sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mandela: Um momento de reflexão.

A morte de Nelson Mandela, ex presidente da África do Sul, prêmio Nobel da Paz em 1993, símbolo da luta contra a segregação e o racismo, nos faz refletir sobre o que essas causas têm a ver conosco, que estamos longe e num país onde a vida e as condições são tão diferentes. Mas será mesmo que são tão diferentes? No Brasil não há racismo, preconceito, e principalmente, um conceito que é o foco do Rápidas de hoje, a superioridade?


A homenagem ao homem que fez o mundo todo refletir sobre esses assuntos, precisa também ser ao estilo do Rápidas, e como o foco do blog é economia, hoje o assunto é diferenças sociais e pessoas que se acham superiores às outras. E para encontrar alguém assim não precisa muito, na maioria das vezes basta olhar para o lado. Seja no trânsito, na mesa do restaurante, na sua vizinhança, no trabalho, você sempre verá pessoas que se acham e muitas vezes se sentem melhores que as outras. E qual a razão disso? Qual a motivação para querer parecer melhor que alguém?

Temos duas frentes bem distintas de motivos para que isso aconteça, a primeira delas é base familiar. Pessoas que desde o início de suas vidas foram acostumadas a terem as melhores coisas, a serem tratadas como superiores e serem mimadas como tal. Pessoas assim, ao chegar na fase de faculdade, onde passam a deparar-se com pessoas diferentes, sim, pois até a escola eram todos mais ou menos da mesma classe, sejam pobres ou ricas, enfim, na faculdade começam a se separar em grupos de acordo com suas premissas sociais.


Por mais que em alguns momentos ao longo de 4 ou 5 anos de graduação essas pessoas executem tarefas junto com pessoas de menor renda, é claro como pessoas assim ainda se mantém superiores. E quando vão ao mercado de trabalho, muitas vezes conseguindo oportunidades por influência, já se instalam no novo ambiente se sentindo melhores que os demais. O destino da maioria dessas pessoas é ter uma carreira próspera, nem que seja paga pelo pai, mas no fundo são odiadas por uma maioria que não teve a mesma sorte.

A outra opção para ser odiado no futuro corporativo é nascer pobre, enriquecer, e deixar isso lhe subir à cabeça. Uma pessoas que estudou em escola pública, fez faculdade com bolsa ou desconto, conseguiu uma oportunidade numa grande empresa e se mostrou muito competente, subiu de cargo, passou a ganhar um bom salário. E de repente começou a se mostrar outra pessoa. Esnobe, que prima pela exibição de tudo que pôde comprar com o novo salário, do novo celular ao carro zero. E que ainda, por perceber tamanha arrogância, costuma dizer que está sem dinheiro porque tem muitas dívidas, que paga 2 ou 3 mil reais de cartão de crédito.

Infelizmente essa pessoa também tem tendência a ter amigos de puro interesse, já que ele costuma pagar para ter pessoas por perto, e no fundo muitos falam mal, todo o tempo. Às vezes há um coração, uma personalidade que existia antes do sucesso lhe subir à cabeça, mas poucos conhecem, e em sua maioria, nem mesmo a própria pessoa gosta do que ela era antes.


Mas é claro que há pessoas, ricas ou pobres, que nasceram bem ou que conquistaram algum sucesso depois, pessoas que ainda estão litando pelo seu lugar ao sol, pessoas que já estão em ponto de ajudar outras pessoas, pessoas com as quais fazemos questão de manter amizade, pois essas pessoas são as pessoas de bem. E para a minha satisfação, meus amigos de verdade são essas pessoas.

Se tem algo que aprendi ao longo dos anos é que a sinceridade é uma arma muito poderosa na hora de dizer quem você é. E o que sei é que eu sou sincero, assim como percebe quando não o são comigo. Não sou daqueles que barra pessoas ou vira às costas para alguém que é falso comigo. Vamos ver até onde podem chegar. Mas o que eu sei é que sei onde encontrar as pessoas certas. Sei com quem posso contar.

Sei que o texto não teve tudo a ver com Mandela, mas foi a inspiração, e fica a singela homenagem. Por fim, como de costume, carros velhos e boa música, obrigado!


sábado, 7 de dezembro de 2013

Então vamos falar de Empréstimos...

Com o rumo que a economia tomou, o incentivo ao consumo, a abertura de mercados, o próprio nível de endividamento da famílias, é cada vez mais comum o número de pessoas que recorrem aos empréstimos. Seja para financiar seus bens, realizar sonhos de consumo, ou até mesmo para pagar dívidas mal planejadas, os empréstimos são opções sempre lembradas pelas pessoas e são carro chefe das instituições financeiras. Mas empréstimo é tudo igual? Não, e é por isso que o Rápidas vai falar de empréstimo, mesmo sendo um pouco contra a filosofia do controle financeiro, sabemos que muitas pessoas necessitam, então nada mais justo do que explicar as diversas formas que os bancos tem de lhe oferecer dinheiro.


A grande maioria, se não todas as formas de oferecer dinheiro a um cliente, é conhecida como CDC, ou crédito direto ao consumidor. Atenção, não confunda com o CDB, o certificado de depósito bancário, que é uma forma de captação dos bancos, é um investimento, já muito detalhado aqui pelo blog, e uma das minhas modalidades preferidas para guardar dinheiro. Mas voltando ao assunto, é sobre os mais diversos meios de CDC que o blog vai falar hoje, vamos começar pelo mais famoso e também mais traiçoeiro. Ele que foi tema do nosso último post, ele que parece seu melhor amigo na conta, ele que te conforta nas horas de desespero. Sim, o cheque especial.

Cheque Especial é uma linha criada para iludir as pessoas, é um empréstimo que te atenta tanto que até fica disponível eternamente na sua conta. Ele é tão insistente que algumas pessoas até acham que aquilo é dinheiro delas. É o famoso limite da conta, quando você não tem mais saldo mas precisa sacar ou pagar alguma coisa, é do limite que sua conta debita. Muitos já devem ter usado e quando receberam seu salário viram a reposição desse limite com juros. Se forem alguns dias até parece pouco, mas quando falamos em empréstimo, o prazo e a taxa são fatores fundamentais, e nesse caso, a taxa é apenas a mais alta de todas as modalidades. 7% ao mês, o que dá mais de 80% ao ano.

Se nós começamos pelo mais caro, agora vamos falar sobre o empréstimo mais barato que existe, o Cartão de Crédito. O que? Como assim? Cartão de crédito não é empréstimo! Pois bem, vamos analisar o seguinte, é uma compra que se faz e não se paga na hora, mas o lojista recebe na hora. Não se cobram juros para a utilização do seu limite de crédito, mas você paga anuidade, ou tarifa, ou ainda se um dia você não pagar a fatura total, ou pagar o mínimo, vai se deparar com uma taxa de juros tão alta quanto a do primeiro caso. Por fim, o nome, cartão de... crédito. Sim, o cartão de crédito é um empréstimo, talvez o mais usado de todos. Sua taxa varia de 0% se você pagar toda sua fatura, passando por 2 a 3% para pagamento de contas (água, luz, etc) chegando à mais de 7% se você atrasar a fatura.


Dando sequência, quem nunca foi até seu caixa eletrônico ou acessou sua conta pela internet e se deparou com propagandas do tipo, Crédito Direto em sua Conta, Contrate Agora! Menos mortal do que o cheque especial, que chega sem avisar, essa modalidade nada discreta de empréstimo que você vê por aí é o Crédito Automático. O banco sabe quanto você ganha, o banco sabe quanto você gasta, o banco sabe se você gasta demais, o banco sabe de sobra algum no fim do mês. Então o banco calcula um valor e te chama dizendo que você pode pega-lo sem ir até a agência, sem assinar nada, sem stress. O que você faz? Aperta contratar e fica feliz! Aí no mês seguinte cai a primeira parcela, a outra, mais uma, e você percebe que caiu numa furada. Com juros que variam de 3 a 5%, em média, apesar de mais barato que o cheque especial, o crédito automático se refere a valores muito maiores, prazos mais elásticos, e o montante que se paga pode ser facilmente o dobro do valor tomado.

Agora vamos falar do adiantamento de 13º salário. É uma linha muito discreta, mas que se baseia num princípio muito simples, dar agora um dinheiro que você sabe que chegará no futuro, cobrando aquela taxa básica, pois é disso que um banco vive. Exemplo, você trabalha numa empresa grande e não pretende sair do emprego, todo ano junto com o salário de dezembro vêm o seu 13º. Por que não pegar esse valor agora e deixar que o banco desconte quando você receber? A ideia de fato não é ruim, pois você adianta alguns compromissos, ou como a maioria faz, torra mesmo o dinheiro. O problema é que ao não receber o 13º em dezembro, você não pode fazer a recomendação anual do Rápidas, que é guardar esse dinheiro para os impostos do início do ano. IPVA e IPTU estarão lhe esperando entre janeiro e fevereiro.

Por fim, o meu favorito, e talvez o único que eu recomendaria se você precisa mesmo de um empréstimo, o Consignado. Essa modalidade é uma grande jogada entre bancos e empresas, e sua carta na manga é o desconto em folha. Você contrata um valor junto ao banco, recebe em sua conta e não precisa nem se preocupar em pagar, pois o dinheiro vai ser lançado em seu holerite, ou contra-cheque como alguns conhecem. Qual a vantagem? Taxa de juros. como o risco de inadimplência diminui consideravelmente, já que o dinheiro vêm para o banco direto da fonte pagadora do cidadão, é possível trabalhar com taxa bem mais interessantes para o cliente. Frequentemente abaixo de 2% ao mês.


Lógico que não tratamos todas as formas de empréstimo, mas no geral essas são as principais linhas com as quais os bancos trabalham. Portanto, se um dia você precisar de um empréstimo, esteja atento a um fato muito importe, quanto mais fácil conseguir o dinheiro, mais caro ele será. E o motivo disso é a inadimplência. Quanto mais difícil for da pessoa não pagar, mais seguro o banco fica em emprestar e menos juro ele cobra. espero que as definições e dicas sejam úteis para alguém, eu conheci muitas pessoas que não tinham a clareza com relação a essas modalidades, e achei justo fazer um post sobre isso.

No ensaio da semana, carros que figuraram nas telonas pela franquia de filmes que eu mais gosto, Velozes e Furiosos. Uma singela homenagem à Paul Walker, um dos principais atores da série, que faleceu na semana passada em um acidente de carro. Ironia? Não, é a vida mesmo. E para os mais tradicionais, eu informo que sei também que Nelson Mandela morreu, mas como os posts são planejados, o texto em homenagem ao Nobel da Paz será na próxima semana.

Fechamos então com o vídeo da semana, um clássico daqueles pouco conhecidos, marca do Rápidas. Dessa vez fechamos o post com Frank Zappa, em uma música complexa, daquelas que para apreciar e entender é necessário estar atento e focado. Como toda boa música instrumental!


Bom galera, esse foi o post da semana, espero que tenham gostado. Abraços e muito obrigado!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O limite da decadência...

"Depois da última noite de chuva, chorando e esperando amanhecer, as coisas aconteciam, com alguma explicação."


10 dias sem juros no cheque especial. Quem nunca ouviu essa frase? A famosa propaganda de um banco que hoje não existe mais, assim como aquela poupança que continua numa boa. O tempo nos prova que a instabilidade é a regra e não a exceção. Os mercados em movimento, a globalização, a evolução da percepção e da desatenção. Ou por que não dizer, da ilusão que se cria a cada dia, seja quem você quiser, menos quem realmente você é. Status, aparência, negligência, é tudo parte de uma nova realidade em que, ou você se deixa infectar, ou você passa a lutar contra, e pelo visto, praticamente sozinho.

Você sabe o que é o cheque especial, ou o limite, como alguns chamam? Esse dinheiro virtual, que nos dá a falsa percepção de que temos mais do que conquistamos, é na verdade a grande jogada criada muitos anos atrás, para ganhar muito dinheiro às custas de uma das grandes características dos pobres mortais, o impulso. Quem não se anima ao ver seu extrato bancário e ao invés do 200 reais que você sabe que é o que lhe resta a certa altura do mês, se depara com seu saldo disponível de 1200, ou às vezes muito mais que isso. Uma mega promoção, só hoje, imperdível, oportunidade única... E pronto, lá está você passando seu cartão de débito e entrando nessa estrada sem volta chamada dívida.

Confesso que eu sempre tentei, e ainda tento, ser engraçado. Fazer piadas, fazer sorrir, fazer alguma palhaçada inclusive, mas com o passar dos anos eu percebi que meu rótulo para a grande maioria era mesmo o de chato, para não dizer arrogante. Quem não fala de dinheiro em algum momento? Quem não entra nesse assunto numa hora de almoço, num papo no trabalho, ou até mesmo no bar? E o que eu vou fazer? Ser contra meus princípios e entrar na onda do financiamento de carro, do empréstimo, do uso do limite? Por isso que eu digo que às vezes eu me sinto lutando sozinho contra um sociedade que não sabe pensar, que não sabe comprar, que não sabe se organizar.

Mas sabe o que me motiva a continuar nessa luta? O que me motiva a toda semana investir alguns minutos da minha vida para divulgar um texto que eu não tenho a mínima ideia de quantos vou atingir? É que ao longo dos anos eu já tive o reconhecimento, não de milhões de acessos, mas dos acessos certos. Saber que você é reconhecido pelo que faz é um dos maiores motivos de orgulho que se pode ter. E por essa lista passam professores, mestres, doutores, diretores e executivos de grandes empresas. Assim como passam alunos que consegui cativar, talvez não pelo bom humor, mas pelo amor que tenho quando falo da economia.


Economia, Carros e Rock N' Roll são coisas que pautam meu comportamento, meu jeito de falar, meus assuntos, a forma que encontrei de dar a minha contribuição à sociedade. E você? Quem é você? O que você faz para colaborar? Sua vida gira em torno dos seus afazeres e prazeres ou você tenta passar uma mensagem? Cada passo que damos na vida é um grau a mais de conhecimento que agregamos, e de nada vai adiantar se não ajudarmos a distribuir uma parte disso. As pessoas não são iguais, na verdade eu ainda digo que a grande maioria continuará sem entender, sem se preocupar com o amanhã, mas você não precisa ser assim.

Não se deixe enganar pelo brilho, pois nem tudo que reluz é ouro. Mais valioso que o cromado que chama atenção é o sorriso sincero da criança que abre os braços quando o pai chega em casa. Mais pacificador do que os vidros fechados e o ar condicionado é o prazer se sentir bem. Muitos nunca vão entender o sentimento de se estar ao volante de um Fusca ou Opala, e alguns até criarão traumas relacionados aos ditos carros velhos. Mas a verdade é que quando se começa a apreciar e entender, quando se começa a sentir as coisas com o coração, se vai muito mais além.

Sei que às vezes o texto sai meio melancólico, ai durante a semana algum amigo sempre vem me perguntar se eu estava deprimido. E algo que eu já escrevi aqui é que a depressão é uma parte importante do processo de criação. O momento, não a situação. Não importa o que está acontecendo fora do raio de 1 metro da tela do meu computador, o que importa é o que se sente ao digitar. Se é depressão ou mero cansaço, não importa, o que importa é colocar mais um texto que eu não sei quantos vão ler, quantos vão entender, quantos vão gostar ou criticar. O que importa é saber que eu estou fazendo algo.


Ensaio da semana com os mesmo carros velhos de sempre, mas o que importa é o que se sente ao volante, não importa o que você dirige, desde que seja com amor. E o vídeo da semana, é só uma banda nacional das muitas que escuto com frequência, e acho que combina com o estilo do post.


E eu quero dedicar esse vídeo a minha família, minha esposa e meu filho amado, que tornam todos os meus dias especiais.

Abraços e muito obrigado!


sábado, 16 de novembro de 2013

A Economia, do que guarda ao que gasta demais...

Já pensou se todas as pessoas fossem iguais em suas relações econômicas? Sim, se todos juntassem dinheiro para fazer suas compras à vista. Se ninguém gastasse nada além do que ganha. Não comprassem besteiras ou torrassem um dinheiro a mais de vez em quando. E se ninguém tivesse problemas financeiros? Por mais que eu lute para ajudar a quem me pede, a verdade é que se chegássemos a tal estágio a economia pararia. Os bancos perderiam sua principal finalidade e eu ficaria sem emprego.


A verdade é que ninguém está errado, a economia precisa de todos os agentes para sobreviver. Precisa dos empreendedores, que criam negócios inovadores, mesmo sem saber se dará certo. Precisa dos bancos que dão crédito aos seus sonhos, mesmo que tenham que cobrar mais caro conforme a maluquice. Precisa dos consumistas, que no seu jeito impulsivo de comprar, também impulsiona países a sair de uma crise. E também precisa dos poupadores, pois sem eles os bancos não teriam o que emprestar. Parece injusto pensar que o banco só pega o dinheiro de uns e passa a outros, mas para os primeiros paga um jurinho ridículo, enquanto que dos últimos cobra um absurdo? Infelizmente é o que acontece em alguns casos. Mas a vida que escolhi como profissional me fez ver que há muito mais por trás de um banco do que apenas um mediador de recursos.

Foi estudando Joseph Schumpeter que eu escrevi um texto de 70 páginas sobre a evolução das técnicas de produção de automóveis. Sim, esse assunto me interessa mesmo. E foi nos manuscritos sobre capitalismo e socialismo do início do século XX que eu percebi que para que haja a evolução dos métodos de se conduzir uma economia, algumas premissas precisavam morrer ao longo dos tempos. A ideia da destruição criadora me fez enxergar que certos costumes, assim como alguns pensamentos, precisam ir embora para dar lugar ao novo. Formas diferentes, novas e evoluídas de ver um mundo que antes achávamos que não ia mudar.

Ser contra certas modalidades de financiamento não é ser radical e jogar na cara de ninguém que algo é certo ou errado. É só a minha forte de ver uma sociedade. Talvez exista uma admiração implícita por todos aqueles que têm coragem de assumir uma dívida, bater no peito e dizer eu pago. E se não pagar, para isso existem os refinanciamentos, os acordos, as renegociações. Na verdade o mercado todo já se preparou para as pequenas crises financeiras pessoais que qualquer um passa no dia a dia.

Juntar dinheiro, pesquisar, pensar duas vezes, deixar pra depois. Tudo isso só é válido quando se tem muita força de vontade, pois o mercado joga na sua cara a cada momento o que você está perdendo. Veja só, por apenas 599 reais ao mês, você larga sua lata velha pra trás e sai por aí guiando um Ônix, ou até mesmo o topo top do momento, um HB20. E pensar que algumas vezes eu falei mal da Hyundai, mas hoje ela é quase uma referência se compararmos às chinesas que invadiram nosso mundo.


Mas qual carro é realmente o melhor? Com tantas opções, com fazer a escolha certa? Bom, meus anos de prática no mercado de automóveis me trouxe certa propriedade para dizer ao menos uma coisa. Quais são os dois carros definitivos para quem precisa e ainda não tem um? Se você está disposto a começar do zero, mas quer um carro que seja um companheiro para qualquer situação, você precisa de um Fusca. Mas se você é um pouco mais evoluído e quer algo um pouco mais confortável e igualmente disposto, seu carro é o Uno. Qualquer coisa fora disso é mera frescura, é mercado, é status, é imagem, ou alguma necessidade específica, como por exemplo espaço para o trabalho. Mas tudo isso deve ser analisado separadamente.

É como bandas de rock, cada um tem a sua preferência, cada um têm aquela que considera a melhor banda de todos os tempos. Até eu mesmo tenho, o Metallica, assim como a minha esposa considera o Iron Maiden. Mas eu acho que todo roqueiro que se preze, por mais tradicionalista que seja e tente atribuir o título de maior de todas para Beatles ou Rolling Stones, ainda assim, roqueiro de verdade sabe que não há, não houve e nem haverá uma banda maior do que o Led Zeppelin na história do rock. E sim, isso pode também ser só a minha opinião. Você não é obrigado a aceita-la e nem rasgar suas camisas do Guns N' Roses.

Engraçado como Economia, Carros e Rock N' Roll fazem uma mistura e tanto. O post campeão de acessos do blog é justamente uma mistura e tanto desses temas. O post se chama "Para que serve o dinheiro?", uma das fotos é de um Monza que eu tive, um 1992 rebaixado, e a parte de música é uma lista das 10 maiores bandas de rock segundo minha própria ideia e mais um vídeo de uma das maiores músicas da história, Stairway to Heaven. Caso eu tenha despertado o interesse, clique aqui.

Mas voltando e já me encaminhando para o fim do post dessa semana. A conclusão que chego é que a economia é formada por todos os fatores, do rabugento que não gasta nada até o cara que usa o maldito limite do cheque especial achando que o banco lhe deu aquele dinheiro porque ele é um cara legal. E não importa qual é a minha opinião, e deixando bem claro, quando eu a divulgo é pensando no bem do próximo. Mas às vezes esse próximo é justamente o agente oposto. A vida é assim e sempre será, não podemos convencer o mundo.


O que eu quero que fique claro é que quando o assunto é do meu interesse eu defendo meu ponto de vista sim. Seja na economia pessoal, nos carros velhos ou na música boa. O que seria das pessoas se não fosse sua personalidade? Bom, eu tenho a minha e levo isso muito a sério.

No ensaio da semana, aquele que vêm conquistando dia apos dia mais espaço no meu ranking pessoal, um autêntico Voyage GL AP 1.6 1988. Os demais são somente para relembrar, a belíssima Weekend. E o primeiro Fusca, a gente nunca esquece.

E antes do vídeo eu só gostaria de comentar que essa música é extremamente especial para os verdadeiros fãs de rock n' roll, se você não gosta ou não conhece, eu sugiro rever seus conceitos de admirados do nosso estilo musical.


É isso aí galera, muito obrigado para quem acompanha! Abraços!

domingo, 10 de novembro de 2013

O conceito de emergência.

O conceito de emergência. Em inglês, emergency. Em latim, Subitis... Enfim...


Emergência é uma situação inesperada que demanda ações rápidas e nem sempre pautadas pela razão e disciplina. No entanto, emergência também é algo relativo, abstrato, cujo estado real depende quase que unicamente da percepção pessoal de cada um. O que é uma emergência para você pode não ser para mim. E é justamente sobre essas "emergências" do dia a dia que o rápidas fala hoje.

O cheque especial. Acho que a grande maioria das pessoas conhece ou pelo menos já ouviu falar nesse tal de cheque especial. Hoje em dia pouco a ver com a folhinha assinada, esse produto bancário de grande sucesso é um limite extra na sua conta corrente que, em caso de emergência, você pode simplesmente utilizar sem pedir à ninguém. Pois é, um grande amigo, a simbologia perfeita de como o banco é o seu porto seguro. Perfeito se não fosse o empréstimo mais caro do mercado. Empréstimo sim, pois é isso que ele é, e é assim que que você o paga. A uma taxa média de 6 ou 7% ao mês. E para você que acha isso pouco, é só lembrar que se você deixar seu dinheiro guardado numa poupança, o banco não lhe pagará isso em um ano.

Mas e como fazer em uma emergência? Se você acha que só estava em situação de emergência quando percebeu que não tinha dinheiro e precisou usar o limite, eu sinto lhe informar, mas a essa altura você já estava em completo e total desespero. Vamos voltar alguns posts e lembrar das mínimas regras para um equilíbrio financeiro. Em primeiro lugar, não gaste mais do que ganha. Por mais difícil que isso pareça, é apenas a constatação do óbvio. Eu trabalho para me sustentar e não para pagar dívidas.

Ao primeiro sinal de que gastou-se mais em um mês, o que até é normal, deve-se fazer uso da reserva de segurança. Um valor que vai se constituindo mês a mês das sobras da relação salário x gastos. E se não há mês em que sobre usa-se o 13º e parte das férias para começar a montar essa reserva. Ou ainda um pouco da rescisão de um antigo emprego, uma participação nos lucros, um bônus de natal. Hoje em dia não há como dizer que não ganhamos algum extra em algum momento de nosso ano profissional. O que infelizmente acontece mais é que costumamos gastar um extra em quase todas as ocasiões possíveis.

E ainda nos damos o luxo de falar que era uma emergência. Pois bem, se todas as pessoas parassem pra pensar em cada momento que usaram o cartão de crédito, o limite, ou até mesmo contraíram um empréstimo em nome de alguma emergência, a maioria dessas pessoas veria que não passava de um impulso. Mais um gasto desnecessário, ou ainda o reflexo de uma dívida mal planejada. Eu tenho medo de empréstimos. Eu tenho medo de financiamentos. Tenho medo que uma emergência de verdade possa abalar um sensível equilíbrio construído sobre a sólida base da nossa economia. Que não é nenhuma rocha firme e 100% segura.


Sempre gosto de pensar que eu poderia estar dirigindo um carro de 30 mil reais, honestamente financiado e pago em suadas prestações ao longo de 5 anos. Mas eu sei o que pode acontecer em 5 anos? Nos últimos 5 anos eu me casei, me formei na universidade, viajei para outro país, e ainda tive um filho. Será que tudo isso poderia acontecer tão naturalmente enquanto eu ainda estivesse pagando aquele mesmo carro de 30 mil? E o pior, depois de tudo isso eu teria pago quase 40 por um carro que hoje nem valeria 20? Chega a ser engraçado. Mas a verdade é que essas coisas acontecem com muita gente. Pessoas que acostumam-se a engessar 30% ou mais de seu salário por uma parcela vitalícia, porque por mais que eu não espere terminar de pagar e troque de carro por um sempre mais novo e mais caro, a parcela está sempre lá, e nesse ritmo, sempre estará lá.

Eu prefiro, com toda sinceridade, abdicar de um carro novo, abrir mão desse status, para poder montar uma reserva de emergências de verdade. Investir no futuro do meu filho ao pagar uma boa escola para ele, investir no meu próprio futuro, tomando o gancho da semana passada, e pagar um bom plano de previdência privada. Constituir uma poupança paralela para ir trocando meu carrinho velho de tempos em tempos.

As emergências não dependem só dos fatores externos. Muitas vezes somos nós mesmos que as criamos, ou apenas preparamos o terreno com todas as nossas más decisões de consumo. Sou radicalmente contra todos os empréstimos e financiamentos? Não, cada um faz o que quiser com seu próprio dinheiro. Talvez a coisa mais importante seja sim realizar tudo no ato, no agora, e apenas pagar depois. É uma filosofia de vida. Mas eu sou um pouco mais conservador, só isso. O que eu realmente acho errado é gastar sabendo que não se pode pagar. E aí sim, usar o cheque especial é ter a certeza de que não podia pagar. E isso é só o começo do abismo.


E eu continuo com as homenagens aos carros baratinhos que são capazes de te levar tranquilo sem gastar muito. Nessa semana o ensaio trás como dicas o bom e velho Gol Quadrado, o Fiesta Street e, para aqueles que acham que 1.0 não é carro, um bom Escort Zetec. E fechando com música, sem muita demora, mais um vídeo para animar este final de texto.

Relembrando um dos grandes clássicos do início dos anos 1990. Essa é para qualquer gosto.


Obrigado galera, forte abraço!

sábado, 2 de novembro de 2013

Aposentadoria... Futuro ou Incerteza?

Lá nas primeiras décadas do século XX a ideia foi sensacional, criar Caixas de Aposentadoria para garantir o futuro dos nossos bravos trabalhadores, que depois de muitos anos de dedicação, merecem um descanso e poderão curtir a sua vida. Mas espere, começar a curtir a vida aos 60 anos? Nada contra a terceira idade super ativa de hoje, mas é preciso mesmo esperar tanto tempo assim?


Bom, o post de hoje fala sobre aposentadoria, INSS, Previdência Privada, Fundos de Pensão e o que se esperar do futuro dessas modalidades, tão parecidas porém suas diferenças é que vão dizer se você tem motivos pra respirar aliviado ou se preocupar muito.

Como eu disse, as aposentadorias foram criadas lá nos anos 1920 com a criação dos institutos de pensão de algumas empresas e categorias, ou seja, na prática estamos falando de fundos de pensão. Igualmente ocorre nos EUA, país que não possui uma previdência social, os próprios empregados vão, ao longo de suas vidas profissionais, guardando, investindo e administrando valores, com o objetivos de rentabilizar e gerar renda para os aposentados no futuro. E isso funciona? Sim, ao menos na teoria, um bloco guarda dinheiro para si mesmo e no futuro tem, além de suas reservas, a manutenção dos planos pelos mais novos e assim sucessivamente.

Lá pelos idos de 1930 o então presidente Getúlio Vargas, pai das leis trabalhistas e idolatrado por muitos até hoje, promoveu a reestruturação dos sistemas vigentes na época para criar o escopo do que seria nosso sistema de previdência, que culminou em 1966 com a criação do famoso INSS. O que na época representava a salvação da massa, hoje é uma das maiores dores de cabeça da administração pública e as pessoas literalmente pagam pra fugir de lá. Pelo menos quem pode.

A história é simples, cada trabalhador tem parte de seu salário descontado para constituir um fundo mega zilionário que é capaz de suprir a renda das pessoas que não tem mais condições de trabalhar. É público, é sustentado por toda uma massa de trabalhadores ativos, que o fazem não só pelos outros, mas por si mesmos, pois sabem que terão a vez deles de aproveitar. Simples e fantástico na essência, um verdadeiro desastre de planejamento e corrupção.

Após juntas quantias absurdas enquanto a parcela trabalhadora da população era bem superior à de aposentados, gastarem dinheiro com obras, prédios, construções e outras coisas sem sentido algum, a situação da previdência social do Brasil hoje só não é tão desesperadora quanto a da OGX. E assim como o Eike, que não está nem aí, só está vendo sua fortuna diminuir dos 80 para os 8 milhões, e os acionistas é que viram seu dinheiro virar 1% do investimento inicial. As pessoas que pagam INSS hoje e pretendem se aposentar em 20 ou 30 anos só tem a esperar um fim parecido, ou seja, não haverá dinheiro! Hoje eu sustento os aposentados, pois o dinheiro que eles juntaram lá atrás foi para os bolsos dos políticos e da massa pública. E amanhã, quem irá me sustentar?


E é aí que começa a se pensar seriamente numa tal de previdência privada. Que na prática significa que a água bateu na bunda e as pessoas começaram a, como em vários momentos da história mundial, guiadas pela mão invisível e pela necessidade do bem estar próprio, guardar dinheiro por conta própria para garantir seu próprio futuro. E o que começou com os fundos de pensão continua ainda mais forte, com a diferença que ao longos dos anos também surgiu a previdência aberta, que é do tipo eu guardo mesmo é para mim.

Há toda uma nomenclatura e burocracia em cima da previdência, quem nunca quis sabe o que é o tal do PGBL e o VGBL. Esqueça, você nunca precisará saber o que é isso. A coisa mais simples do mundo, e vamos por partes. Você é rico? Lembre-se, se você for rico você paga e declara imposto de renda, se não declara nem sonhe, você pobre mesmo, seu plano  é o Vgbl. Ok, você é rico, declara IR, mas quão rico você é? Declaração simplificada? Amigo, eu to falando sério, pare de se achar e se coloque no seu lugar, você é pobre também. Ah, mas pobre anda por aí de carro zero e vai pra Europa? Lógico, hoje em dia qualquer um faz isso. Ou seja, IR simplificado, pobre, Vgbl. Agora, se você é do tipo rico mesmo, declaração completa, do tipo escola caríssima dos filhos, planos de saúde absurdos e outras deduções do gênero, aí talvez sua opção seja o Pgbl. É simples não? Não entendeu? Nem se preocupe, se um dia você for contratar uma previdência privada aberta o vendedor vai te fazer meia dúzia de perguntas e vai indicar qual você deve aderir, pronto.

A grande questão que deve ficar no ar e na sua mente a partir de agora é que você deve se preocupar com seu futuro. A aposentadoria, mesmo para você que paga feliz seu INSS deve ser vista como um imposto incerto que hoje mal cobre as saídas dos atuais pagamentos. Se você não tem perfil para previdência, pois não se preocupa tanto com o amanhã e quer aproveitar bem o hoje, ao menos invista e monte seu patrimônio. E patrimônio não é comprar um carro zero, pelo amor de Deus, compre uma casa! Constitua uma boa poupança para emergências, ou até mesmo seja arrojado o suficiente e monte uma empresa. Se a empresa que você trabalha tem fundo de pensão, veja isso como uma coisa boa e pare de resmungar tanto do seu emprego.

Pensar no futuro, independente se é o futuro do amanhã, do próximo feriado, do fim o ano, ou o futuro daqui a 15, 20, 30 anos. É essencial, é fundamental, é incerto, mas é real.


Mas aqui é o Rápidas, ou seja, Economia, Carros e Rock N' Roll!

O que é melhor? Financiar um carro de 30 mil, pagar 35 em suas prestações por tranquilos 5 anos e depois ele valer 18? Ou comprar um carro de 15, usar ele um ano, vender por 13, comprar um de 18, usar mais um ano, etc? Ou ainda comprar um de 10 e outro de 5, ter a opção de escolher, ter dinheiro sobrando pra colocar um som legal, reserva pra manutenção, afinal é um carrinho mais velho? Eu não sei, o perfil é de cada um, o carro zero lhe traz status mas lhe cobra alto por isso, e compromete a sua renda. O carro semi-novo também desvaloriza, dá mais manutenção, mas em geral custa menos. E o carro velho é só pra quem gosta mesmo, pois a chance dele te deixar na mão de vez em quando é grande, mas a manutenção é simples e custa muito pouco. É sua capacidade financeira e seus compromissos que vão dizer, ou, infelizmente, seu desejo de aparecer.

E pra fechar com Rock, um dos melhores vídeos e uma das grande músicas dessa lenda do Grunge que revolucionou o cenário da música! Uma das melhores bandas de todos os tempos, Pearl Jam!


É isso galera, sei que ficou meio grande, mas acho que não está tão chato assim de ler, abraços!!!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Para que serve o dinheiro? (Parte 2)

Apesar do nome, o post a seguir não é uma continuação do clássico post de 2012 que leva o mesmo nome. E sim uma nova forma de falar sobre dinheiro. O que é o dinheiro? Para que ele serve? O que ele representa na vida das pessoas e o que a cultura de um povo pode influenciar nesses temas. O dinheiro hoje em dia é muito mais do que o mero papel moeda, meio de troca universal. O dinheiro representa mais, representa sonhos, ambições, vidas, sucesso, e porque não dizer, poder.


Sob a ótima brasileira, podemos afirmar que dinheiro está quase para o intangível, aquilo que não se pode tocar. Pois hoje em dia o mais comum, para a grande maioria da população é não ver ou ter o dinheiro na maior parte do tempo. Costumamos agir em tom de piada, mas inúmeras famílias vivem em condições de baixíssima liquidez, passando a maior parte do mês às custas do cartão de crédito e limites de cheque especial. Como resultado disso, cada vez é menor o hábito de poupar e raro falar-se em investir.

Quais as causas que levam um povo a essa situação? Como é possível reverter esse cenário e tornar-se mais equilibrado? É certo que para cada dívida há primeiro uma decisão de compra que foi feita por livre e espontânea vontade, às vezes deixando-se levar por mera influência da mídia, da sociedade, ou de próprios familiares. Infelizmente a pressão de dentro de casa é uma das mais fortes e que mais colocam em risco a saúde financeira de uma pessoa. Seguido de parentes e amigos, vizinhos, até chegar à própria mídia para os mais fracos de personalidade. O desejo de parecer ser é tão forte que está constantemente acima da razão de suas possibilidades.

Mas nem só de dívidas vive o brasileiro. Hoje em dia há uma bloco cada vez maior de pessoas, que com ou sem dívidas, pode experimentar novas sensações de consumo, novos ares, ou poderia dizer, Buenos Aires. Sim, a capital argentina tornou-se uma das primeiras opções em destino de luxo para quem antes só podia pensar em viagem ao exterior como compras no Paraguai. A elasticidade de prazos, a baixa de juros, a facilidade de crédito, aliados ao bom andamento da economia, o nível de empregos formais e a uma mudança sensível do perfil de consumo, trouxeram à tona uma classe D e E dispostas a mais do que carros usados e viagens ao litoral.


Ainda estamos longe do nível de consumismo de um mercado americano, o qual está acostumado com o leasing puro e verdadeiro e a hipoteca como estilo de vida. Aliás, você sabe a diferença entre o leasing americano e o brasileiro? O do Tio Sam funciona como um aluguel, em que você paga parcelas irrisórias e ao final de um prazo, para exercer sua opção de compra, é obrigado a arcar com uma quantia que não é de interesse de ninguém. Logo, entrega-se o carro e pega-se outro mais novo. Aqui no Brasil o leasing é um financiamento comum, no qual você apenas paga, com juros, o bem e depois o adquire por, digamos, um valor simbólico de fim de contrato.

Isso tudo faz parte da cultura do brasileiro, que mesmo apoiado na imagem, gastando quase sempre mais do que pode pagar, ainda tem a necessidade de sentir-se dono. Seja do carro ou da casa, sempre há o desejo do possuir, a felicidade do quitar. Mesmo que seja para entregar e começar a pagar outro, tal qual se faz lá fora.

Mas o conceito do dinheiro no Brasil ainda é embaçado. O real valor do dinheiro aqui é imensamente diferente da Europa, por exemplo. O mundo do Euro está acostumado a um tipo de riqueza que mal se pode comparar com o que temos, e o grande culpado disso é um fator chamado distribuição de renda. No velho mundo todos ganham bem, todos podem comprar uma Ferrari. Ok, nem todos, mas que é muito mais gente do que aqui não há como negar. E os velhos problemas nunca mudam, carga tributária, corrupção e os lucros abusivos são os campeões no ranking de agentes que levam ao início de toda essa conversa, o endividamento.


Mas por fim, para que serve o dinheiro? Para gastar, para guardar, para investir. Ainda estamos longe de poder dizer que a maioria do povo pode optar por todas as opções, mas evoluímos muito ao longo dos anos. tanto que chegamos a incomodar algumas camadas da sociedade que estavam mais acostumadas a um melhor tratamento dentro de um avião. Mas a vida é assim, cada vez que subirmos um degrau haverá a criação de um novo segmento acima de nós, de Platinum a Black, os famosos VIPs que continuarão a olhar pra baixo e desejar que os pobres mortais não tenham tantas oportunidades.

Não da pra saber onde isso tudo vai parar, só podemos dizer que certas coisas nunca mudam.

Como o ensaio da semana, que continua a trazer belos carros para dar a cara do blog! Mesmo que tenham pouco a ver com o assunto, eu gostei das fotos e é por isso que elas estão aqui! Um Bentley conversível, uma Dodge Ram personalizada e uma Mercedes monstruosamente modificada!

E para fechar com boa música, aqui vai mais um vídeo de uma das grandes, se não a melhor, banda de rock dentre as pouco conhecidas do cenário mundial. Que me desculpem os tradicionais fãs de Rock, mas é verdade, nem todo mundo conhece Thin Lizzy.


Muito obrigado galera! E até a próxima!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mercados e Mudanças

A globalização veio a tornar muito mais dinâmica e rápida uma característica que existe em 99% dos mercados, a evolução. Perfis de consumidores mudam, gostos se aprimoram, pessoas se conscientizam e novos mercados surgem, enterrando outros que pareciam inabaláveis. É tão natural como a própria natureza humana em querer sempre um pouco mais, que aliado à abertura dos mercados, a afirmação de uma moeda forte e uma estabilidade econômica, pois é, engraçado como temos que agradecer até mesmo ao Collor, transformam o mercado e obrigam os produtos e serviços a mudarem.


E para exemplificar bem, eu gostaria de falar já sobre o ensaio da semana. Por forças do mercado e das normas de segurança para automóveis, a clássica e amada Kombi deixou de ser produzida a alguns meses atrás. Foi uma decisão baseada na evolução, não que a Kombi não tivesse mais demanda, pois mesmo sendo um carro que pouco mudou ao longo de 56 anos de produção no Brasil, os veículos eram fabricados já 100% vendidos. Lógico que nos últimos anos a dedicação era quase exclusiva à empresas e frotistas, mas a verdade é que um carro em que eu rodei muito quando era criança, e que tive a oportunidade de dirigir várias em situações muito distintas, a velha senhora vai deixar saudades e seu futuro já está fadado ao sucesso das coleções, tal qual ocorre hoje com o Fusca, a belíssima Kombi será encontrada dos 2 aos 80 mil reais no mercado de usados. E para provar, a imagem que abre o post de hoje é da Kombi Last Edition, série limitada a 600 unidades que foi vendida a 85 mil reais!

Só para terminar de justificar as imagens, a segunda foto é também da Kombi, desta vez uma uma versão especial, chamada série prata, que encerrava a produção dos motores a ar. Um modelo desse, além de raríssimo, vale uma pequena fortuna no mercado de usados. E a última, mas não menos importante, é uma imagem muito legal que faz parte da comemoração dos 40 anos de produção do Passat. Um exemplo de carro que, como tantos outros, foi evoluindo junto com o mercado e hoje é uma dos top de linha da marca. Falando muito de carros, eu sei, mas como vocês podem ver, a evolução comanda os mercados. Atenção, se na foto você reconhecer a frente do nosso clássico Santana quadrado, saiba que ele é derivado de uma das gerações do Passat, que no Brasil conviveu com o próprio, até que este fosse relançado em 1994 já como um sedan importado.


Mas o mercado nem sempre é tão simples, um carro que não evoluiu sai de linha enquanto outro merece uma nova geração e segue em frente. Às vezes a descontinuação de um produto ou serviço causa problemas a muita gente. Uma revista que deixou de ser tão apreciada pelos seus leitores, ou ainda uma mudança no layout que trás drásticas consequências. Muita vezes as decisões de um grupo empresarial, acostumado a lançar e acabar com produtos, é baseada meramente em números brutos. Se algo da lucro deve ser investido, se não dá, talvez não mereça mais atenção. Mas onde está a preocupação pelo consumidor fiel? Onde está o interesse nos nichos de mercado que muitas vezes podem até salvar empresas de crises?

Infelizmente, a evolução do mercado também trouxe a padronização de diversas vertentes. Desde a música, até as opções de lazer nos grandes centros, estão limitados a modelos e não mais a inovações e exclusividades. É um mondo em constante movimento, de vez em quando aparecem algumas ideias boas, que logo são copiadas e viram um novo padrão. Mas será que tudo é tão bom assim? Ou apenas somos forçados a aceitar os padrões do mundo e da mídia? Bom, é de se pensar.


E para fechar, mostrando que até mesmo no rock há casos de mudanças comerciais. O vídeo de hoje é do álbum mais bizarro da banda U2, banda de rock famosa dos anos 1980, que hoje em dia é mais conhecida por causa da postura capitão planeta do seu vocalista, que teve essa desvirtuada no fim dos anos 1990. Espero que gostem. Detalhes para as cenas a la Village People! É para descontrair!


É isso galera, mais uma vez muito obrigado a todos que leram e continuam me apoiando. Abraços! 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Greves, Manifestações... e o peso que isso tem.

Essa época de campanha salarial dos bancários é ótima pra abordar esses temas, aliás, quase todo ano eu escrevo algo do gênero, mas o grande diferencial desse ano é que estamos falando do ano que o gigante acordou... e dormiu logo em seguida, além de falarmos da greve de maior duração da história mais recente dessa categoria, que vêm se mostrando, um fiasco.


Greve dos bancos, se pensarmos bem estamos, como sempre, atingindo só o lado fraco. Há pessoas que ainda vão nas agências receber seu salário, sua aposentadoria, sua pensão. Pessoas simples, que pagam suas contas na boca do caixa, que precisam da ajuda pessoal dos atendentes para executar suas pequenas transações, e pessoas que precisam de um atendimento mais pessoal, para conseguir uma boa taxa num empréstimo, ou uma renegociação. Mas a verdade é que esse público diminui ano a ano e a federação nacional dos bancos sabe disso. E não é à toa que esse ano a greve já se arrasta por mais de 20 dias sem nenhuma evolução grandiosa. Hoje é quinta-feira, 10 de outubro, e como eu digo, em economia basta estar atento e observar os sinais, a greve acaba na próxima proposta, que deve atingir, no máximo, 7,5% de reajuste.

Mas será que as grandes questões da greve estão sendo tratadas? Todo ano o sindicato faz uma pauta gigantesca, com milhares de pontos que vão desde, sim, dinheiro, até questões muito subjetivas, como metas abusivas e o assédio moral. Mas convenhamos, é quase impossível mensurar essas coisas, e dentro de uma empresa, com sua infinidade de funcionários, existem muitas pessoas que (por mero puxa-saquismo) são adeptas, gostam e vão defender sempre a conduta de gestores que o sindicato condena. Fora que um sindicato é um órgão que lhe defende de longe e de fora da empresa, não podemos esquecer que o salário quem paga é a empresa, e pronto!


A verdade é que empresas estão preparadas cada vez mais para agir em pról de seus resultados e seus objetivos corporativos, cada vez mais embasadas na velha teoria do, "tem muita gente querendo o seu lugar, então fica quieto e trabalha". Essa é a lei e não podemos mudar tanto assim. E antes que me critiquem por falar dos bancários, enquanto muita gente inveja essa categoria, eu só estou os tomando como exemplo, que mesmo uma categoria organizada e forte não consegue tudo o que quer, imaginem as pessoas comuns que trabalham em farmácias, supermercados, shoppings, que trabalhar às vezes 12 horas por dia, que trocam um domingo pela segunda, justamente pelo prazer das pessoas que querem passear e gastar no fim de semana.

Agora falando em reivindicações, greves e manifestações, não podemos deixar de falar sobre o reflexos das mobilizações que o Brasil sofreu a alguns meses atrás. Infelizmente o povo nas ruas, pacificamente, marchando e fazendo-se ouvir, foi substituído por um bando de vândalos, sem causa nenhuma, que estão ali para fazer bagunça e causar prejuízo, às pessoas e empresas que prestam serviços dos quais eles mesmos dependem. Um ônibus queimado, além de um alto custo, é um veículo a menos para lhe servir. E o pior de tudo isso, é uma Globo que ainda defende o lindo casal de namorados que não fez nada, só ajudou a virar uma viatura da polícia! Vândalo não precisa levar porrada da pm, mas precisa sim ser fichado, processado e responder perante o juiz por esses atos contra a ordem pública e o bem estar dos cidadãos de bem!


Enquanto o povo vai sendo pisado, uns não podendo ser atendidos por um serviço que pagam, outros correndo risco na mão de arruaceiros. Os políticos e mega empresários estão por aí em seus carros blindados, tendo assessores pra fazer tudo por eles, quando não passando de helicópteros e rindo dos otários nos congestionamentos da vida.

Agora um pouco de carros, mas sem sair do tema. Talvez você não saiba, mas a categoria que mais causa impacto quando se mobiliza é a dos metalúrgicos, onde estão inseridos os trabalhadores das montadoras. Por que você acha que eles são tão fortes? Simples, eu já disse isso muitas vezes e em algumas posso até ser mal interpretado, mas é a indústria automotiva que move o mundo. Inclusive para os bancos, que ganham muito com financiamento de automóveis. Você pode até comprar um carro pela internet, mas não pode transferi-lo direto pra sua garagem sem que alguém o tenha fabricado. E não é tão simples encomendar um carro desmontado e monta-lo em casa. Por isso o ensaio da semana trás belos kits, carrocerias de carros clássicos e antigos, vestindo mecânicas e acessórios modernos! Sim, todos os carros das fotos são réplicas. Talvez agora que você saiba você suba na foto e pense, nossa mas da pra ver, que mal feito, mas na rua ninguém sabe! Um Porsche 911, uma Pick Up Ford 1951 e uma Mercedes SL350. São as opções que o mundo automotivo oferece para quem gosta de carros!

E por fim, mas não menos importante, nosso vídeo da semana, que traz apenas mais um clássico do roc n' roll, para abrilhantar esse fim de post, com vocês, um trecho do show de 2011 em Curitiba, que eu fui, do Deep Purple!


Isso é que é um clássico! E digo mais, show de Rock em teatro funciona muito bem. Abraços à todos!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A grande depressão é pior do que os pequenos vales?

Sim, a quebra da bolsa de NY em 1929 é conhecida como o início da grande depressão, depois ainda tivemos a crise do petróleo, a década chamada de perdida nos anos 1980, a superinflação e alguma estabilidade política até chegarmos a crise de 2008. Pois bem, o que realmente te prejudica? Todas as crises econômicas cíclicas que assolam o mundo, de maneira previsível e natural, ou aqueles momentos em que você se vê cercado de problemas? Não importa se estamos falando só de dinheiro ou não, o que nos interessa é que, de forma egoísta, o que nos prejudica são os nossos problemas, não os dos outros.


Claro que muitos empresários se suicidaram ao ver que do dia para noite tinham perdido tudo no final da década de 20. Assim como tivemos muitas histórias tristes que foram causadas pela crise imobiliária dos Estados Unidos. Já falamos muito sobre cada uma delas aqui no blog, e percebemos que para que algo dê errado é necessário uma série de fatores, e não apenas a vontade de dois ou três. Antes de você afundar numa dívida é preciso que alguém lhe convença a contraí-la.

Mas voltando aos nossos vales, o que é fácil de perceber é que os simples problemas do dia a dia não esperam e nem dependem das condições econômicas da sociedade, eles são agravados ou não por eles. Quem nunca ouviu dizer que crises são ótimos momentos de oportunidade para empreendedores e inovadores. O que me dói é perceber que no Brasil o empreendedor tem sido facilmente transformado em aproveitador. Nenhum crítica direta às pessoas que pensam em como tornar a sociedade um lugar melhor, mas você sabia que há pessoas que cobram caro para depositar um cheque na sua própria conta e lhe sacar o dinheiro? Sim, é mais uma das formas de agiotagem sem escrúpulos que vemos por aí.

O planejamento é capaz de atravessar a crise, mas não tanto a ponto de não deixar marcas. Você já deve ter pensado ou dito muitas vezes, não posso comprar isso, não posso gastar nada hoje. Sim, quando você admite que não tem condições, naquele momento, de fazer algo que certamente tinha vontade, é um passo importante e que não deve ser tratado como fraqueza ou vergonha. Eu nunca tive vergonha de dizer que preciso economizar. Todos precisamos de vez em quando. E há momentos que até o futuro é incerto, por mais brilhante que ele seja, não há como gastar conscientemente hoje aquele dinheiro que você não têm.


Um dos grandes problemas da sociedade é que os bancos nos fazem achar que temos crédito sempre, até quando sabidamente não temos condições de pagar. O importante é fazer-nos acreditar que está tudo bem, sempre. Mas não, às vezes não está mesmo. Às vezes estamos atravessando pequenas crises de pequenos gastos, mas que se não forem fortemente administradas podem virar uma bola de neve de proporções desastrosas.

Mesmo que a crise seja apenas um vale, e que você saiba que no fundo está sentado numa montanha de dinheiro, não vale abrir mão de algumas bobeiras em nome daquilo que você sempre se acostumou? A reserva é seu trunfo mais poderoso, é aquilo não que faz você poder continuar comprando cervejas caras, mas aquilo que faz com que você não precise se preocupar nas horas que realmente importam, como comprar um remédio para o seu filho.

Por mais que você se sinta dono da razão e blindado contra problemas financeiros, por mais que você ache que contigo nunca acontecerá, por mais que você seja adepto da filosofia viva o momento. Cuidado, os vales sempre virão. Eles são uma forma de lhe manter esperto, de te manter no caminho certo, de testar seu poder de sobrevivência nas mais diversas situações.

E não é o fato de planejar que faz com que você sobreviva sem arranhões, economizar é preciso, pensar antes de comprar é necessário, dizer não é parte do dia a dia e sempre será.


Os pequenos vales são muito piores do que as grandes crises, pois nós vivemos nos preparando para o apocalipse, mas nos esquecemos de prever os tropeços.

E no ensaio de hoje, mais uma daquelas famosas sessões de carros dos sonhos, do Opalão 74 de câmbio na coluna, passando pela BMW Z3 98, até um Jipe Suzuki Vitara 92 para descontrair. Alguns podem pensar que carros assim são sonhos plausíveis demais, e até são, dois deles se compram com menos de 20 mil reais, mas a grande questão é que não são carros como os que compramos por 20 mil hoje em dia. É um conjunto de decisões, que deve ser pesado muito acima da emoção, portanto eles virão, mas no momento certo.

E por fim, o vídeo reflete o que escutei para escrever o post, sem muitas palavras, vale curtir um Def Leppard.


Alguns mais velhos podem lembrar de uma velha versão do yahoo (que também é um nome de banda), mas essa é a original.

Obrigado galera!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Classes sociais e a velha guerra política.

Em certas horas eu paro e me pego pensando qual a motivação por trás do poder. Sim, porque simplesmente ter a capacidade de prejudicar pessoas não pode ser razão para tantas pessoas viverem dessa forma. O mundo está em guerra, e não há mais um lado bom e um lado mau, o que vivemos hoje é que pessoas defendem o seu ponto de vista, acima até mesmo da vida de outros.


Para você que saiu um pouco do face e acompanhou o resto do mundo, deve ter visto o tiroteio promovido por terroristas em um shopping de Nairóbi, capital do Quênia. O empreendimento de luxo, frequentado por autoridades, políticos e turistas abastados, foi alvo da ação de 16 homens fortemente armados, que promoveram 4 dias de ataque e troca de tiros. O ataque foi assumido pelo grupo denominado Al Shabaab, e alguns especialistas afirmam que o ataque, além de ser uma resposta as ações do exercito queniano contra bases do grupo, teria como objetivo chamar atenção para a nação vizinha, Somália, país instável politicamente e falido economicamente. O lugar foi escolhido justamente pelo seu padrão e o fato da notícia ganhar proporções internacionais.

Não estou aqui para defender ações ou retaliações, mas o fato é que o mundo enfrenta um momento de incerteza, sobre quem está certo ou errado com relação ao seu próprio caminho. Está certo matar pessoas inocentes, que com muito custo, conseguem aproveitar alguns bens e serviços mais elitizados? Não! É claro que não está certo. Mas também não estaria errado, enquanto muitas pessoas vivem com menos de 300 reais por mês, para sustentar uma família, políticos e grandes empresários passarem com seus helicópteros sobre as nossas cabeças, torrando o dinheiro, muitas vezes público, por se acharem tão superiores assim? Sim, os 10% mais ricos de nosso país, fazem o sacrifício de viver com uma renda média de mais de 18 mil reais por mês.


É um país dividido, entre poucos que ganham muito, muito mais do que você possa imaginar, e uma imensa maioria que ganha pouco, muito menos do que você está acostumado. Mas o que é certo, abrir mão de tudo que lutamos tanto para conseguir? Eu defendo a honra do trabalho, se tudo que você conquistou foi com o seu esforço, não importa se você anda de carro importado, você trabalhou para isso. Mas o que vemos por aí é uma massa de tomadores de carona, ou até mesmo vigaristas. Por que o deputado precisa de uma verba de 20 mil reais para aluguel de carro de luxo, se o trabalhador, quando muito, vai de 1.0. É preciso ser otário para não enxergar que o mau uso das verbas é generalizado! É preciso ser estúpido para não ver que a classe política está levando você e eu à falência!

O meu imposto vai para a Itália, enquanto o político anda de Ferrari na avenida Batel. E o pior, em algumas ocasiões o meu imposto mata, como no acidente do deputado Carli Filho. Que até hoje os figurões da política do estado escondem os outros coadjuvantes do ocorrido. Em uma ocasião posterior, a Pajero Sport de outro político, conduzida pelo filho playboy, acerta em cheio e causa nova tragédia ali mesmo, na tal avenida Batel.


O gosto do poder deve ser muito embriagante, pois faz as pessoas perderam a razão de uma tal maneira, que passam a não enxergar mas a vida como uma dádiva, porém frágil, e sim como o personagem de um famoso jogo de vídeo game que já chega a sua 5ª edição. Será que não é hora de repensar? Será que ao sair do cinema, logo depois de ter visto Velozes e Furiosos, você não pisou mais forte no acelerador?

Eu gosto de carros, gosto de jogos, gosto de cervejas caras e gosto de me divertir, mas sinceramente, não sei onde isso tudo pode parar se não gostarmos também da vida, da nossa família, dos nossos amigos. Como dizem os novos anúncios do trânsito, seja você a mudança. Passe a respeitar as regras simples, tenha mais cautela e pare de achar que é o dono da razão. Pois você não é!

O ensaio da semana é uma sugestão de carros que eu, se tivesse poder para isso, padronizaria para utilização de políticos. Se nós gastamos tanto para ter um carro assim, por que eles merecem mais? Com certeza eles vão comprar, desviando algumas verbas, carros melhores para usar quando não estão em jornadas oficiais, mas seria mais justo vê-los trafegar nos bons e básicos nacionais! Gol G4, Uno e até um certo luxo com o Classic. E olha que estou colocando carros zero, melhores que os meus!

E o vídeo da semana, para descontrair, vamos de um clássico nacional, que abriu o palco sunset no RiR, no dia do Metallica, com você, Dr. Sin!


Qualquer problema com o link é só clicar aqui.

É isso aí pessoal, o meu muito obrigado, como sempre! Forte abraço!

sábado, 21 de setembro de 2013

Conduta, a sua vida em risco.

Há poucos dias li uma reportagem sobre a adulteração do leite e as fórmulas usadas para isso. Visando um aumento ilícito do volume do produto, alguns produtores misturavam produtos químicos no leite e revendiam uma produção maior. Marcas que com certeza você já viu no supermercado, e talvez até tenha comprado. Agora eu me pergunto, se alguém é capaz de adulterar um alimento como o leite, que alimenta até crianças, o que mais é possível fazer por dinheiro?


Infelizmente a conduta de alguns seres humanos põe em risco diariamente a vida de muitos. Desde adulterações em alimentos, utilização de produtos cujo mal à saúde é desconhecido, ou às vezes utilização cujo mal à saúde é totalmente conhecido. Não querendo levar carona no rato da coca cola, mas é bom dizer que refrigerante é um dos "alimentos" que mais faz mal à saúde. Ao invés de ficar vendo besteiras no Youtube, ou no Face, faça uma busca no Google e se surpreenda com a quantidade de coisas que você consome todo dia que podem te matar, no longo prazo, é claro.

Mas voltando ao caso das adulterações, como forma de trazer a economia ao assunto. Não é incomum aparecer nos jornais, casos de pessoas que adulteram produtos, que fraudam seus clientes em busca de um lucro maior. E isso vale para muitas coisas, até mesmo para uma empresa que negligencia a manutenção de seus automóveis, colocando em risco a vida de motoristas e de todas as pessoas lá fora. Ou ainda, a pressão por resultados e horários, que afeta o psicológico das pessoas, as fazendo crer que podem ganhar o tempo ao pisar mais fundo no acelerador. Quando o que podem ganhar com isso é o descanso para toda a eternidade.


Ganância, um mal que vêm atrelado à conduta, que pode sim pôr muitas vidas em risco. Se não por dinheiro, por status, mas o mundo está cheio de pessoas que abrem mão de uma consciência tranquila, de uma vida simples e honrada, em troca de um dinheiro que nem elas sabem onde usar. Dinheiro, o dinheiro que estupidamente se usa para financiar um carro caro, dando assim muito dinheiro aos bancos, somente em troca do status. E sim, eu falo que é somente, pois o mercado de automóveis tem a opção certa para cada tipo de bolso e cada perfil de cliente, mas as pessoas não estão preocupadas com isso, mas sim com o status de ser igual ao cara da propaganda, e só.

O planejamento é algo lento e que necessita de ajustes ao longo do tempo, eu defendo que é possível ter uma vida boa sem ganhar rios de dinheiro, e principalmente, se apelar para ganhar vantagens às custas dos outros. Eu confesso que já me senti ajudado por situações do cotidiano, e tenho comigo que em alguns momentos é até natural sermos privilegiados, mas isso são coisas que acontecem ao acaso, não que fazemos acontecer premeditadamente com má intenção de prejudicar alguém.


Ainda fechando em conduta, são as nossas ações que determinam quem somos, eu sei que estou longe de ser admirado por todos, mas o que as pessoas vêem é o que eu faço e falo. Assim como a sua conduta, o que você faz e fala é o que as pessoas usam para lhe julgar, e elas vão julgar, o mundo é assim. Por isso, pense bem na sua conduta, pois o que vale de verdade não é aquilo que você têm, mas a forma como você age.

E no ensaio da semana, eu que sempre fui a favor dos discriminados, resolvi fazer uma pequena homenagem à três sedãs pequenos, reconhecidamente bom carros, mas que sofreram com a rápida evolução de seus modelos para categorias mais sofisticadas, deixando assim os seus usados com uma baita desvalorização no mercado. E são eles, Fiesta Sedan Street, Clio Sedan, e mais recentemente, Prisma.

Fechando com Rock, apesar de eu ter achado sua performance no Rock in Rio meio duvidosa, após 25 anos a voz do cara não é mais a mesma. Para relembrar os grandes momentos de Sebastian Bach, vamos de Skid Row!


É isso galera, o meu muito obrigado e até a próxima!