Tenho percebido nas últimas semanas, que estamos vivendo uma fase interessante de nossa economia. Os juros baixaram, a demanda pelo crédito pessoal têm crescido nos bancos, o mercado de automóveis (termômetro natural das economias capitalistas), apesar de morno, têm atraído consumidores dentro de sua média histórica. Mas o que mais me causa admiração é que, mesmo com tudo isso, a poupança bate recorde de captação!
Galaxie socado no Curitiba Motor Show 2012!
Há uma razão muito simples para o aumento do número de brasileiros guardando dinheiro na poupança. Não significa que o mundo mudou e que a nação está repensando seus hábitos de consumo e resolvendo guardar dinheiro. Algumas pessoas podem até ter mudado seu modo de pensar e começaram sim a guardar um pouco mais, mas a grande verdade é que com a queda nos juros, toda e qualquer aplicação em renda fixa que cobre mais de 0,5% de taxa administrativa se tornou menos rentável do que a própria poupança. Ou seja, o que está acontecendo é apenas uma mudança de rumo geral. Pessoas que investiam em renda fixa passaram a investir na poupança, pois a ausência de taxas e a isenção de imposto de renda tornaram a nossa velha de guerra mais atraente. Simples assim.
E então o que dizer das pessoas emprestando dinheiro aos montes? Estão fazendo o que sempre fizeram. Há uma parcela da sociedade que é movida à empréstimos, mas não necessariamente à consumo. São pessoas que simplesmente não sabem como chegaram ao patamar de não pode pagar suas contas. Pessoas desorganizadas, impulsivas, mas que não valorizam suas próprias conquistas. Há quem diga que dinheiro é feito para gastar e que não se preocupam em ficar devendo. Mas de uma coisa pode-se ter certeza, o sono destes é no mínimo embalado por uma dose extra de preocupação. A vida é de cada um e as decisões sempre serão de cada um, mas eu sempre preferi a realidade de ser quem se é e ter o que se pode ter.
Recentemente foram noticiadas algumas ações contra a Caixa e outras instituições financeiras que baixaram os juros. O que alegam essas ações? São pessoas pedindo a revisão dos juros de seus contratos antigos para enquadra-los nas atuais taxas de mercado que são muito mais baixas. É lógico que muitas dessas pessoas ganharão, pois no Brasil as escolas de direito estão de parabéns pela forma como produziram seus advogados. Prefiro nem comentar sobre algumas coisas. Mas enfim, concordo totalmente com a Caixa, que em sua defesa afirma que as contratações de empréstimo no Brasil são à taxas fixas e não flutuantes. Agora me pergunto, se as taxas para empréstimos subissem, as pessoas iriam procurar a Caixa para dizer que deveriam pagar mais pelos seus empréstimos?
Fusca Herbie no encontro internacional de Hot Rods, AIC, 2012.
Será que as pessoas que fazem isso já ouviram falar em ética alguma vez na vida? Não sou dono da razão e nem quero ser, não sou perfeito e nem posso ser, mas numa coisa eu acredito fielmente. O que é certo é certo. É como aquela placa que diz que a sua faixa é obrigada a virar para a direita e você, no auge de sua imensa esperteza, corta todos os carros e segue em frente. Sei que pode não acontecer nada, mas o que é certo é certo. Ou pelo menos deveria ser, eu acho.
Deixando um pouco de lado as questões financeiras e falando sobre a parte automotiva. Há uma série de mudanças acontecendo em minha vida, nem mesmo sei se poderei cumprir com todas as metas que tracei no âmbito do antigomobilismo. Mas uma coisa é certa, e o ensaio da semana fala por si só, estou cada vez mais empolgado para investir pesado em carros de novo. Lógico que hoje eu tenho outras regras, e a primeira delas é que em hipótese alguma eu irei comprometer a estabilidade financeira da minha família. Portanto, pode ser que demore um pouco, mas a decisão existe, já foi validada e só depende de mim. Outra dúvida, antigo original, customizado, fora de linha equipado ou importado tuning? Qual será a pedida que mais se encaixará? Não tenho pressa, tampouco mentalidade infantil para me deixar levar por opiniões alheias, só o que eu sei é que quando se espera pacientemente a sua própria vitória, nenhuma inveja atinge ou desagasta aquilo que você conquistou.
Clássica Chevrolet Pick Up C10 dos anos 1970.
E como eu sou tipo um louco por listas, mas às vezes me canso daquelas que tomam muito espaço. Como no post passado, mas agora aplicado aos carros. Quero deixar aqui a minha (não é bem minha) lista dos carros populares que superaram as expectativas e viraram clássicos, febre, mitos e até mesmo celebridades no mundo dos carros. Em 5º lugar o Citroen 2cv, o popular francês, digno de sem lembrado por ter feito parte da história da automatização daquele país; em 4º lugar o Fiat 500, que recentemente foi reeditado como premium, mas também fez a história dos populares italianos; em 3º lugar o clássico britânico, que dispensa comentário e também figura entre os alta classe hoje, o Mini; a segunda posição vai para o carro mais amado da história, o meu preferido, o meu primeiro e inesquecível clássico, o indescritível... Fusca! Perai, mas por que tanto estardalhaço assim para o segundo lugar? Quem é o primeiro. Sou empolgado sim, mas de carro eu entendo, e não há nada na história automotiva que se assemelhe ao que este carro fez, a reinvenção dos carros. Nenhum de nós teria condições de comprar um automóvel hoje se não fosse por ele, o primeiro lugar só pode ser e sempre será, o Ford T. Não me interessa que nem todos entendam, mas a minha monografia de conclusão do curso de bacharelado em ciências econômicas foi sobre este carro.
Gostei das listas dispostas em parágrafos, apesar de mais visuais eu nunca fui muito com a cara daqueles pontinhos e tracinhos. E é por isso que antes de terminar com mais um lista, a tradicional de bandas, eu quero deixar uma dica de cerveja forte. Acho que vou mudar o slogan do blog para Economia, Carros, Rock N' Roll e Cerveja! Pois a entrada nesse mundo me fez lembrar que eu sou do tipo que não basta gostar. Tem que entender, experimentar, compartilhar e divulgar. Por isso a dica, Darguner Branerei, 8,5% de graduação, sabor bem acentuado e que deve ser tomada (como toda cerveja especial) em quantidade muito mais moderada que esses chás de malte que tem por aí, para garantir a completa degustação.
Por fim, mas não menos importante, o rock, é claro! O post da semana foi escrito embalado pelo black metal, ou death metal, sei lá. Só sei que na minha opinião metal é metal, os subgêneros são as próprias bandas. Não há como comparar a sonoridade e o estilo instrumental de uma Black Sabbath a um AC/DC, e tudo é rock. Metallica é metal, Iron Maiden é metal, mas as duas bandas, além de qualquer bobeira, convivem no olimpo de quem é fã da música pesada. Música com personalidade, sem querer agradar ninguém agrada a todos. E por isso mesmo que eu digo que Pantera e Megadeth são representantes quase que paralelos da sombra dos imensos citados antes, mas que são Metal puro e capaz de destruir e fazer vibrar qualquer bom fã de música!
É justamente por isso que eu fecho esta semana com o ex-guitarrista (praticamente expulso) do Metallica, que se reergueu e conseguiu ótimos sucessos na obscuridade, para mim tão clara como a luz do sol, do Metal!
Abraços e muito, mas muito obrigado!
Oi Ney. Adorei o post. Sabe um tema que gostaria que você abordasse (não me lembro se vc já falou disso em outros textos): a diferença entre a popança brasileira e o conceito de poupança...
ResponderExcluirBjos