e estão se saindo muito bem, acompanhem pelo Facebook, em breve haverá indicações dos mesmos. Mas o que deve ficar é que nenhum deles começou do nada. Ambos estudaram e planejaram anos até abrir as portas, foram se adaptando não ao que tinha na cabeça, mas sim ao que o público queria e ao que a localização dispunha de demanda. Adaptar-se aos clientes é uma das grandes lições que podemos tirar dos dois. Dê ao público o que ele quer que ele retornará e trará mais pessoas.
Outro modelo que agrada muito, depende de um investimento algumas vezes maior e lhe traz algumas limitações é a Franquia. Você torna-se proprietário de um ponto, "compra" uma marca famosa e administra o seu espaço. Restaurantes, lojas de roupa, perfumes, livrarias. Um mundo de possibilidades lhe espera na franchise. A grande vantagem é que você, por abrir algo de marca já conhecida, preocupa-se menos com a clientela inicial. A desvantagem é que você fica preso a tudo que a marca lhe impõe como padrão, e ainda precisa pagar taxas mensais ao franqueador. Mas com certeza é uma interessante opção. Na realidade essa é a minha indicação pessoal para quem têm dinheiro mas não têm aquela ideia inovadora ou aquele sonho.

Segue um site interessante para quem se interessou por Franquias: www.franquia.com.br .

Mas se você têm uma ideia incrível, está com muita vontade de arriscar-se no mundo dos negócios e não têm coragem de gastar tudo que tem, ou de repente não têm mesmo e acha que terá problemas com empréstimos bancários. Me escreva contando a sua história (ney.sto@gmail.com) pois eu tenho contatos de alguns potenciais investidores que podem lhe ajudar a tornar seu sonho uma realidade. Arrisque! Não custa nada.

E por fim, uma outra dica para quem quer ganhar (bem menos é claro) mas o risco na mesma proporção, é tornar-se um investidor da bolsa. Issa fará com que você se interesse pela política das empresas, entenda e estude o mercado e as decisões corporativas e quem sabe se anime e um dia torne-se dono de algo.

O mundo está cheio de possibilidades para quem quer algo mais, basta saber o que quer, quais são suas prioridades e do que você pretende abrir mão. Não existe almoço grátis, mas há opções para todos os gostos e bolsos, basta dedicação, disciplina e objetivos definidos. Eu tenho os meus, e você?

Minha dica musical de hoje é uma homenagem, ele estaria completando 75 anos esta semana e foi uma grande gênio da música, minha lembrança e muito respeito a Freddie Mercury e o magnífico Queen.
Outra banda, anos 70, menos conhecida mas muito boa e uma pegada até parecedida com a do Queen de início de carreira é o Slade. Ambas valem muito a pena.

Mais uma vez o meu muito obrigado e até mais!