Aí vai um carro que eu tenho certeza que tem muitos admiradores. Eleito por diversas vezes como um dos carros mais emblemáticos dos anos 1990/2000, ocupava lugar nas garagens dos empresários e figurões da época. Reinou soberano diante de seus primeiros concorrentes e sua versão Collection de 2005 costuma ser mais cara que os 2006/2007 da geração posterior. Potência bruta, design arrojado, conforto e acessórios do que havia de melhor na época. O Chevrolet Vectra foi, e ainda é, sonho de muita gente!
Lançado no Brasil, vindo da Europa, nos idos de 1992/93, o destaque da primeira geração do Vectra é a versão GSi. Naquele tempo seu desenho era muito próximo ao do Astra que passou por aqui entre 1995 e 1998. Eu diria que o Vectra já chamava atenção, mas aquela geração perdia para o Monza em beleza exterior. Foi em 1997 que chegou o carro que viraria o mercado. Disponível desde os pobres GL até os top CD, alí que o sedan caiu no gosto do público de verdade.
O desenho clássico do Vectra vai de 1997 até 2005, com uma reestilização que o tornou mais contemporâneo e agressivo em 2000. Os motores dessa geração eram os clássicos 2.0 e 2.2, ambos eram originados dos 1.8 dos anos 1980 que a GM lançou com os Monza. Aliás, até o 2.4 da geração de 2006 e acima era proveniente daqueles. Algumas versões merecem destaque. O CD 1998 era um deles. Na versão com motor 2.2, os mais completos vinham com banco de couro e teto solar elétrico, além do painel digital. Era uma verdadeira nave.
Nas versões pós-2000 dá pra destacar os Challenge e Millenium, esses modelos são muito respeitados entre os sedan ainda hoje em dia, mesmo com mais de 10 anos nas costas. E claro, a versão Collection, a que aposentou a carroceria clássica, datada de 2005. Essa última versão é tão rara que numa busca pelos anúncios da internet, se você encontrar dois ou três na sua cidade vai ser muito. Lógico, depois disso ainda veio a última geração, que para os puristas não vale tanto assim, pois era na verdade a nacionalização do Astra europeu. Mas era um ótimo carro, com certeza.
Mas deve ser caro manter um Vectra, você se pergunta. Bom, se formos comparar com a manutenção de um Corsa, Uno, ou qualquer outro popular é claro que há uma diferença. Mas para andar com tal classe é necessário investimento. Aqui a grande questão é que vale a pena investir mais na hora da compra, por um carro que esteja realmente bom, do que arriscar levar um "preço de ocasião", porque motor Chevrolet quando começa a dar problema tem que preparar o bolso.
Eu o conduzi em uma ocasião apenas, era justamente o tal CD 1998. Foi na CCV próxima do ginásio do tarumã. Um rápido teste drive, disfarçando que eu teria alguma condição de trocar meu velho Chevette por uma maquina daquelas. Foi o suficiente para saber que aquele modelo era fantástico. Da pra dizer que a sensação de dirigir, aquele prazer que se sente ao volante, é um pouco parecida com a do Monza (seu antecessor oficial). Mas o Vectra guarda um quê a mais que o ícone dos anos 1980.
Esses guias são curtos e objetivos, são mais como uma opinião do dono (ou nesses casos, do fã) que servem para colocar a pulga atrás da orelha de quem tem vontade de comprar uma das joias descritas. E falando em comprar, vamos aos preços. Primeira geração, até 10 mil reais por um modelo impecável. Segunda (1997 a 1999) até 13 mil se acha um muito bom com km coerente com seu ano. De 2000 a 2004 já saltam pra mais de 15 mil, alguns quase 20. E a clássica versão 2005 pode preparar uns 25 mil. Na geração pós 2006 os carros ainda custam mais de 25 mil, pois já são quase seminovos já que estamos falando de uma categoria superior.
Para os mais atentos, as imagens em ordem são do CD 1998, Collection 2005 e Elite 2008. E no vídeo, o mestre do Blues, o lendário BB King! Aquele abraço!