quinta-feira, 19 de março de 2015

Não podemos perder a esperança.

A economia é exatamente igual a uma depressão. E quando digo depressão eu quero dizer a doença mesmo. Que me perdoem aqueles que já tiveram ou que tem familiares na situação, as minhas comparações são apenas ilustrativas e eu quero deixar bem claro que pouco entendo da enfermidade. Mas eu imagino que quem está se sentindo mal, só tende a piorar se não enxergar uma esperança no futuro.


Talvez para alguns a esperança esteja daqui a alguns anos, e para outros a esperança está até mesmo longe daqui. Mas o fato é que ela existe e deve ser para todos. O dólar vai subir ainda mais, a taxa de juros vai subir ainda mais, os preços irão subir e a taxa de desemprego também. Mas isso não é motivo para deixar de fazer planos, não é motivo para desmarcar viagens, deixar de concretizar sonhos. Só é preciso ter em mente que viver ficou mais caro.

E como nos preparamos para isso tudo? A resposta é simples, porém não tão fácil de pôr em prática. Cortes no orçamento aliados a uma maior responsabilidade financeira. Muitas famílias pagam mensalidades exorbitantes de clubes que utilizam duas a três vezes por ano. Isso é um exemplo de gasto que se pode repensar. Tenho um amigo, negociante de automóveis como eu, que paga uma taxa de 300 reais por mês para ter uma página num famoso site de lojas, teve de repensar, cortar. Será mesmo que a gasolina mais o estacionamento não estão pesando muito mais no bolso do que a paciência de pegar o ônibus?


É fase de repensar. Se você prefere sair às ruas para protestar porque está insatisfeito, eu até concordo e acho bacana, quem sabe assim o governo concentre algum esforço em tentar melhorar as coisas. Mas no fundo, de nada adianta se não cuidarmos de nós mesmos. O governo não aumentará nossos salários na proporção de que está aumentando os impostos, portanto, precisamos saber que viver ficou mais caro.

Agora uma interessante notícia que chamou minha atenção essa semana. O Facebook irá disponibilizar no EUA, através do WhatsApp, a possibilidade dos usuários fazerem transferências de valores em contas corrente utilizando o aplicativo. E de graça! Imagine, você foi almoçar e esqueceu o cartão. Seu amigo lhe paga a conta, mas antes que ele passe o cartão no restaurante a sua parte já está na conta dele.


Um pequeno passo para os usuários de aplicativos, mas uma grande dor de cabeça para os bancos. Ainda mais num país como o Brasil, com um congresso movido a lob (pressão de um determinado grupo ou setor em prol de interesses próprios), onde os bancos fazem isso, mas cobram caro pelo serviço.

De qualquer forma, antes que eu possa transferir grana para meus amigos via zap zap, é mais importante que eu tenha dinheiro. E isso vai depender da forma como cada um de nós enfrentará um ano que não deve ser dos mais fáceis.

E quando eu digo enfrentar, significa planejar, cortar gastos se for necessário, mas ao mesmo tempo investir nas duas coisas que mais têm retorno na vida. Capacitação e bem estar. É preciso estar pronto para, no mínimo, não estar do grupo que irá entrar na estatística do desemprego. E ao mesmo tempo não se deve deixar de curtir a vida ao lado das pessoas que te fazem bem, se for pra valer a pena, vale até pagar mais caro.


Você deve conhecer a música do vídeo de uma famosa série de tv da Fox. Mas saiba que o hit é bem mais antigo e pertence a uma banda chamada Journey. Mais uma das memoráveis baladinhas dos anos 1980. E é bom lembrar que os anos que foram fantásticos para a música, que também trouxeram automóveis incríveis para as ruas, também foram muito feios para a economia. 

Eu sei que parece incoerência falar em cortar gastos e colocar fotos de Camaro, Ferrari e Dodge, mas a verdade é que com planejamento e ao mesmo tempo seguindo seus sonhos, quase nada é impossível. Fotos de minha autoria. Valeu galera!

E hoje tem direito a Bis no vídeo, aí vai mais uma boa do Journey!


quarta-feira, 4 de março de 2015

Uma bolha chamada Dólar!

Que o Brasil está mal das pernas todo mundo já sabe. Seja por um excesso de bondade efetuada em anos anteriores, seja por menosprezar uma crise que trouxe ondas secundárias bem maiores que as esperadas, ou simplesmente pela guerra política declarada nas últimas eleições; a economia está em crise. Particularmente eu preciso me controlar, pois minha intenção não é falar de política, mas é inegável que estamos vivendo reflexos no nosso dia a dia.


O objetivo de hoje é tentar descobrir se a alta do dólar também está relacionada a esses fatores, ou se o dólar é um caso a parte. Os acontecimentos das últimas semanas começam a nos mostrar que o dólar impacta, mas pouco tem a ver com o cenário doméstico. É fato que nos últimos tempos a moeda americana tem batido recordes de cotação, porém essa alta não é isolada no mercado nacional. No mundo todo, principalmente impactando os emergentes, o dólar está batendo recordes.

Qual é o motivo então? Alguns fatores estão colaborando para essa alta em massa do dólar. E na sua maioria, como sempre acontece com esse maldito mercado, são rumores. As pessoas semplesmente acreditam que o dólar vai subir, e por isso ele sobe. Os fatores mais pontuais em que se pode crêr nos retomam ao freio que a economia chinesa está aplicando nos motores de seu crescimento. Ao invés de crescer indiscriminadamente, os chineses estão se adaptando a um ponto mais sustentável, ou seja, a economia chinesa deve crescer menos, mas melhor.


O problema é que um espirro lá, gera um tsunami no resto do mundo. Do dia pra noite o maior consumidor de materias prima do mundo passa a comprar menos. Isso impacta diretamente na receita de milhares, ou milhões de empresas pelo mundo todo. Porque ao passo em que eu, você e todas as pessoas compram da china, todas as empresas de produtos primários vendem para a china.

Outro fator é que a Europa ainda está se recuperando da crise. A Grécia, apesar do alívio anunciado em novos prazos para pagamento de suas dívidas, ainda puxa a economia do continente inteiro para um degrau abaixo do ideal. E economias em crise compram menos e investem menos. Com tudo isso a palavra de ordem é liquidez.


Os investidores, as pessoas normais, as empresas e os governos estão procurando manter dinheiro em caixa. Segurar nos gastos, evitar desperdicios, e ter uma reserva em moeda corrente para enfrentar um momento que ainda não se sabe qual é. Só que ao levarmos isso ao âmbito internacional, vamos chegar a conclusão de que o dólar é o sinônimo maior de liquidez.

Por fim, o Brasil vai mal, ajudado por um mundo que não vai bem, e o dólar sobe porque todo mundo está querendo a sua cota de emergência. Essa bolha vai estourar? Sim, mas o mercado ainda vai infla-la até o seu limite, e até que o dólar comece a baixar tem muita água pra rolar. Mas um coisa eu garanto, como em qualquer crise, tem muita gente ganhando muito dinheiro com cada coisa que acontece, seja de bom ou de ruim. E para nós só sobram os aumentos...


No ensaio, os clássicos nacionais, Caravan, Karmann Ghia e Maverick. No vídeo, um pouco de Grand Funk Railroad com We're An American Band!

Abraços!!!