Depois de mais um daqueles intervalos de ajuste entre a vida real e a vida virtual, tentarei hoje abordar alguns temas relevantes do momento, seja na economia, no mercado automotivo ou ainda do Rock N' Roll!
A crise instalada na política do nosso país faz vítimas regionais. O massacre do centro cívico nos mostra que (independente do partido) os políticos cada vez mais fazem questão de mostrar que são pessoas acima da sociedade normal. Sociedade que os elegeu. Sobre os projetos, me limitarei a enfatizar que a forma de aprovação dos pacotes emergenciais do estado já mostram o quanto tais projetos podem ser ruins para a sociedade. E a desculpa de que o Estado está quebrado me surpreende, pois assim como a Prefeitura atual paga pela má gestão anterior, o estado passa pelo mesmo problema. Com uma pequena diferença: a gestão anterior do estado era a mesma que a atual, estou me referindo ao mesmo governador que tivemos nos últimos 4 anos.
O massacre? Apenas um replay do que aconteceu em 1988, quando o governador da época mandou a cavalaria para cima dos professores. Onde está esse sujeito hoje? É o senador mais votado do nosso estado e um aclamado político da "oposição". Isso só me faz pensar que muitos que tiveram a tristeza de vivenciar aquele momento, hoje votam em quem foi seu responsável direto. E daqui a alguns anos? Estaremos aclamando o menino Beto Richa, responsável direto pelo que houve agora, também para o senado federal, ou até vôos maiores? E olha que de voo ele entende.
Enfim, outro assunto em pauta é sobre a possível venda do banco HSBC. Pelas fontes que tenho, lá dentro pouco se fala, mas aqui fora a mídia especializada está bem adiantada no assunto. Há um processo de venda em andamento que começará a receber as proposta formais dos interessados já no mês que vêm. E um banco que apresentou prejuízo superior a meio bilhão de reais no exercício anterior precisa mesmo repensar sua estratégia. Como ex-funcionário da referida instituição, só o que posso dizer é que não existe uma clareza na informação aos seus funcionários atuais. Boatos sempre houveram, mas no momento o que se assiste é uma realidade que preocupa (e com razão) todos que lá ainda estão, mas que está sendo tratada como sempre foi, com declarações secas de que "está tudo bem".
Você está comprando ou vendendo carro atualmente? Eu costumo dizer que se não está, está pensando. No mercado mais popular do mundo e referência para as grandes economias, estar de carro novo é a forma de dizer que a crise não me afeta, embora eu adore dizer nas redes sociais o quanto a crise afeta. Contraditório, no mínimo. Mas de qualquer forma, quem está querendo comprar sabe que se paga caro por carros no Brasil, e carros que desvalorizam muito. Quem quer vender só acha que o seu vale mais, mas no fim das contas acaba dando quase de graça na troca (em loja) porque já não pode aguentar mais a vida sem o status que o carro novo lhe proporciona.
Meus amigos sabem que eu colho os restos desse mercado (pergunte-me como), e só tenho a dizer que é uma atividade de muito prazer e risco. Estar na contra-mão da sociedade gera o julgamento dos demais, a desconfiança de alguns, mas também pode gerar um retorno que é sempre bem vindo. O mercado de automóveis usados é feito de uma correlação simples de margem e preço. Eu compro carros que eu não preciso com uma margem justa e os vendo por um preço abaixo do praticado no mercado para pessoas que os querem. É uma estratégia que agrega risco, por isso exige margem, mas ao mesmo tempo é honesta e transparente. Cada um vive a vida do jeito que se sente melhor.
No ensaio, o fantástico mundo do antigomobilismo. E no vídeo, só um aperitivo do que foi...
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