Sonho de consumo de adolescentes à pais de família, os sedans médios são dos modelos mais cobiçados no mundo dos automóveis. Seja pelo porte de carro grande, seja pelo status embarcado, a categoria coleciona muitos admiradores e cada marca briga com o que tem de melhor pelo seu lugar ao sol. O modelo de hoje (e possivelmente o da próxima semana) é um carro muito famoso que costuma estar sempre entre os líderes desse segmento. Ele é o japonês Honda Civic.
Sua primeira aparição no Brasil foi entre 1992 e 1993, na época importado do Japão, era parte de uma linhagem de automóveis que tentava buscar algum espaço no mercado brasileiro recém aberto. Frente baixa, design invocado e manutenção absurdamente cara eram suas características. Eis que em 1997/1998 a Honda decidiu por bem nacionalizar o seu produto mais rentável, já em sua nova geração, um automóvel que cumpria o que prometia, mas não fazia frente ao Vectra, o preferido na época.
Foi assim até 2000 e ainda continuou assim entre 2001 e 2006 com o modelo reestilizado, que deu ganhou pitada de requinte, atraiu novos consumidores, mas ainda assim não tinha tanto apelo. Sua vida ficou ainda mais difícil em 2003 quando a Toyota lançou o Corolla que mudou o mundo. A conterrânea acertou a mão naquele modelo, que mudou o mercado e deu um novo padrão à categoria. Tanto que o Vectra também sentiu o golpe e começou a ter concorrentes de verdade.
A vida do Civic mudou da água para o vinho em 2007, quando foi a vez da Honda revolucionar o mercado. O New Civic abocanhou tudo que via pela frente, desde os tradicionais compradores de sedans até aqueles que nunca pensaram em ter um. Tanto que o porta-malas com tamanho de hatch nunca foi um problema para o modelo, que era o preferido por executivos e outros engravatados que costumam dirigir esse tipo de carro. Um carro grande com design futurista ao qual era impossível ser indiferente.
Com exceção dos modelos de 1992 a 1996, que já passaram por muitas mãos e se desvalorizaram demais, qualquer Civic no mercado pode ser um bom negócio. Quanto mais novo, menor precisa ser a preocupação com manutenção. Carros japoneses possuem os melhores motores do mundo no quesito durabilidade, sendo extremamente confiáveis e raramente apresentando problemas. Lógico que uma boa revisão de compra é fundamental, mas quando não há nenhum problema eminente é difícil ter surpresas desagradáveis.
Como são muitos anos e modelos bem diferentes no mercado, o mesmo se divide em públicos bem distintos. Enquanto os sedans de 1997 a 2006 são procurados por pessoas de poder aquisitivo mais limitado, mas que ainda assim possuem um gosto mais apurado por requinte, os modelos acima de 2007, mesmo com quase 10 anos nas costas, disputam vaga na garagem de pessoas que tem recursos para comprar um carro zero km, mas que acabam refletindo melhor e apostando no status diferenciado que esse carro oferece.
Começando pelos mais novos, os da linha New Civic não são encontrados por menos de 30 mil reais, na faixa dos 35 a 37 mil se encontram bons modelos com manutenção em dia e em ótimo estado. Já para os pré-2006 os preços costumam parar na casa dos 25 mil, com uma boa dose de sorte da pra encontrar um 2003 perto de 20 mil. Atenção aos baratos demais, mas pelos primeiros nacionais da pra pagar entre 14 e 15 mil por um bom carro. Eu só não recomendo mesmo os importados, anteriores à 1996 possuem mercado muito restrito e manutenção cara.
No ensaio, modelos 2007, 2002 e 1998. No vídeo, a clássica Steppenwolf. Aquele abraço!
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