sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Quanto mais perdido, maior o tombo.

Ainda que a insatisfação ronde os lares dos cidadão brasileiros, das mais diversas classes sociais, estamos vivendo um momento de colocar os pés no chão e esfriar a cabeça. Já sabemos que uma parte da crise atual (só não temos clara percepção do tamanho), foi sim causada por uma negligência do governo em saber lidar com algumas situações. E dentre elas pode-se colocar o tamanho do custo-corrupção. Sim, talvez essa doença do mundo financeiro deva mesmo constar nos modelos econômicos. O problema é que todos sabem que ela existe, mas ninguém quer admitir.


Mas ainda assim, há setores da sociedade e grupos políticos que estão rindo à toa. E não falo só da turma do "quanto pior, melhor", mas falo de corporações que estão lucrando como nunca e interesses maiores que nunca se abalam. Nós, meros cidadãos, precisamos entender que vivemos num mundo onde as pessoas se importam consigo e com as suas coisas. Ninguém está disposto a perder por um bem maior. Nem o governo, nem a oposição, nem os empresários e nem o povo. Mas qual você acha que é o mais fraco de todos?

A crise econômica, dentre muitas outras definições, é o momento em que o povo deixa de consumir por não estar seguro dos recursos que tem, e isso acarreta em excesso de oferta, que por teoria deveria derrubar preços. Mas o engraçado é que as crises modernas não são mais assim. Agora a moda é demitir empregados, aumentar os preços e minimizar os impactos no seu padrão de vida.


Um olhar mais atento nas ruas vai mostrar que há algo errado quando nos referimos a padrão de vida. Quantas Mercedes ou BMWs você já viu hoje? Quantos SUVs que custam centenas de milhares de reais? E não precisamos ir tão longe. Na sua rua mesmo, não há alguns carros novos que custam mais de 50 mil? Se as pessoas ainda podem comprar esses carros, porque então estão reclamando? Sim, as vendas de automóveis 0 km caíram nos últimos tempos, mas os dados do setor mostram que o mercado de carros de luxo vai muito bem.

Será que não há empresários que fizeram uma boa riqueza nos tempos de alto consumo, que agora tiveram que demitir algumas pessoas, mas que no fundo não estão sentindo absolutamente nada dessa tal crise? Infelizmente o saldo atual é muito claro. A classe alta mal sofre efeitos de alta nos preços, pois tudo que eles consomem já custa caro. Enquanto a classe baixa continua preocupada em se manter viva, portanto os efeitos são sempre num universo controlado.


E a classe média? Aquela tão injustiçada? O problema dessa classe é não saber qual é o seu lugar no mundo. Se o salário aumentou hoje, eu já fui me endividar e comprar um carro novo. Quando o salário caiu de novo, eu deixei de pagar e o banco tomou meu carro. Mas eu andava de Golf, não posso deixar o mundo saber que perdi o carro. Então eu fui à uma loja de usados, com uma taxa de juros muito mais absurda, e agora ando de Focus seminovo. E seguindo essa linha, a classe média vai para um buraco mais fundo a cada soluço da economia.

No ensaio da semana, alguns sedas bem legais dos anos 1990 (Volvo 850, Alfa 164 e Mitsu Galant).
E no vídeo, uma clássica dos anos 1980!


Aquele abraço!!!

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