sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mas é que eu ganho pouco...

Dia após dia mais pessoas se perguntam os motivos pelos quais não conseguem estabelecer um bom equilíbrio financeiro, e para muitas dessas pessoas a resposta é dizer apenas que ganham pouco. Mas será que é assim mesmo? As pessoas ganham pouco ou estão querendo um padrão de vida acima do que podem pagar? Bom, de certa forma as duas coisas são iguais. Ganhar pouco é não poder manter o padrão de vida que gostaria, mas usar isso como desculpa para não fazer nada ou só reclamar é que está errado!


Felizmente há uma ferramenta matemática capaz de ajudar a todos nós, basta saber usa-la. E ela se chama, porcentagem! Quando convertemos nossa renda familiar em 100% fica muito mais fácil descobrir onde gastamos mais, onde gastamos errado e onde podemos fazer sobrar. E a mágica da porcentagem é justamente o fato de não importar o quanto se ganha, é tudo 100%!

Se me perguntarem se hoje eu acho que ganho bem eu direi que não. Se me oferecerem um aumento de 50%, aí direi que ganho bem? Continuarei dizendo que não. E no inverso, se me perguntarem se ganho mal eu responderei que não. Se cortarem meu salário, bom aí o bicho vai pegar! Mas mesmo assim não poderei dizer que não posso sobreviver. Pois até muito pouco tempo atrás eu e minha família vivíamos com menos. E quais são as dicas básicas para viver bem com aquilo que se tem na mão?

Basta não querer ser mais do que se pode, ou alguém que não se é! O erro primário das pessoas que passam a ganhar um pouco mais é comprometer seu aumento com uma parcela! Perceba e se reavalie, quantas pessoas você conhece, se não você mesmo, que aproveitou um aumento para se endividar?

E hoje em dia que o governo resolveu super-estimular o consumo, o que criaram? Super-endividados! Sim, estudos mostram que a baixa dos juros levou tantas pessoas às compras que impulsionaram a ilusão da capacidade de pagamento em pessoas que não podiam, criando assim dívidas monstruosas. E agora? Vai entrar com processo para rever os juros altos? Isso não existe mais! Agora é você o responsável pelas péssimas decisões que tomou. Sempre defendi que deveria ser assim, que somos responsáveis pelas nossas decisões, que temos que arcar com nossas dívidas e pronto. Não importa se o juro era alto, não importa se a parcela não cabe mais no bolso, não importa sequer se me arrependi amargamente. O que importa é que eu uma pessoa capaz de assumir uma dívida é capaz de avaliar o tempo que essa dívida irá durar!


Há casos sim de imprevistos, há casos sim em que uma emergência faz tudo mudar de rumo, mas é para isso que serve o planejamento. Uma pessoa, um casal, uma família, que planeja seus investimentos, tem a capacidade de gerir crises de forma a não ter impactos relevantes. Basta ter a poupança que eu tanto falo! basta ter a reserva financeira para crises e externalidades. E para ela, basta não gastar com besteiras. E para não gastar com besteiras basta transformar seu salário em 100% e os gastos em fatias, para montar o seu balanço patrimonial. Mas eu não sou um contador! Você não sabe colocar ganhos de um lado e soma dos gastos do outro lado? Nem merecia ganhar dinheiro então!

Pouca gente vai achar isso válido, mas estar de bem com a vida é fator essencial para saber administrar seu dinheiro. Energias positivas atraem a consciência que falta para pararmos de nos deixar levar pelo que os outros acham melhor para nós! Não vou comprar um carro zero se não tiver dinheiro para isso! Não vou viajar no feriado se sei que isso poderá comprometer minhas finanças. Passarei até mesmo o carnaval em Curitiba se for pelo bem da minha saúde financeira! Seja forte para dizer os "nãos" que precisar na vida! A recompensa disso será um sono tranquilo, um carro quitado na garagem, talvez dois. Uma viagem de férias 100% paga um mês antes de você embarcar.


Seja feliz com o que você é! Seja feliz com o que você tem! Mas nunca deixe de correr atrás de mais. Se a vida profissional está estagnada. Invista em você! Corra atrás de novas possibilidades. Uma dica certeira. Concursos públicos não são inatingíveis. É mais garantido do que ganhar na mega-sena.

Saber administrar seu dinheiro, independente do tamanho dele, é a essência para fazer mais com menos. Você não ganha pouco! Pode ser injusto, pode ser menos do que gostaria, pode ser revoltante. Mas pouco não é! É tudo uma questão de perspectiva! Avalie melhor aquilo que quer e pare de se levar pela vida que você vê nos outros.

No ensaio, carros que me fariam muito mais feliz do que um carro zero km!

E o vídeo de hoje é extremamente especial! O meu vizinho, e amigo, Paulo Teixeira, da lendária banda Blindagem, tocando com seu filho e a banda Black Maria! Espero que curtam!
Ótimo final de semana e estamos aí, curtindo as coisas pequenas e boas da vida! Sem se preocupar com o que vão pensar de nós, sem se preocupar se vão me achar pobre pelo meu carro ser o mais velho do estacionamento!

Abraços!!!

sábado, 10 de novembro de 2012

O preço da gasolina...

Não adianta tentarmos fugir, ou dizer que o assunto já cansou, o tema combustível está em alta e o Rápidas aproveita hoje para desmistificar e explicar, da composição dos preços até a realidade dos cartéis. No dia 30 de novembro muitos curitibanos foram pegos de surpresa com um aumento de 50 centavos no litro da gasolina. O preço que era de aproximados 2,40 por litro saltaram para quase 2,90. Viu-se muita reclamação, queixas e até um protesto inusitado, onde diversos motoristas saíram por postos da cidade, pedindo que fossem abastecidos 0,50 centavos em seus automóveis e exigindo nota fiscal dos estabelecimentos. A ação era, além de gerar polêmica, para obrigar o recolhimento dos impostos sobre o valor, coisa que nem sempre é feito.


Mas o que aconteceu? Por que a gasolina aumentou dessa forma, da noite para o dia? Bom, primeiramente devemos encarar que a escolha da data do aumento foi plenamente desastrosa para a opinião pública. Vésperas de um feriado, datas em que costumeiramente os motoristas iriam encher seus tanques para viajar. E foram pegos com uma desagradável surpresa. Mas, além da data, há o tamanho do aumento, mais de 17% numa tacada que só não assustou os motoristas mais desligados, dos que abastecem 50 reais a cada parada no posto e vão perceber que o carro bebeu demais dessa vez. A verdade é que esse aumento foi decidido à portas fechadas pela cúpula dos donos de postos que simplesmente decidiu aumentar 4 pontos percentuais em sua margem de lucro. A cada litro vendido os postos lucravam 8,4%, margem que agora é de 12,5% conforme acordado entre eles. E quem não seguir corre risco de levar bala, como aconteceu no início da semana num posto de São José dos Pinhais, na região de Curitiba.

Agora vamos começar a falar sobre a formação de preços e entender o por que os postos não são os maiores vilões dessa história toda, apesar de nós sempre enxergarmos assim.

Vamos lá no início de toda a cadeia produtiva e vamos descobrir que há uma razão simples para todos os preços serem sempre iguais. A produção de gasolina no Brasil é feita por uma única empresa, o que configura um monopólio puro, e ainda por cima esta empresa é controlada pelo governo. Muita gente se esquece que a Petrobras é a única companhia que produz gasolina no nosso país, e a vende a preços controlados pelo governo. Ou seja, não há nenhuma opção a não ser comprar da empresa que, por um lado é orgulho de quase todo brasileiro entusiasta pela propaganda, por outro é a controladora deste mercado.

A segunda perna deste mercado está nas grandes distribuidoras. A própria Petro o faz, assim como a Ipiranga, Shell e muitas outras com nomes não tão conhecidos. Compram da fonte, quantidades do porte de atacadistas, para depois revender. Algumas bandeiras fortes possuem sua própria rede, o que não significa nada em termos de preço, outras, menores, acabam apelando para a sonegação de alguns impostos no meio das transações e conseguem repassar combustíveis a preços mais baixos, que irão acabar nos famosos postos sem bandeira que alguns são fãs de carteirinha e outros torcem o nariz e preferem pagar um pouco mais para não correr o risco de combustível adulterado.


O terceiro membro dessa brincadeira é o posto, o varejista, que compra de uma distribuidora, aplica lá os seus 12% e revende. Se pensarmos bem, 12% não é uma margem de lucro tão abusiva se formos comparar com alguns mercados, como até mesmo o de automóveis novos. Aliás, não só os novos, o que dizer do lojista do ramo de veículos usados que lhe oferece 13 mil por um carro que vale 20. E depois de você sair feliz com seu zero km, endividado, mas feliz. O lojista ainda irá lucrar 35% limpo nas suas costas. O que eu quero dizer é que, apesar de serem nossos inimigos natos, os donos de postos só estão fazendo a sua parte no processo. Se fosse você, faria o mesmo!

E por último, os otários porém sem perceber, consumidores. Nós que somos apenas reféns do sistema, que usamos nosso automóvel no dia a dia para ir trabalhar, levar os filhos para escola, ou simplesmente passear, curtindo um bem que já nos custou tão caro. De qualquer forma não podemos fazer muito se não continuar pagando, pesquisando, tentando achar lugares mais baratos, mas no fim das contas pagar o lucro do varejista, o lucro das distribuidoras e ainda o lucro da Petrobras. Sem falar da parcela do governo, os quase 50% de impostos em cima de toda essa longa história. Por essas e outras que eu sempre digo que ter um carro é uma segunda família. Continuo sendo viciado, meu hobby não irá mudar, mas é preciso ter os pés no chão para não deixar que despesas abusivas comprometam seu equilíbrio financeiro.

E por fim ainda devemos lembrar que a Petrobras possui em seu estatuto a premissa de que seus preços devem se equiparar ao mercado internacional. O que, qualquer estudioso sabe que hoje em dia não acontece. Os preços da Petro estão muito abaixo da linha do que se cobra pelo barril do petróleo lá fora. E sim meus caros, o que torna a gasolina o absurdo que é no Brasil são os impostos e ponto final. Ou seja, a presidência da Petrobras vêm pressionando e um dia o governo terá que ceder, assim que o preço aumentar na base, logo sentiremos outra pontada no bolso.


Antes do vídeo e para não deixar de falar de carros, essa semana apenas pude refletir em meu dia a dia, qual será o carro ideal? É o zero km que não te dá manutenção, tem cheirinho de carro novo e ainda está fácil de comprar? É o semi-novo completo, com preço já mais justo, que oferece muito mais custo-benefício? É o carro dos sonhos, exclusivo, único, e muitas vezes a preços bem modestos? Ou é ainda o "pau velho", carro qualquer, que só serve para ir e vir? No fim das contas essa resposta só depende do que você é. Eu sei o meu perfil e tenho minha personalidade, não importa quais são os meus termos e justificativas, alguns vão me ver como um pobre porque o meu carro não é do ano e outros vão rir e achar que eu ainda estou errado. Cada um sabe onde o calo aperta, está nas mãos de todos ter uma vida boa e sem dívidas, só cabe deixar o orgulho de lado em milhares de situações.

E para fechar com Rock, mais uma banda da turma dos menos conhecidos.


A banda nem todos podem lembra, a música até talvez, mas o guitarrista eu tenho certeza que todos conhecem. O cara dos back vocals é nada menos do que o mestre Eric Clapton!

Abraços e até a próxima!

sábado, 3 de novembro de 2012

Comece guardando e um dia possa gastar sem dó!

Todos pensam que pensam, muitos falam, a maioria fala sem pensar e alguns pensam e preferem nem dizer. Lute e se esforce para ser das pessoas que pensam antes de falar e só o fazem na hora certa. Por vezes, e eu diria que em muitas delas, saber ouvir é mais nobre do que querer falar demais. E o que isso tem a ver com o post de hoje? Nada, deve ser só algum efeito da semana.


Hoje eu quero falar sobre a reserva financeira que eu insisto sempre ser a chave para sua tranquilidade em momentos de crise. Não importa como ou quando começar, não há forma de se estar seguro sem um fundo de emergência. O que se chama de ideal, e isso eu falo sem muito pensar, é que as pessoas, ou famílias, possuam 6 meses de contas (alimentação, água, luz, telefone e outras que julgarem essenciais) investidas num fundo seguro e líquido. Hoje em dia, com as atuais taxas de juros, o fundo mais seguro e liquido que se pode ter é a poupança.

Chega a ser engraçado pensar que no período de pouco mais de um ano, apesar de que os sinais já vem  mais tempo, a desdenhada aplicação, passe a ter o maior rendimento do mercado de baixo risco. Hoje em dia só se ganha mais do que a poupança em fundos cuja taxa de administração seja de 0,5% ao ano. Ante a média do mercado de 3%, esta taxa, mais o imposto de renda, tomam todo o ganho extra das aplicações disponíveis por aí. E apesar de eu ter sempre defendido o CDB como a melhor opção, disparada, entre as aplicações seguras, hoje eu vejo que os ganhos que ele oferece são com as mesmas condições, super privilegiadas, de uns poucos. Ou seja, só se fatura mais do que a poupança se o CDB for de 100% do CDI com uma taxa administrativa baixa. E se pensarmos mais a fundo vamos ver que essas aplicações valem ainda mais quando o assunto é longo prazo, pois a carga do IR torna-se menor quanto maios for o tempo da aplicação.

De qualquer forma, os três tipo de aplicação que devem ser levados em conta quando a intenção é formar um fundo de reserva são: poupança, fundos de renda fixa e os CDBs. A primeira é a que hoje nos dá um retorno bom se levarmos em conta a ausência de taxas e IR. O fundos são uma opção interessante, porque rendem mais e possuem liquidez diária. Os CDBs rendem ainda mais e também possuem liquidez diária, mas em compensação, normalmente necessitam de um valor maior para iniciar os investimentos.


Mesmo que você não tenha a mínima ideia de onde investir, e hoje só falamos do nível básico, que é apenas guardar para ter uma reserva, o mais importante é querer forma-la. Mesmo que você não espere um evento ruim e até mesmo tenha garantias, é sempre bom ter a reserva de segurança. Até mesmo para realizar sonhos, para conseguir bons descontos em compras à vista, para se arriscar com certa segurança. A reserva de segurança é o primeiro passo da pessoas responsável financeiramente pelo seu sustento. Sem este passo ela nunca poderá estar segura para assumir novos compromissos. Por mais que as parcelas de um carro zero caibam em muitos bolsos, a gasolina não está inclusa, e com um carro a mão roda-se mais, gasta-se mais.

Já que entramos no assunto dos carros, o ensaio da semana traz três automóveis que custam menos do que um carro zero, com o mínimo indispensável, ou seja, custam menos do que um zero com conjunto elétrico e direção hidráulica. Em suma, menos do que 30 mil reais. Há três grupos de pessoas que podem comprar esses carros, mas apenas um deles o faz. O primeiro grupo é o que compra o zero de 30 mil, esse grupo está interessado num carro com um mínimo de conforto, mas se preocupa mesmo é com o status de um zero, a preocupação é aparecer, e sempre será isso, nunca me colocaram um argumento que me convenceu do contrário. O segundo grupo é o que compra o carro na faixa de 30 mil reais, mas com até 5 anos de uso. São automóveis de classes superiores, com muito mais requinte, qualidade de construção, motorização e o que o segundo grupo preza mais, custo-benefício e status de "carrão", confesso que esse é o meu grupo, ainda não é minha faixa de preço, mas é o grupo. E o terceiro é o grupo que tem mais, muito mais dinheiro, normalmente são pessoas que já tem outro automóvel e está em busca do que falamos esses tempos, do carro de final de semana, um carro de alto luxo, para ser usado em ocasiões fora da rotina e para ser mais apreciado do que qualquer outra coisa. O objetivo principal do terceiro grupo é a exclusividade, carros para poucos. Quase qualquer um poderia comprar, mas poucos podem mantê-lo.


Há uma série de outros grupos quando o assunto é carro, mas hoje falamos apenas dos que combinavam com os automóveis do ensaio. Confesso que, como disse, eu me colocaria no segundo grupo, mas meu sonho é chegar ao terceiro. O grupo número um não está nos meus interesses porque os objetivos daqueles não são os meus. Por enquanto meu "carro de final de semana" é um adorável Fusca, enquanto que para muitos o carro é só um objeto do ir e vir. Para quem gosta isso é muito mais.

E para fechar com música, ela está de volta ao rápidas, que insiste que o Rock N' Roll é a nossa praia e que não basta curtir as bandinhas que aparecem mais na mídia. Há muito no rock que foge dos altamente famosos. São os que eu costumo chamar de segundo escalão, mas que tem força e musicalidade para agradar os mais exigentes fãs do estilo.
Mais um post simples, com aquela receita básica de Economia, Carros e Rock N' Roll. Para quem é seguidor do Rápidas, sabe que o gráfico de objetividade, profundidade e abrangência possui altos e baixos, como tudo na vida.

Abraços e até a próxima!