sexta-feira, 30 de julho de 2021

4.500 km, três viagens e uma só história!

No mundo atual, de redes sociais dinâmicas, a foto foi por um tempo o novo relato e hoje em dia o vídeo curto já é a nova foto. E eu aqui, ainda que 1x a cada 6 meses, atualizando um bom e velho Blog. Mas qual o sentido? Poder escrever o meu relato, deixar registrado, para (e se) alguém quiser ler.

E para hoje eu trago o resumo desses dois anos que passei na cidade de Brasília, mas de um jeito diferente. Quero falar sobre as três viagens que fiz de carro entre a minha Curitiba e a capital federal que me abrigou nesse período. Para quem não sabe, eu já retornei, e desde  Fev/21 já estou com a minha família na terrinha (fria) do Paraná.


Em dezembro de 2018 eu entrei numa jornada única, de sair do meu reduto para para um novo horizonte. Passei 9 meses morando nos céus do nosso país, num assento qualquer de uma das três cia aéreas mais baratas, afinal de contas eram 2 viagens por semana.

Mas voando direto para Out/19, às 00:30 de uma manhã de sábado saia eu e minhas duas cachorrinhas para nossa primeira jornada. Sandero 1.0 abastecido, pen drive com 22 horas de música carregado e segue o rumo por caminhos que eu nunca havia passado. Por incrível que pareça o dia passou de forma tranquila, sem imprevistos, paradas programadas e um cansaço sob controle. A vontade de chegar, e chegar seguro, era maior do que o desgaste físico de dirigir 1500 km em 19h com o mínimo de pausas.



Mas ainda faltava um integrante da família, um papagaio que teve que esperar 1 ano a mais até que pudesse se juntar a nós. Após uma "breve" batalha judicial nós conseguimos toda a documentação necessária para busca-lo e para Curitiba voamos, retornando de carro. Dessa vez um T-Cross 1.4T de 150cv, mais confortável, mais potente, mais seguro, e com a família toda (exceto as cachorrinhas nesse momento). Foi uma viagem muito legal, cheia de paradas e dessa vez paramos para dormir próximo de Uberlância-MG.

As últimas 5 horas, no dia seguinte, foram calmas, e chegando no DF fomos parados pela Polícia Rodoviária, onde pudemos comprovar com documentação e autorizações, todo imbróglio que passamos para obter as licenças necessárias para que o Loro estivesse se mudando conosco.



Mas como o mundo é dinâmico como essas novas redes sociais, já em Fev/21 apareceu a chance de voltar, despachamos nossa mudança e embarquei tudo que podia numa Doblo 1.8, saindo de Águas Claras - DF também às 00:30, dessa vez de uma quinta-feira. E chegamos bem, em segurança, mas dessa vez a viagem foi mais tensa.

Muita chuva, mas muita chuva mesmo! Desde a saída no DF, passando por GO, MG, alternado entre pequenas tempestades e tempo ruim, mas a surpresa mesmo veio da capital paulista até a paranaense. Foram cerca de 3 horas de chuva tão intensa que a única alternativa era mirar numa lanterninha vermelha de carreta e manter-se rezando com as mãos firmes e muita concentração. Eu tenho uma razoável experiência em dirigir na estrada e os mais diversos tipos de carro, mas confesso que dessa vez foi muito além de qualquer normalidade. A chuva só diminuiu próximo de Quatro Barras - PR, já ao anoitecer, e de lá viemos ainda doloridos de tensão, nos últimos km.

Mas o mais importante era chegar bem, e assim conseguimos, fechando esse ciclo de 2 anos, que agora, meses depois, parecem ter sido rápidos, mas eu garanto que foram intensos, sofridos (sobretudo em decorrência da pandemia) e gratificantes por diversas formas. Foram 4.500 km, três carros prateados, três conceitos e contextos diferentes, mas uma só história de experiência de vida.