A política do nosso país anda tão moralmente enfraquecida que eu já nem sei mais se tenho uma preferência definida. O que está claro para mim é que os governantes perderam a noção do ridículo ao tomar suas decisões. Até admito que houve um tempo em que eu era muito da chamada esquerda que custava a aceitar os tais dois lados de uma mesma moeda, mas hoje em dia eu me preparo um pouco mais, estudo mais, leio mais e acima de tudo, presto atenção ao que acontece em volta. Como tudo na vida, também sofro com alguns pontos cegos, mas tenho mais ciência dos acontecimentos.
Quero deixar aqui a minha impressão de uma Curitiba e um Paraná que nos últimos meses foram levemente desmascarados. E o que havia por detrás da cortina não era a mesma imagem de mega aprovação ou cidade perfeita. Talvez Curitiba nunca tenha sido perfeita, mas havia uma sensação de orgulho muito maior do que a que sinto agora. Digo isso remetendo a uma época em que éramos a capital ecológica, a uma época em que inventamos e mais tarde exportamos um sistema de transporte dos mais desenvolvidos do mundo, a uma época em que Curitiba era mais Europa e menos São Paulo. Mas e agora Curitiba? Onde estás e para onde vai?
Vamos tentar por mais um canal para ver se as pessoas acordam. Nosso ex-prefeito Luciano Ducci deixou de repassar o valor que mantinha a parte pública do Hospital Evangélico em outubro de 2012. O mesmo prefeito que deixou de pagar a Cavo, responsável pela coleta de lixo, em outubro. Até mesmo o repasse prometido às escolas de samba da capital, marcado para outubro, ele deixou de fazer. O que aconteceu em outubro? Uma crise financeira? Não. Simplesmente porque em outubro o grupo político que controlava Curitiba perdeu a eleição! E deixou de arcar com suas obrigações. Essa é a cidade que vivemos hoje.
Alguns jornalistas criticam Gustavo Fruet por montar um secretariado muito técnico, recheado de professores da Universidade Federal do Paraná, alguns deles foram meus professores por sinal, e pouco político. Ou seja, com poucos vereadores e perdedores da eleição para cargos públicos nos quais não faria porra nenhuma. Estaria Fruet colocando sua reeleição em risco por falta de apoio? Penso eu que a tática do momento é fazer com que o povo volte a gostar da cidade em que vive. Eleição em Curitiba se ganha por simpatia do público, não por partido.
Sei que o blog não é exclusivo de política, mas não pude conter em dar a minha opinião formal a tantos fatos que farão diferença na minha e na sua vida em breve, muito breve.
Para falar um pouco de estado, o governador Beto Richa, talvez por inveja de uma cidade na mídia por causa do novo prefeito, refez todo seu secretariado, e aí sim, somente a base de politicagem. Com direito a Ratinho Junior e a volta do todo poderoso Stephanes à um cargo estadual. Conheço pessoalmente a figura do deputado Reinold Stephanes, que já ofereceu um churrasco a mim e uns colegas, na época que estagiávamos na secretaria do desenvolvimento, para apresentar suas propostas de governo e fazer uma propaganda básica do filho. Confio muito na sua capacidade e acredito que o mesmo foi uma aposta interessante. Mas no fim das contas o que Richa quer é apenas estreitar a conversa que já circula nos corredores de que o PMDB o apoiará à reeleição. Já o Rato, tem gente por aí dizendo que será vice.
Se eu estivesse falando do BBB, se eu estivesse postando vídeos de sertanejo, se eu estivesse colocando fotos artistas globais famosos, meu blog teria muito mais acessos? Não sei, mas o que me move não é o número de acessos (que por sinal está chegando na marca nada humilde de 10.000!), mas sim o fato de eu falar o que eu penso de verdade, de assuntos que te interessam por mais que você não entenda ou não aceite! Economia é a ciência que move o mundo, Carro é o bem de consumo que move a industria e Rock N' Roll é o estilo musical mais importante do universo da música. E digo tudo isso sem desmerecer em nada qualquer outra opinião. Só sei que sou grato por ter a capacidade de intelecto que me faz enxergar o que nem todos conseguem ver.
O ensaio da semana é uma homenagem ao encontro do Dia Nacional do Fusca, realizado na semana passada, na PUC-PR.
O vídeo da semana é de uma das poucas bandas de uma nova geração que surgiu nos anos 1990 que conseguem, da sua maneira, manter vivo o espírito do Rock! Ainda que com uma boa pitada de tecnologia.
Aliás, algumas pessoas dizem que eu sou muito parecido com Mike Shinoda, o que toca piano no clipe.
Bom, citando o ilustre "gaguinho", por hoje é só pe-pessoal. Muito obrigado e um forte abraço!
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