quarta-feira, 1 de julho de 2015

Por um mundo com menos intolerância e mais amor!

O período pré-eleitoral de 2014 foi um marco para a história do Brasil, dos brasileiros e das redes sociais no país. Mas engana-se quem pensa que foi por causa do resultado das eleições. Foi na segunda metade de 2014 que as pessoas começaram a perceber (ou esquecer) que liberdade de expressão não pode ser confundida com guerra declarada de ideologias. Da noite para o dia as pessoas passaram a disseminar mensagens de apoio às suas ideias, mas sempre acompanhadas de repúdio, ódio e ofensa direta a qualquer um que não concorde com o que elas estavam dizendo.


Começou então a onda de briga de curtidas e compartilhamentos, todo mundo virou "formador" de opinião, e todos acharam que poderiam dizer qualquer coisa sem levar em consideração o público que vai ler. Nessa época também as pessoas perceberam o quanto a internet pode ser ruim. Se você não ofendeu ninguém, você pode ter perdido amigos (virtuais) pelo simples fato de que ficou quieto. Confesso que eu também errei nessa época, e fiz questão de tentar me redimir num post que ficou bem popular. Acredito ter feito a coisa certa.

Pois bem, a eleição passou, o Brasil vai bem mal, obrigado, e a ira das pessoas não se acalmou. Pelo contrário, a percepção de que o mundo precisa saber o que penso só se agrava a cada dia. Numa mesma semana nós assistimos pessoas se ofendendo porque alguém lamentou a morte de um cantor sertanejo, pessoas coloriram suas fotos em apoio a uma causa (alguns infelizmente fizeram só para aparecer, e isso é um fato), e outras pessoas começaram a criticar com apelo divino (não, não religioso, apelaram a Deus mesmo) ou então a causas diferentes! Sim, diferentes. O que a fome tem a ver com a homofobia? Nada.


Sei que posso estar, sem querer, apenas colaborando para um dos lados da história, mas de uma coisa eu tenho certeza. Deus é para todos, então a religião não pode ser usada como desculpa para criticar ninguém. Se você acredita fielmente que o outro está errado e que ele não se salvará. Paciência, você sempre fez a sua parte ao fazer o bem ao próximo, seja ele quem for. Quer dizer, você faz o bem ao próximo, não faz?

Ao disseminarmos a nossa opinião de forma ácida e ofensiva, estamos apenas nos tornando aquilo que não queremos, estamos transformando o mundo naquele que não queremos deixar para nossos filhos. Lembro dos documentários que assisti há anos atrás, que salientavam como o Brasil era um país acolhedor, onde todas as diferenças conviviam em paz. O que aconteceu com o país da tolerância? Do bom senso? Por que nos deixamos virar esse mar de provocações, ofensas e ódio?


Será que alguém vai ler este texto? Será que alguém vai entender ou só receberei criticas mentais de corações cheios de amargor? Será que é tão difícil viver a vida sem ter a necessidade de mostrar que está certo?

Se você pensou um pouco e encontrou algo para refletir, eu agradeço, mas ainda assim sei que muitos só vão voltar para a rede social e pensar na próxima forma de ofender outras pessoas...

E para quem gosta de uma legenda eu vou explicar as fotos: Um símbolo religioso não significa que estamos adorando uma estátua; uma ponte pode ser muito mais do que a ligação entre dois lados; e o diferente, o estrangeiro, aquele que muitas vezes você ofende (também) com suas postagens, pode lhe atender todos os dias e estar bem mais próximo do que você imagina.


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