Nas últimas semanas falei sobre corte de gastos, poupança, tive um post dedicado ao aproveitar que acabou por dar uma pausa na sequência que eu estava construindo, e hoje vamos dar continuidade com a arte de investir. Pois bem, para quem não lembra muito bem ou não estava acompanhando, nós começamos com algumas dicas de como não gastar no que não é necessário, passamos pela visão de um poupador e hoje vamos chegar a um investidor.
Para investir é necessário que você cumpra os requisitos básicos da sobrevivência financeira, ou seja, é esperado que você tenha uma fonte de renda, que você honre seus compromissos sem apelar para empréstimos e que você tenha o hábito de constituir uma reserva mínima para emergências. Sem estes passos, qualquer tentativa de investimento se torna infundada, pois onde sobra para aplicar também irá faltar para sobreviver. E há quem diga que é possível investir aquilo que não tem, pagar a fonte e ainda ficar com o seu lucro. Eu digo que essa não é a figura do investidor, mais sim a figura do apostador, ou num termo mais técnico, do especulador. Claro que há pessoas que ganham dinheiro dessa forma, mas a preocupação do Rápidas sempre foi pautada na segurança financeira das pessoas. Nossa filosofia está condicionada no bom aproveitamento dos recursos disponíveis. De forma simples, fazer bem com o que se tem na mão.
A vida de um investidor está sempre condicionada aos riscos que ele deseja assumir e a forma como ele avalia esses riscos. Assim também se refletirão os ganhos de suas aplicações. Na verdade qualquer aposta além de sua reserva de segurança pode ser considerada um investimento. Antigamente era bem mais fácil se sentir um investidor, um bom CDB já é suficiente para garantir que a taxa básica de juros, na época em alta, era o nível esperado de ganhos. Já com a queda dos juros, hoje em dia a arte de investir está cada vez mais complicada. Os ganhos das aplicações de risco baixo, como os CDBs e Renda Fixa, mal tem dado conta de recuperar o que a inflação tem nos tirado mês a mês. Não é um absurdo dizer que quem apenas guarda o dinheiro na verdade deixa uma torneira pingando que vai, ao longo dos anos, sangrando um pouco seus recursos.
Então investir é um mal negócio? Sei que não é comum admitir, mas hoje em dia investir não é mal negócio, é apenas um mercado nebuloso, frio e que demanda tanto trabalho em análise e conta com uma pequena dose de sorte, que hoje em dia para os pobres mortais é mais fácil assumir parcelas pelos bens desejados. Mas é tão simples quanto a Pirâmide de Maslow, os seres humanos são direcionados para suas necessidades. Do mais básico ao mais supérfluo, nunca vamos querem aquilo que não nos agrada. Por isso para alguns a necessidade hoje é um celular de última geração, um vídeo game, ir a uma balada cara, um carro novo, e por aí vai. E eu assumo 100% que também sou guiado pela mesma pirâmide, até porque meu vício por carros já tomou sim uma parte de recursos que eu poderia usar para outras necessidades. Mas o que é a vida sem o seu próprio estilo? O que seria da nossa personalidade se não a mostrássemos de vez em quando?
A questão é que chega-se a um ponto na vida em que você deixa de querer poder comprar as coisas, da forma como qualquer um com um cartão de crédito nas mãos o faz. Aliás, a vida com um cartão de crédito pode ser dividida em três partes. Poder comprar, que todo mundo que tem aquele pedaço de plástico pode; poder pagar, que a maioria esquece que vai ter que fazer; e por fim, poder viver sem ele. Essa é a graça, ter um cartão que você não precisa usar, mas sim o usa quando lhe é mais conveniente. Usa com sabedoria. Enfim, quando se deixa de poder comprar, quando se deixa o poder pagar, é que se chega ao poder ter. É muito mais prazeroso você dizer que tem um carro porque pode ter, do que dizer que pode pagar, ou ainda que pôde comprar. É algo a se pensar.
Bom, como sempre nós começamos com um assunto, vamos passeando, acabamos pegando um desvio que leva o tópico para os carros, mas que não deixa de ser totalmente contrário ao tema inicial, é assim que fazemos, este é o Rápidas. E falando na figura do investidor, talvez hoje em dia o investimento mais lucrativo que se pode ter apenas com o dinheiro é a boa e velha Bolsa de Valores. De vez em sempre falamos nela, para a grande maioria está a alguns cliques, mas mesmo assim parece tão longe. Um investimento centrado, objetivo, com uma estratégia traçada, pode render 30% em um mês. Mas também pode fazer você pegar um caminho de queda sem volta e quando você vai ver, não há mais aquele dinheiro que você investiu. É risco, é ganho, é diversão e emoção na tela e na mão. Mas vamos deixar o tópico Bolsa para o próximo post, porque esse já está de bom tamanho.
No ensaio da semana, algo novo, uma categoria de automóveis que eu admiro muito, tenho interesse, mas nunca tive a oportunidade de explorar. Jipes de 10 a 50 mil reais, todos usados. Da clássica e imponente Grand Cherokke Limited no início do post, passando pelo divertido Vitara, até o estranho, mas muito valente, Niva.
E para finalizar, mais um vídeo que brinda grandes clássicos do Rock N' Roll, uma daquelas músicas que te faz sentir melhor, te faz refletir e relaxar. E tudo bem que nem todo mundo curta o Rock da mesma forma que eu. É preciso ter a mente aberta, ser meio louco, e por que não admitir mais esta, para viver a vida de uma forma plena e totalmente abrangente é preciso sim estar disposto a encarar alguns sintomas da depressão. Não aqueles que te jogam para baixo e não te querem deixar levantar pela manhã, mas aqueles que te tornam mais forte e capaz de entender a vida de um jeito diferente.
E mais uma vez eu digo, nem todo mundo vai entender esse vídeo como eu entendo, porque nem todo mundo conheceu essa música da mesma forma que eu. Nem todo mundo vai achar interessante as fotos dos Jipes que coloquei, e digo mais, nem todo mundo vai achar interessante tudo o que escrevi. Mas o que importa nisso tudo que é que alguém, alguns, vão gostar do texto, vão gostar das fotos, vão gostar do vídeo. E esse é meu objetivo, agradar aqueles que sentem um pouco do que eu sinto, do meu estilo, das minhas ideias.
Obrigado!