sábado, 5 de maio de 2018

AÇÃO ENTRE AMIGOS - OMEGA CLUBE CURITIBA

ESTA AÇÃO FOI DISPONIBILIZADA ENTRE 05/05/2018 E 15/10/2018, SENDO CANCELADA POR NÃO ATINGIMENTO DAS METAS ESTABELECIDAS DE ACORDO COM O PRAZO ESTIPULADO. GOSTARIA DE AGRADECER A TODOS QUE PARTICIPARAM, LEMBRANDO QUE OS VALORES FORAM INTEGRALMENTE DEVOLVIDOS ÀQUELES QUE EFETUARAM PAGAMENTOS. O HISTÓRICO DA AÇÃO PERMANECERÁ, ASSIM COMO MEU CONTATO PARA QUAISQUER ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS.

ATENÇÃO! SE VOCÊ PARTICIPOU DA AÇÃO, EFETUOU PAGAMENTOS E NÃO TEVE A SUA RESTITUIÇÃO CONTEMPLADA, ENTRE EM CONTATO COM O TELEFONE ABAIXO!

CLAUDINEI SANTOS - 41 996013126 - CURITIBA, 20 DE OUTUBRO DE 2018!

REGULAMENTO
1 - Nome do evento: AÇÃO ENTRE AMIGOS OMEGA CLUBE CURITIBA – OCC
2 - Prêmio: 1 (um) automóvel Omega CD 4.1 1995 Automático.


3 - Valor e Cotas: Serão vendidas 500 cotas contendo dois números cada, pelo valor de R$ 40,00 por cota adquirida. Total de 1000 números.
4 - Forma de sorteio: O sorteio será realizado com base na LOTERIA FEDERAL, na seguinte forma: do PRIMEIRO PREMIO da Loteria Federal, do sorteio ainda a ser definido e divulgado nos mesmos canais onde a rifa é vendida, serão extraídos os 3 (três) últimos números, que irão compor o premiado. Exemplo: Se no sorteio do dia o número do 1º Prêmio for 74.534, extraindo-se os últimos três, o sorteado ganhador do Omega seria o número 534.
5 - Canais de Divulgação: O evento será lançado, via página oficial do Omega Clube Curitiba no Facebook. O Principal canal de comunicação será o Grupo de Whatsapp (link no topo), e qualquer dúvida poderá ser tirada com o responsável pelo evento, Nei, via fone no (41) 9.9601.3126.
6 - Forma de Participação: Serão divulgados os dados bancários para que seja realizado depósito, transferência, Doc ou Ted, e o comprador deverá enviar seu comprovante via WhatsApp para o número (41) 9.9601.3126. Mediante o recebimento do comprovante, o comprador poderá escolher dois números dentre os ainda disponíveis. Caso o comprador não escolha, lhe serão fornecidos dois números dentre os disponíveis.
7 - Dados Bancários: Informação omitida em virtude do cancelamento.


8 - Cota Mínima: Fica definido que a cota mínima para realização do sorteio será de 400 cotas vendidas. Caso esse número não seja atingido no prazo definido, serão prorrogadas as vendas por igual período. Ao se atingir o número total de 500 cotas, o sorteio será marcado e divulgado.
9 - Prazos: Encerrada!
10 - Devolução: Em caso de devolução, haverá plena divulgação desta decisão e serão passados os procedimentos para restituição dos valores.


11 - A data oficial de lançamento do evento é 10/05/2018, com as publicações via Redes Sociais, começando a contar o prazo, que se encerrou em 15/10/2018. Em 10/08/2018 será avaliada a quantidade vendida e feito um balanço geral do evento até o momento.
12 - Atenção! O prêmio trata-se de um veículo usado, no estado em que se encontra. Atestamos que o mesmo está em bom estado e funcionamento, no entanto não é possível oferecer nenhum tipo de garantia sobre o mesmo. Os custos de transferência de propriedade e transporte do local do Evento ficarão a cargo do ganhador. O Evento ocorre em Curitiba-PR.
13 - Do valor total arrecadado, fica definido um percentual de 25% em caso de atingimento de 500 Cotas e um percentual variável de 18% a 20% em caso de atingimento de 400 Cotas ou mais, para doação e ações sociais promovidas pelo Omega Clube Curitiba. A Diretoria do Clube receberá e comprovará os valores e assim será decidido o destino do valor.


14 - Juntamente com o sorteio do automóvel, o OCC poderá incrementar com o sorteio de brindes (como camisetas do clube) para os ganhadores, nos mesmos moldes do sorteio principal, do segundo ao quinto prêmio da Loteria Federal, da data estabelecida.
15 - A Organização do Evento poderá fazer uso de Promoções e Sub-Rifas (sorteio de cotas da principal) para alavancar as vendas das Cotas.

Curitiba, 05 de maio de 2018

Estão De Acordo com o exposto acima e validam a Ação, os seguintes membros do OCC:

Claudinei Santos - Proprietário Legal do veículo.
Rafael Cunha - Presidente do Omega Clube Curitiba.
Anderson Santana - Vice-Presidente do Omega Clube Curitiba.


quarta-feira, 18 de abril de 2018

Guia do Usado - Kia Cerato

A categoria de sedans médios foi a mais disputada no Brasil, na primeira década dos anos 2000. Tirando os compactos (tradicionais mais vendidos em virtude do preço), a categoria foi a grande febre por muitos anos, sendo substituída recentemente pelos SUVs. Embora alguns automóveis ainda permaneçam firmes, como o Corolla, por exemplo. Nessa linha, toda marca precisava de um sedan médio entre 2000 e 2010 (e adiante), e o eleito de hoje é o representante coreano, Cerato.


O Cerato existe desde 2003, mas no Brasil ele só chegou em 2006, antes disso era vendido nos EUA e na própria Coreia. Durou apenas três anos em sua primeira geração por aqui, e não pode ser considerado um modelo expressivo no mercado. Tanto que poucas pessoas conhecem essa versão, de desenho discreto, linhas arredondadas e um quê de carro japonês dos anos 1990. Apesar disso, é possível ver alguns por aí, e trata-se de um modelo cujo diferencial principal é conforto.

Já em 2008 (no Brasil em 2009) chegou a segunda geração, essa sim que impulsionaria as vendas no mercado nacional. Com linhas mais retas e agressivas, o Cerato passa a ser visto nas ruas, um sedan com muito mais estilo, adequado às expectativas do brasileiro, que valoriza majoritariamente o design sobre a real qualidade do que compra. Não que todo carro bonito seja de má qualidade, mas a Peugeot é um exemplo de carro que (infelizmente) demanda mais manutenção que o habitual, mas são carros chamativos.


Mesmo não sendo um concorrente em pé de igualdade com Civic e Corolla, não havia quem chegasse perto desses dois, o novo Cerato cumpriu bem o seu papel e foi um dos carros chefe da marca no período de sua segunda geração. Devo destacar ainda o modelo esportivo derivado dele, o Cerato Koup é um cupê duas portas, com pequenas alterações na dianteira, que trás uma autêntica dose de exclusividade aos seus compradores. Belo exemplar que merece atenção!

Passam os anos e os automóveis precisam evoluir, se na minha opinião o Azera de 2008 possui o desenho ideal, o mercado do status discorda disso. A Kia logo soube perceber que o Cerato perdia forças e o atualizou em 2013/2014. Inspirado claramente nas novas plataformas da Hyundai (marca com quem divide os projetos) o novo modelo perde a exclusividade, mas torna-se um sedan padrão nova década. Suas vendas não são tão expressivas como a geração anterior, mas isso deve-se também à mudança de categoria nessa faixa de preço.


Tudo começou com a Ecosport ainda em 2004, e o brasileiro começou a sentir interesse nos "SUVs", mesmo que muitos deles não façam jus à esse nome. Vieram a Tucson e a nova Sportage em 2005/2006 e o boom tomou conta após 2013 com a chegada da Duster. Hoje em dia HR-V e Renegade dominam esse nicho. A própria Kia já vendia a velha Sportage desde 1996/97, no entanto aquela geração ainda era da fase nebulosa das coreanas no Brasil. São de lá histórias como Accent da Hyundai e outras marcas como a Daewoo.

Hoje mesmo estive buscando na internet, achei um Cerato 2006 por R$ 15 mil reais. É uma opção interessante nessa faixa de preço? Talvez, se o carro estiver em ótimo estado, é um automóvel grande e confortável, bom de ano, por um preço bem atrativo. Na segunda geração em torno de R$ 30 mil, aí falamos de um sedan médio de verdade. Finalizando, a terceira geração, pensando já em carros 2016/17, prepare-se para arcar com mais de R$ 60 mil. Na minha opinião o novo já não vale a pena.


Começando pelo modelo pouco conhecido de 2006, passando ao Koup de 2010 e por fim o novo na versão 2015. Por hoje é isso. Abraços!

terça-feira, 3 de abril de 2018

Guia do Usado - Bora e Jetta

No mundo todo, as mais diversas marcas automotivas batizam seus automóveis pelas mais diversas razões, e não raro um mesmo carro pode ter nomes diferentes conforme o país em que é vendido. Um caso clássico é do Fusca, que só oficializou este nome no Brasil no meio dos anos 1980, e nos Estados Unidos sempre se chamou Beetle (de besouro). Pois bem, o carro de hoje é um caso desses, com uma curiosidade a mais, ele foi vendido no Brasil em duas gerações e com dois nomes ao mesmo tempo. Eles são Bora e Jetta.


A história deste sedan, que para muitos pode ser interpretado como uma versão 3 volumes do famoso Golf, começou em 1979 no México. Projetado para o mercado americano, cumpriu o seu dever e faz um relativo sucesso por lá até hoje. Muitos devem se lembrar do filme Velozes e Furiosos em que um dos automóveis da gangue de Toretto era justamente um Jetta da mesma geração do Golf IV, todo personalizado.

No Brasil ele desembarcou em 2001 como Bora, um sedan médio que veio para disputar com o Vectra e os já sucessos Civic e Corolla, em um mercado em que o Santana já não conseguia mais sobreviver em vendas e o Passat queria se destacar como um algo a mais. Com este nome ele ainda foi reestilizado em 2008 e seguiu firme até 2011, mesmo convivendo com o irmão mais novo desde 2006 no nosso mercado. Como eram gerações diferentes, foi justificável a presença de ambos, ainda mais quando o Santana disse adeus no mesmo ano de 2006.


E assim chegou o Jetta, antes mesmo de sua versão equivalente do Golf (se bem analisado a Vw fez uma grande bagunça naquele período), motor 2.5 aspirado, com um visual jovem e agressivo, o novo sedan apelava para a esportividade, ainda que no tamanho e sofisticação não pudesse ser considerado um rival do tradicional Corolla. E o golpe que a Vw sofreu na época foi o lançamento do New Civic, que abocanhou o mercado pelos anos seguintes.

Eis que em 2011, quando chegou a nova versão do Jetta, com motor 2.0 turbo herdado do Passat, a visão do sedan começou a mudar de novo. Dessa vez maior e mais sóbrio, começou aos poucos a garantir um espaço (pequeno, mas seguro) no mercado nacional. Importante destacar, ainda da versão anterior, o modelo Variant, sobrenome tradicional das peruas da Vw, encontrar uma entre 2006 e 2010 pode ser um exercício de paciência, mas que acaba valendo muito a pena.


Hoje em dia apresentado até em uma versão 1.4 turbo, o Jetta é um dos carros-chefe da Vw Brasil para um público de maior poder aquisitivo. Enquanto isso o Bora acabou se confirmando no mercado de usados como aquele importado que inspira admiração e cautela, pois quem os teve quando novos eram pessoas que tradicionalmente não tem tanto cuidado com manutenção e costumam forçar um pouco o pedal do acelerador, tal qual Golf dos anos 2000.

E assim chegamos ao ponto crucial, quanto custa um carro desses? De uma forma geral um Bora pode ser encontrado a partir de R$ 15 mil reais em versão manual e ano 2000/2001. No caso do Jetta, a primeira versão aqui no Brasil parte de R$ 30 mil (2006/2007) e os novos, a partir de 2011, começam em R$ 45 mil. São carros de um nível mais sofisticado, que possuem um status embarcado. Na minha opinião só pecam pelo preço, pois são extremamente prazerosos.


Sei que mal falei dela, mas o ensaio começa com ela mesmo, a Variant 2006. Seguida pelo Bora de 2002 na clássica cor verde e fechando com o Jetta 2012, muito parecido com o atual. Aquele abraço!

terça-feira, 20 de março de 2018

Guia do Antigo - Mazda MX3 e MX5

As marcas de carros são oriundas dos mais diversos países, e só serão conhecidas nos demais se forem representadas por importadoras, parceiras, e ainda, se tiverem um produto de qualidade para tanto. Existem inúmeras marcas que não conhecemos, assim como marcas que passaram pelo Brasil por um tempo e não possuem mais representação oficial por aqui. Um dessas marcas é a japonesa Mazda, e dois dos seus ícones são os esportivos MX3 e MX5.


Seguindo uma ordem cronológica e de sucesso, vamos começar pelo MX5. Também conhecido como Miata (nome oficial do modelo nos EUA), trata-se de um pequeno roadster com motor 1.6 desenvolvido nos anos 1980, lançado em 1989 e que começou a ser vendido no Brasil em 1990. Com certeza é uma dos roadster mais admirados do mundo, pelo seu comportamento arisco e distribuição de peso perfeita de 50% por eixo. Foram poucas as unidades comercializadas por aqui, o que tornam o modelo raro e valorizado.

Após a saída da Mazda no meio dos anos 1990, houve ainda uma série especial em comemoração aos 10 anos do modelo. Foram comercializadas 7.500 unidades, com lotes específicos para cada país que o vendia. Depois disso, em 2005 foi lançada uma nova geração, desta vez com motor 1.8, com uma reestilização externa, mas que mantém seu perfil tradicional. É um modelo raríssimo, difícil até mesmo de encontrar à venda, e quando está é por um preço para poucos.


Dando continuidade, o MX3 por sua vez é um cupê esportivo 2+2 (bancos traseiros pequenos, comportam bem apenas crianças), seu desenho tipicamente nipônico me parece ter inspirado a Chevrolet com o Tigra do meio dos anos 1990. Mecânica 1.6 padrão, a mais comum no Brasil, mas também uma poderosa versão V6 pode ser encontrada. Este carro foi produzido entre 1991 e 1998 e teve uma maior representatividade nas ruas do Brasil, do que o Miata, mas hoje em dia não é tão valorizado.

No mercado de usados ele é visto como um importado de "segunda linha", que são modelos que não venderam tão bem ou que não são famosos. Muita gente nem os conhece, ou mal sabe qual a marca. Por se tratar de um motor japonês que não é Honda ou Toyota, muitas pessoas tem preconceito (muitas vezes com fundamento, pois não é fácil achar manutenção especializada). Seu estilo é inegável, para quem procura um carro diferente e esportivo, com certeza é uma opção a ser considerada.


É interessante notar que ambos tem o mesmo espírito esportivo, a mesma alma quanto à categoria em que estão inseridos, no entanto possuem uma visão hoje, mais de 20 anos depois do seu auge de mercado, totalmente diferentes entre si. Enquanto MX3 pode ser facilmente encontrado em lojas de periferia e em condições nada agradáveis, o MX5 é figura de garagem de colecionadores e normalmente estão em estado compatível com seu status.

Para não dizer que não falei dos valores, são modelos 8 ou 80. No caso R$ 8 mil da até para encontrar o MX3, embora seu preço médio seja R$ 15, enquanto que R$ 80 mil você irá encontrar o Miata e eu não sei informar se isso é caro para ele. Uma coisa é certa, qualquer modelo importado com mais de 10 anos possui seu custo embutido de manutenção. Não importa se para comprar foi caro ou barato, para deixa-lo bonito e apresentável há um custo e ele não é baixo.


É isso aí galera, sei que não tenho atualizado com a vontade que eu queria, mas é o que temos pra hoje! Aquele abraço!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Guia do Antigo - Brasilia

É incrível como a história de certos modelos pode ser tão cativante, misturada aos acontecimentos daquele momento de um país, refletindo tantas decisões de grandes empresas e o próprio costume dos consumidores. Ao relatar sobre um automóvel, nós conseguimos entender quem éramos naquele tempo, como pensávamos, ou ainda como viveram nossos pais ou avós. Com o Volkswagen Brasilia, a matriz brasileira criou uma autêntica evolução do Fusca, não o suficiente para decretar o fim de sua era, mas sim para conviver e fazer história junto dele.


Um dos primeiros automóveis da Vw projetado fora da Alemanha, a Brasilia nasceu em 1973 (lançada cerca de três meses após o Chevette), com a nada fácil missão de substituir o Fusca. Isso ela não conseguiu fazer (a Vw só conseguiu isso com o Gol, e mesmo assim após 1987), mas a Brasilia foi um grande sucesso de vendas no país, chegando a emplacar quase 160 mil carros no ano de 1978, no auge da sua história. Saiu de cena em 1982, quando os esforços da marca estavam todos na família Gol (Voyage, Parati e Saveiro).

Um hatchback moderno, com a consagrada mecânica 1600 a ar do pequeno besouro, teve como maior inspiração a perua Variant. Teve apenas um retoque estético em 1976, no mais foi sempre o mesmo carro simpático de quatro faróis redondos na frente baixa. Quando criança andei muito em uma Brasilia vermelha que pertencia a um tio meu, talvez por isso eu guarde um grande carinho por este automóvel que, embora seja raro de ver hoje em dia, é um dos grandes clássicos da história dos Air Cooler.


A Brasilia era feita no Brasil e exportada para diversos países do mundo, inclusive com uma versão 4 portas (oferecida localmente em 1979). Naquele tempo, e essas são as curiosidades do mundo automotivo, o brasileiro não gostava de carros 4 portas, um costume que só mudou mesmo na metade dos anos 1990. Até então o que você via eram grandes carros só com 2 portas, como os casos clássicos de Santana e a Royale da Ford, uma perua grande, familiar, em que nada poderia fazer tanto sentido como portas traseiras.

Outra grande história envolvendo o modelo, tem relação com uma grande concessionária paulista que fez fama transformando carros nos anos 1970 e 1980. A Dacon é conhecida por diversas mudanças que promovia nos carros que vendia, com o intuito de torna-los exclusivos, num mercado limitado como era o Brasil sem importação oficial. E a lenda que eles criaram com a Brasilia foi a adaptação de um motor 1800 refrigerado à ar, que vinha do Porsche 912. Sim, Brasilia com motor de Porsche, você vê por aqui.


Nos dias atuais o modelo vêm ressurgindo das cinzas e se firmando como um grande clássico dos anos 1970, infelizmente a década de 1990 e os primeiros anos desse século foram ruins para a Brasilia, era comum vê-las maltratadas e caindo aos pedaços pelas ruas. No entanto, quem quisesse uma era extremamente barata em estados encaráveis. Como carro velho virou uma cultura, ainda mais em Curitiba, é bom tomar cuidado pra não comprar carro "impecável" que no fundo precisa de uma restauração completa.

Se falarmos em preço, hoje em dia um bom carro, alvo de uma boa procura, vai sair em torno de R$ 10 mil. Pode parecer caro, mas trata-se de um carro em ritmo de valorização bem acentuado, não é raro encontrar modelos acima de R$ 15 mil. Se a estrutura geral estiver boa e a mecânica bem regulada, você terá apenas prazer em dirigir. É difícil explicar, mas a sensação é realmente boa, diferente dos carrinhos de hoje em dia que são todos iguais.


Por hoje é só, aquele abraço!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Guia do Usado - Chrysler 300M e 300C

Admito que conforme passam os meses, os modelos vão ficando mais raros e o estudo para escrever tem que ser maior. Não é segredo para ninguém que eu tenho um apreço grande pelos sedans mais antigos, sobretudo aqueles com raízes nos anos 1990. Os importados que figuravam no Brasil na época tinham nessa categoria muitos dos seus representantes. Hoje o tópico é sobre dois sedans emblemáticos, cada um à sua maneira, do período de 1998 até 2010. Chrysler 300M e 300C.


Quando eu falo cada um à sua maneira é porque a maioria das pessoas só conhece o irmão mais novo, por causa de uma tal novela. Mas no mundo dos carros, o 300M lançado em 1998 é muito respeitado. Seu design mais afinado e suave, símbolo de inovação e tecnologia, era conhecido como um carro à frente do seu tempo. Um pouco raro de se ver hoje em dia, não foi propriamente um sucesso de vendas, mas é um carro que chama muita atenção. Seu motor, versão única, era o 3.5 V6 de 240hp.

O 300M foi encerrado em 2005 e substituído pelo 300C, alvo de muito mais investimento pela Chrysler, o carro vendeu bem no Brasil e hoje é um dos preferidos para base de Limousines por aqui. A primeira geração encerrou em 2010 e dali em diante é difícil vê-lo, a crise que quase acabou com a marca afetou fortemente suas operações no país. A motorização deste vinha desde o 2.7 V6 até o furioso Hemi V8 de 5.7L. Esse motor possui uma tecnologia que desliga 4cc em baixa velocidade, tornando o carro mais eficiente e econômico no dia a dia.


Outro modelo de destaque nesse portfólio era a 300C Touring, uma perua invocada que unia a frente imponente do sedan com uma traseira inconfundível. Grade em destaque e vidros dianteiros pequenos eram o símbolo de imagem que este carro passava. O 300C é grande e de frente alta, chama muita atenção independente do ano. Já o 300M tem um desenho muito mais clássico e limpo, suas linhas fluem com mais suavidade, típico dos clássicos sedans da década que o criou.

Há um leque de importados muito interessantes no mercado de usados, alguns modelos com preços até bem atrativos, e a regra é simples, qualquer carro usado precisa de uma série de cuidados. No caso de carros mais exclusivos, é importante ter em mente que não são carros pra uso diário, a manutenção, por melhor que esteja o estado do carro, é cara, e esse tipo de carro não faz seguro. É como dizem por aí, rico não quer porque já é velho e pobre não tem porque não consegue manter.


São carros para donos específicos, o que pode ser uma vantagem caso o seu sonho seja ter um carro desses, porque se você topar com alguém querendo realmente vendê-lo, você será um dos poucos realmente interessados e poderá negociar melhor o preço. Só não espere muita margem de condições, o dono desses carros quer grana e não seu 1.0 ou sua moto, e o valor é à vista, a não ser que a pessoa seja lojista.

Atualmente há um 300M à venda em Curitiba (que eu conheço) por pouco mais de R$ 30 mil reais. É um carro único, qualquer intenção de compra deve vir acompanhada de uma verdadeira dissecação do carro em busca de atributos que justifiquem a decisão de compra. No caso do 300C há mais opções, entre R$ 70 e R$ 100 mil reais, dependendo do ano e motorização. É efetivamente outro nível de carro, e se vale a pena ou não, só tendo pra saber.


Começando pelo clássico 300M de 1999, seguimos para o 300C Touring e por fim o 300C sedan de 2006. Aquele abraço!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Guia dos Sonhos - Ferrari

Ano novo, sonhos novos, mesmo não sabendo até que ponto conseguirei me aproximar de uma dessas, é inegável o peso que a marca de hoje tem no mundo automotivo. Mesmo que eu assuma que a minha marca de superesportivos preferida é a Lamborghini, é um fato que 99% das pessoas que não sabem nada sobre carros, muitas delas mal a reconheceriam, sabem o que é uma Ferrari. A marca italiana é sem dúvida um símbolo de carro, esportividade, exclusividade e luxo!


O mundo está acostumado a ouvir que a Ferrari nasceu em 1946/1947, o que não é de todo mentira, mas essa data refere-se ao lançamento do seu primeiro modelo de produção. Bons anos antes disso, lá em 1929, Comendador Enzo fundou sua marca, uma equipe de corridas de carros vinculada à Alfa Romeo. Patrocinando seus carros e pilotos foi moldando sua fama e seu espírito para depois começar a desenvolver os automóveis que são verdadeiras obras primas.

Então vamos direto às curiosidades. Enzo sabia que não poderia custear todo o seu sonho sozinho, então o que hoje muita gente sabe (que a Ferrari pertence à Fiat) é tão antigo quanto a própria marca. A Fiat adquiriu uma pequena parte da Ferrari já em 1942, e aos poucos foi aumentando a sua participação até que em 1969 já detinha o controle majoritário da mesma. Assim foi até 2014, quando a empresa se emancipa e leva sua sede administrativa para a Holanda.


Maquinas como a Ferrari Dino, de 1967, a clara inspiração do nosso Puma. Mas espere, o Puma nasceu em 1964! Essa é mais uma das histórias do mundo automotivo que embalam aquelas entusiasmadas conversas de encontros. O visual do Puma na verdade foi inspirado na Ferrari 275, mais antiga. O Dino tem muita semelhança sim, mas isso já vinha de casa. Entre outros modelos icônicos da Ferrari, eu gostaria de me ater aos clássicos da minha infância e adolescência, e para estes eu começo com a Ferrari mais incrível que eu já conheci, a F40.

Lançada em 1987, a F40 era um brutamontes dificílima de pilotar (dizem os sortudos que tiveram chance) de produção limitadíssima. Dos modelos mais "comuns" eu ainda destacaria da 512 Testarossa de 1991, as duas populares dos anos 1990, até fáceis de ver no dia a dia, a F355 e a F360 Modena, além da mágica (também limitada e comemorativa) F50 de 1995. Uma clara "evolução" da F40, o que eu chamaria de arredondamento, porque não há comparativos entre as duas, sendo a segunda mais tecnológica e de visual suave, enquanto a mais antiga é o clássico em "pessoa".


A Scuderia Ferrari foi evoluindo no mundo das corridas até se tornar uma das equipes mais tradicionais e emblemáticas da Fórmula 1. Mesmo tendo ficado décadas sem um título, o que mudou com a chegada de Michael Schumacher, o sonho de muitos pilotos sempre foi chegar à equipe do vermelho sangue. Barrichello conquistou sua primeira vitória e várias que vieram depois, quando pilotava pela equipe.

Por fim, uma Ferrari sempre será um sonho. Mesmo que você compre uma, você mesmo irá sonhar com ela enquanto não estiver dirigindo. No entanto, uma Ferrari, assim como uma Lamborghini ou um Porsche, são carros que exigem um caixa financeiro razoável. Não custa lembrar que a alíquota de IPVA no PR é de 3,5% do valor de tabela do carro. Isso significa cerca de 50 mil ou mais de imposto, num modelo novo. Alugar uma em uma viagem à Itália? Eu investiria nessa vertente antes de comprar uma.


É isso aí galera, 2018 (no Blog) demorou para começar porque de resto ta bem apurado! Aquele abraço!