Nenhum automóvel que se preste figura sem seu rival. Não importa se é briga de gente grande como Ferrari e Lamborghini (aliás essa história envolve rivalidade de verdade, um dia eu conto) ou briga do dia a dia como eram Gol e Palio entre 1996 e 2008. A questão é que grandes automóveis tem grandes concorrentes. E se falei antes, da famosa Classe C, hoje é o dia do esportivo, da personalidade e exclusividade. Uma BMW é sempre uma BMW, mas se você tiver um Série 3 você tem um verdadeiro clássico.
Ele nasceu da evolução do BMW 2002 dos anos 1980, mas como Série 3 ele surgiu em 1992. Desde sempre mais invocado e esportivo que a Mercedes, há muitos detalhes técnicos que diferenciam as duas marcas, mas sempre deixo claro que meu objetivo é plantar a semente do interesse, e não de apresentar ficha técnica com dados muito específicos de cada modelo. São dois submodelos dentre da Série 3 que merecem menção, o Compact (versão hatch, muito comum no mercado de usados) e o M3, versão esportiva 2 portas.
Uma das principais reestilizações do modelo foi em 1998, confesso que esse é o meu preferido entre quaisquer outras versões da linha, ele manteve o perfil básico de um 325i, mas com alterações na grade, faróis e traseira que são muito significantes. Esse conjunto, com um belo jogo de rodas aro 18, sinceramente, chama muito mais atenção que as novas. Não é só uma questão de ter grana, mas sim um símbolo de personalidade. Bom, eu penso isso do meu Omega, então, quem sabe um dia.
Outras mudanças vieram em 2006 e 2013, todas também muito bem aplicadas, o carro nunca negou seu DNA. No entanto, a marca teve uma diversificação mais agressiva em sua linha, disponibilizando modelos SUV, além do Série 1, que também ajudou a migrar muitos compradores. A sensação geral é de que BMW vende mais que Mercedes, mas que o Classe C pontualmente vendeu mais que a gama da Série 3, principalmente pós 2005.
Seguindo a mesma linha de raciocínio de outros modelos, o que vale aqui é a qualidade de um BMW e ser reconhecido por quem realmente entende de carro. Pois um Série 3, sobretudo os mais antigos, são discretos. Qualquer Golf amarelo chama muito mais atenção que um 323 1998, mas quem entende de carro sabe o que é um 323. Eu não me considero uma pessoa invejosa, até porque a vida é feita de prioridades e cada um sabe das suas, mas há tanta gente dirigindo verdadeiros clássicos por aí, que não entendem nada sobre suas máquinas.
Assim como há muitas pessoas quem sequer carro tem, que só gostariam de ter a oportunidade de ter um pra chamar de seu. Eu sempre gosto de lembrar que meu primeiro carro foi um Chevette 1983, comprado por R$ 2.200 reais. Esse foi o pontapé inicial de uma vida de interesse e paixão pelo mundo dos automóveis. De lá pra cá já tive dezenas de carros, mas a grande maioria deles nunca custou tão caro quanto o modelo financiado que muita gente dirige por aí.
O que quero dizer com tudo isso, é que se um dia eu comprar uma BMW dessas, eu darei o devido valor à ela. Valor que eu dou ao meu Opala estranho 1990 ou que eu dava ao meu Celta básico 2006. Aí percebo que já entrei em órbita e voltei. Uma 325i de 1995 vai custar na casa dos R$ 20 mil reais, valor que sobre para R$ 30 mil na 323 ano 2000. As versões 2006 vão ser encontradas a partir de R$ 55 mil e as mais novas, pós-2013, já reserve aqueles R$ 100 mil básicos.
Nas imagens, uma 325 1996 e duas 330, uma 2001 e outra 2015. E pra fechar, ainda homenageando Chis Cornell, agora com um versão que ele apresentava no seu show acústicos, Redemption Song. Aquele abraço!
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