Estimulado pela recente multa que tomou as Casas Bahia, de mais de 7 milhões de reais, por prática irregular de venda casada, eu me animei a escrever sobre o tema. Resultado de uma investigação que vêm desde 2012, não só a loja referida, como Magazine Luiza, Ponto Frio, Ricado Eletro, Fast Shop, entre outros, também foram multados em cifras milionárias por motivo semelhante. Mas o que é venda casada? De onde surgiu? Como ela vive? Do que se alimenta?
No globo reporter desta noite... Ops, desculpe.
Vamos lá, a venda casada é uma prática comum no mercado, é tida como irregular, mas nem sempre é só prejuízo. No casos das lojas, o problema está, como sempre, no excesso de ganância. Alguns diriam segurança, mas garantia estendida é só uma invenção que tem como objetivo principal o lucro. Totalmente diferente de uma seguradora, onde um valor coletivo é usado para cobrir eventuais sinistros, essa garantia estendida é uma maneira da loja ganhar dinheiro e, se o cliente reclamar, depois de tentar de todas as maneiras jogar a culpa no cliente, pegar um produto (de custo praticamente zero) e ficar com a imagem boa com o cliente.
O fato é que, em muitos casos, o vendedor não explica que essa contratação é opcional. E é aí que mora o perigo. Não há nada de errado em inventar um engana trouxa e pescar mais dinheiro pra sua conta. Mas há tudo de errado em não falar ao cliente o que se está fazendo. E também está errado vir com a desculpinha de que "só podemos liberar essa taxa com garantia". Mas quando a venda casada é bom negócio para o cliente?
Um exemplo, mais do que óbvio, é a contratação de seguro atrelado ao financiamento do seu automóvel. Mesmo que em 50% dos casos, pra dizer pouco, o valor não seja melhor do que a seguradora mais barata, a comodidade de sair da loja, ou do banco, com o carro segurado, vale os trocados a mais. Sem falar que você vai trabalhar com uma única instituição, facilitando seu relacionamento e minimizando o stress na resolução de eventuais problemas.
A minha dica na hora de comprar ou contratar qualquer serviço é muito simples. Escute a proposta do vendedor, avalie o tal seguro ou garantia oferecida, se você tiver vontade de contratar e achar que o custo não é absurdo, vá em frente, faça uma corporação feliz. Mas se você for uma pessoa normal, que sabe que não há muita necessidade de garantia estendida para uma tv ou aparelho de som, seja cordial e diga que não quer. O vendedor vai vender o peixe dele, vai dizer que é bom, que vale a pena, que o custo é baixo e tudo mais de arsenal que ele tiver. Se a coisa ficar chata você pode levantar e dizer que não tem mais interesse (o que possívelmente gere uma reação a seu favor), mas se a maldita contratação for impossível de negar, aí tem a dica final.
Pouca gente sabe, mas esses segurinhos, ou garantia estendidas, são contratos à parte da contratação principal, e são geridas através de uma seguradora ou gestora específica, ou seja, é um serviço que pode ser cancelado sem custo adicional e sem relação com a compra principal. Ou seja, se for impossível não contratar a porcaria da garantia, cancele no dia seguinte! Dicas do Economista by Rápidas. Um abraço à todos!
Entre Mercedes, Puma e até uma Marajó, o ensaio retrata um encontro de carros na Praça da Espanha, eu Curitiba.
O vídeo da semana é da banda que está vindo se apresentar no Brasil em abril!
É isso aí galera!
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