Se tem uma coisa que eu não costumo fazer é falar sobre meus próprios investimentos. Eu dou bons exemplos de um mercado que é capaz de agradar a qualquer perfil de pessoa que queira mais do que apenas uma fatura de cartão de crédito no final do mês. Mas é engraçado como, quando eu falo para alguns que é relativamente fácil fazer uma operação de bolsa de valores render 10% em uma semana, e digo que esse lucro pode representar uns 50 reais, algumas pessoas acham graça. Acham que é pouco. Aí eu paro e fico pensando, essa mesma pessoa é aquela que ficou feliz por ter conseguido parcelar uma pequena reforma. Então quem está errado? Aquele que se orgulha de ter ganho 50 reais limpo em uma semana por ter comprado e vendido ações na hora certa, ou aquele que não tem 500 reais na mão quando precisa? As pessoas precisam comemorar mais, precisam festejar os pequenos ganhos e não as perdas que não enxergam.
Família Galaxie / Landau - Preço médio de 40 mil reais.
Segundo estudos dos institutos de pesquisa econômica, a classe mais baixa é que sofre mais com o aumento da inflação. Pois os grandes vilões do bolso atualmente são os alimentos, e estes representam um percentual muito maior do salário de uma classe D e E. Enquanto a classe A (leia-se famílias com renda mensal superior à 16 mil reais) gasta cerca de 8% de sua renda com alimentação, esse número é de mais de 20% na classe D (famílias com renda até 3 mil reais por mês). Portanto, a leitura é que as pessoas que gastam menos sofrem com o aumento daquilo que mais precisam. E vocês sabem qual é um dos motivos do aumento do preço da carne? Pode parecer piada, mas a culpa é da crise americana. Sim, tudo está ligado. O encarecimento dos custos nos EUA representa um custo maior na produção de milho, importante commodity cujo país que concentra a maior produção mundial é capaz de controlar, portanto a ração está mais cara. Tudo está ligado.
O povo em geral não desaprova a baixa dos juros, de certa forma nem eu mais o faço, mas uma coisa é certa. Os juros caíram para o povo num impacto e proporção menor do que para o governo. Os gastos do governo com a dívida pública, e não estamos falando de títulos do governo, estamos falando dos contratos firmados a juros altos entre nossas prefeituras e governos estaduais, para prover obras de infra-estrutura (ou para chamar a atenção do eleitorado como eu prefiro dizer), estes contratos estão sugando boa parte do orçamento de cidades e unidades da federação. Muitas vezes são dívidas que passam de gestão para gestão, sem nunca se resolver. O obra já está deteriorada, a melhoria já requer um novo começo, e o poder público é que arca com o problema. As dívidas dos estados e municípios está em patamares absurdos, graças a muitas besteiras eleitoreiras e pouco foco nos problemas que a população precisa que sejam resolvidos, como saúde e segurança.
Série Dodge dos anos 1970 - Chegam até 70 mil reais.
É hora de vender quando todo mundo só precisa comprar, é hora de comprar e a máfia torna os vendedores particulares meramente vítimas de um mercado que não abre brechas. Estamos falando de dois mercados bem diferentes, mas que representam os dois sonhos primordiais da vida do cidadão brasileiro. Carro e casa.
Estudos recentes apontaram que o mercado paranaense de imóveis está com uma bolha formada, sem data para estourar, mas com preços irreais e nada sustentáveis. Onde está a novidade? Só quem é louco ainda não percebeu que o preço dos imóveis de Curitiba passou dos patamares da sanidade a muito tempo. Se você tem uma casinha num bairro afastado do centro, venda. Venda porque este é o momento em que ela vale mais, salvo se você irá esperar toda a civilização chegar até um lugar que nem luz e água possuem, venda tudo que você tiver, mude-se para a praia enquanto ainda dá. Mas é lógico que casa não é um bem tão líquido ou facilmente acumulável assim. Ninguém tem casas sobrando, pensando no que fazer. Até porque o custo de manutenção é alto. A questão é que o momento é crítico para quem quer comprar um imóvel.
De outro lado, o preço dos automóveis novos e os descontos nos impostos transformaram o mercado de automóveis usados numa terra de ninguém. As mesmas lojas que pedem mais de 10 mil reais por um Gol quadrado básico, lhe oferece misérias pelo seu semi-novo completo e em bom estado. Para depois revender o seu automóvel com plaquinha de impecável com preço acima da fipe. E vender um carro no particular tornou-se uma atividade tão arriscada e perigosa que a maioria das pessoas normais simplesmente não pensam nessa hipótese. Eu não vou gastar 20 mil reais num carro simples, sem graça, pequeno, que não vai me satisfazer como eu (entusiasta do mundo dos carros) quero e preciso. Mas até comprar um Fusca hoje em dia está difícil. Sem desmerecer, Fusca é um clássico, mas um carro que teve mais de 3 milhões de unidades vendidas no Brasil, que é reconhecido por sua durabilidade e confiança, será que é tão raro de encontrar hoje em dia? Não. Estamos vivendo uma bolha também no mercado de Fuscas.
Um Corvette Sting Ray pode superar os 150 mil!
O preço médio dos automóveis antigos estourou nos últimos anos, hoje em dia um Opala por menos de 10 mil reais é carcaça. Carros como os que costumam figurar os ensaios semanais são quase além da imaginação. Mas enfim, não há o que fazer a não ser se concentrar naquilo que quer, usar da melhor forma aquilo que se tem e respirar fundo.
Para fechar com Rock, eles que são paranaenses, cujo guitarrista é meu vizinho e amigo pessoal, clássico da música brasileira, com vocês, Blindagem!
Esse vídeo é Foda! Abraços galera!!!
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