Oficialmente eu posso chama-lo de substituto do Escort, o que para quem entende, é uma grande responsabilidade. Hoje começo a falar sobre uma categoria que sempre chamou atenção, apesar de nunca ter sido a queridinha dos brasileiros, que são os Hatch Médios. No passado não se sabia exatamente quem eles eram, pois o Gol quadrado até poderia ser considerado um, mas o Gol bola não. Assim como o próprio Escort, que foi compacto popular e hatch médio ao mesmo tempo entre 1992 e 1996. Enfim, hoje é o dia do Ford Focus.
Lançado no Brasil em 2001, seguindo o exemplo do que o Ka fez em 1997, era futurista pra época. Tanto que se manteve quase inalterado até 2013, tendo nesse período um único facelift em 2009. Sim, houve uma versão sedan, mas o foco aqui é falar do hatch, um carro esportivo por natureza, feito para quem gosta de conforto, motor forte e presença nas ruas. O que difere essa categoria é que eles são tão bem equipados quanto um sedan, mas são mais esportivos e ágeis no trânsito do dia a dia.
No entanto, o Focus teria tido um melhor desempenho no mercado se tivesse chegado um pouco antes. O Golf, conhecido do brasileiro desde 1993/1994, passou a ser produzido no Brasil em nova geração já em 1998, e só perdeu força de mercado quase 10 anos depois. Na mesma época foi lançado o Astra nacional, que também abocanhou ótimas vendas. A Fiat naquele tempo tinha o Brava, que durou pouco e não teve muita expressividade. Em um mercado assim que a Ford trouxe o design, o interior muito bonito, mas não teve conjunto para dominar nada.
Mesmo assim o Focus tem a fama de ser o hatch médio mais equilibrado entre os anos 2001 e 2008. Para nós que priorizamos muito o custo x benefício talvez eu deva chamar a atenção que ele entrega muito por um preço menor do que a concorrência. A manutenção do motor 1.6 é tranquila e Ford no geral é bom de mecânica. Já para os 2.0 os custos crescem proporcionalmente ao prazer de dirigir. Quem quer ter mais cavalos à disposição precisa estar apto a alimenta-los mais.
Entre 2009 e 2013 o Focus recebeu apenas uma atualização em seu desenho, para manter-se em dia com o mercado até a chegada da nova geração. Na essência ele era o mesmo carro de 2001, o que significa dizer que ele é o mesmo bom carro que já era antes. Passou a ser flex entre 2007 e 2008, o que só tem apelo mercadológico, pois eu sou da turma que defende que um carro flex nunca é tão bom quanto um carro só gasolina ou só etanol.
Em 2014 foi lançada sua nova geração, essa mudou bastante, tanto por fora quanto por dentro e mecanicamente. E ainda que a Ford tenha desrespeitado um pouco seus clientes, já em 2015 veio uma versão remodelada. O modelo atual possui um trunfo difícil de bater, os 168cv da versão mais forte são algo pra lá de impressionantes. Mas, ainda que o modelo esteja aí, o foco do guia é sempre nos usados, pois são os carros que podem ser comprados pelos simples mortais. Eu me incluo nisso! A nova versão ainda é cara demais para ser considerada bom negócio entre usados.
E por isso mesmo que sempre fechamos nos preços. Os da série de 2001 a 2004/2005 podem ser encontrados na faixa dos 15 mil reais em excelente estado. Entre 2006 e 2008 a conta sobe para 20 mil, por conta do ano e km mais baixa (quando a km for mais baixa). Levando para os 2009 até 2013, ainda é comum encontrar esses carros na faixa dos 30 mil. Já os da nova geração não custam menos de 45/50 mil. Eu particularmente indico, para quem não se importa com ano/modelo, o modelo 2007/2008. Carro bom, preço bom, e ainda em dia no mercado.
A trilogia das imagens é das versões 2008, 2013 e 2015. Já o vídeo é da paranaense Motorocker!
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