Estamos vivendo um tempo em que, só quem vive em mundos paralelos não percebe, que a humanidade está decaindo, e rapidamente. É até uma coincidência infeliz que este texto vá ao ar no dia 20 de abril. Eu não sei quando você está lendo, mas neste ano de 2023 a internet foi inundada por supostas ameaças de ataques a escolas, em alusão a outros eventos históricos.
Mas então o que ocorre? Quem está por trás das tais ameaças, e quem é o Supervilão por trás dessas maldades? Será que alimentar o assunto não pode gerar, além da preocupação óbvia, estímulos a mentes fracas como as que já foram responsáveis por atos semelhantes? Infelizmente a resposta é menos simples e mais ampla.
O vilão dessas histórias, é a própria humanidade. É a pessoa que bola uma mensagem correlacionando eventos quase sem nexo, mas que com um pouco de engenharia social acabam tento um sentido absurdo. É a pessoa que tem o mal dentro de si e acaba de fato criando a sua motivação para atos inexplicáveis, em sua maioria. É o "cidadão de bem" que leva a mensagem adiante na sua cruzada contra, bom, muitas vezes eles não sabem responder contra quem.
E não vamos tão longe, voltemos para o nosso dia a dia. Todos sabem que eu sou um entusiasta do mundo automotivo, o blog tem muito disso, e uma das coisas mais impressionantes é como podemos pegar o mundo do automóvel para explicar grandes momentos da sociedade. Sejam questões de consumo, dada a relevância do Bem carro, mas nesse caso, comportamento.
Nos anos 90, o importante era ter um carro, um modo de se locomover; existiam, assim como antes, grandes diferenças sociais e grandes diferenças entre os carros, mas dava-se menos atenção a isso, cada um tinha o que cabia no bolso. Nos anos 2000 houve uma forte industrialização da área no país e um incentivo ao consumo, fazendo com que o importante era ter um carro novo; e aqui mais uma vez existiam as diferenças sociais, mas o Uno, Celta, Gol básicos 0km dominavam a cena.
Com o passar das décadas, ali na virada entre 2010 e 2015, a indústria percebeu que o público queria mais acessórios e os carros passaram a ser mais luxuosos e mais caros. Entramos na Era em que o mais importante era o melhor carro; claramente havia competição entre as pessoas para ostentar o melhor em relação ao outro. Reforço, as diferenças sociais continuavam lá, mas o comportamento mudou.
Aí veio um tal de 2020 e junto com ele a Pandemia. Muitos acharam que o mundo estava sendo castigado e que, ao passarmos por tudo que passamos, abriríamos os olhos para tamanha decadência e talvez nos tornássemos pessoas melhores. De fato alguns refletiram, muitos sofreram, mas teve uma parcela de pessoas que tornou-se ainda pior.
Voltando ao mercado de automóveis, agora não basta ter o melhor, agora o mundo vibra com a desgraça alheia. Você só estará plenamente satisfeito se você tiver o melhor (inclusive pagar é o de menos, qualquer coisa processa, diz que foi enganado e posterga até o banco tomar), mas o pior vem agora. Você estará satisfeito se ver o outro passando dificuldade! Se o outro não tiver como trocar de carro ou então perdê-lo, que seja antes de você né?!
Pode soar um absurdo, mas infelizmente essa é a verdade. Estampada todos os dias em todos os comentários de rede social espalhados pelo mundo. O que se vê hoje em dia é basicamente ódio, julgamento, pessoas tentando impor o seu ponto de vista e refutando totalmente, e sem pensar, os argumentos do outro. É isso que nos tornamos.
Então o Mal, que está sim ganhando o jogo, ele está na sociedade. ele está no dia a dia, ele está ao seu lado, ele está no seu celular. E quando você não o vê, ele pode ser você! Eu até tinha coisas pessoais que queria muito expor, mas se o fizer, dependendo da maneira que fizer, estarei entrando para o lado errado e acho que o objetivo desse texto é outro.
Mas algumas coisas boas, e que são boas do meu ponto de vista, não quero ser arrogante de achar que todos devem fazer. Mas algumas coisas boas eu posso e quero contar! Quando o mundo está do jeito que está, eu resolvi comprar uma Belina velha para ir trabalhar! Ela da problema? Dá! Às vezes fico na rua? Sim! Mas ao longo dos anos eu adaptei a minha vida para poder passar por esses imprevistos. Ok, eu admito que ela não é meu único carro, mas pelo que custou, tê-la não é nenhuma ostentação.
Outra coisa que quero compartilhar é que, depois de quase 20 anos eu comprei um Disco de Vinil, um LP! Eles andaram voltando à moda, mas meu aparelho eu me desfiz uns 5 anos atrás e só recentemente arranjei outro. Mas o que isso tem a ver com a maldade do mundo? Simples, o vinil tem, em média, 20 minutos de duração em cada lado, e se você quiser aproveitar a música como deve, você deve se desligar de outras distrações, até mesmo do celular. E minha coleção antiga volta à ativa!
A moral da história do Vinil, é que quando você está cuidando de você, você tem menos tempo de ler o mal, alimentar o mal, e às vezes ser o mal. Então, se você leu até aqui, fica o meu recado pessoal, cuide de você, não abra mão do mundo, mas olhe pra você, para o que você pode fazer para melhorar essa sociedade. E pode ser qualquer coisa, por menor que seja.
Antes que eu esqueça, o blog tem um viés automotivo, então eu trago como imagens de hoje, alguns carros que tive, que ilustram bem o texto. Desde a dupla Uno e Monza, passando pelo meu segundo Fusca, outra dupla, de Clio, com participações especiais, e ela, a Belina que citei antes. É isso aí, aquele abraço!
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