terça-feira, 1 de julho de 2025

O Mercado de Automóveis do Brasil!

E se fizermos um breve histórico de comportamento do Mercado de carros no Brasil, nos últimos 40 anos? Quem vendeu mais? Quando compramos mais carros? Quais são os perfis dos consumidores? É isso a que o Rápidas se propõe hoje, sem grandes aspirações, mas com a boa e velha inspiração e uma dose de Piração!



Sem enrolar, mas para contextualizar, o Brasil passou por muitas mudanças desde os anos 80 até hoje, e isso nos leva a um momento de importações proibidas, inflação e instabilidade política. E é nesse contexto que, em 1895, o carro mais vendido dos país foi o Chevrolet Monza, com 62.544 unidades vendidas. Pensando no mercado, tínhamos um momento em que nem todos podiam comprar um carro, o que talvez valide um sedan médio no topo das vendas. Os anos de liderança do Monza, aliás, são um marco histórico e um belo evento da literatura automotiva. Os números gerais de automóveis e comerciais leves teve 380.825 unidades vendidas naquele ano.

Viajando 10 anos à frente, chegamos em 1995, no auge da nossa reabertura de mercado, com o boom de importações, paridade do Real x Dólar, inflação sob controle rígido, mas com a indústria nacional ainda baseada nos mesmos ferramentais e modelos da década anterior. E nesse contexto, o campeão foi o Gol com impressionantes 287.443 unidades em um mercado que passou a casa de 1.7M de vendas. Isso demonstra o potencial que o Brasil guardava, só esperando os incentivos certos. Dois fatores são relevantes, de um lado o perfil do brasileiro ainda muito ligado, até emocionalmente com o que conhecemos como As quatro Grandes e de outro, já em 1999, o estouro da bolha do Dólar, fazendo com que carros importados específicos dobrassem de preço de um dia para outro.




Em mais um salto na nossa brincadeira, chegamos a 2005, pós bug do milênio, pós penta da seleção, e no mundo dos carros, pós nova onda de industrialização com a chegada de novas marcas, fábricas e investimentos, com o objetivo de surfar no nosso bom mercado, mas sem depender tanto da oscilação cambial. Nesse contexto ainda temos o Gol vencedor, num mercado dos mesmos 1.7M de vendas, mas seus números encolhem mais de 30% fechando em 179.457. Quem assume essa lacuna, além de Corsa e Palio, são uma grande leva de marcas que vão desde a Renault puxando os franceses, até Toyota e Honda vendendo muito Corolla e Civic. E nesse mesmo cenário começa uma sofisticação do consumidor, que não quer mais levar Uno zero, mas sim carros com mais dignidade e conforto, mesmo nas categorias de entrada.



Nossa próxima parada é mais perto do fim do que do começo, e também é um reflexo do que o povo quer. Carros mais completos, mais sofisticados, talvez menos atraentes, talvez menos diferentes entre si, mas de fato melhores. É nesse mundo que temos o Onix, trazendo a Chevrolet de novo ao topo depois de muito tempo, com 125.931 emplacamentos. Isso é menos do que os anos dourados da Volkswagen, e aqui cabe um adendo, estamos falando de um mercado que crescera a espantosos 2.5 milhões de veículos. A essa altura com uma participação de muito mais marcas, inclusive com as primeiras chinesas já dando as caras.



Dando um pulinho só para 2020, já que agora estamos quase no nosso hoje de hoje, o Onix continua como campeão no ano da Pandemia, registrando 135.351, em um mercado que encolheu para mais próximo de 2 Milhões. Crise de componentes, paralisação de produção, crise global, mas o mundo não para. O que sabemos de fato aqui é que começa a escalada de preços, tanto de novos quanto de usados. O nosso preferido de 2020 custava, em média 60 mil reais, enquanto hoje uma versão preliminar não sai por menos de uma centena de milhares.

Já concluindo nosso raciocínio, nos últimos 3 anos a Fiat se consolidou nas vendas com um feito inédito. Hoje o atual campeão de vendas do Brasil é uma pick-up. A Fiat Strada, que vendeu uma média de 130 mil unidades anuais entre 2023 e 2024. Há todo um contexto apoiado nas vendas diretas, para CNPJ, mostrando que esse submercado cresceu tanto que hoje batalha e supera o cidadão comum, que migrou para os carros usados e fez também inflar os preços dos carros de segunda mão. Mas se formos falar dos carros que não foram adquiridos 0km, vamos precisar de outro texto.



Então ficamos assim, com um resuminho da história, apoiado em alguns pontos de suporte, de um jeito simples, mas que funciona! Metade de 2025 já ficou pra trás e é sempre tempo de refletir, sobre o que você fez, sobre o que te trouxe até aqui e se aqui é onde você queria estar. A desigualdade não é característica só do nosso Brasil. Vivemos num mundo onde quem tem, tem muito, a maioria não tem nada, e fora desses extremos estamos nós, os seres do meio, os que na prática sofrem mais os impactos de tudo. Lutando para não cair, na esperança de um dia alcançar um topo que não sabemos bem como é...

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Como vender seu carro! Artigo atualizado 2025.

O Blog Rápidas de Economia está no ar há quase 15 anos, tentando se reinventar para trazer algo que interesse a quem gosta de Economia, Carros e Rock n' Roll, mas ao mesmo tempo sem perder a essência e simplicidade de um texto direto, fácil de ler e que você não precisa se preocupar se o volume do seu celular está alto, se você vai conseguir ler a legenda daquela foto que não tem nada a ver com o tema ou se a próxima dancinha vai tomar sua tela antes de você raciocinar o que leu.


Então, sem tomar muito do seu tempo, como vender um carro em 2025? Atenção! Esse não é um texto milagroso que vai ensinar uma técnica infalível de venda rápida com uma taxa de retorno absurda que ninguém consegue. Esse é um texto que procura explorar as formas mais comuns de se vender um carro, mostrando as diferenças que vão da maior rapidez ao melhor valor na sua conta.

É muito importante frisar que ao se excluir o fator sorte ou história de pescador, a venda de um carro passa por diversos estágios e que, de forma geral, quanto mais rápido e fácil você vender um carro, maior será o desconto ou a parcela de valor que você está disposto a abrir mão. Vender rápido é sinônimo de vender mais barato. Não há muito milagre nesse conceito.


Vender diretamente para uma loja ou para um "picareta": essa com certeza é a forma mais rápida de vender, pois há todo um mercado baseado nisso. São pessoas que compram carros para revender e o fazem para obter lucro. No entanto, nessa modalidade você terá seu bem subvalorizado, uma vez que você estará vendendo para um intermediário. Não é raro perder mais de 30% do valor final nessa modalidade.

Troca com seu carro como parte de pagamento: talvez a forma mais comum seja levar seu carro numa loja, gostar de um modelo mais novo, avaliar o quanto o seu vale como parte de pagamento e cobrir a diferença. Essa maneira é menos burocrática, pois você agiliza os processos de compra e venda. O problema aqui é que a avaliação da loja também levará em conta que o seu carro entra para ser revendido depois, levando assim a uma margem da loja e consequente menos grana no seu bolso.


Consignação em loja: essa opção busca um maior retorno, mas depende da sua disponibilidade em deixar o carro na loja, o que implica ficar a pé. Outro ponto a considerar é que a loja cobrará uma comissão pela venda, o que faz com que o carro tenho que ser "bem vendido" para compensar. Por fim, procure apenas locais de extrema confiança, pois eles serão responsáveis pelo seu carro enquanto estiver à venda.

Consultoria do tipo Car Hunter: uma opção que apresenta boa relação custo x benefício, mas exige atenção. Assim como existem os caçadores de carros para compra, profissionais da área também fazem serviço de venda. Eu mesmo já atuei para parentes e amigos próximos, fazendo uma preparação pré-venda, cuidando dos anúncios e muitas vezes ficando com o carro, mediante procuração, até o momento de finalizar o negócio. Essa opção representa, sem dúvida, o melhor retorno financeiro sem que a pessoa tenha que se responsabilizar pela venda, mas se na consignação já se exige confiança, imagine nesse caso que você estará confiando o seu bem a uma pessoa física, que será 100% responsável pelo negócio. Vale a pena se o valor acertado pelo serviço for inferior às perdas das demais modalidades.


Anúncio e Venda por conta própria: ao desconsiderar as margens e comissões, não é difícil perceber que essa é a opção mais rentável, potencializando até a geração de caixa para um carro novo, mas essa é também a opção mais trabalhosa. Você terá que concorrer com anúncios profissionais, terá que atingir um público que abre mão da "garantia" de uma revenda, além do fato de ter que dispor de tempo e se expor a atender estranhos na sua casa, ou local de encontro, aguentando todo tipo de proposta que normalmente é filtrada com os intermediários. Essa modalidade é indicada para pessoas mais experientes e com uma dose extra de paciência.

No fim das contas não há grandes surpresas pessoal! Quanto mais rápido você precisar vender o seu carro, maior é a chance de você aumentar seu percentual de perdas. Isso não depende tanto do carro que você pretende vender, mas depende mais das suas necessidades naquele momento. Se você encontrou aquele carro que tanto queria, talvez a troca seja sua melhor opção, mesmo perdendo um pouco. Mas se você está vendendo um segundo carro e não precisa dele no dia a dia, talvez o serviço de uma assessoria lhe sirva bem, se você encontrar um profissional de confiança.


E não esqueça de conhecer nossos outros espaços de divulgação de conteúdo automotivo!

No Instagram você nos encontra na @Cars_Flagras e no TikTok no @EuCurtoCarroVelho. Cada um com um tipo de conteúdo voltado para gosta de carros! Espero que tenhamos ajudado com nossas dicas e por hoje é isso. Aquele abraço!


A galeria de hoje conta com alguns automóveis que eu já comprei e já vendi usando todos os métodos citados acima. Desde carros que comprei para fazer negócio, carros que eu intermediei a venda como um profissional de assessoramento e carros que adquiri em loja, dando outro na troca, para atender a minha família. Exemplificando assim que não há modelo ideal, mas sim o que se adequa as suas necessidades naquele momento. 

A lista acima inclui, 

Chevrolet Omega Diamond 1994 3.0 6cil, 
Ford Belina II L 1980 1.6, 
Mitsubishi ASX 2012 2.0 AWD,
Citroen C4 Cactus 2022 1.6 16v,
Fiat Palio Weekend ELX 2007 1.4 8v,
Renault Captur Iconic 2022 1.3 Turbo.





quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Isso é #Cars_Flagras - Parte 2

Vamos lá para mais uma coleção de Flagras do mundo automotivo, agora disponíveis também no Google Imagens! Acho que eu não comentei, mas a inspiração dessas postagens veio de um vídeo no YouTube, de um canal pequeno que eu costumo assistir, em que foi utilizada a imagem de uma Corsa Wagon, copiada aqui do Blog, da época da série Guia do Usado. Na verdade é bem legal ver nossos cliques ganhando o mundo, de forma pública e acessível a qualquer um!


 

Aqui, temos um registro muito pessoal, o meu próprio Omega Diamond 1994, série especial criada pela Chevrolet para liquidar os motores 3.0 (que vinham da Opel), antes exclusivos do modelo CD, agora disponíveis nessa série limitada baseada no GLS. Na prática, o Diamond, embora não seja o modelo Top de Linha da época, é considerado o Omega mais raro de todos entre os anos de 1992 e 1998. Essa foto específica é do período da Pandemia, quando o carro, que tem suspensão à ar, ficou parado por quase dois anos. Continuando, nada menos que uma Ranger Splash! Também série especial, cabine estendida, da Pick-Up média da Ford que chegava ao Brasil para explorar um novo mercado, antes dominado por pequenas como a Pampa e grandes como a F1000.

 

Agora dois contemporâneos bem legais e ao mesmo tempo não tão cultuados, mesmo hoje em dia. O Escort MK3 foi lançado no Brasil para brigar com Gol e Uno, além do próprio Chevette. Essa geração na verdade é bem difícil de achar hoje em dia. Mesma coisa dizemos do Chevette Hatch, muito "desprezado" no mercado de usados no início dos anos 2000, e hoje bem cultuado e raro. Aqui vale meu relato de sempre, se você busca um antigo para investir, mire em carros com, em torno de, 20 anos, mas que você possa manter e guardar por mais 20. Se eu tivesse comprado em 2005 um Chevette Hatch 1984 azul, por 4.500 reais, hoje ele valeria quase 20 mil, apenas se eu tivesse mantido. Caso eu tivesse restaurado, ele superaria fácil os 30 mil.

 

Agora mais duas pick-ups! Uma Ford F75 Customizada com uma caçamba que parece ter sido feita sob medida e belíssimas rodas raiadas. Junto desta, uma raríssima Hilux da primeira metade dos anos 90, na configuração cabine dupla e tração 4x2. Nessa época as caminhonetes japonesas tinham esse diferencial, as de tração em duas rodas era assim mais baixas, diferente das 4x4 que eram bem mais altas, lembrando as Hilux do final dessa mesma década.

 

Agora um que está ficando raro, o Volkswagen Logus, um sedan 2 portas concebido sobre a plataforma do Escort Europeu, nos tempos de Autolatina. E uma figurinha igualmente difícil de ver, a Fiorino 1.0! Caminhonete derivada do Fiat Uno, essa versão com motor de 1000 cilindradas se difere das demais por manter a chamada Frente Alta até a metade da década de 90, enquanto a linha Uno foi reestilizada em 1991.

 

E fechando a nossa sequência que saiu do Instagram para ganhar o mundo, lembrando que você vê muitos Flagras na rede social ao lado, no @Cars_Flagras. Uma Scenic pré-facelift, como a Renault a lançou no Brasil. Um ícone das famílias e um grande sucesso comercial e de crítica. Para os mais atentos, ela saiu de linha em 2010 deixando uma lacuna no mercado, mas em 2017 um automóvel conceitualmente muito parecido chegou, era a Captur, que apesar de uns dizerem SUV, outros Crossover, que ela lembra muito a boa e velha Scenic, isso é inegável. E não menos importante, Fiesta Sedan Street, ainda do modelo dos anos 90, teve um tapa no visual em 2000, abandonando a frente "tristão", e se mostra até hoje um carro honesto, competente e justo para quem precisa de espaço, manutenção barata e prazer de dirigir, no modo discreto.

É isso aí galera, fica ainda a propaganda lá para o TikTok no @EuCurtoCarroVelho, com uma série de pequenos vídeos dedicados a dicas de compra, venda, manutenção e uso desses carrinhos que não são novos, nem antigos, nem clássicos, nem de luxo. O carro normal, que abastece uma fatia absurda do mercado e leva e traz o brasileiro comum, trabalhador, que gosta de carro e só! Rápidas de Economia, desde 2011 se reinventando para trazer um pouquinho do que eu acho interessante, para quem quiser!




terça-feira, 29 de outubro de 2024

Coleção de Flagras - Parte 1

E não é que depois te tantos anos, alguns com posts de sucesso, outros nem tanto. Algumas fases bem relevantes, outras só para meros registros, o Rápidas encontra nova inspiração e vamos ver no que vai dar!

A ideia aqui é subir para o Blog um conjunto de imagens de Flagras automotivos, carros exóticos, raros, ou simplesmente fotos legais demais para deixar numa galeria onde ninguém possa ver! A maioria dessas fotos já foi postada no Instagram, na minha página que se chama @cars_flagras ... segue lá que vale a pena! Mas o fato é que as imagens do Insta não aparecem no Google Imagens, então por isso vou fazer uma série para trazer alguns cliques para cá e deixar disponível para o mundo ver meus humildes cliques por aí!

E sem enrolações, vamos lá para a sequência de hoje!


Começando com um Hot Rod Chevrolet de 1933! Esses carros foram exaustivamente modificados nos anos 50 e 60 com foco em performance. O mundo das exposições e do tuning estava bem longe de existir!


Dodge Dart 1979! Esse modelo se diferencia dos demais da linha Dodge dos anos 70 por trazer essa frente mais vincada. Nesse ano também tivemos um alinhamento no desenho do Le Baron e do Magnum.


Fusca 1970! O pára-choque com molduras e os faróis mais fundos no paralama são algumas das particularidades que ajudam a diferenciar os modelos pré e pós anos 70. Aqui destaque ainda para a pintura saia e blusa.

Agora um raríssimo Toyota Corolla Wagon 1994! Essa é a primeira geração do Corolla vendido no Brasil, ele veio com a abertura das importações de 1990. O sedan dessa geração não é muito comum, agora a Wagon é absurdamente rara de se ver.


E que tal esse Golf Cabriolet 1997! O Hatch da Volkswagen é o terceiro carro mais vendido do mundo (aliás o Corolla acima é o carro mais vendido do planeta), mas aqui no Brasil ele chegou no miolo dos anos 90. E junto vieram 38, isso mesmo, 38 unidades do conversível. E essa é uma delas!


Ford Taurus SW 1994! Aqui mais um exemplo de carro que na sua versão sedan não é comum, mas muita gente vê, agora na perua é absurdamente rara. A Wagon do Taurus segue aquele padrão bem americano de ser, e veio importada em algumas unidades nos anos 90.


Representando os Fiat, os esportivos e os nacionais, Fiat Tempra Turbo 2 portas 1994! Um ícone do seu tempo, um dos carros mais modernos dos anos 90, e também um dos mais belos.


Partindo para importados bem exóticos, temos a maravilhosa Dodge Durango de primeira geração. Aqui estamos falando da versão fechada da nossa nacionalizada Dodge Dakota, que era fabricada em Campo Largo - PR. Essa aí talvez nem tenha vindo oficialmente ao país, pode ser que tenha pertencido a alguma embaixada.


Daihatsu Feroza! Jipe japonês, essa marca pertence à Toyota e foi oferecida no Brasil como opções mais em conta no boom dos importados dos anos 90. Hoje em dia é um Jipinho cult e tem uma base sólida de fãs!


E para fechar de forma mais irreverente, que tal esse Ford Ka 2007 numa simpática plotagem cor de rosa com faixas pretas no capô? Eu não sou do tipo que tece críticas à toa por aí, eu prefiro respeitar e compreender a personalidade de cada um.


Encerrando a parte 1 dessa série, um não tão raro, mas longe de ser comum, Peugeot 206 CC plotado de preto fosco. Por muito tempo esse foi considerado o conversível mais acessível do mercado de usados, pois trazia consigo a "fama de ruim" que acompanha todo o Peugeot, o que dava uma quebrada nos preços desse belíssimo Cabrio.

E por hoje é isso aí. E além do @Cars_Flagras no Instagram, você ainda encontra mais conteúdo automotivo no TikTok, através do @EuCurtoCarroVelho, e lá o formato é diferente, você acompanha temas relacionados ao mundo automotivo em vídeos curtos sem enrolação, falando o básico, mas que é muitas vezes o que você precisa para começar a refletir. Valeu galera, um abraço e bora!






sexta-feira, 7 de junho de 2024

A Crise dentro das Crises

É galera, esse não é um post como os outros. Tem muita coisa acontecendo, que seria até injusto com a posteridade se eu apenas me limitasse a falar sobre o hoje. O que podemos dizer é que há algo de estranho, de errado, mas que a vida não acontece só no tempo e do jeito que você quer, ela é um trem desgovernado que horas você ta dentro, horas você só vê de longe...

 

Tiveram outras, eu sei, mas na minha mente quando falo de crises me vem três principais à mente. Talvez pelos livros de história, talvez pela minha formação em Economia, duas delas por vivência mesmo, mas ainda assim atreladas as minhas escolhas acadêmicas. Crise de 1929, eu não estava lá, mas sabemos o quanto ela mudou paradigmas para a economia.

Gostaria de deixar de lado dois período sombrios, as duas guerras mundiais, pois elas também foram divisor de águas na humanidade, mas por eventos extraordinários que mereciam seus próprios textos. Textos... pois é, acho que eu to bem atrasado, mas fica o registro de que eu já pensei. Talvez algo relacionado ao meu tema do coração, que todos sabem qual é, mas agora ainda não.

Enfim, as duas outras crises a que me refiro são a Crise de 2008, aquela da marolinha, mas que na verdade foi um pouco mais grave e de um jeito ou de outro colhemos reflexos dela até hoje. A diferença dela para a última é que pessoas tiraram a própria vida em desespero pelo que o futuro lhes reservava, enquanto que a última tirou vidas de quem não teve a chance de conhecer o seu futuro.

 

Acho que ficou claro que a última crise a que me refiro é o que conhecemos como Pandemia. O ano de 2020 quebrou muita gente. Seus planos, seus sonhos, suas lutas, fomos realmente encarcerados num mundo paralelo que expôs as desigualdades e fragilidades em um modo diferente. Não estávamos falando da economia de um país, de um setor do mercado financeiro, mas sim da própria vida em risco.

Mas não seria eu escrevendo se não levasse isso mais além. Você vive crises no seu dia a dia, e ainda digo mais, avalie esses primeiros meses de 2024 e veja se está tudo bem? Eu espero que sim, mas o que sei por experiência é que para muita gente não está. Tem algo diferente e eu não sei dizer bem o que é. Ou talvez seja só algo na minha cabeça, mas infelizmente penso que não.

E quando estamos enfrentando um momento difícil temos muito para onde correr, uma das principais ferramentas é achar culpados e jogar nosso ódio contra eles. Pois bem, essa alternativa já deixei de usar há pelo menos uns 5 ou 6 anos. Se estou melhor com isso? Com certeza, só que quem não aponta a faca é alvo das ameaças e calúnias dos outros. Se estou bem com isso? Não, e não mesmo!

 

Você também deve ter algo a contar. Eu ainda acredito que as poucas pessoas que lerão isso o farão porque eu mesmo as enviarei o link e pedirei que leiam, e acho que não há nada de errado nisso. A maioria delas já sabe mesmo a maioria do que está errado, aquilo que eu disse que não entraria em detalhes, pois será injusto com a posteridade. Para quando o furacão tiver passado.

A crise dentro das crises é basicamente quando algo ou alguém consegue piorar o que já está ruim. E muitas vezes o faz por egoísmo, falta de caráter, excesso de arrogância, ou algumas vezes por burrice mesmo. Um coisa que aprendi com a idade é que só posso controlar aquilo pelo que me torno responsável. Você nunca será capaz de controlar o outro, não importa o poder que você acha que tem.

Cada ser humano reage à sua própria forma diante dos problemas. Alguns não acreditam em energia, acreditam em ação. Outros observam e são obrigados a lidar com as consequências dessas ações, como se tivessem algum tipo de culpa, mas que quando as cartas são postas à mesa percebemos que fomos só enganados por blefes atuados com maestria por quem é especialista nisso.

 

Quero deixar claro que não sei qual é o melhor caminho a seguir, mas não importa onde isso irá me levar, eu vou tomar minhas decisões baseadas naquilo que faço de melhor, que é entender o quanto do problema eu realmente posso atuar para o bem, pois para o mal já há todo um arsenal de decisões mal tomadas cobrando o seu preço.

E sim, como sou eu, fica o convite para conhecer o histórico vasto do Rápidas. E ainda sobre o de hoje, as imagens que sempre tem um significado, aquela tabela temporária que explica tudo! Desde o Rio Amazonas visto de cima, o lago artificial que cerca a magia de uma tal de Disney Word, o monumento dedicado à Juscelino Kubtischeck em contraste com uma cachoeira em Prudentópolis no interior do PR, e do Paraná mesmo um morro em Irati ao lado de outro, um pouco mais ao sul, em Gramado-RS, e pra fechar com o sol, a esperança de dias melhores, com dois dos meus preferidos, a Bahia e a Santa Catarina. Porque não importa quantas crises existam dentro das crises, vamos enfrenta-las dando o nosso melhor...

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Relação, Relações e Relacionamentos

Talvez muitos não saibam, ou ainda não saibam, mas com o passar dos anos eu fui deixando (infelizmente) minhas atuações como professor, como colunista, como palestrante. Nesse tempo todo muita coisa aconteceu, e entre essas coisas, eu agora sou um tipo de "Cara da TI". Mesmo tendo um nível de conhecimento muito básico, eu lutei, apanhei, bati algumas vezes (com a cara na parede) e hoje tem algumas pessoas que dizem que já sou Programador. E é justamente por isso que trago esse tema novo ao Rápidas!



Para quem pensou que o post era sobre amor, sinto decepcionar, mas não. É sobre correlação. É sobre lógica. É sobre como tudo está ligado e segue um caminho único, e quando entendemos esse caminho ,conseguimos ampliar nossos horizontes num mundo cada vez mais confuso, misturado, e por muitas vezes, depressivo.

Na TI temos um termo chamado "chave primária", que é uma informação que não se repete dentro daquele conjunto de dados. A chave primária é como a placa de um carro em um país. Só há uma placa para cada automóvel do Brasil, então onde quer que você esteja, qualquer um que tenha o acesso certo pode ligar aquele carro ao seu CPF, que por sinal é outra chave primária. E essa é a primeira Relação que quero exemplificar. Se só há uma Placa para cada Carro e cada carro é ligado a um CPF, ainda é possível gerar uma nova chave para identificar pessoas que tem mais de um carro em seu nome, unindo o CPF à Placa de cada automóvel.



Outra Relação muito presente em nossas vidas é a relação entre o que eu pago, seja monetariamente ou não, por algo, versus o que eu ganho em troca por esse pagamento. É a famosa relação Custo x Benefício. Sempre gosto de enfatizar o quanto os carros velhos tem um bom custo benefício, avaliando somente seu preço de compra x o fato de que eles cumprem o papel essencial de um carro assim como qualquer outro. Mas se essa conta levar em consideração fatores como conforto, manutenção, status, serão as prioridades de cada um que definirão qual é o tipo certo de carro que vai, de fato, agradar.

Outro exemplo simples é o de viagens. Mas vamos nos ater somente a viagens curtas, aquelas que normalmente se faz de carro e da pra aproveitar em um fim de semana. Dependendo da região do país que você mora, da pra incluir uma ida a praia ao conceito de viagem curta. Para outras pessoas não tanto. Dentro do seu raio de atuação é possível definir qual o lugar mais perto que você consegue chegar e ao mesmo tempo lhe proporciona mais prazer de estar lá. Então a distância x satisfação é a relação que você busca equilibrar nessas viagens curtas.



A vida adulta pode ser dividida em vários grupos de atuação, nos quais podemos estar ou não inseridos. Muito provavelmente você tenha que dedicar parte do seu dia ao trabalho, para lhe garantir sustento. Em outros momentos você necessita de lazer, para lhe dar conforto e descanso. Por várias você precisa se dedicar a afazeres que não lhe pagam nada e ao mesmo tempo nem lhe dão prazer, como uma série de pequenos afazeres domésticos. Os que tem filhos tem uma rotina extra, os que tem Pet também. E ainda temos o fator estudo, que para alguns é lazer, para outros é compromisso e para outros é só uma maneira em busca de melhores condições de trabalho, para lhe garantir sustento.

E desse último parágrafo vem a síntese do texto de hoje. Nós estamos cercados por relações, entre o que fazemos no dia, entre os membros da nossa família e o que eles fazem, entre aquilo que temos e o quanto isso representa para nós, entre aquilo que não temos e o desejo de conquistarmos, entre nossas experiências e lembranças, entre nossos planos e o que vamos fazer para realiza-los. A correlação é baseada na lógica, tão antiga quanto a filosofia grega que estudamos em algum momento da vida. E a programação, fechando a nossa ideia inicial, também é baseada na lógica, a mesma, simples e objetiva.



Escrever é simples, escrever nos da a chance de rever, de melhorar. Escrever nos permite deixar gravado para outros poderem consultar e assim todos ganhamos tempo, um bem tão precioso hoje em dia. O mesmo da frase, tempo é dinheiro. Então escrever economiza forças, registra caminhos e nos da tempo. Exercite a sua escrita, registre suas ideias, relacione aquilo que é importante pra você com aquilo que você precisa fazer para viver no caos de hoje em dia. Nesse mundo confuso, use a lógica e as relações ao seu favor!