terça-feira, 9 de setembro de 2014

Eu não sou normal, nem aqui nem na China!

São tantos momentos que passam no dia a dia, que fazem a gente refletir, sobre como nos comportarmos diante de tais situações, sobre como reagirmos diante daquilo que não concordamos. De uma coisa eu sei, tenho me controlado muito, e acho que estou conseguindo, para não dizer tudo que penso em redes sociais. É triste que nos comentários de cada status de um facebook da vida você ache tantos comentários maldosos, tantas indiretas, tantas bobeiras de gente que não faz a mínima ideia dos reais motivos de alguém postar alguém que nem todo mundo concorde. Enfim, a melhor coisa para fazermos com muitas das nossas opiniões e guarda-las.


Mas falando da China. Um país interessante. Você sabia que nos idos de 1800 a China era a grande potência mundial? Pois é, o que estamos começando a ver agora não é uma novidade, e sim uma retomada do poder. Em 19830, 30% do PIB mundial era responsabilidade chinesa. Esse cenário só começou a mudar com a revolução industrial, que migrou o poder para Europa e EUA já no fim do século XIX.

No entanto, nem tudo são flores. A mesma China que cresce 8% ao ano, enquanto o Brasil está lutando para chegar nos 0,45% esse ano. Aliás, não quero falar de Brasil, assim como não quero ficar dando patadas no Face, já não há motivos para falarmos de política interna. Talvez a crise esteja longe de ser como a Argentina, mas nossa economia vai mal das pernas e sem perspectiva de melhora significativa pelos próximos anos. Eu sei o que eu não quero, mas está difícil decidir o que seria melhor para nós. Enfim, a China. Que cresce 8% ao ano, é a mesma China de uma desigualdade social gritante, pior que a nossa! De uma poluição em níveis alarmantes, piores que o nossos! De uma vigilância sanitária deficitária e um sistema educacional entre os piores possíveis. Sim, é a mesma China que cresce 8% ao ano... Nem tudo são flores, que eu gostaria de traduzir como, nem tudo é dinheiro.


E é aí que eu passo a falar de mim. Como economista, bancário e quase professor, estou em constante movimento no meio das mais diversas pessoas, das mais diversas classes sociais, dos mais diversos ramos de atividade. Dos assalariados aos empresários, dos vagabundos aos desempregados, dos que ralam muito pra ganhar pouco aos que pouco fazem para já ter muito. Mas uma coisa eu posso dizer com segurança. Pobres são mais felizes! É verdade, não digo que os problemas financeiros não tirem o sono de quem tem pouco, mas a questão é que eles tiram muto mais de quem acha ter muito. Pessoas que se acham ricas normalmente estão fodidas. Me perdoe o palavreado, mas é bem por aí. O nível de endividamento e inadimplência é maior entre quem ganha mais. É óbvio que um dos motivos é pelo fato de terem mais crédito, mas isso só prova o quanto não sabem usar.

Eu não preciso de muito dinheiro, graças a Deus. Como já dizia Falcão (do Rappa, não aquele do "i not dog no"). Tudo bem que para alguns eu posso estar rindo em cima de uma pilha de dinheiro, mas a verdade é que em algumas faces do mundo que eu vivo eu continuo sendo dos mais pobres. E é engraçado como as pessoas querem julgar. Elas não conseguem deixar de julgar. Quando digo que tenho três carros, uns me chamam de rico e outros dizem, com ódio no olhar, que se eu vender os três não consigo comprar um carro zero. Eu sei disso, e tenho muito orgulho! Orgulho de não ter pago uma fortuna num carro que só manteve aquele valor até entregarem a chave na mão do dono.


Quais são os conceitos mais importantes para pessoas ditas normais? Status! Ter o melhor, parecer ser melhor, carro do ano, último modelo, imagem é tudo. E os meus? Adoro carros, mas gosto muito mais do meu dinheiro. Dinheiro conquistado com muito esforço para entregar tudo a uma concessionária. Prefiro ir assim, garimpo um aqui, outro ali. Outros carros simplesmente vêm a me escolher, e assim a vida vai. Sou pobre? Não, eu sei que não. Mas dou valor a cada centavo.

E pra fechar com Rock, Van Halen pra vocês. Pode parecer bobo da minha parte, mas eu acredito que existem músicas tão boas que merecem uma pausa para contemplação. São 6 minutos desligados do resto do mundo para se dedicar ao bom e velho Rock N' Roll, esse é o espírito do Rápidas. Economia, Carros e...


Abraços e muito obrigado!