No mundo todo, as mais diversas marcas automotivas batizam seus automóveis pelas mais diversas razões, e não raro um mesmo carro pode ter nomes diferentes conforme o país em que é vendido. Um caso clássico é do Fusca, que só oficializou este nome no Brasil no meio dos anos 1980, e nos Estados Unidos sempre se chamou Beetle (de besouro). Pois bem, o carro de hoje é um caso desses, com uma curiosidade a mais, ele foi vendido no Brasil em duas gerações e com dois nomes ao mesmo tempo. Eles são Bora e Jetta.
A história deste sedan, que para muitos pode ser interpretado como uma versão 3 volumes do famoso Golf, começou em 1979 no México. Projetado para o mercado americano, cumpriu o seu dever e faz um relativo sucesso por lá até hoje. Muitos devem se lembrar do filme Velozes e Furiosos em que um dos automóveis da gangue de Toretto era justamente um Jetta da mesma geração do Golf IV, todo personalizado.
No Brasil ele desembarcou em 2001 como Bora, um sedan médio que veio para disputar com o Vectra e os já sucessos Civic e Corolla, em um mercado em que o Santana já não conseguia mais sobreviver em vendas e o Passat queria se destacar como um algo a mais. Com este nome ele ainda foi reestilizado em 2008 e seguiu firme até 2011, mesmo convivendo com o irmão mais novo desde 2006 no nosso mercado. Como eram gerações diferentes, foi justificável a presença de ambos, ainda mais quando o Santana disse adeus no mesmo ano de 2006.
E assim chegou o Jetta, antes mesmo de sua versão equivalente do Golf (se bem analisado a Vw fez uma grande bagunça naquele período), motor 2.5 aspirado, com um visual jovem e agressivo, o novo sedan apelava para a esportividade, ainda que no tamanho e sofisticação não pudesse ser considerado um rival do tradicional Corolla. E o golpe que a Vw sofreu na época foi o lançamento do New Civic, que abocanhou o mercado pelos anos seguintes.
Eis que em 2011, quando chegou a nova versão do Jetta, com motor 2.0 turbo herdado do Passat, a visão do sedan começou a mudar de novo. Dessa vez maior e mais sóbrio, começou aos poucos a garantir um espaço (pequeno, mas seguro) no mercado nacional. Importante destacar, ainda da versão anterior, o modelo Variant, sobrenome tradicional das peruas da Vw, encontrar uma entre 2006 e 2010 pode ser um exercício de paciência, mas que acaba valendo muito a pena.
Hoje em dia apresentado até em uma versão 1.4 turbo, o Jetta é um dos carros-chefe da Vw Brasil para um público de maior poder aquisitivo. Enquanto isso o Bora acabou se confirmando no mercado de usados como aquele importado que inspira admiração e cautela, pois quem os teve quando novos eram pessoas que tradicionalmente não tem tanto cuidado com manutenção e costumam forçar um pouco o pedal do acelerador, tal qual Golf dos anos 2000.
E assim chegamos ao ponto crucial, quanto custa um carro desses? De uma forma geral um Bora pode ser encontrado a partir de R$ 15 mil reais em versão manual e ano 2000/2001. No caso do Jetta, a primeira versão aqui no Brasil parte de R$ 30 mil (2006/2007) e os novos, a partir de 2011, começam em R$ 45 mil. São carros de um nível mais sofisticado, que possuem um status embarcado. Na minha opinião só pecam pelo preço, pois são extremamente prazerosos.
Sei que mal falei dela, mas o ensaio começa com ela mesmo, a Variant 2006. Seguida pelo Bora de 2002 na clássica cor verde e fechando com o Jetta 2012, muito parecido com o atual. Aquele abraço!
Sei que mal falei dela, mas o ensaio começa com ela mesmo, a Variant 2006. Seguida pelo Bora de 2002 na clássica cor verde e fechando com o Jetta 2012, muito parecido com o atual. Aquele abraço!
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