domingo, 4 de dezembro de 2011

Inflação e Novos Mercados

Nada mais justo do que falar um pouco sobre inflação, bem na semana em que o Copom baixou a taxa selic para 11%. Uns comemoram, outros se preocupam. A grande maioria nem faz ideia do quanto isso influencia a sua vida.
A verdade é que só quem viveu financeiramente nos anos 80 de fato conhece o mal que a inflação pode causar. Época em que, de um dia para o outro, o dinheiro que você tinha na carteira perdia todo seu valor.

Hoje, quando falamos em inflação, não se dá muita importância. Mas eu tenho um exemplo claro que nos mostra o quanto esse assunto é importante. Há alguns meses atrás, quando ia ao supermercado comprar algumas coisas para o fim de semana, gastava em torno de 40 reais sem muito excessos. Hoje em dia, as mesmas coisas, nos mesmos lugares, sem nenhuma alteração significante, não sai por menos de 70 reais. Sim, quem costuma ir ao mercado toda semana, ou até mesmo faz compras mensais, percebeu que as coisas aumentaram e muito nos últimos tempos.

mas a tática atual do governo é incentivar o consumo, portanto, mais um corte na taxa de juros. Que deve cair ainda mais nas próximas reuniões. Política é política, se decidem assim, o que vamos fazer. Só digo que os preços devem continuar aumentando, mesmo que aos poucos, daqui um tempo vamos ver a diferença. Enquanto os salários aumentam (pouco, muito pouco) uma vez ao ano.

Mudando um pouco de assunto, percebi uma tendência, não sei se da minha região ou no geral, da abertura de adegas e delicatessen. Lambrusco italiano virou algo simples e barato para qualquer um. Cervejas importadas, queijos, vinhos. Um pouco de requinte e novos sabores, agora cada vez mais perto. É engraçado, mas isso não deixa de ser um reflexo dos mecanismos políticos. Incentivo ao consumo faz com que tenhamos uma crescente na busca por novos produtos. Até porque, crédito extra não fará com que você consuma mais feijão.
Ao passo em que fica um pouco menos vantajoso investir e só guardar. Mesmo com uma razoável alta nos preços, os tempos são bons mesmo para consumo. Mas só quem pode aproveitar são os que no passado tiveram a inteligencia de se preparar. Quem soube usar os momentos de crise para guardar, pode hoje gastar um pouco sem medo. Mas quem só se endividou ainda mais, hoje está tentando pagar essas contas.

Mas isso não significa que é hora de torrar dinheiro, mas sim hora de aproveitar as oportunidades. A cesta básica encareceu, isso é fato. Mas os produtos adicionais, complementares, aqueles que são cortados em tempos de crise, estes estão atrativos. Repetindo, do Lambruco aos carros importados, mesmo se o aumento do IPI pegar. Tudo está vantajoso.

E falando em carros, sim, os importados estão cada vez mais fortes. Mas não se deixe enganar. Chinês continua sendo chinês, as nacionais estão começando a fazer carros mais baratos, os japoneses estão fazendo populares e alguns coreanos estão exagerando muito na propaganda. 

Inflação, cuidado porque ela está rondando e aos poucos começamos a sentir algumas consequencias.

Selic, está na cara que o objetivo é consumir. Apenas cuide para não se endividar.

Anos 80, um exemplo histórico de um passado que ninguém quer de volta.

Adegas, nicho ou novo mercado? A popularização do requinte ajuda a melhorar o padrão e a qualidade de vida de toda uma sociedade.

Carros, não se deixe levar tanto pela propaganda, pense muito e aposte no que te faz sentir bem.
Música, mal toquei nesse assunto hoje, mas uma das bandas que mais surpreendeu nos últimos anos, com hits marcantes e um baterista brasileiro, foi o The Strokes.

Abraços!

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