sábado, 29 de dezembro de 2012

Balanço Anual

Se o Natal é uma época de família, presentes e confraternizações; o Ano Novo é o momento das reflexões, momento de se perguntar como foi o seu ano e fazer um balanço do que deu certo ou nem tanto. Sei que tenho sido revoltado demais em algumas palavras, sei que tenho tentado impor meu modo de pensar como sendo o único caminho a seguir. Mas sei também que 2012 foi um ano bom para o Rápidas, apesar de saber que nem todos os acessos são para ler os posts com calma e atenção, os números do blog me motivam a escrever cada vez mais. E é como eu já disse outras vezes, se uma única pessoa ler e achar útil ou interessante, todo o esforço já terá valido a pena.

                                                        Polo Sedan 2004, completo + Rodas.

Qual momento da economia estamos vivendo agora? Ainda estamos em crise? Acredito que um post de final de ano é bom para falar sobre esses assuntos. É importante sabermos que a derrubada dos juros desde o início do ano levou a uma onda de consumo não tão alta quanto se esperava; por outro lado nós vemos os resultados parciais dos bancos tendo como vilão a velha conhecida PDD, que fez derrubar o lucro e irá certamente impactar os anúncios de janeiro e fevereiro próximos. O Brasil crescerá, com muito esforço, algo em torno de 1% em 2012, um número que não é digno de ser usado em nenhuma campanha eleitoral. E posso dizer sim, que ainda estamos em crise, mas que ao analisarmos a história vamos descobrir que a grande diferença desta crise é que nós estamos vivendo ela. Crises sempre houveram, sempre derrubaram grandes corporações, criaram outras e sempre passaram, o avanço da mídia é que torna as coisas tão alarmantes.

Na verdade o que vemos hoje é apenas o reescrever ininterrupto da Teoria do Desenvolvimento Econômico de Joseph Alois Schumpeter, um dos maiores economistas da primeira metade do século XX (apesar de ser formado em direito; naquela época os grandes economistas se formavam pelas obras e pelo seu impacto na sociedade, só depois passamos nós, os pobres mortais, a estuda-los em cursos de economia). Teve grandes obras relacionadas ao desenvolvimento, mas esta teoria citada acima foi a que mais me chamou atenção, justamente pelo fato de estar completando 101 anos de publicação e ser tão atual. Ela fala sobre crise, sobre como os impactos na economia criam negócios que surgem das dificuldades e passam a ser adotados como um padrão e como nós temos que vive-las para podermos evoluir. Sempre tive facilidade para escrever e dificuldade para ler, acho que meu problema é paciência, mas sei também que bons conteúdos prendem a atenção de seu público, e é lá que pretendo chegar, objetivos definidos.

                                                        Renault Logan 2008, básico.

E falando em objetivos, também ótimo tema para post de fim de ano, como andam os seus planos? O que você quer de 2013? Viver em sociedade nos dá exemplos diários do que fazer, e do que não fazer, vejo histórias bem sucedidas de amigos que compraram automóveis, novos ou usados, financiados, e que com uma ajudinha inesperada (um processo, um bônus, um prêmio, etc) quitaram seus automóveis e hoje tem em mãos a mesma moeda de troca que eu, um carro sem dívidas. Assim como vemos por aí pessoas que compraram um carro financiado, passados dois anos foram a uma concessionária e refinanciaram dando o carro por, digamos, nada, e assumiram uma nova dívida. 2 anos a uma parcela de 500 reais, uma média bem razoável, essa pessoa simplesmente perdeu cerca de 12 mil reais. Não podemos ser tão exagerados, houve sim a utilização do automóvel e há a questão da depreciação que provavelmente comeria parte desse valor de uma forma ou de outra. Mas um dia desses foi até engraçado, fui a uma loja de carros (pátio de semi-novos de uma grande concessionária) e dei uma aula de economia ao vendedor, provando para ele que se eu optar por um automóvel de categoria superior, mas num preço que eu possa pagar à vista, além do preço de revenda ser mais estável (para carros que já passaram da idade de maturação do mercado), a ausência de parcelas mensais me deixava livre para investir na manutenção sempre em dia e em acessórios de conforto e beleza. O que isso tem a ver com planos para 2013? Não sei, foi só um pergunta, lembrei da historinha dos carros e achei mais legal contá-la.

Por fim, o que esperar do ano que se inicia? Muito provavelmente o governos inventará alguma coisa ligada ao IPI, mantendo o corte ou reduzindo ainda mais, porque o povo não está comprando carros o suficiente. Isso afeta o mercado de usados, mas de uma forma simples, cai o preço do que vou vender, cai o preço do que vou comprar. Se a inadimplência mostrar um pouco de redução, talvez os bancos repensem seus números absurdos de PDD e passem a gerar resultados mais animadores. A crise acabará? Bom, o que vemos na Europa é que os países caminham para uma recuperação calma e sadia, com planejamento e comprometimento. Se o Brasil tiver o compromisso de gerar renda justa para todos e não apenas renda estratosférica para seus corruptos, temos grandes chances de ter um país melhor.

                                                        Corsa 1999, 4P excelente estado! 

No ensaio da semana, três carros para não se endividar. Na foto acima, minha dica para aqueles que querem o seu primeiro carro e conseguirão juntar 10 mil reais, não dê entrada, compre à vista um carro de 10 mil e troque ele daqui a um ou dois anos, o valor de mercado que ele perderá será igual ou menos do que o juro que você torrará financiando um mais novo. E a segunda dica é justamente na troca, duas opções na casa dos 20 mil, mudando apenas a categoria, visão de mercado e o ano.

No vídeo da semana, mais uma daquelas grandes bandas que nem todo mundo conhece, dos anos 1980. Para fechar o ano, Home Sweet Home do Möntley Crue!


É isso galera, bom fim de semana e feriado à todos, muito obrigado e até a próxima!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Presente de Natal

A ideia hoje é discutir algo muito comum nas datas comemorativas. Quanto deve custar um presente?

Eu gostaria de começar com a premissa que irá conduzir o tema do post. Nenhum presente vale uma dívida!


Todo ano é a mesma coisa, com a chegada das festas, o clima de natal e a entrada do 13º salário, muitas pessoas se sentem os próprios papais noeis e cometem algumas insanidades em nome do sorriso de alguns, que muitas vezes, não o valorizarão. Antes de continuar é preciso deixar bem claro que o post de hoje não é um manifesto contra a cultura de presentear ou ao viés comercial da época, apesar de eu não ser o maior fã do estilo, eu entendo, respeito e também faço parte da arte de presentear pessoas.

O fato é que muitos costumam gastar valores que superam em muito suas condições financeiras. valores que irão certamente comprometer o equilíbrio de início de ano de muita gente. Não podemos esquecer que as contas de começo de ano não perdoam, e se você não souber encara-las de frente e liquida-las de cara, elas o perseguirão ao longo do ano todo como aquele maldito parcelamento do iptu e ipva que você considera a coisa mais normal do mundo. Pois eu lhe digo, entenda que o Brasil se apropria de uma parte absurdamente grande do que você acha que é seu, então não adianta enrrolar, parcelar, deixar vencer. Pague logo suas dívidas e viva de acordo com suas possibilidades.

É preciso tomar muito cuidado para não se deixar levar pela propaganda. Até mesmo as emoções mal interpretadas no seu convívio familiar ou social podem fazer com que você se afunde em parcelas impagáveis. Presente bem dado é aquele que se dá com o coração e se compra à vista. Quando digo à vista até abro um pequeno precedente para o uso do cartão de crédito, para quem aprender a conviver com aquele pedaço de plástico que é a mais pura enganação, não vejo problema nenhum em fazer uso de tal ferramenta quando o objetivo é equilibrar um período de um ou dois meses.


Mas presente de verdade se compra à vista porque é a representatividade de que você pode fazer o que se propõe. Aquele que se endivida em nome de um presente a alguém já entra em cena com uma mentira. Fingindo ser quem não é, fingindo poder aquilo que não pode. Sempre fui e seri contra a dívida, mas até acho que ela é justificável quando falamos da compra de uma geladeira para sua própria casa, para a compra de um móvel em substituição a algo que já passou dos limites. Agora endividar-se para comprar um celular ou um desses tablets, que são a sensação do momento, para dar de presente a alguém, primeiro que perde-se o sentido ao dar-se um presente que é baseado no status do possuir e segundo que é um gasto impensado. Sou contra todo tipo de presente altamente tecnológico ou que represente que aquela pessoa é mais ou melhor meramente por ter algo.

Sou a favor das conquistas, do celular comprado com sua própria poupança, das inovações que você pode ter, na hora em que pode pagar. É muito diferente daquele casal que planeja a compra da sua nova televisão. Essa imagem de natal é quase uma disputa pra dizer quem dá os melhores presentes. Aliás, como já deixei bem claro aqui, sou contra qualquer disputa de natureza econômica. Desde os acessórios mais banais até o clássico, meu carro é melhor que o seu. Na minha opinião a mais estúpida de todas.


Já provei por, quando digo isso tenho total convicção, de que carro é personalidade. Não importa o quanto você gastou mas sim o que ele representa para você. Se você é das pessoas que acham que carro é só um meio de transporte, compre um Uno, e eu digo isso porque já tive. Agora se você é uma pessoa normal, que se deixa levar por marcas, modelos, propagandas, cores e outras táticas engana trouxas, bem vindo ao mundo real e caia na real que você não é melhor do que ninguém.

Diga não às ostentações, principalmente nesta época em que o que deve contar é a simbologia. Presenteie sim, mas dê coisas que vão marcar um momento, um sorriso sincero de quem sabe que o que importa é ser lembrado.

Diga não à dívida, guarde a moeda para o momento certo de fazer a aposta. E esse momento não é agora.

No ensaio da semana, velhas lembranças de carros que não eram os mais novos, não eram os mais caros, mas tinham personalidade e chamavam atenção onde passavam.

No vídeo da semana, mais um boa para relaxar, do mestre da guitarra, Satriani. Quem estiver com paciência pare um pouco e assista, mas assista com calma e principalmente com alma. Sinta o que um bom riff pode fazer por você nos momentos de stress e saco cheio.


Abraços, ótimo natal à todos e muito obrigado!

sábado, 15 de dezembro de 2012

A guerra política e o poder da mídia.

Desde que comecei a escrever que tenho comigo que os blogs tem a função de distrair, de tornar assuntos sérios mais fáceis de ler e assimilar. No meu caso, discutir algumas notícias em evidência e expressar minha opinião, é claro. Dar dicas de finanças pessoais, falar sobre música, sobre carros. É isso que somos, é isso que fazemos. E cada post ajuda a refletir os momentos pelos quais seus escritores passam, há muito mais implícito nos parágrafos além do seu assunto principal. E não somente nos blogs, mas nos artigos, nas matérias das revistas, nas apresentações de professores em sala. Tudo é reflexo do que se passa, tudo é reflexo de quem você é e como está vivendo. Mas enfim, vamos ao que interessa.


Na semana passada comecei a falar sobre a guerra política que se estabeleceu entre governo estadual e federal, tendo como base o assunto das tarifas de energia. E mais um vez eu digo que quando escrevo aqui tenho regras, e uma delas é não defender a minha preferência política, assim como não falo de futebol. Pois bem, falei que o que o Brasil precisa é de um povo mais pensante, e não apenas de um lado que defenda o corte de energia como a solução para a retomada do crescimento, enquanto o outro lado é contra porque isso iria afetar os lucros, que já são bem altos, que o empresariado está acostumado.

A questão é que o governo federal passa por um momento crítico, estamos no meio de um mandato que antecede uma campanha de reeleição e o Brasil ainda não mostrou resultados extraordinários. Cortamos os juros, estimulamos o consumo, cortamos o IPI por muito mais tempo do que havíamos previsto e até criamos sobretaxas para automóveis vindos do exterior. É fácil entender que o objetivo é fazer pobre comprar carro, porque a industria automotiva é e sempre será o carro chefe das economias desenvolvidas, e de alguma forma, não investir, mas proteger minimamente a industria nacional. Quem sou eu para dizer que poderia fazer melhor, mas o fato é que num país como o Brasil as vertentes políticas precisam escolher o que fazem, pois tudo não dá para fazer.

No âmbito estadual, o governo deu uma declaração nesta semana dizendo que o estado passa por uma crise financeira, logicamente pondo a culpa nos programas federais de redução de captação e repasses. A bola da vez é a tarifa de energia. E é essa a mesma desculpa que o governo usa para justificar a possibilidade de que a tarifa de ônibus em Curitiba cresça, e deve mesmo aumentar, a partir do início do próximo ano. Mas o que a prefeitura tem a ver com isso agora? O governo estadual dá um subsídio ao município para que a passagem de ônibus permaneça como está. Do contrário, as planilhas de custos das empresas apontam que a tarifa que manteria o serviço hoje é de 2,83. Ou seja, o governo federal impõe medidas que podem afetar parte do repasse ao governo estadual, que desconta em cima do governo municipal. A lei do mais forte, ainda mais quando o prefeito é "oficialmente" apoiado pelo governo petista. Digo entre aspas porque não podemos esquecer que esse mesmo prefeito é um ex-tucano.


Outro dado interessante, o estado está com dois projetos em andamento e discussão, um deles é a criação de 140 cargos comissionados em diversas secretarias, incluindo a criação de empresas para gerir programas específicos dentro do governo. E o outro é a aluguel de mais um avião. Sim, mais um avião para servir oficialmente o estado. O que é bem interessante se pensarmos que estamos no meio de uma crise financeira. E como eu digo aqui sempre, em qualquer momento de crise o que devemos fazer é limitar nossos gastos aos de necessidade. Pelo visto o estado necessita muito deste avião.

O que me deixa um pouco mais tranquilo é que pelo menos a super aposentadoria dos deputados foi arquivada, por enquanto, graças a mídia, que fez repercutir um pouco o assunto. A assembléia legislativa resolveu não decidir nada. O que já está de bom tamanho levando em conta o número de vezes que decidiram contra o povo.

Por fim, um comentário rápido sobre mais uma notícia. O grupo RPC e o jornal Gazeta do Povo compraram a Tribuna do Paraná, aquele famoso jornal popular que sai sangue quando é torcido. Segundo a diretora de jornalismo do grupo a tática é simples, queremos ganhar dinheiro dos pobres também. A Gazeta só é lida pela classe D aos domingos, aliás, o que eu acho engraçado é como a famosa "gazeta de domingo" é vendida a partir das 14:00 de sábado! De qualquer forma, o grupo avaliou que o seu publico tradicional eram as classes A e B, e como as demais classes estão num processo de ascensão muito forte na economia, é importante ter um produto que atenda-os. Por que não um que já está no mercado e já faz o sucesso por conta própria?


E sabem por que eu comecei o post falando sobre o estilo e função de um blog? Porque a mesma diretora de jornalismo deste grupo manifestou publicamente a sua opinião de que blogs independentes não possuem compromisso com a verdade, não gastam nada pois já pegam a notícia pronta nos jornais e não são fontes confiáveis. Pois bem, complementando o que disse no início, o blog é ferramenta para fazerem as pessoas pensarem mais! Cada jornal possui seus interesses e divulga notícias conforme esses interesses, e nós sabemos disso! É nos blogs que você encontra pessoas descompromissadas e sem o rabo preso, que vão falar o que pensam! Por fim, a Gazeta tem um projeto que pretende cobrar assinatura dos usuários do site, para "mostrar que a informação tem valor". Mas esse valor será 100% repassado aos jornalistas, que muitas vezes arriscam a vida pelo seu trabalho? Ou será mais uma jogada bem pensada para ganhar mais e mais dinheiro às custas do povo?

No ensaio da semana, rebaixados e clássicos.

No vídeo da semana, aquele que eu considero uma das minhas preferidas desses dinossauros do Rock N' Roll! É o tipo de música para sentir, para relaxar, acompanha muito bem uma Coruja Alba Weizenbock! Olha aí, dica de cerveja de brinde!


Valeu galera, obrigado aos seguidores, leitores esporádicos, aqueles que estão descobrindo o Rápidas e aqueles que já nos conhecem de perto!

Participem do blog, deixe sua opinião, crítica, sugestão. Sem você o blog não faz sentido!

Abraços!!!

sábado, 8 de dezembro de 2012

Baixo crescimento ou péssima distribuição?

Numa semana em que um dos grandes assuntos foi o resultado ruim dos números do PIB no terceiro trimestre de 2012, talvez seja uma boa hora para refletir sobre o que tanto pesa nesse número e porque a má distribuição de renda é um dos maiores problemas do país.


A grande justificativa para os 0,6% de crescimento do período, e das perspectivas serem que o Brasil cresça aproximadamente 1% em 2012, é que o resultados dos bancos, que foram impactados pelo juro mais baixo, refletiram de forma significativa. Pois bem, vamos pensar um pouco, a intenção de baixar os juros é clara e objetiva e estimular o consumo, e ao consumirmos demandamos produtos à industria. Se a industria não cresceu na mesma proporção, ou pelo menos não sustentou um crescimento mais relevante só temos duas justificativas. Ou a intenção de baixar os juros não surtiu tanto efeito nos consumidores, o que já sabemos que não é verdade, ou os ganhos abusivos do setor bancário ajudaram durante muitos anos a maquiar um crescimento baseado na verdadeira extorsão das classes menos favorecidas do nosso país. 

Gosto de usar o mercado automotivo como exemplo pois fica fácil entender. As lojas se aproveitam das pessoas que se encantam com aquele novo lançamento, e além do lucro que já levam no carro novo,  ainda pagam valores absurdamente abaixo dos de mercado pelos carros que o consumidor da em troca. Para depois obter mais 30 ou 40% de lucro em cima deste outro bem. Se muitas pessoas não percebem isso ao trocar um carro, como irão perceber ao pagar 2x e meia um empréstimo? Mas o empresariado, acostumado com a burrice do povo, nunca vai aceitar ganhar menos. Desde as "taxas administrativas" que aumentaram, até a famosa PDD, ou provisão de valores duvidosos, que é outra arma para encobrir o lucro real, o que precisamos no país não é somente um redução de juros ou um investimento brutal em infra-estrutura, o que precisamos de verdade é uma mudança de cultura. Nenhuma nação consegue ser plenamente desenvolvida enquanto for sustentada pela ambição de um empresariado que rouba nosso povo e dá em troca presentinhos, tal qual Portugal fez com os índios.


Outro dado rápido, nos últimos 5 anos as compras realizadas no crédito aumentaram 113%. A concessão facilitada e a propaganda são os principais responsáveis. São culpados de muitas famílias estarem endividadas e por vezes abrindo mão até mesmo da educação de seus filhos! Enquanto de um lado você vê escolas cobrando mais de mil reais de mensalidade para formar uma elite que é formada por famílias ricas e tradicionais, filhos dos que estão hoje no poder, e quando digo poder não é somente na política. São famílias que controlam as corporações que mandam na cidade. De outro lado vemos os clientes dessas corporações, pessoas comuns que precisam de produtos básicos, e sofrem com preços que muitas vezes não podem pagar. Você não tem problemas com dinheiro? Parabéns, mas garanto que em muitas coisas você paga mais caro sem saber o quanto é lesado.

E para fechar antes que fique chato ou longo demais, e faço questão de dizer que não é só uma questão de opinião mas sim de observação. Você acha coincidência que as três grandes companhias elétricas estatais, de economia mista, que foram contra o corte total na tarifa de luz prometida para 2013, são de estados governados pelo mesmo partido do senador que irá concorrer à presidência em 2014? O que era para ser uma medida em pról do crescimento, e até mesmo um micro mecanismo que melhora a distribuição de renda, acaba de virar uma declarada guerra política entre o partido que controla o país tão mal quanto o que quer assumir, de novo! Não há lado bom ou lado mal nessa história, o que há é um grupo que vive para o empresário, tomo de exemplo apenas a Copel, que tem uma situação financeira invejável, e diz que se preocupa com os resultados se concordar em renegociar seus contratos em mais 4%. E de outro lado o grupo que faz a pose de amigo dos pobres, baixando a conta e os juros pro povão, que é burro, imaturo e sem planejamento, continuar se afundando mais.


Repito, o que esse país precisa não é de benefícios para os coitadinhos e muito menos de leis que favoreçam as grandes corporações a ganhar mais e mais. O que esse país precisa é de pessoas capazes de pensar no melhor para o todo. O que precisamos é de mudança de cultura, precisamos que as pessoas que acham que são melhores que os outros se lembrem que precisam tanto do próximo quanto de si mesmas. Mas no fim das contas, o que sabemos é que um número inexpressivo de pessoal vai ler isso e desse número ainda haverão aqueles que não entenderão por estarem preocupados com o seu mundinho.

Sei que me viro bem com o que ganho, seria injusto reclamar sendo que sempre defendi que o que importa não é o quanto se ganha, mas o quanto se gasta. Algumas injustiças empresariais me fazem refletir e me desanimar. Mas logo depois vêm a prova de que quem muito ganhar sem saber administrar não vive para aproveitar, vive para pagar o custo da sua própria burrice!

Ensaio da semana, grandes carros, grandes clássicos, para quem entende.

Vídeo da semana, uma das melhores músicas do melhor unplugged já gravado. O melhor para quem não faz parte da modinha, o melhor para quem entende e sente a música!
Abraços, boa semana a todos e muito obrigado!

sábado, 1 de dezembro de 2012

13º salário, o que fazer com ele?

Eu sinto que não é a primeira vez que vou abordar esse tema, mas de um ano para outro muita coisa muda, e no nosso caso a economia mudou bastante. Juros baixos, consumismo, investimentos rendendo menos, o que podemos fazer para aproveitar ao máximo esse extra de fim de ano? E além disso, breves reflexões sobre novos estudos e eventos da semana.


Pobres mortais, assalariados, costumam ter no fim do ano o 13º salário, uma espécie de bonificação por tudo que trabalharam ao longo do ano. Tenho quase certeza que, se não hoje, ao menos há alguns anos, esse dinheiro tinha como destino certo os presentes e festas de fim de ano. Hoje em dia, felizmente, muitas pessoas já estão avaliando melhor o valor das coisas e vendo que "torrar" tudo pode custar bem mais caro no começo de um novo ano.

Início de ano é uma invasão de contas e impostos que costumam pegar muita gente de surpresa, apesar de ocorrem sempre. Quem adquiriu um imóvel descobre o seu IPTU, para os motorizados de primeira viagem é o IPVA, para os pais as escolinhas, material escolar e taxa de rematrícula, enfim, quase todas as pessoas comuns tem compromissos de começo de ano. E é justamente no 13º salário que devemos nos proteger. É ao receber guardar numa poupança ou fundo de investimento de renda fixa que vamos ver como as contas ficam bem mais leves e o ano novo começa tranquilo com uma folga até para planejar. Alguns podem se perguntar como darão os presentes de natal e farão as festas. Em primeiro lugar, já não é de hoje que a responsabilidade das festas não precisa ficar com uma pessoa só. Se você banca uma festa para os outros é porque pode, se não pode divida, se não dá certo cancele! E presentes são sempre especiais aos olhos de quem ganha, quem se preocupa com o preço das coisas não da valor ao ato, e definitivamente não sabe sequer o que significa Natal.


As regras do 13º são claras. Se você tem dívidas, pague. Se você não é rico, guarde. Se não fará falta nenhuma, gaste! Mas saiba gastar, invista em você e em sua família. Compre coisas que tenham significado, de boa qualidade, que façam jus à qualquer investimento, que nunca façam você se arrepender. Viagens são um modo muito marcante de passar bons momentos ao lado das pessoas que amamos. Mas lembre-se, faça isso sem comprometer sua saúde financeira. De nada adianta sair por aí querendo aparecer e fazendo coisas que você farão você concluir que atrasar a conta de luz ou água um mês não fará problema. Fará sim! Pois no primeiro mês você percebe a sobra e nos demais continua na mesma, com contas vencidas eternamente. Acredite, isso não é normal, e ninguém pode se sentir bem por isso!

É engraçado que num país onde 52% das pessoas que vivem nas capitais vive com até dois salários mínimos mensais, num país onde menos de 38% da população constituiu o hábito de guardar dinheiro, seja o mesmo país onde vereadores ganham mais de 10 mil reais por mês e cogitam discutir a aprovação de auxílio terno para eles mesmos, o mesmo país onde há estradas pedagiadas cujo trecho custe 1,60 e outros custe 14,60! A diferença de preço justifica a qualidade? Não. Até acho a BR277 no trecho Curitiba - Paranaguá como a melhor estrada do Paraná, mas nada que justifique o abusivo valor que estão cobrando. Não é justo, não é necessário, não é aceitável! E a julgar pela quantidade de políticos envolvidos com as empresas que administram esses pedágios, não é difícil de entender como ninguém explica esse valor tão alto.


Aliás, esse é mais um ponto de extrema importância, até quando continuarão achando que o povo é trouxa? Lucros abusivos, desvios de verbas, auxílios e benefícios sem o menor cabimento! Sabe até quando isso vai durar? Até mudarmos a cultura do "se fosse comigo eu não reclamaria". Diga não há corrupção! Diga não aos favores por trás dos serviços! Diga não ao pagar um por fora! Isso é errado, sempre será, e ninguém deveria se sentir bem com isso.

No fim das contas esse será mais um manifesto isolado, silencioso, que irá ficar jogado com todos os outros, famosos ou não, que gostariam de ver esse país mais igualitário, mais justo.

No ensaio da semana, mais imagens da série, dia a dia.

No vídeo, uma banda famosa de Ska Punk, muito popularizada no mundo do Surf. A banda está em atividade até hoje, mas seus grandes sucessos e seu auge foi anterior à 1996 quando o vocalista de lider da banda morreu de overdose de heroína. Curtam, Sublime:
Espero que tenham gostado do post, até a próxima! Abraços!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mas é que eu ganho pouco...

Dia após dia mais pessoas se perguntam os motivos pelos quais não conseguem estabelecer um bom equilíbrio financeiro, e para muitas dessas pessoas a resposta é dizer apenas que ganham pouco. Mas será que é assim mesmo? As pessoas ganham pouco ou estão querendo um padrão de vida acima do que podem pagar? Bom, de certa forma as duas coisas são iguais. Ganhar pouco é não poder manter o padrão de vida que gostaria, mas usar isso como desculpa para não fazer nada ou só reclamar é que está errado!


Felizmente há uma ferramenta matemática capaz de ajudar a todos nós, basta saber usa-la. E ela se chama, porcentagem! Quando convertemos nossa renda familiar em 100% fica muito mais fácil descobrir onde gastamos mais, onde gastamos errado e onde podemos fazer sobrar. E a mágica da porcentagem é justamente o fato de não importar o quanto se ganha, é tudo 100%!

Se me perguntarem se hoje eu acho que ganho bem eu direi que não. Se me oferecerem um aumento de 50%, aí direi que ganho bem? Continuarei dizendo que não. E no inverso, se me perguntarem se ganho mal eu responderei que não. Se cortarem meu salário, bom aí o bicho vai pegar! Mas mesmo assim não poderei dizer que não posso sobreviver. Pois até muito pouco tempo atrás eu e minha família vivíamos com menos. E quais são as dicas básicas para viver bem com aquilo que se tem na mão?

Basta não querer ser mais do que se pode, ou alguém que não se é! O erro primário das pessoas que passam a ganhar um pouco mais é comprometer seu aumento com uma parcela! Perceba e se reavalie, quantas pessoas você conhece, se não você mesmo, que aproveitou um aumento para se endividar?

E hoje em dia que o governo resolveu super-estimular o consumo, o que criaram? Super-endividados! Sim, estudos mostram que a baixa dos juros levou tantas pessoas às compras que impulsionaram a ilusão da capacidade de pagamento em pessoas que não podiam, criando assim dívidas monstruosas. E agora? Vai entrar com processo para rever os juros altos? Isso não existe mais! Agora é você o responsável pelas péssimas decisões que tomou. Sempre defendi que deveria ser assim, que somos responsáveis pelas nossas decisões, que temos que arcar com nossas dívidas e pronto. Não importa se o juro era alto, não importa se a parcela não cabe mais no bolso, não importa sequer se me arrependi amargamente. O que importa é que eu uma pessoa capaz de assumir uma dívida é capaz de avaliar o tempo que essa dívida irá durar!


Há casos sim de imprevistos, há casos sim em que uma emergência faz tudo mudar de rumo, mas é para isso que serve o planejamento. Uma pessoa, um casal, uma família, que planeja seus investimentos, tem a capacidade de gerir crises de forma a não ter impactos relevantes. Basta ter a poupança que eu tanto falo! basta ter a reserva financeira para crises e externalidades. E para ela, basta não gastar com besteiras. E para não gastar com besteiras basta transformar seu salário em 100% e os gastos em fatias, para montar o seu balanço patrimonial. Mas eu não sou um contador! Você não sabe colocar ganhos de um lado e soma dos gastos do outro lado? Nem merecia ganhar dinheiro então!

Pouca gente vai achar isso válido, mas estar de bem com a vida é fator essencial para saber administrar seu dinheiro. Energias positivas atraem a consciência que falta para pararmos de nos deixar levar pelo que os outros acham melhor para nós! Não vou comprar um carro zero se não tiver dinheiro para isso! Não vou viajar no feriado se sei que isso poderá comprometer minhas finanças. Passarei até mesmo o carnaval em Curitiba se for pelo bem da minha saúde financeira! Seja forte para dizer os "nãos" que precisar na vida! A recompensa disso será um sono tranquilo, um carro quitado na garagem, talvez dois. Uma viagem de férias 100% paga um mês antes de você embarcar.


Seja feliz com o que você é! Seja feliz com o que você tem! Mas nunca deixe de correr atrás de mais. Se a vida profissional está estagnada. Invista em você! Corra atrás de novas possibilidades. Uma dica certeira. Concursos públicos não são inatingíveis. É mais garantido do que ganhar na mega-sena.

Saber administrar seu dinheiro, independente do tamanho dele, é a essência para fazer mais com menos. Você não ganha pouco! Pode ser injusto, pode ser menos do que gostaria, pode ser revoltante. Mas pouco não é! É tudo uma questão de perspectiva! Avalie melhor aquilo que quer e pare de se levar pela vida que você vê nos outros.

No ensaio, carros que me fariam muito mais feliz do que um carro zero km!

E o vídeo de hoje é extremamente especial! O meu vizinho, e amigo, Paulo Teixeira, da lendária banda Blindagem, tocando com seu filho e a banda Black Maria! Espero que curtam!
Ótimo final de semana e estamos aí, curtindo as coisas pequenas e boas da vida! Sem se preocupar com o que vão pensar de nós, sem se preocupar se vão me achar pobre pelo meu carro ser o mais velho do estacionamento!

Abraços!!!

sábado, 10 de novembro de 2012

O preço da gasolina...

Não adianta tentarmos fugir, ou dizer que o assunto já cansou, o tema combustível está em alta e o Rápidas aproveita hoje para desmistificar e explicar, da composição dos preços até a realidade dos cartéis. No dia 30 de novembro muitos curitibanos foram pegos de surpresa com um aumento de 50 centavos no litro da gasolina. O preço que era de aproximados 2,40 por litro saltaram para quase 2,90. Viu-se muita reclamação, queixas e até um protesto inusitado, onde diversos motoristas saíram por postos da cidade, pedindo que fossem abastecidos 0,50 centavos em seus automóveis e exigindo nota fiscal dos estabelecimentos. A ação era, além de gerar polêmica, para obrigar o recolhimento dos impostos sobre o valor, coisa que nem sempre é feito.


Mas o que aconteceu? Por que a gasolina aumentou dessa forma, da noite para o dia? Bom, primeiramente devemos encarar que a escolha da data do aumento foi plenamente desastrosa para a opinião pública. Vésperas de um feriado, datas em que costumeiramente os motoristas iriam encher seus tanques para viajar. E foram pegos com uma desagradável surpresa. Mas, além da data, há o tamanho do aumento, mais de 17% numa tacada que só não assustou os motoristas mais desligados, dos que abastecem 50 reais a cada parada no posto e vão perceber que o carro bebeu demais dessa vez. A verdade é que esse aumento foi decidido à portas fechadas pela cúpula dos donos de postos que simplesmente decidiu aumentar 4 pontos percentuais em sua margem de lucro. A cada litro vendido os postos lucravam 8,4%, margem que agora é de 12,5% conforme acordado entre eles. E quem não seguir corre risco de levar bala, como aconteceu no início da semana num posto de São José dos Pinhais, na região de Curitiba.

Agora vamos começar a falar sobre a formação de preços e entender o por que os postos não são os maiores vilões dessa história toda, apesar de nós sempre enxergarmos assim.

Vamos lá no início de toda a cadeia produtiva e vamos descobrir que há uma razão simples para todos os preços serem sempre iguais. A produção de gasolina no Brasil é feita por uma única empresa, o que configura um monopólio puro, e ainda por cima esta empresa é controlada pelo governo. Muita gente se esquece que a Petrobras é a única companhia que produz gasolina no nosso país, e a vende a preços controlados pelo governo. Ou seja, não há nenhuma opção a não ser comprar da empresa que, por um lado é orgulho de quase todo brasileiro entusiasta pela propaganda, por outro é a controladora deste mercado.

A segunda perna deste mercado está nas grandes distribuidoras. A própria Petro o faz, assim como a Ipiranga, Shell e muitas outras com nomes não tão conhecidos. Compram da fonte, quantidades do porte de atacadistas, para depois revender. Algumas bandeiras fortes possuem sua própria rede, o que não significa nada em termos de preço, outras, menores, acabam apelando para a sonegação de alguns impostos no meio das transações e conseguem repassar combustíveis a preços mais baixos, que irão acabar nos famosos postos sem bandeira que alguns são fãs de carteirinha e outros torcem o nariz e preferem pagar um pouco mais para não correr o risco de combustível adulterado.


O terceiro membro dessa brincadeira é o posto, o varejista, que compra de uma distribuidora, aplica lá os seus 12% e revende. Se pensarmos bem, 12% não é uma margem de lucro tão abusiva se formos comparar com alguns mercados, como até mesmo o de automóveis novos. Aliás, não só os novos, o que dizer do lojista do ramo de veículos usados que lhe oferece 13 mil por um carro que vale 20. E depois de você sair feliz com seu zero km, endividado, mas feliz. O lojista ainda irá lucrar 35% limpo nas suas costas. O que eu quero dizer é que, apesar de serem nossos inimigos natos, os donos de postos só estão fazendo a sua parte no processo. Se fosse você, faria o mesmo!

E por último, os otários porém sem perceber, consumidores. Nós que somos apenas reféns do sistema, que usamos nosso automóvel no dia a dia para ir trabalhar, levar os filhos para escola, ou simplesmente passear, curtindo um bem que já nos custou tão caro. De qualquer forma não podemos fazer muito se não continuar pagando, pesquisando, tentando achar lugares mais baratos, mas no fim das contas pagar o lucro do varejista, o lucro das distribuidoras e ainda o lucro da Petrobras. Sem falar da parcela do governo, os quase 50% de impostos em cima de toda essa longa história. Por essas e outras que eu sempre digo que ter um carro é uma segunda família. Continuo sendo viciado, meu hobby não irá mudar, mas é preciso ter os pés no chão para não deixar que despesas abusivas comprometam seu equilíbrio financeiro.

E por fim ainda devemos lembrar que a Petrobras possui em seu estatuto a premissa de que seus preços devem se equiparar ao mercado internacional. O que, qualquer estudioso sabe que hoje em dia não acontece. Os preços da Petro estão muito abaixo da linha do que se cobra pelo barril do petróleo lá fora. E sim meus caros, o que torna a gasolina o absurdo que é no Brasil são os impostos e ponto final. Ou seja, a presidência da Petrobras vêm pressionando e um dia o governo terá que ceder, assim que o preço aumentar na base, logo sentiremos outra pontada no bolso.


Antes do vídeo e para não deixar de falar de carros, essa semana apenas pude refletir em meu dia a dia, qual será o carro ideal? É o zero km que não te dá manutenção, tem cheirinho de carro novo e ainda está fácil de comprar? É o semi-novo completo, com preço já mais justo, que oferece muito mais custo-benefício? É o carro dos sonhos, exclusivo, único, e muitas vezes a preços bem modestos? Ou é ainda o "pau velho", carro qualquer, que só serve para ir e vir? No fim das contas essa resposta só depende do que você é. Eu sei o meu perfil e tenho minha personalidade, não importa quais são os meus termos e justificativas, alguns vão me ver como um pobre porque o meu carro não é do ano e outros vão rir e achar que eu ainda estou errado. Cada um sabe onde o calo aperta, está nas mãos de todos ter uma vida boa e sem dívidas, só cabe deixar o orgulho de lado em milhares de situações.

E para fechar com Rock, mais uma banda da turma dos menos conhecidos.


A banda nem todos podem lembra, a música até talvez, mas o guitarrista eu tenho certeza que todos conhecem. O cara dos back vocals é nada menos do que o mestre Eric Clapton!

Abraços e até a próxima!

sábado, 3 de novembro de 2012

Comece guardando e um dia possa gastar sem dó!

Todos pensam que pensam, muitos falam, a maioria fala sem pensar e alguns pensam e preferem nem dizer. Lute e se esforce para ser das pessoas que pensam antes de falar e só o fazem na hora certa. Por vezes, e eu diria que em muitas delas, saber ouvir é mais nobre do que querer falar demais. E o que isso tem a ver com o post de hoje? Nada, deve ser só algum efeito da semana.


Hoje eu quero falar sobre a reserva financeira que eu insisto sempre ser a chave para sua tranquilidade em momentos de crise. Não importa como ou quando começar, não há forma de se estar seguro sem um fundo de emergência. O que se chama de ideal, e isso eu falo sem muito pensar, é que as pessoas, ou famílias, possuam 6 meses de contas (alimentação, água, luz, telefone e outras que julgarem essenciais) investidas num fundo seguro e líquido. Hoje em dia, com as atuais taxas de juros, o fundo mais seguro e liquido que se pode ter é a poupança.

Chega a ser engraçado pensar que no período de pouco mais de um ano, apesar de que os sinais já vem  mais tempo, a desdenhada aplicação, passe a ter o maior rendimento do mercado de baixo risco. Hoje em dia só se ganha mais do que a poupança em fundos cuja taxa de administração seja de 0,5% ao ano. Ante a média do mercado de 3%, esta taxa, mais o imposto de renda, tomam todo o ganho extra das aplicações disponíveis por aí. E apesar de eu ter sempre defendido o CDB como a melhor opção, disparada, entre as aplicações seguras, hoje eu vejo que os ganhos que ele oferece são com as mesmas condições, super privilegiadas, de uns poucos. Ou seja, só se fatura mais do que a poupança se o CDB for de 100% do CDI com uma taxa administrativa baixa. E se pensarmos mais a fundo vamos ver que essas aplicações valem ainda mais quando o assunto é longo prazo, pois a carga do IR torna-se menor quanto maios for o tempo da aplicação.

De qualquer forma, os três tipo de aplicação que devem ser levados em conta quando a intenção é formar um fundo de reserva são: poupança, fundos de renda fixa e os CDBs. A primeira é a que hoje nos dá um retorno bom se levarmos em conta a ausência de taxas e IR. O fundos são uma opção interessante, porque rendem mais e possuem liquidez diária. Os CDBs rendem ainda mais e também possuem liquidez diária, mas em compensação, normalmente necessitam de um valor maior para iniciar os investimentos.


Mesmo que você não tenha a mínima ideia de onde investir, e hoje só falamos do nível básico, que é apenas guardar para ter uma reserva, o mais importante é querer forma-la. Mesmo que você não espere um evento ruim e até mesmo tenha garantias, é sempre bom ter a reserva de segurança. Até mesmo para realizar sonhos, para conseguir bons descontos em compras à vista, para se arriscar com certa segurança. A reserva de segurança é o primeiro passo da pessoas responsável financeiramente pelo seu sustento. Sem este passo ela nunca poderá estar segura para assumir novos compromissos. Por mais que as parcelas de um carro zero caibam em muitos bolsos, a gasolina não está inclusa, e com um carro a mão roda-se mais, gasta-se mais.

Já que entramos no assunto dos carros, o ensaio da semana traz três automóveis que custam menos do que um carro zero, com o mínimo indispensável, ou seja, custam menos do que um zero com conjunto elétrico e direção hidráulica. Em suma, menos do que 30 mil reais. Há três grupos de pessoas que podem comprar esses carros, mas apenas um deles o faz. O primeiro grupo é o que compra o zero de 30 mil, esse grupo está interessado num carro com um mínimo de conforto, mas se preocupa mesmo é com o status de um zero, a preocupação é aparecer, e sempre será isso, nunca me colocaram um argumento que me convenceu do contrário. O segundo grupo é o que compra o carro na faixa de 30 mil reais, mas com até 5 anos de uso. São automóveis de classes superiores, com muito mais requinte, qualidade de construção, motorização e o que o segundo grupo preza mais, custo-benefício e status de "carrão", confesso que esse é o meu grupo, ainda não é minha faixa de preço, mas é o grupo. E o terceiro é o grupo que tem mais, muito mais dinheiro, normalmente são pessoas que já tem outro automóvel e está em busca do que falamos esses tempos, do carro de final de semana, um carro de alto luxo, para ser usado em ocasiões fora da rotina e para ser mais apreciado do que qualquer outra coisa. O objetivo principal do terceiro grupo é a exclusividade, carros para poucos. Quase qualquer um poderia comprar, mas poucos podem mantê-lo.


Há uma série de outros grupos quando o assunto é carro, mas hoje falamos apenas dos que combinavam com os automóveis do ensaio. Confesso que, como disse, eu me colocaria no segundo grupo, mas meu sonho é chegar ao terceiro. O grupo número um não está nos meus interesses porque os objetivos daqueles não são os meus. Por enquanto meu "carro de final de semana" é um adorável Fusca, enquanto que para muitos o carro é só um objeto do ir e vir. Para quem gosta isso é muito mais.

E para fechar com música, ela está de volta ao rápidas, que insiste que o Rock N' Roll é a nossa praia e que não basta curtir as bandinhas que aparecem mais na mídia. Há muito no rock que foge dos altamente famosos. São os que eu costumo chamar de segundo escalão, mas que tem força e musicalidade para agradar os mais exigentes fãs do estilo.
Mais um post simples, com aquela receita básica de Economia, Carros e Rock N' Roll. Para quem é seguidor do Rápidas, sabe que o gráfico de objetividade, profundidade e abrangência possui altos e baixos, como tudo na vida.

Abraços e até a próxima!

sábado, 27 de outubro de 2012

Quanto vale o saber?

Vivemos um tempo em que o estado fornece apenas para dizer que usa o dinheiro dos impostos em alguma coisa, e o que é de graça ainda parece inferior. Há muitas formas de enxergar isso, segurança e saúde são bons exemplos, mas a forma mais óbvia de perceber a situação que entramos é a educação. 

Mas antes de começar eu dou a dica, o blog hoje tem duas diferenças, as fotos são de carros sim, mas sem legendas, sem contexto, só para apreciar. E o vídeo deve ser clicado agora, pois como não é de show nem clipe oficial, a música serve para ajudar na leitura!


As creches públicas não tem vagas suficientes, por isso as pessoas pagam. É isso mesmo? Quer dizer que todos os pais das crianças que estudam nas redes infantis tentaram antes a vaga da creche municipal? É lógico que há mais deficiências do que o número de vagas. E se assim fosse, não teríamos escolinhas com preços que variam de 300 reais, dependendo do período e região da cidade, até 1000 reais! 1000 reais! Conheço inúmeras pessoas que ganham menos do que isso por mês. É isso que estão lhe cobrando para cuidar de uma criança de 1 ano de idade. Tudo bem, até acho que a segurança de ter seu filho num lugar onde se possa confiar não tem preço, mas para tudo há um limite. O marketing invadiu o mundo em todos os cantos e detalhes e o valor de uma marca passou a representar mais do que a verdadeira qualidade de um serviço ou produto.

Crescendo um pouco chegamos à educação básica. Tudo bem que hoje em dia as escolas públicas não são mais o que foram em tempos de premiações e reconhecimento. Hoje em dia os adicionais passaram a pesar muito mais do que o seu real valor nos preços das mensalidades. A criança que estuda num Positivo, Bom Jesus, ou mesmo nas redes Maristas de ensino, tem à sua disposição muitos recursos tecnológicos, praticam esportes, viagens, competições, e tudo isso pesa muito no desenvolvimento delas. Mas o custo disso está ainda é exagerado demais. São opções para famílias ricas, cujas culturas infelizmente podem levar a fragilidade adolescente a tomar decisões baseadas num estilo de vida que despreza o seu semelhante. A incidência das drogas é muito maior entre os jovens de classe média do que nos jovens de classe baixa.


Chegando a uma fase quase adulta, chegamos no ponto crucial em que temos que encarar três mundos completamente diferentes, chegamos ao vestibular. Quando eu fazia cursinho pré-vestibular foi que percebi a distinção clara entre os três mundos. Haviam as pessoas cujo grande objetivo de vida era passar numa universidade pública, digam o que quiserem com relação à infra-estrutura e os problemas com greves, mas o ensino é de qualidade, o currículo possui peso e as pessoas saem com uma visão de mundo que chega ao inexplicável. O segundo mundo é o das grandes instituições particulares, onde dão aula muitos professores das Federais da vida, ganhando muito mais, com um ensino de qualidade, mas a custos exorbitantes. O terceiro mundo, neste comparativo que nada tem a ver com classe social, é o misto entre a salvação e a degradação. É o que há de opção para os jovens que não passaram no limitado número de vagas da universidade pública e também não podem arcar com o alto custo das instituições de grande nome entre as pagas (as quais eu me limitarei a não citar). Da piada corriqueira a uma dura realidade, às uniesquinas invadem as filas por empregos e muitas vezes, graças a convênios com empresas, são grandes e válidas opções para não parar os estudos. Meu único medo é que o ensino em algumas instituições é limitado e de baixa qualidade. O objetivo de formais profissionais já não existe mais, hoje são apenas fábricas de diplomas.

E não paramos na graduação, que na minha opinião é o momento acadêmico de maior importância na vida de qualquer ser vivo pensante. Pós-graduação à distancia em 6 meses? Que raio de mundo é esse? Esses cursos de aperfeiçoamento deveriam ser de graça e não gerar nada além de um certificado. É esforço, é captação de uma informação que nem todos terão, é válido. Mas não poderiam dar um diploma de pós-graduado, que possibilitaria concorrência com alguém que faz um curso de 1 ano e meio, com aula todo sábado, o dia todo, com provas, trabalhos e conteúdos verdadeiramente desafiadores.


Por fim, hoje em dia a mera informação vale muito, e quanto menor o esforço mais cara ela fica. O exemplo clássico são os relatórios de investimento disponíveis para clientes de grandes corretoras. Um grupo de analistas renomados já fez todo o trabalho e me passa um arquivo dizendo quais papéis eu devo comprar e em qual proporção de uma carteira segura e que garantirá mais ganhos que a média do mercado. Mas esse inofensivo pdf só está na minha mão porque eu pagou, ou sou funcionário, de um grande banco que possui a corretora com a plataforma mais premiada do país. Do contrário, talvez por isso muitos tenham medo do mercado financeiro, pague pra ver ou corra o risco de não saber o que acontece por trás da primeira página da gazeta do povo.

E outro problema da humanidade, dai minha preocupação com instituições que não ensinam a pensar, é que a maioria das pessoas não está preocupada com o caderno de economia, mas infelizmente se ligam apenas ao caderno de esportes e ao resumo da novela.


O vídeo de hoje é de uma banda que conheci por intermédio de uma grande seguidora do blog, alguém que constantemente me faz refletir e dar cada vez mais importância ao valor do pensar!

Carros destaque das fotos, Dodge Le Baron, Puma, Fusca e Cadillac. Clicados nos encontros de Curitiba, na praça da espanha e largo da ordem.

Espero que tenham gostado. E o verdadeiro valor de saber está dentro daquilo que você busca para se aperfeiçoar. Não importa em qual dos mundos você vive, ou se nem faz parte deles, se você leu este blog ao menos uma vez na vida significa que você tem a capacidade de pensar além da primeira página! Parabéns por isso!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A arte de planejar!

O post desta semana tem um fundamento ligado à reflexão. Recentemente uma pesquisa divulgou que mais de 40% das famílias brasileiras não possuem nenhum tipo de planejamento financeiro. E você, como anda seu orçamento?

Palio Weekend e as maravilhas de um bagageiro no teto, sua primeira aparição em público.

Já não é de hoje que eu defendo que planejar e a forma mais simples e rápida de alcançar grandes objetivos. Temos que colocar no papel, visualizar, mentalizar e trabalhar. Aliás, sem o esforço nada acontece, e quando acontece é bem provável que você não dê valor. Lógico que o filho que ganha o carro zero aos 18 anos valoriza o presente do pai, mas se pensarmos bem, fica algo no ar. Pelo menos nas pessoas normais, eu acredito, fica uma vontade de conquistar mais coisas sozinho. Não preciso recontar a história de quando era novo, de trabalhar entregando panfletos todo domingo para comprar minha bicicleta nova. Nem preciso contar pela milésima vez a história do meu primeiro carro, um Chevette de 2 mil reais. Mas o que fica é que as coisas conquistadas com seu próprio suor terão sim um valor muito diferente. Independente se o que é meu é mais simples que o do outro, nem importa do que eu ou a outra pessoa abriram mão, das decisões certas ou erradas, o que importa é que sonhos não se realizam sozinhos.

Um dia desses me perguntaram se eu iria viajar no feriado e antes que eu respondesse já complementaram: "vocês sempre vão né?" De fato, gostamos muito de viajar e na minha opinião há dois tipos de viagem, as de descanso e as de turismo. O feriado ao qual se referiam era uma viagem de descanso, uma praia já conhecida, uma pousada simples mas bem confortável. Quando falo em planejamento, digo em coisas simples como esta. Três meses antes eu já havia entrado em contato com a pousada e feito a reserva, nos meses que seguiram eu já havia feito os depósitos da estadia, um custo a menos. E por mais que isso possa surpreender, abasteci o carro no cartão de crédito. Sim, jogando os gastos com automóvel para o mês seguinte e já tendo pago a hospedagem sobrara o suficiente para curtir, comer bem, gastas com quaisquer bobeiras que achássemos legal. As viagens de descanso servem para largar os controles e relaxar.

No contexto, Novo Uno, isso seria 2º carro. Diferente de carro de fim de semana.

Diferente, um pouco, das viagens de turismo. Viagens de turismo são para conhecer lugares nos seus mínimos detalhes. Tudo começa com a escolha, uma cidade, ou algumas cidades, que tenham algum significado histórico ou forte atrativo. Uma boa pesquisa no google nos ajuda a criar pré-roteiros e descobrir coisas que muitas vezes nem estão entre as atividades mais populares. Planejamento de rotas e lugares a visitar com base nos dias disponíveis. Comidas típicas, outra forma de sentir que conhece bem onde você foi. Que graça passear sem curtir as coisas do lugar? Foi assim que conhecemos lugares que hoje eu falo sem medo que eu não me perderia se me soltassem em qualquer ponto. Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro, Buenos Aires, os dois principais destinos do Brasil e uma das cidades mais visitadas do mundo. Planejando, montando sonhos como se fosse um lego. Bem melhor se for em boa companhia, também não preciso dizer que meu interesse por viagens foi despertado pela minha amável esposa, aliás a parte do google é sempre com ela, a parte de não se perder é que fica por minha conta. Trabalho de equipe.

Hoje tive outra boa surpresa ao estar no trabalho e um colega me pedir ajuda sobre cerveja. Não conheço tanto quanto alguns amigos, sobretudo minha madrinha de casamento que é até colunista num blog de cervejas especiais, mas gosto, me interesso, e procuro pensar um pouco mais do que somente beber. O mercado de cervejas especiais, artesanais, premium, importadas, vêm se tornando um nicho cada vez mais popular. Sabores muito mais intensos, misturas inusitadas, algo bem diferente das meramente pilsen que por muito tempo foram a preferência nacional. Aliás, continuam sendo, aposto eu, a preferência dos 40% sem planejamento, pois uma boa cerveja, desta nova leva, custa cerca de quatro vezes mais do que uma skol, a mesma skol que eu não tenho mais coragem de escrever com letra maiúscula. Sinto muito ambev, mas nem sua pop star bud é capaz de enfrentar minhas novas preferidas!

Isso é carro de fim de semana! Ame ou odeie, impossível ficar indiferente, isso é Fusca!

O fundamento deste post é o planejamento, portanto o último tópico vai relacionado a algo que eu dou muito valor, mas que nem todo mundo entende. Carro de fim de semana. Muitas famílias hoje em dia tem dois automóveis, ou até mais, mas normalmente fala-se de carros comuns, dois populares, dois carros novos, dois financiados por assim dizer. Não é disso que estou falando. Estou falando, no caso de quem tem dinheiro, de uma Ferrari. Um carro que não é viável de se guiar todos os dias. E no caso de quem não tem dinheiro, mas não abre mão de realizar seus sonhos, um Fusca, um carro que ninguém aguenta guiar todos os dias. Brincadeiras a parte, sou um fã incondicional da pequena maravilha da Volks, mas admito que um carro normal é bem mais fácil e confortável. Conheço grandes pessoas que só usam seu Fusca no dia a dia, mas são carros preparados e cujo investimento daria para comprar qualquer carro normal. No meu caso, Fusca é para curtir, para descontrair, desestressar, se divertir. Esse é meu conceito de carro de fim de semana.

Por fim, eles que são figurinha carimbada neste blog, mas que nunca perderão seu efeito sobre a minha pessoa.
Grande música, espero ter contribuído para uma reflexão sobre a arte de planejar. Espero que tenham gostado, abraços e muito obrigado!

sábado, 6 de outubro de 2012

Da grande empresa à sua vida!

Globalização, grandes grupos empresariais, empresas menores e sua própria vida econômica. Tudo isso está ligado, e a forma de entender melhor a sua inclusão neste mundo de hoje, é entender como ele funciona.

Mas não sem antes apreciar o ensaio da semana, começando por uma Kombi bicolor, 1970.

A maioria das grandes empresas de hoje não começaram imensas como são. Muitas delas começaram como pequenas ideias, um bom produto e algum investimento. Empresas do gênero alimentício, industrias de bebidas, montadoras de automóveis, construtoras ou até mesmo bancos; todos tiveram um começo, um empresário que resolveu arriscar, uma pessoa comum que resolveu correr atrás do seu sonho, um governo que resolveu estatizar algumas atividades. O que vale saber é que sem um começo não se chega a lugar nenhum, e é por isso que estamos falando sobre empresas.

Grandes corporações, quando já atingiram um nível ótimo em sua própria região, tem como objetivo claro a expansão de seus negócios, e hoje em dia não há forma mais fácil e direta de expandir a não ser as aquisições. Não diria nem hoje em dia. É uma técnica usada a muitos anos e que ajuda grandes marcas a entrarem nos mercados, ao mesmo tempo em que usa a base de empresas locais, com tradição, mas sem o mesmo vigor financeiro para se manter frente a algumas inovações.

Um raro Mustang 1985, concorda-se que é uma geração sem apelo visual, mas é um Mustang.

Assim aconteceu com a antiga marca de geladeiras Prosdócimo, que foi comprada pela Electrolux, algumas marcas de suco e refrescos que foram incorporadas pela Coca-Cola, a marca cearense de jipes, Troller, que foi comprada pela Ford, e porque não citar os bancos. As instituições financeiras no Brasil passaram por grandes mudanças nesse sentido de aquisições. Desde o próprio HSBC ainda em 1997 quando comprou o Bamerindus, um dos grandes bancos brasileiros das décadas de 1980 e 1990. Passando pela entrada do Santander, que comprou o banco Real, até as pequenas compras do Banco do Brasil, Besc e Nossa Caixa recentemente. O universo bancário é formado assim, negócios, produtos, altas taxas, baixas taxas, e os bancos vão tentando se focar no que gostam de chamar de o seu negócio.

E voltando a falar em toda empresa começa de algum lugar. O Brasil registrou no primeiro semestre uma marca superior a 1 milhão de empresas abertas! Sim, mais de um milhão de empresas se constituíram nos primeiros meses de 2012. Isso é um marca e tanto, principalmente num país onde um número absurdo de pessoas passa a vida reclamando que não pode, não consegue, não dá. O que vemos na prática é muitas pessoas acreditam que é possível! Talvez não na vidinha que muitas almejam, ser empregado com um salário e carteira assinada. Mas numa vida onde você é o chefe! E numa vida onde você vai entender o chefe chato que resmunga do tempo no café, que resmunga que as pessoas não trabalham direito. Sim, porque a verdade é que na vida há um percentual muito pequeno de pessoas que vestem a camisa. A maioria, enquanto não "ganhar" alguma coisa diretamente, não está nem ai para o resultado coletivo.

Um clássico um pouco menos famoso, um Suzuki Vitara Canvas 1991.

Às vezes nos revoltamos em ver algumas injustiças no âmbito empresarial. Mas eu acredito que sempre teremos aquilo que precisamos para ser feliz de fato. Se eu ganho menos que alguém, é porque sei me virar bem com o pouco que tenho. Se eu ganhar mais, tenho que ter a sabedoria para fazer deste o ideal. E não como algumas pessoas que ganham muito e estão sempre devendo. Não me revolto por achar que tenho pouco. Me revolto quando veja alguém que eu sei que ganha muito bem, reclamando de falta de dinheiro.

Decisões erradas nós temos o direito de tomar o tempo todo. Mas o difícil mesmo é saber voltar atrás e reconhecer que erramos. Voltar atrás e desfazer um mal negócio. Isso é quase impossível de se ver. Enquanto quem faz com o pé no chão, a princípio parecer estar sempre um pouco atrás. um carro mais velhinho, um celular mais simples, uma vida mais simples. Mas o fato é que de onde muitos só valorizam a imagem, nós achamos a inteligencia e vivemos melhor.

Não preciso insistir, já provei a muito tempo que uma vida disciplinada vale mais e é mais proveitosa do que o ato de parecer ser. E é assim que vai ser, assim que vou insistir em ser de verdade!


E fechando com muito Rock N' Roll, uma coisa que eu já falei e repito. Certos prazeres são para quem entende! Não adianta tentar convencer o mundo, quando muitos não estão preparados.

Abraços!!!