sábado, 20 de abril de 2013

É gostar de jogar dinheiro fora!

Psicologia Econômica: conceito, filosofia, estilo de vida, tema de especialização. Nunca tive a intenção ou a ousadia de ensinar quem estava certo ou errado quando o assunto é dinheiro. Meu objetivo é simples e claro, dar dicas para que as pessoas parem de reclamar! É certo que sem disciplina e um pouco de sacrifício não se chega a lugar algum. E, de fato, o que me desagrada é perceber que alguns gostariam de não ter problemas e ainda assim serem tudo o que desejam. Pessoas me pedem conselhos de como organizar sua vida financeira, mas não estão dispostas a deixar o cartão de crédito em casa, não há mágica! Somente força de vontade!


Todos tem um momento jogar dinheiro fora, alguns mais e outros bem menos, o que você precisa fazer é limitar esses momentos, evita-los ao máximo, ter a capacidade de visualizar sempre que está passando por isso. Jogar dinheiro fora é financiar, é comprar com juros, é assumir uma dívida que você não pode pagar por algo que nem sequer você precisa. Um coisa é a pessoa ter uma emergência financeira e precisar recorrer a um empréstimo. É certo? Não, de forma alguma, ainda mais quando se está atento aos conceitos de reservas de crise. Mas até aí tudo bem, pois não é fácil montar uma reserva sólida e mesmo que forme nem todo dinheiro é capaz de blindar um estilo de vida que gaste mais do que se ganha. Agora adquirir aquilo que não se necessita é a pior burrice de quem sabe que não tem dinheiro sobrando.

Antes de aprender a lidar com seu próprio dinheiro é preciso aprender a lidar com as mais idiotas regras que o mundo globalizado criou. Quem disse que você precisa ter as coisas que os outros tem para ser respeitado? Quem disse que você precisa aparecer para ser lembrado? Essa segunda é típica do mundo corporativo, e quer saber o que acho disso? Acho que o bom trabalho garante a estabilidade que a pessoa que aprendeu a lidar com dinheiro precisa. Sem excessos, sem puxa saco, sem querer aparecer, sem arrogância. Mas não interessa, num mundo onde os que tomam as decisões querem mais que você se humilhe, ou você entra no jogo ou vive eternamente à margem dos holofotes. E se quer saber, há uma vida feliz, saudável e tranquila fora do tapete vermelho, se para passar nele querem que eu mude meu caráter!

Há alguns posts falei sobre inveja, e no meio dos acontecimentos descobri que muitas pessoas não tem inveja do fato de eu ter um Fusca velho (velho não, antigo como aprendemos na semana passada), as pessoas tem inveja do fato de eu ser feliz em ter um Fusca! Lógico que não estou falando de todas as pessoas, apenas daquelas que fazem do mau sentimento a desculpa perfeita para seu próprios fracassos, pois quem tem força de vontade, sabe que tem muito trabalho a fazer e não tem tempo de se preocupar com os outros.


Parece clichê de minha parte falar sempre no mercado de automóveis, mas eu já disse e repito que o termômetro da humanidade é o carro. Mesmo aqueles que não os tem são afetados por qualquer espirro dessa industria. E falando em carros, outro erro clássico é ficar feliz quando se consegue um desconto, ou devo dizer, um falso desconto. Qual o percentual das pessoas que compram seus carros à vista? Seguindo essa linha eu gosto de dizer que é tudo imagem. As pessoas andam em carros que não são seus, mas sim do banco. E quanto ao desconto. O que adianta saber que comprou um carro de 30 mil por 28, se na verdade irá pagar 35 com os juros? Gostar de jogar dinheiro fora é não fazer a conta mais básica do mundo na hora de financiar. A parcela multiplicada pelo prazo irá dizer o quanto de dinheiro você irá jogar no lixo.

Via de regra, carro deixou de ser investimento há pelo menos uns 15 anos, mas o custo benefício e a própria utilização do veículo podem ser uma boa forma de mensurar o que é perder e o que é estar dentro de limites aceitáveis. Todos os carros desvalorizam, exceto se você for um desses picaretas donos de loja que compram um carro 30% abaixo da fipe vigente e o vendem 5 ou 10% acima alegando ser uma raridade. Se é uma raridade avalie e pague um preço justo à pessoa que está disposta a fazer negócio com você. Mas não, no mundo de hoje o ser humano só está interessado em como ganhar a sua fatia e boa parte da dos outros. É como eu sempre tratei o mercado de ações, eu vendo no momento em que eu sei que ganhei o suficiente para me divertir, deixando a próxima fatia de valorização para outras pessoas e assim fazermos o negócio girar. Se o dono da bola não topa dividir o jogo acaba e todos perdem.

Maldita cultura de um povo que não sabe mais o que é partilhar. Ter tudo enquanto os outros não tem nada virou símbolo de maioridade. Quem sabe se não fosse assim até mesmo a criminalidade seria menos intensa, uma vez que deixaríamos um pouco de dignidade a cada pessoa, ao invés de concentrar o oposto disso e despertar a revolta de uns infelizes que no auto de sua própria ganância desprezam até mesmo o valor de uma vida.


Psicologia Econômica: na minha opinião há várias formas de se encontrar a satisfação sem comprometer a saúde do seu bolso. Uma delas é com certeza descer a serra de madrugada, sob a luz da lua cheia, ouvindo Led Zeppelin enquanto contorna as curvas a bordo do mais humilde Gol quadrado, rebaixado, com rodas grandes e capô preto. Comprado à vista e equipado passo a passo, sempre com disciplina e sabedoria.

O ensaio de hoje é uma sequência dos bons sedãs dos anos 1990, desta vez carros com um pouco mais de valor no mercado e que podem te derrubar na manutenção, mas que valem o risco para quem sabe onde está pisando. Do topo, Passat Alemão, Ford Mondeo, e o clássico dos clássicos, Gm Omega! É engraçado falar sobre gostar de jogar dinheiro fora se para alguns esses carros também são exemplos disso. Nunca disse que era errado, só disse que não é justo reclamar das coisas que você mesmo escolheu!

Vídeo da semana com a melhor banda da história do som. Não que não existam outras coisas boas, mas nada supera, n minha opinião, Led Zeppelin. Em todas as fases, todos os estilos abordados e cada lado B pouco explorado.


Num vídeo sem efeitos, sem toda a tecnologia dos dias de hoje, apenas com a força e a essência de tudo que eu defendo. O melhor não é aquilo que os outros pensam, o melhor é aquilo que você sente!

Abraços!

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