Não sei se da pra chamar de antigo um carro que saiu de linha "agora" em 2005, mas de qualquer forma as versões clássicas são lá dos anos 1990, então vai ser assim mesmo. Ela foi talvez a única a conseguir ameaçar, ainda que de longe, o domínio da Kombi como veículo versátil de uso misto. Com a abertura das importações, e a chegada dos automóveis coreanos, ela veio à trabalho e cumpriu muito bem o seu papel em pouco mais de 10 anos no mercado brasileiro. A Besta!
Se o nome sempre foi motivo de uma piadinha, não se pode dizer o mesmo de sua capacidade de carga e transporte de passageiros. Até maior e mais potente que a Velha Senhora, a van da Kia Motors ainda vinha com motor à diesel, o que para alguns é um problema, para muitos é visto como vantagem na economia de combustível. Outro fator de peso é que a Van coreana tinha equipamentos que a nossa nunca teve, como vidros elétricos, travas, ar condicionado e direção hidráulica!
Foram três desenhos básicos, a primeira versão entre 1993 e 1997 era mais reta, mas o mais incrível é a semelhança em construção com o projeto da Kombi. Aliás, as mudanças de 1997 na Volkswagen é que vieram para deixa-la mais competitiva frente às coreanas. Em 1998 houve uma mudança geral, arredondando e a deixando com aparência maior. Entre 2004 e 2005 a sua última reestilização anabolizou bastante a frente, mas também foi o ultimo modelo à disposição.
Além da básica versão furgão e da normal de passageiros, havia uma versão Grand, que transportava até 16 pessoas. O motor mais comum era o 2.7, mas houve uma versão 2.2, mais simples e a Grand era disponibilizada com um 3.0 nos últimos anos. O seu mercado foi comprometido com a chegada de Vans efetivamente maiores, como a Sprinter em 1997 e depois os modelos mais variados da Fiat, Peugeot, Citroen e Renault. Já a Kombi continuou sua caminhada tranquila, consagrada, e só foi traída pela legislação. Saiu das fábricas para entrar para a história.
Hoje em dia bem incomuns nos centros urbanos, essas Vans de uso familiar podem ser encontradas servindo grandes famílias (de mais de 7 integrantes) que precisam se deslocar todos juntos, mas que são de baixo poder aquisitivo. As famosas escolares tem prioridade de veículos mais novos, talvez uma ou outra empresa sem cumprir 100% da legislação ainda use alguma. O fato é que, como todo veículo de trabalho, difícil é encontrar um em ótimo estado para poder fazer um uso particular.
Seja na versão furgão ou na versão de passageiros, eu considero a Besta um veículo muito simpático e consigo visualizar ela como um excelente carro de apoio para quem precisa transportar cargas que necessitam de uma proteção contra o tempo e também uma opção para quem precisa levar bastante gente e quer um veículo barato. É lógico que há mais Kombi no mercado e são mais confiáveis, mas não há mal nenhum em querer algo diferente. Com certeza é uma alternativa original.
As três "gerações" do modelo possuem uma média de preços bem definida. Enquanto as mais antigas ficam em torno de R$ 15 mil reais em unidades boas para uso, as 1998 em diante sobem para a faixa dos R$ 20 mil, com a vantagem de serem encontradas em melhor estado. Apesar de que eu acho mais bonita a clássica 1995. Já as últimas unidades já tem uma valorização de acordo com seu ano, podem superar os R$ 35 mil reais, o que já as tornam caras se o objetivo é um carro alternativo. Uma coisa é certa, essa aqui, de Besta só tem o nome.
Uma Van 1998, uma versão mista de 1995 e uma última versão 2005. É isso aí pessoal, aquele abraço!
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