sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Presente de Natal

A ideia hoje é discutir algo muito comum nas datas comemorativas. Quanto deve custar um presente?

Eu gostaria de começar com a premissa que irá conduzir o tema do post. Nenhum presente vale uma dívida!


Todo ano é a mesma coisa, com a chegada das festas, o clima de natal e a entrada do 13º salário, muitas pessoas se sentem os próprios papais noeis e cometem algumas insanidades em nome do sorriso de alguns, que muitas vezes, não o valorizarão. Antes de continuar é preciso deixar bem claro que o post de hoje não é um manifesto contra a cultura de presentear ou ao viés comercial da época, apesar de eu não ser o maior fã do estilo, eu entendo, respeito e também faço parte da arte de presentear pessoas.

O fato é que muitos costumam gastar valores que superam em muito suas condições financeiras. valores que irão certamente comprometer o equilíbrio de início de ano de muita gente. Não podemos esquecer que as contas de começo de ano não perdoam, e se você não souber encara-las de frente e liquida-las de cara, elas o perseguirão ao longo do ano todo como aquele maldito parcelamento do iptu e ipva que você considera a coisa mais normal do mundo. Pois eu lhe digo, entenda que o Brasil se apropria de uma parte absurdamente grande do que você acha que é seu, então não adianta enrrolar, parcelar, deixar vencer. Pague logo suas dívidas e viva de acordo com suas possibilidades.

É preciso tomar muito cuidado para não se deixar levar pela propaganda. Até mesmo as emoções mal interpretadas no seu convívio familiar ou social podem fazer com que você se afunde em parcelas impagáveis. Presente bem dado é aquele que se dá com o coração e se compra à vista. Quando digo à vista até abro um pequeno precedente para o uso do cartão de crédito, para quem aprender a conviver com aquele pedaço de plástico que é a mais pura enganação, não vejo problema nenhum em fazer uso de tal ferramenta quando o objetivo é equilibrar um período de um ou dois meses.


Mas presente de verdade se compra à vista porque é a representatividade de que você pode fazer o que se propõe. Aquele que se endivida em nome de um presente a alguém já entra em cena com uma mentira. Fingindo ser quem não é, fingindo poder aquilo que não pode. Sempre fui e seri contra a dívida, mas até acho que ela é justificável quando falamos da compra de uma geladeira para sua própria casa, para a compra de um móvel em substituição a algo que já passou dos limites. Agora endividar-se para comprar um celular ou um desses tablets, que são a sensação do momento, para dar de presente a alguém, primeiro que perde-se o sentido ao dar-se um presente que é baseado no status do possuir e segundo que é um gasto impensado. Sou contra todo tipo de presente altamente tecnológico ou que represente que aquela pessoa é mais ou melhor meramente por ter algo.

Sou a favor das conquistas, do celular comprado com sua própria poupança, das inovações que você pode ter, na hora em que pode pagar. É muito diferente daquele casal que planeja a compra da sua nova televisão. Essa imagem de natal é quase uma disputa pra dizer quem dá os melhores presentes. Aliás, como já deixei bem claro aqui, sou contra qualquer disputa de natureza econômica. Desde os acessórios mais banais até o clássico, meu carro é melhor que o seu. Na minha opinião a mais estúpida de todas.


Já provei por, quando digo isso tenho total convicção, de que carro é personalidade. Não importa o quanto você gastou mas sim o que ele representa para você. Se você é das pessoas que acham que carro é só um meio de transporte, compre um Uno, e eu digo isso porque já tive. Agora se você é uma pessoa normal, que se deixa levar por marcas, modelos, propagandas, cores e outras táticas engana trouxas, bem vindo ao mundo real e caia na real que você não é melhor do que ninguém.

Diga não às ostentações, principalmente nesta época em que o que deve contar é a simbologia. Presenteie sim, mas dê coisas que vão marcar um momento, um sorriso sincero de quem sabe que o que importa é ser lembrado.

Diga não à dívida, guarde a moeda para o momento certo de fazer a aposta. E esse momento não é agora.

No ensaio da semana, velhas lembranças de carros que não eram os mais novos, não eram os mais caros, mas tinham personalidade e chamavam atenção onde passavam.

No vídeo da semana, mais um boa para relaxar, do mestre da guitarra, Satriani. Quem estiver com paciência pare um pouco e assista, mas assista com calma e principalmente com alma. Sinta o que um bom riff pode fazer por você nos momentos de stress e saco cheio.


Abraços, ótimo natal à todos e muito obrigado!

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