quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A grande depressão é pior do que os pequenos vales?

Sim, a quebra da bolsa de NY em 1929 é conhecida como o início da grande depressão, depois ainda tivemos a crise do petróleo, a década chamada de perdida nos anos 1980, a superinflação e alguma estabilidade política até chegarmos a crise de 2008. Pois bem, o que realmente te prejudica? Todas as crises econômicas cíclicas que assolam o mundo, de maneira previsível e natural, ou aqueles momentos em que você se vê cercado de problemas? Não importa se estamos falando só de dinheiro ou não, o que nos interessa é que, de forma egoísta, o que nos prejudica são os nossos problemas, não os dos outros.


Claro que muitos empresários se suicidaram ao ver que do dia para noite tinham perdido tudo no final da década de 20. Assim como tivemos muitas histórias tristes que foram causadas pela crise imobiliária dos Estados Unidos. Já falamos muito sobre cada uma delas aqui no blog, e percebemos que para que algo dê errado é necessário uma série de fatores, e não apenas a vontade de dois ou três. Antes de você afundar numa dívida é preciso que alguém lhe convença a contraí-la.

Mas voltando aos nossos vales, o que é fácil de perceber é que os simples problemas do dia a dia não esperam e nem dependem das condições econômicas da sociedade, eles são agravados ou não por eles. Quem nunca ouviu dizer que crises são ótimos momentos de oportunidade para empreendedores e inovadores. O que me dói é perceber que no Brasil o empreendedor tem sido facilmente transformado em aproveitador. Nenhum crítica direta às pessoas que pensam em como tornar a sociedade um lugar melhor, mas você sabia que há pessoas que cobram caro para depositar um cheque na sua própria conta e lhe sacar o dinheiro? Sim, é mais uma das formas de agiotagem sem escrúpulos que vemos por aí.

O planejamento é capaz de atravessar a crise, mas não tanto a ponto de não deixar marcas. Você já deve ter pensado ou dito muitas vezes, não posso comprar isso, não posso gastar nada hoje. Sim, quando você admite que não tem condições, naquele momento, de fazer algo que certamente tinha vontade, é um passo importante e que não deve ser tratado como fraqueza ou vergonha. Eu nunca tive vergonha de dizer que preciso economizar. Todos precisamos de vez em quando. E há momentos que até o futuro é incerto, por mais brilhante que ele seja, não há como gastar conscientemente hoje aquele dinheiro que você não têm.


Um dos grandes problemas da sociedade é que os bancos nos fazem achar que temos crédito sempre, até quando sabidamente não temos condições de pagar. O importante é fazer-nos acreditar que está tudo bem, sempre. Mas não, às vezes não está mesmo. Às vezes estamos atravessando pequenas crises de pequenos gastos, mas que se não forem fortemente administradas podem virar uma bola de neve de proporções desastrosas.

Mesmo que a crise seja apenas um vale, e que você saiba que no fundo está sentado numa montanha de dinheiro, não vale abrir mão de algumas bobeiras em nome daquilo que você sempre se acostumou? A reserva é seu trunfo mais poderoso, é aquilo não que faz você poder continuar comprando cervejas caras, mas aquilo que faz com que você não precise se preocupar nas horas que realmente importam, como comprar um remédio para o seu filho.

Por mais que você se sinta dono da razão e blindado contra problemas financeiros, por mais que você ache que contigo nunca acontecerá, por mais que você seja adepto da filosofia viva o momento. Cuidado, os vales sempre virão. Eles são uma forma de lhe manter esperto, de te manter no caminho certo, de testar seu poder de sobrevivência nas mais diversas situações.

E não é o fato de planejar que faz com que você sobreviva sem arranhões, economizar é preciso, pensar antes de comprar é necessário, dizer não é parte do dia a dia e sempre será.


Os pequenos vales são muito piores do que as grandes crises, pois nós vivemos nos preparando para o apocalipse, mas nos esquecemos de prever os tropeços.

E no ensaio de hoje, mais uma daquelas famosas sessões de carros dos sonhos, do Opalão 74 de câmbio na coluna, passando pela BMW Z3 98, até um Jipe Suzuki Vitara 92 para descontrair. Alguns podem pensar que carros assim são sonhos plausíveis demais, e até são, dois deles se compram com menos de 20 mil reais, mas a grande questão é que não são carros como os que compramos por 20 mil hoje em dia. É um conjunto de decisões, que deve ser pesado muito acima da emoção, portanto eles virão, mas no momento certo.

E por fim, o vídeo reflete o que escutei para escrever o post, sem muitas palavras, vale curtir um Def Leppard.


Alguns mais velhos podem lembrar de uma velha versão do yahoo (que também é um nome de banda), mas essa é a original.

Obrigado galera!

Nenhum comentário:

Postar um comentário