O que você faz quando tem um produto muito popular, mas que ao mesmo tempo é antiquado e não consegue acompanhar as novas tecnologias e os novos padrões de consumo? Você lança outro! Aí cabe a você decidir se o lançará sob um novo nome ou como um renovação do que já tem. Bom, a Fiat em 2010/2011 fez isso com um dos seus maiores sucessos no Brasil, um carro que nunca havia mudado tão drasticamente desde o seu lançamento em 1984. A Fiat apresentou o Novo Uno.
Ok, vamos começar já desmistificando, o nosso Novo Uno é um carro que já existe na Europa há algum tempo, na Itália ele se chama Panda e é um compacto de entrada da marca. O que a Fiat fez foi trazer este Panda, colocar o nome de Uno e vendê-lo aqui, junto com o velho quadradinho que só sairia de produção em 2013, deixando muito fãs. Mas, a nova versão, apesar de não carregar o mesmo carisma da anterior, encantou em cheio quem queria um carrinho simples para o dia a dia, mas dessa vez um carro bonitinho.
E foi assim, em 2010 como modelo 2011 que esse Novo Uno começou a vida por aqui, com opções 1.0 e 1.4 (aliás, motores de maior cilindrada eram uma coisa que o Uno não oferecia desde 1996, quando passou a se chamar apenas de Mille) e versões muito bem equipadas, viria então a ser um concorrente de peso até para o Palio. Certa vez precisei alugar um carro para um fim de semana, era um Vivace 1.0 completo, e justamente na época eu tinha acabado de vender um SX 1997. A impressão foi boa e certamente eu recomendaria.
Além do Vivace, ainda há as versões Attractive, sempre um pouco mais completinha, fora as clássicas Way, que no caso deste novo modelo casaram bem com a proposta de robustez. Esse Way tem molduras de para-choque e um sutil bagageiro no teto e fazem desta versão talvez a minha preferida. Outro que provoca reações é o Sporting. Com o motor 1.4 e detalhes estéticos bem marcantes, ele revive, ainda que de longe, a áurea dos R dos anos 1990. Não chega aos pés do Uno Turbo, mas é um bom exemplar na linha nova.
Com algumas mudanças estéticas na linha, uma remodelação da grade em 2015 e outra mais sutil em 2017, o Uno se mantém no mercado como uma boa opção de carro para o uso diário. Um carro pequeno, simples e útil. Talvez não seja a pérola que era o quadrado, o espaço interno e o porta-malas são um pouco menores, mas para um carro "novo" está ótimo. Hoje em dia reposicionado acima do Mobi, talvez a Fiat esteja lhe dando status demais (e preço demais) para um carro que ele não é.
Diferente do anterior, que constituiu família e foi um sucesso de público e de crítica, o Novo Uno é apenas um modelinho solitário que tenta manter viva a memória de um grande guerreiro. Hoje até adepto da modinha dos motores de 3 cilindros, ele segue firme na estratégia, mas acaba por estar cercado de fogo amigo como Mobi, Palio e Punto. Das minhas recomendações eu diria que a melhor opção é aproveitar os preços dos 2011, 2012 com o status de um carro mais novo.
Hoje em dia encontrados abaixo de R$ 20 mil reais, se procurar bem vai achar modelos com 4 portas, vidros e travas elétricas, até direção hidráulica nesse valor. Na casa dos 20 ou um pouco mais, eles podem vir com ar condicionado e motor 1.4. Eu não sou fã do modelo 2 portas, mas não deixa de ser uma opção. Nos modelos mais novos, entenda-se 2015 em diante, os preços já encarecem, podendo chegar a absurdos R$ 40 mil. Por um Uno? Também acho muito.
E hoje vamos com um Way 2012, um Sporting 2014 e um 2016. É basicamente isso e aquele abraço!
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