A marca de hoje não está disponível formalmente no mercado brasileiro, talvez por decisão da GM mundial, optou-se por nunca se oferecer automóveis dela por aqui. É um símbolo da história dos carros de luxo nos EUA, ao ponto que o rei do rock Elvis Presley era grande fã e possuiu vários modelos. Confesso que nunca me havia ocorrido de escrever sobre ela, mas minhas últimas aventuras no mundo dos carros me deram uma outra visão. Com vocês, a Cadillac.
Fundada em 1902 por um ex-sócio de Henry Ford, enquanto este estava empenhado na popularização do automóvel, a ideia da Cadillac era a valorização de seus proprietários por meio do luxo. Hoje em dia sabemos que há espaço no mercado para todos os consumidores. A Cadillac logo chamou atenção de um novo grupo que estava se formando com objetivo de conseguir acesso a financiamentos de forma mais rápida e segura. Antes de 1910, Cadillac, Buick e outras marcas já faziam parte da gigante General Motors.
Eu gosto de dividir a história da Cadillac em duas fases, a fase clássica que vai desde a sua criação até os anos 1970 e a fase moderna que teve início no fim dos anos 1990 com a chegada do Escalade e se consolidou com o CTS em 2003. No meio disso tudo a marca continuou produzindo ótimos carros, mas no fim das contas eram sempre plataformas mundiais que ganhavam sua logo e um luxo forçado. Mesmo assim um Cadillac sempre será um Cadillac.
Da fase clássica é importante citar três modelos, o Eldorado (carro preferido de Elvis), o sedan DeVille e a limiusine Fleetwood. Se você nunca ouviu falar nessa marca, pelo menos um desses três modelos você já viu em filmes. Aqui em Curitiba é possível encontrar tanto o Eldorado como o DeVille, em alguns fins de semana de sol na praça da Espanha e feirinha do Largo da Ordem. Trazidos via importação independente, fazem parte do grupo de antigos que nem todo mundo consegue ter. Esses carros são mais do que dinheiro, mas sim oportunidade e boa dose de sorte.
Já do momento em que a marca renasce para o mercado, eu gosto de destacar a Escalade, um SUV gigantesco, bem ao estilo americano, que é o máximo de luxo que você terá num carro desse porte. Além é claro do sedan CTS de 2003, um sedan imponente mas de tamanho médio, que "popularizou" em vendas. E por fim o Cadillac que eu realmente conheço, o SUV médio XT5 de 2016, com motor V6 3.6 de 310cv, teto panorâmico, controle de tração e uma série de equipamentos que fazem dele mais confortável que a sala da casa de muita gente.
Por que eu conheço o XT5? Quando estávamos programando a viagem aos EUA eu fazia questão de alugar um carro americano, de preferência um sedan, aí reservei um Buick LaCrosse para quando chegássemos. Bom, eis que quando fui buscar o carro me ofereceram os tradicionais upgrades sem custo e eu acabei saindo de lá com o XT5 com apenas 4mil milhas rodadas (eu entreguei com quase 6mil). E assim pude passar quase 15 dias chamando este Cadillac de meu, cruzando três estados num misto de estradas, freeways, transito pesado e ruas desertas na America!
Um Cadillac dos anos 1950 e 1960 não tem preço, essa que é a verdade, aqui no Brasil devem valer em torno de R$ 300 mil reais se algum colecionador decidir vender. Nos EUA o sedan CTS do início dos anos 2000 pode ser visto nas lojas por cerca de U$ 5.000 dólares, sim, os preços de lá são assim mesmo. O XT5 é vendido 0km em torno de U$ 40.000 dólares, em reais só convertendo seriam uns R$ 130 mil + impostos, o preço dele se chegasse ao Brasil, deveria girar próximo dos R$ 400 mil reais.
Fatos em fotos, um XT5 nos arredores de Los Angeles (esse era o "meu"), um dos muitos Eldorado de Elvis Presley (sim, cor de rosa) e por fim, o popular CTS. E pra fechar, nada melhor que o Rei cantando em Vegas. Aquele abraço!
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